Capítulo 30: "Flechas na Tempestade"

Capítulo 30: "Flechas na Tempestade"

Cena: Star City, Porto Industrial, Noite

A chuva caía em cortinas sobre o porto de Star City, transformando o asfalto em um espelho de luzes neon. No topo de um guindaste, o Arqueiro Verde, Oliver Queen, ajustava a corda de seu arco, seus olhos fixos em um armazém abaixo.

Dentro, mercenários da Liga das Sombras, armados com tecnologia avançada de LexCorp, descarregavam caixas marcadas com um símbolo kryptoniano roubado.

“Diggle, você está vendo isso?” murmurou Oliver pelo comunicador, sua voz abafada pelo capuz verde.

John Diggle, monitorando de uma van a alguns quarteirões, respondeu: “Sim, Ollie. Sensores mostram energia residual nas caixas — algo que parece com a assinatura da kryptonita, mas... diferente. Cuidado, esses caras não são os típicos capangas de aluguel.”

Oliver sorriu, puxando uma flecha com ponta de EMP. “Quando foi que eu enfrentei algo típico?”

Com um salto preciso, ele desceu do guindaste, disparando a flecha. O pulso eletromagnético desativou os drones de vigilância do armazém, e Oliver rolou para dentro, derrubando dois mercenários com golpes rápidos de seu arco.

Mas os outros reagiram com velocidade sobrenatural, suas armaduras emitindo um brilho esmeralda.

“Tecnologia de Luthor,” murmurou Oliver, esquivando-se de um disparo de energia. “Lex nunca decepciona.”

Enquanto lutava, uma sombra cruzou o céu, e Superman aterrissou no porto com um estrondo, o impacto rachando o concreto. Seus olhos brilharam ao escanear o armazém com visão de raio-X. “Oliver, você está bem?”

“Agora que o boy scout chegou, estou ótimo,” retrucou Oliver, disparando uma flecha explosiva que derrubou uma pilha de caixas, bloqueando o avanço de mais mercenários. “Mas esses caras têm brinquedos novos. Alguma ideia do que estão carregando?”

Superman avançou, desviando de disparos com facilidade, e derrubou um mercenário com um soco controlado. “As caixas contêm fragmentos de tecnologia kryptoniana, modificados por Lex. Estão conectados à Crisálida Vital. Se a Liga das Sombras ativá-los, Brainiac pode ganhar acesso remoto.”

Oliver franziu a testa, disparando uma flecha com rede que prendeu dois inimigos. “Então, Lex e os ninjas de Talia estão trabalhando juntos? Isso é novo. E péssimo.”

Antes que Superman pudesse responder, o líder dos mercenários

— um assassino mascarado com uma lâmina curvada — ativou um dispositivo no pulso. Um zumbido agudo ecoou, e as caixas começaram a brilhar intensamente, liberando um pulso de energia que fez Superman cambalear.

“Kryptonita sintética,” gemeu Clark, sentindo a fraqueza se espalhar. “Eles misturaram com algo... mais forte.”

Oliver agiu rápido, disparando uma flecha de fumaça para cobrir a retirada de Superman. “Hora de improvisar, herói. Me dá cobertura!”

Enquanto Superman se recuperava, voando para longe do alcance do pulso, Oliver mergulhou na fumaça, enfrentando o líder dos mercenários em combate corpo a corpo. O assassino era rápido, mas Oliver era astuto, usando o ambiente a seu favor

— derrubou uma pilha de barris e prendeu o inimigo sob os destroços com uma flecha de cabo de aço.

“Fica aí,” disse Oliver, ofegante, antes de correr para as caixas. Ele conectou um dispositivo de hackeamento, projetado por Felicity, para desativar a tecnologia. “Clark, estou neutralizando isso, mas preciso de você para limpar a casa!”

