A noite caía suavemente, as luzes da cidade piscando ao longe como estrelas distantes. Daehyn olhava pela janela do carro, com o pensamento perdido em algum lugar entre o presente e o passado. O som suave do motor preenchia o silêncio, mas não conseguia acalmar a turbulência que ela sentia dentro de si.
Harin, ao seu lado, estava concentrada na estrada, seus dedos entrelaçados ao de Daehyn, a expressão serena. Elas estavam em paz. O simples ato de estarem juntas novamente fez o coração de Daehyn acelerar. Harin sempre teve esse efeito sobre ela, desde o primeiro dia.
— Eu estou tão feliz — Harin diz com uma risada suave, quebrando o silêncio entre elas.
Daehyn virou-se para ela, seus olhos brilhando à luz fraca do carro.
— Eu também estou — respondeu sorrindo.
Era uma frase simples, mas o peso que ela carregava parecia denso, como se significasse mais do que as palavras deixavam transparecer. Daehyn sabia que Harin estava se sentindo livre, depois de toda a situação com sua mãe controladora.
A casa de Harin era silenciosa e acolhedora, uma mistura de modernidade e calor. As luzes suaves que iluminavam a entrada formavam sombras convidativas no hall. Elas entraram juntas, o som das portas se fechando ecoando na solidão da casa. O cheiro de velas aromáticas tomava conta do ambiente, tornando a atmosfera ainda mais íntima.
— Eu vou fazer um chá — Harin disse, indo até a cozinha sem olhar para Daehyn.
Daehyn a observou, os passos calmos, as mãos que pareciam querer dizer mais do que o simples gesto de preparar uma bebida. Era como se o tempo tivesse parado naquela sala, e tudo o que restava eram os batimentos rápidos de seus corações.
Ela se aproximou da cozinha, parando na entrada.
— Eu gosto disso em você — disse em um suspiro. — Você me faz sentir em casa.
Harin se virou, seus olhos estavam mais escuros, mais profundos.
— Você é meu lar, Daehyn.
O murmúrio de suas palavras fez o coração de Daehyn saltar no peito. Era a primeira vez que ela dizia aquilo, com tanta sinceridade e intensidade. E isso deixou tudo ainda mais real. O ar parecia ficar mais intenso entre elas, os corpos mais próximos, como se fosse impossível resistir a essa força invisível.
Daehyn deu um passo à frente, suas mãos tocando levemente a cintura de Harin. O contato era sutil, mas carregado de vontade. Seus olhos se encontraram, e sem palavras, elas se aproximaram.
O beijo foi suave, cauteloso, como se ambas estivessem tentando se controlar. Mas logo, a pressão aumentou, e os lábios se encontraram com mais intensidade. O beijo se tornou quente, cheio de desejo reprimido. Daehyn se entregou ao toque de Harin, a sensação de seus lábios explorando os dela com uma paixão que não podia mais controlar.
Harin a puxou mais para perto, as mãos agora firmes nos ombros de Daehyn, como se quisesse fazer com que elas se fundissem de uma vez. O ar quente entre elas desapareceu rapidamente, substituído pela urgência de um momento que não podia ser adiado.
— Daehyn... — O sussurro da voz de Harin foi como uma chama que incendiou o corpo dela. Suas mãos começaram a explorar, os dedos deslizando pela pele ardente, sentindo o coração de Harin bater tão rápido quanto o seu. Cada movimento parecia mais audacioso.
O som do beijo, os suspiros baixos, a sensação de estarem sozinhas naquele pequeno universo privado, criava uma atmosfera carregada de eletricidade. Não tinha mais espaço para palavras. Elas se perderam na intensidade do momento, nos corpos entrelaçados, nos toques e beijos que se tornavam cada vez mais urgentes. Daehyn impulsionou o corpo de Harin, fazendo ela se sentar na bancada da cozinha.
— Eu posso tentar dessa vez... — Daehyn murmurou entre os beijos, sua respiração acelerada.
Harin, com os olhos fechados e os lábios ainda tocando os dela, respondeu com um sorriso contra a pele de Daehyn.
— Fique à vontade...
Daehyn levantou a saia que Harin usava, lentamente, retirou a calcinha vermelha de renda, deixando sua parte íntima exposta. Ela se abaixa e começa a explorar cada centímetro, sentindo o gosto de Harin, e se deliciando com a nova experiência, enquanto apertava inconsciente a coxa dela, para reprimir seu desejo. Harin soltava pequenos gemidos, tentando contê-los. Mas, sem muito sucesso. Quanto mais Daehyn sugava sua área sensível, mais Harin se contorcia, entregando-se completamente ao ato, até finalmente se desmanchar em êxtase.
Quando Daehyn se afastou, respirando com dificuldade, ela olhou para Harin, seus olhos brilhando, por ter conseguido concluir sua vontade.
— Eu amo tudo em você — Daehyn disse, sua voz rouca, ainda embriagada pela sensação. Ela subiu distribuindo beijos lentos por sua barriga.
Harin sorriu, o sorriso enigmático que ela sempre tinha, ela respirava com dificuldade. Tentando se recompor.
— Como foi que você ficou boa nisso...
E, com um toque suave no rosto de Daehyn, ela a puxou de volta para si, como se fosse impossível deixá-la ir.
O resto da noite passou em uma sequência de beijos e carícias, enquanto as duas se entregavam a algo novo, algo que queimava mais forte que qualquer coisa que já haviam sentido.