Cena: Fortaleza da Solidão, Ártico, Manhã
A Fortaleza da Solidão estava silenciosa, exceto pelo zumbido suave dos cristais kryptonianos que pulsavam com energia.
No centro da câmara principal, a Crisálida Vital, agora contida em um campo de estase, brilhava com uma luz esmeralda que projetava sombras dançantes nas paredes de gelo.
Superman, Supergirl e Cyborg estavam reunidos ao redor do dispositivo, enquanto Batman, conectado remotamente de Gotham, aparecia em um holograma.
Cyborg, com cabos ligados à Crisálida, franzia a testa. “Essa coisa é mais do que um banco de dados. Meus scans mostram fragmentos de código kryptoniano, mas misturados com algo... sintético. Brainiac deixou sua marca aqui.”
Kara, ainda recuperando-se do encontro com a kryptonita, cruzou os braços. “Se isso tem dados kryptonianos, pode ter respostas sobre Krypton. Talvez até sobre nossa família, Clark. Mas se Brainiac quer isso, não podemos simplesmente deixá-lo aqui.”
Liam) Superman olhou para a Crisálida, dividido. “Se destruirmos, perdemos uma chance de entender o que Lex e Brainiac estão planejando. Mas mantê-la é um risco. Victor, você consegue acessar os dados sem ativar qualquer armadilha?”
“Posso tentar,” respondeu Cyborg, seus olhos cibernéticos brilhando. “Mas Brainiac é esperto. Ele pode ter deixado um cavalo de Troia digital. Vou precisar de tempo.”
Batman interrompeu, sua voz grave. “Tempo é algo que não temos. Meus contatos em Gotham interceptaram comunicações criptografadas. Lex está se movendo, e rápido. Ele está reunindo aliados
— minha aposta é que está atrás de tecnologia para rastrear a Crisálida.”
Kara ergueu uma sobrancelha. “Então, o que fazemos? Ficamos aqui brincando de cientistas ou saímos atrás do Lex?”
Liam) Clark colocou a mão no ombro da prima. “Dividimos as tarefas. Kara, você e Victor ficam aqui e trabalham na Crisálida. Eu vou com Diana e Barry investigar os movimentos de Lex. Bruce, você coordena de Gotham e mantém Metrópolis segura com Arthur.”
Cyborg assentiu, já conectando mais cabos. “Se Brainiac tentar invadir meu sistema de novo, estarei pronto. Mas, Clark, cuidado. Lex não fugiu da Suíça sem um plano.”
Superman olhou para a Crisálida uma última vez, sentindo o peso de sua herança kryptoniana.
“Vamos acabar com isso antes que Brainiac faça seu próximo movimento.”
Cena: Metrópolis, Parque Centennial, Tarde].
Era um raro dia de folga para Clark Kent, e ele pretendia aproveitá-lo ao lado de Lois Lane. O Parque Centennial, com suas árvores frondosas e lago reluzente, estava vibrante com famílias, casais e artistas de rua. Lois, vestindo uma blusa leve e óculos de sol, caminhava ao lado de Clark, segurando um sorvete de baunilha e rindo de uma piada boba que ele contara sobre vacas em Smallville.
“Você sabe que é péssimo em piadas, né, Smallville?” disse Lois, dando uma lambida no sorvete. “Mas, tudo bem, eu te amo mesmo assim.”
Clark, com óculos de armação grossa e uma camisa xadrez que gritava “repórter desajeitado”, sorriu. “E eu te amo por aguentar minhas piadas. E por salvar o dia com suas investigações.”
Lois revirou os olhos, mas seu sorriso era genuíno. “Por favor, Clark, eu só faço o que qualquer jornalista faria: cavar até encontrar a verdade. Agora, me diz, como tá a cabeça do Homem de Aço depois de enfrentar Lex e um supercomputador alienígena?”
Ele hesitou, olhando para o lago onde crianças jogavam pedaços de pão para os patos. “Honestamente? Estou preocupado. A Crisálida tem algo que Brainiac quer desesperadamente, e Lex nunca desiste. Mas hoje...” Ele pegou a mão dela. “Hoje, quero focar em nós.”