Superman, agora recuperado, voltou em um borrão de velocidade, desarmando os mercenários restantes e destruindo os dispositivos de kryptonita sintética com sua visão de calor. Mas, ao examinar uma das caixas, ele encontrou um monitor embutido, que ligou automaticamente.

A imagem de Lex Luthor apareceu, com um sorriso frio.

“Superman, sempre atrasado,” disse Lex. “Esses fragmentos são apenas iscas. A verdadeira jogada está na Fortaleza da Solidão. Diga à sua prima que Brainiac manda lembranças.”

A transmissão cortou, e Superman apertou os punhos, a raiva contida. “Ele está distraindo a gente. Oliver, termine aqui e leve essas caixas para a Torre da Justiça. Eu vou para a Fortaleza.”

Oliver assentiu, já chamando Diggle para apoio. “Vai lá, Clark. E, ei, tenta não destruir o planeta enquanto estiver salvando ele.”

Superman deu um leve sorriso antes de disparar para o céu, o som de um trovão ecoando na chuva.

Cena: Fortaleza da Solidão, Ártico, Momentos Depois .

Na Fortaleza, Kara e Cyborg trabalhavam contra o relógio. A Crisálida Vital começou a emitir pulsos erráticos, e os monitores mostravam tentativas de acesso remoto.

“Brainiac está tentando invadir!” exclamou Cyborg, seus cabos conectados à Crisálida.

“Ele deve ter ativado um backdoor nos fragmentos de Star City.”

Kara, com os punhos cerrados, olhou para a Crisálida. “Se Lex e Brainiac querem isso, talvez a resposta seja destruí-la agora.”

Antes que Cyborg pudesse protestar, Superman entrou voando, seu uniforme levemente rasgado do confronto em Star City. “Não, Kara.

A Crisálida pode ter respostas sobre Krypton — sobre nossa história. Mas Lex está jogando conosco. Ele queria que eu estivesse em Star City para nos dividir.”

De repente, um alarme soou. Os sensores da Fortaleza detectaram uma presença externa

— drones stealth, equipados com tecnologia de LexCorp, aproximando-se rapidamente. E, nas sombras do Ártico, figuras encapuzadas da Liga das Sombras escalavam os penhascos de gelo, lideradas por Talia al Ghul.

“Eles estão aqui,” disse Superman, sua voz firme. “Kara, proteja a Crisálida. Victor, bloqueie o acesso de Brainiac. Eu vou enfrentar Talia.”

Kara hesitou, seus olhos encontrando os de Clark. “Cuidado, primo. Talia não é Lex. Ela não joga para vencer, ela joga para destruir.”

Superman assentiu e voou para o exterior da Fortaleza, onde a tempestade de neve rugia. Talia aguardava, sua adaga brilhando sob a luz fraca, um sorriso desafiador no rosto.

“Kal-El,” disse ela, sua voz cortante como o vento. “Você protege um legado que não entende. A Crisálida pertence a um futuro maior. Entregue-a, ou a Liga da Justiça cairá.”

Superman flutuou, seus olhos brilhando com determinação. “Você e Lex escolheram o lado errado, Talia. Vamos acabar com isso.”

Cena: Metrópolis, Apartamento de Lois e Clark, Mesma Hora

Lois Lane, sentada à mesa do apartamento, analisava os dados do drone destruído no Parque Centennial. Um novo arquivo descriptografado revelou uma lista de alvos de Lex, incluindo Star City e a Fortaleza da Solidão. A frase “A Verdade Absoluta está na sombra da Liga” aparecia novamente, agora acompanhada de um código que Lois reconheceu como um protocolo de segurança da Liga da Justiça.

“Um traidor?” murmurou Lois, seus instintos jornalísticos em alerta. Ela pegou o telefone e ligou para Barry Allen. “Barry, preciso de você em Metrópolis. Temos um problema maior do que Lex.”

Enquanto a chuva batia nas janelas, Lois sentiu um arrepio. A verdade estava mais próxima, mas também mais perigosa do que nunca.