Daehyn estava sentada em sua mesa de estudos, os livros de direito espalhados à sua frente, mas sua mente estava longe. A conversa com Harin ecoava em sua cabeça. O desejo dela de viver experiências comuns, de poder fazer coisas simples sem o peso da fama sobre seus ombros. Viajar sem assédio, ir a parques de diversões sem uma multidão a cercando, ter encontros românticos como qualquer outra pessoa, fez Daehyn criar estratégias para realizar esses desejos.
A ideia surgiu como um estalo. Daehyn pegou um pedaço de papel e começou a escrever. Listar os desejos de Harin e ajudá-la a realizá-los parecia uma forma perfeita de retribuir todo o carinho que tinha recebido dela. Quando terminou, olhou para a folha com satisfação. O primeiro desejo? Uma viagem de carro, uma ideia que ela já estava preparando para aquele próximo final de semana. Daehyn sorriu, guardando o papel no bolso.
No dia seguinte, quando avistou Harin na entrada da academia, Daehyn correu até ela, animada. Retirou o papel do bolso e o estendeu para a garota, que franziu o cenho e pegou o bilhete com curiosidade.
— O que é isso? — perguntou Harin, sorrindo de canto ao ver a empolgação de Daehyn.
— Apenas leia — respondeu Daehyn, cruzando os braços e esperando.
Harin abriu o papel e leu em voz alta:
1. Viajar de carro sem destino certo;
2. Visitar a Disney e aproveitar sem interrupções;
3. Fazer um piquenique em um campo florido;
4. Andar de bicicleta à beira-mar;
5. Ter um encontro romântico;
6. Passar um dia inteiro sem pensar em trabalho;
7. Assistir a um show como uma pessoa comum, sem camarotes ou restrições;
8. Dormir sob as estrelas;
9. Comer em um restaurante pequeno e aconchegante;
10. Ter um dia completamente espontâneo, sem planejamentos.
Harin sentiu o peito aquecer enquanto lia a lista. Ela levantou os olhos brilhantes para Daehyn, que a observava com um sorriso tímido.
— Você... fez isso para mim? — perguntou, ainda surpresa.
— Você disse que queria viver experiências normais, então eu pensei... por que não tentar realizar isso? E, na verdade, já marquei o primeiro item da lista para hoje à tarde.
Os olhos de Harin se arregalaram.
— Você está brincando!
— Não estou — Daehyn riu. — Vou te levar para uma viagem de carro. Sem destino fixo, sem paparazzi, sem preocupações. Só nós duas.
Harin levou uma mão ao peito, como se tentasse conter o coração acelerado.
— Isso é sério? Você realmente planejou isso?
— Sim, e está tudo pronto. Preparei tudo para acamparmos nas montanhas. Vai ser só você e eu, longe de tudo e todos. Um tempo só nosso. Vamos realizar algumas desejos dessa lista.
Harin mal podia acreditar. Uma viagem sem a interferência de seguranças, sem a obrigação de sorrir para câmeras ou manter uma imagem impecável. Apenas ela e Daehyn, livres.
— Você é inacreditável — disse Harin, sorrindo. — Eu jamais imaginei que você, de todas as pessoas, faria algo assim por mim.
Daehyn deu de ombros, tentando esconder o rubor em seu rosto.
— Você merece. E, além disso, eu quero que você seja feliz, Harin. Quero que tenha momentos que te façam sorrir de verdade.
Harin não resistiu. Jogou os braços em torno do pescoço de Daehyn e a abraçou apertado.
— Obrigada — sussurrou. — Isso significa muito para mim.
Daehyn retribuiu o abraço, sentindo o perfume de Harin e o calor do seu corpo. Ela não sabia ao certo quando tinha começado a sentir tanto por aquela garota, mas naquele momento, percebeu que faria qualquer coisa para vê-la feliz.
— Então, você aceita? — perguntou Daehyn, afastando-se um pouco para encará-la.
— Eu aceito! — respondeu Harin, rindo. — E mal posso esperar para começar essa aventura com você.
As duas sorriram uma para a outra, sentindo que aquele seria apenas o primeiro de muitos momentos inesquecíveis juntas.
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Daehyn ajudava Harin a colocar a mala no carro. Tudo aconteceu rapidamente; elas decidiram faltar à escola Mirae naquela tarde para que Harin tivesse tempo de arrumar uma mala com roupas e avisar seu empresário. Woobin não estava nada feliz com a ideia de Harin sair em uma aventura sem sua supervisão. Como uma figura pública, ele sabia que não era ideal que ela viajasse sem seguranças. Mas Harin queria viver aquela experiência de liberdade, sem medo de ser vista ou julgada. E estava decidida a isso, mesmo com a relutância de Woobin.
— Vocês não querem levar ao menos um segurança? Eu ficaria mais tranquilo. — insistiu Woobin.