Lois apertou a mão dele, mas seus instintos jornalísticos não descansavam. “Tudo bem, herói, mas você sabe que não vou parar de investigar. Aquela frase, ‘Verdade Absoluta’, não sai da minha cabeça. Parece algo maior que Lex ou Brainiac.”
Clark riu, admirando a determinação dela. “Eu sabia que você não ia deixar isso quieto. Que tal um acordo? Hoje, nada de trabalho. Só você, eu, e...” Ele apontou para um carrinho de cachorro-quente. “O melhor hot-dog de Metrópolis.”
“Fechado,” disse Lois, puxando-o em direção ao carrinho. “Mas se eu encontrar uma pista no ketchup, você vai me ouvir.”
Eles compraram hot-dogs e sentaram-se em um banco, observando o movimento do parque.
Lois apoiou a cabeça no ombro de Clark, e por um momento, o peso do mundo pareceu mais leve. Mas, enquanto comiam, Clark ouviu algo com sua super-audição — um zumbido baixo, quase imperceptível, vindo de um drone disfarçado como um pássaro, pairando nas árvores.
“Lois,” murmurou ele, mantendo o tom casual. “Não olhe agora, mas temos companhia.”
Ela ergueu uma sobrancelha, sem mudar de posição. “Lex?”
“Talvez. Fique aqui.” Clark ajustou os óculos e se levantou, fingindo amarrar o sapato. Com um movimento rápido, ele usou sua visão de raio-X para rastrear o drone, que transmitia dados para um servidor remoto. Antes que pudesse agir, o drone disparou um dardo tranquilizante, que Clark desviou com facilidade.
Lois, já de pé, pegou uma pedra e jogou com precisão, derrubando o drone. “Eu disse que não jogo limpo,” brincou ela, enquanto Clark esmagava o dispositivo com o pé.
Ele analisou os destroços com visão de raio-X. “Tecnologia de Luthor. Ele está nos rastreando.”
Lois cruzou os braços, o olhar afiado. “Então, nosso dia de folga acabou?”
Clark sorriu, puxando-a para um abraço rápido. “Não. Vamos terminar nosso passeio. Mas à noite, o Superman tem trabalho a fazer.”
Cena: Laboratório Subterrâneo, Localização Desconhecida, Noite
Lex Luthor, agora sem seu exotraje, estava em um laboratório escuro, iluminado apenas por monitores que exibiam mapas e dados. Ao seu lado, uma figura encapuzada observava em silêncio. A projeção de Brainiac apareceu novamente, sua voz fria ecoando na sala.
“Luthor, sua falha na Suíça foi... decepcionante,” disse Brainiac. “Mas a Crisálida ainda pode ser recuperada. Meus fragmentos estão espalhados por sistemas terrestres. Ative-os, e eu garantirei seu domínio.”
Lex sorriu, confiante. “Não se preocupe, Brainiac. A Liga acha que venceu, mas eu tenho aliados que eles não esperam.” Ele olhou para a figura encapuzada, que revelou seu rosto
— Talia al Ghul, segurando uma adaga com o símbolo da Liga das Sombras.
“Meu pai sempre admirou sua ambição, Luthor,” disse Talia. “A Liga da Justiça não está preparada para o que vem a seguir.”
Lex riu, apontando para um monitor que mostrava a localização da Fortaleza da Solidão.
“Que venha a próxima fase. A Verdade Absoluta será minha.”
Cena: Metrópolis, Apartamento de Lois e Clark, Noite
De volta ao apartamento, Lois digitava em seu laptop, analisando os destroços do drone que Clark trouxera. Clark, agora com o uniforme de Superman, estava pronto para partir para a Fortaleza.
“Lois, você deveria descansar,” disse ele, preocupado.
Ela ergueu os olhos, com um sorriso desafiador. “Descansar? Smallville, eu acabei de derrubar um drone do Lex com uma pedra.
Estou aquecida. Vá ajudar a Liga. Eu vou descobrir o que esse drone estava procurando.”
Clark beijou sua testa. “Você é impossível.”
“E você ama isso,” retrucou ela, voltando ao laptop.
Enquanto Superman voava em direção ao Ártico, Lois encontrou um arquivo criptografado nos destroços do drone.
Ao abri-lo, uma frase apareceu na tela: “A Verdade Absoluta está na sombra da Liga.”
Lois franziu a testa, sabendo que o próximo round estava apenas começando.