Capítulo: As Aventura do Tesouro Esquecido de Smallville
Cena: Fazenda Kent, Smallville, Tarde de Domingo
O sol de Kansas banhava a fazenda Kent em tons dourados, e o fim de semana prometia terminar com a tranquilidade que Clark (Liam) e Lois Lane tanto desejavam. Lois estava sentada no alpendre,
folheando um velho caderno de anotações de Jonathan Kent, enquanto Clark consertava uma cerca no quintal, sem usar suas superforças para manter a promessa de um fim de semana "normal".
Krypto, o cão kryptoniano, roía um osso (provavelmente de origem alienígena, a julgar pela sua resistência) ao lado de Lois, ocasionalmente levantando a cabeça para farejar o ar.
Lois virou uma página do caderno, franzindo a testa. "Clark, vem cá! Seu pai escrevia uns enigmas esquisitos. Olha isso: ‘Sob a sombra do carvalho torto, onde o rio canta, o coração de Krypton espera.’ Isso é poesia ou um mapa do tesouro?"
Clark limpou o suor da testa, aproximando-se com um sorriso curioso. "Meu pai amava enigmas. Ele dizia que Smallville guardava segredos, mas nunca achei que fosse literal."
Ele pegou o caderno, lendo a frase com atenção. "Carvalho torto... tem um perto do riacho, onde eu brincava quando criança. E ‘coração de Krypton’? Isso soa... kryptoniano."
Krypto levantou-se de repente, latindo e voando alguns metros, como se entendesse a conversa. Seus olhos brilharam, e ele disparou em direção ao riacho, deixando um rastro de poeira. Lois arqueou uma sobrancelha.
"Acho que o Krypto tá dizendo que é hora de uma aventura. Vamos, Smallville. Não vou deixar um cão voador me superar numa caça ao tesouro."
Clark riu, pegando a mão dela. "Tudo bem, Lois, mas se for um artefato kryptoniano, nada de postar no Planeta Diário antes de eu entender o que é."
Cena: Riacho da Fazenda, O Carvalho Torto
O riacho corria sereno, suas águas refletindo o céu azul. O carvalho torto, uma árvore antiga com galhos retorcidos como garras, projetava uma sombra longa sobre a margem.
Krypto cavava furiosamente perto das raízes, jogando terra para todos os lados. Lois, com as mangas da camisa xadrez arregaçadas, juntou-se a ele, usando uma pá que Clark pegou no celeiro.
"Admito, Krypto é um ótimo parceiro de escavação," disse Lois, rindo enquanto o cão parava para lamber seu rosto. "Mas, Clark, alguma ideia do que estamos procurando? Um cristal? Uma nave reserva? Um diário kryptoniano do seu avô?"
Clark, agachado ao lado, usava sua visão de raio-X para examinar o solo. "Não sei, mas tem algo metálico uns dois metros abaixo. Não é grande, mas tem uma assinatura energética... familiar. Como os cristais da Fortaleza da Solidão." Ele hesitou, preocupado.
"Se é kryptoniano, pode ser perigoso."
Lois bufou, jogando outra pá de terra. "Perigoso é meu sobrenome, Smallville. Além disso, temos o Homem de Aço e o Cão de Aço. O que pode dar errado?"
Antes que Clark pudesse responder, Krypto latiu alto, e a terra cedeu, revelando uma caixa prateada do tamanho de um livro, gravada com símbolos kryptonianos que brilhavam levemente.
Clark a pegou com cuidado, sentindo uma vibração sutil. "Isso é tecnologia da Casa de El," murmurou. "Minha família."
Lois limpou as mãos, espiando por cima do ombro dele. "Ok, Superman, abre logo. Se for um holograma do seu pai kryptoniano, quero uma entrevista exclusiva."
Cena: A Abertura da Caixa e a Ameaça Inesperada]
Clark tocou a caixa, e os símbolos reagiram, projetando um holograma de Jor-El, seu pai biológico. A figura imponente falou em kryptoniano, mas Clark traduziu para Lois:
"Filho da Casa de El, este é o Coração do Arquivo, um fragmento da memória de Krypton. Ele contém conhecimento... e um guardião. Proteja-o, ou destruirá tudo ao seu redor."
O holograma desapareceu, e a caixa emitiu um zumbido agudo. Antes que Clark pudesse reagir, uma forma de energia emergiu
— uma criatura holográfica, como um lobo kryptoniano feito de luz, com olhos vermelhos e garras brilhantes. Krypto rosnou, voando para enfrentá-lo, mas a criatura o jogou contra a árvore com um golpe de energia.
"Lois, pra trás!" gritou Clark, tirando os óculos e assumindo a postura de Superman. Ele voou contra a criatura, bloqueando um ataque com os braços, mas a energia o empurrou para o riacho, levantando uma onda d’água.
Lois, nada intimidada, pegou uma pedra e jogou na criatura, distraindo-a. "Ei, lobo brilhante! Se quer briga, enfrenta a repórter do Planeta Diário!" Ela correu para Krypto, ajudando-o a se levantar.
"Vamos, garoto, mostra pra esse holograma quem manda!"
Krypto, recuperado, disparou visão de calor, enfraquecendo a criatura. Clark aproveitou a abertura, usando sua super-velocidade para criar um redemoinho ao redor do monstro, contendo sua energia.
"Lois, a caixa! Deve ter um mecanismo de desligamento!"
Lois examinou a caixa, ignorando o caos. "Símbolos alienígenas, claro," murmurou, mas notou um padrão repetitivo. Com um palpite de repórter, ela pressionou uma sequência de símbolos, e a caixa emitiu um pulso, desativando a criatura, que dissolveu-se em faíscas.
Clark caiu de joelhos, ofegante, enquanto Krypto corria para lamber seu rosto. Lois se aproximou, segurando a caixa com um sorriso triunfante.
"Nada mal pra um fim de semana tranquilo, hein, Smallville? Salvamos o dia e achamos um pendrive kryptoniano."
Clark riu, levantando-se e puxando-a para um abraço.
"Você é incrível, Lois. E Krypto, você merece um bife por isso."
Krypto latiu, abanando o rabo, claramente concordando.
Cena: Fazenda Kent, Noite]
De volta à fazenda, Martha serviu chocolate quente enquanto Clark explicava o ocorrido. A caixa, agora selada, seria levada à Fortaleza da Solidão para análise.
Lois, com Krypto deitado aos seus pés, anotava ideias para um artigo
— sem mencionar Krypton, claro.
"Então, Martha," disse Lois, sorrindo, "é sempre assim em Smallville? Tesouros alienígenas e lobos holográficos?"
Martha riu, passando uma fatia de torta para ela. "Só quando o Clark está por perto. Mas você lidou bem, Lois. Acho que Smallville te aprova."
Clark olhou para Lois, seus olhos brilhando com gratidão. "Você e Krypto foram o time perfeito hoje. Acho que Smallville nunca vai ser boring com você por aqui."
Lois encostou-se nele, segurando sua mão. "Bom, porque eu planejo voltar. Mas da próxima vez, quero um piquenique sem guardiões holográficos, ok?"
Krypto latiu, e todos riram, o calor da fazenda envolvendo-os enquanto as estrelas de Kansas brilhavam lá fora, prometendo mais aventuras
— mas, por ora, apenas a paz de um lar compartilhado.