— Quem foi que disse que eu devia dar uma oportunidade para a felicidade? — Harin retrucou, divertida.
— Eu disse. Mas com algumas ressalvas. Não estou convencido em deixar vocês duas viajarem por aí sozinhas. É perigoso.
— Não precisa se preocupar. Daehyn pensou em absolutamente tudo. Ela sabe das minhas restrições. E vai enviar nossa localização para a mãe dela e para você também, para que fiquem tranquilos. Além do mais, nem é tão longe daqui. Vai ser só pela noite. Amanhã à tarde estamos de volta.
— Você tem certeza disso? — Woobin a olhava com preocupação.
— É o meu desejo, Woobin. Me deixa tentar ser normal pelo menos por um dia. Eu prometo que mantenho você atualizado.
Mesmo contra sua vontade, ele permitiu, mas com a promessa de ser atualizado a cada hora. Woobin tratava Harin como uma irmã mais nova e não conseguia evitar a preocupação com sua segurança. Após se despedirem, as duas partiram na estrada. A tarde estava ensolarada, de uma forma aconchegante, tornando a viagem ainda mais prazerosa.
No caminho, Harin e Daehyn cantavam juntas músicas que tocavam no rádio, rindo dos erros e desafinações. O clima entre elas era leve e descontraído. Após algumas horas, chegaram ao local escolhido por Daehyn: uma clareira no alto das montanhas, cercada por árvores altas e um céu que já começava a ganhar tons alaranjados.
— Certo, hora de montar a barraca. — Daehyn disse, animada, pegando os equipamentos do porta-malas.
Harin a observou, cruzando os braços.
— Você já fez isso antes?
— Não, mas eu vi tutoriais no YouTube. — Daehyn sorriu, confiante.
Elas passaram algum tempo tentando montar a barraca, cometendo erros bobos, rindo e se sujando no processo. No final, conseguiram deixá-la de pé, e Harin suspirou aliviada.
— Eu nunca pensei que passaria por uma experiência assim na vida. Isso é tão... normal. — disse Harin, olhando ao redor, absorvendo a paz do lugar.
— Normal e incrível. — Daehyn acrescentou, puxando Harin pela mão e a levando até um espaço aberto onde poderiam ver o céu estrelado.
As duas se deitaram lado a lado, observando as estrelas em silêncio, apenas sentindo a brisa fria da montanha. Harin virou o rosto para Daehyn, seus olhos brilhando com um misto de admiração e carinho.
— Obrigada por isso... Você é incrível, sabia?
Daehyn sorriu, virando-se para ela.
— Eu só quero te ver feliz. Você merece viver tudo o que sempre sonhou.
Harin sentiu seu coração acelerar. Ela se inclinou lentamente, seus lábios tocando os de Daehyn em um beijo terno. O momento era calmo, mas carregado de emoções. Aos poucos, o beijo se aprofundou, se tornando mais intenso, repleto de desejo contido. Harin se moveu, ficando por cima de Daehyn, explorando cada toque, cada reação. Ela sentia que Daehyn queria tanto quanto ela.
— Você está pronta para isso? — Harin perguntou, sua voz suave. Elas estavam começando a perder a timidez, com toques mais ousados.
Daehyn respirou fundo, seus olhos encontrando os de Harin.
— Sim. Eu quero. Com você, eu quero.
Harin sorriu, tocando o rosto de Daehyn com carinho antes de beijá-la novamente. Lentamente, ela desabotoou a calça que Daehyn vestia, ainda beijando-a, ela insere sua mão dentro da calça. Seus dedos ágeis, sabiam exatamente onde tocar. Ela passou a beijar o pescoço dela de forma provocativa, as sensações que Daehyn sentia estavam a flor da pele. Harin tocou sua parte sensível por dentro da calcinha, com cautela, ela começou a fazer movimentos circulares, causando gemidos em Daehyn, que foram calados com seus beijos. Daehyn se entregava cada vez mais aos toques, Harin introduziu dois dedos, devagar, Daehyn arqueou as costas, o prazer tomando conta do seu corpo em chamas. Harin manuseava os dedos, sem de fato, introduzi-los a fundo, apenas masturbando de forma intensa e frenética. Daehyn sentia seu corpo amolecer. Quando finalmente chegou ao ápice nos dedos de Harin, a jovem modelo sorriu satisfeita, por ter conseguido concluir a tarefa. O rosto de Daehyn estava vermelho, olhos fechados e respirando com dificuldade. Harin beijou sua testa e deitou em seu ombro.
— Você está bem?
— Eu... não tenho palavras.
Harin sorriu pela falta de conexão de Daehyn com as próprias palavras.
Naquela noite, sob o céu estrelado e a brisa fria das montanhas, elas compartilharam um momento inesquecível. Um momento de entrega, de amor e de conexão profunda. Era mais do que um desejo realizado — era o início de uma conexão ainda maior entre elas.