Capítulo 41: A Pista de Luthor e a Guerra dos Petiscos

Cena: Central City, Laboratório STAR, Manhã

O Laboratório STAR zumbia com energia, o ar carregado com o cheiro de circuitos superaquecidos e o som de monitores exibindo gráficos em tempo real. Após a batalha contra Eobard Thawne, o Flash Reverso, que quase reescreveu a realidade com sua esfera temporal, a equipe estava em modo de investigação. Barry Allen, ainda no uniforme do Flash, encostava-se em um console, jogando uma bola antiestresse em forma de raio para o alto. Caitlin Snow digitava furiosamente, analisando resíduos da energia temporal, enquanto Cisco Ramon, mascando um palito de alcaçuz, fuçava em um dispositivo que parecia uma mistura de torradeira com um computador quântico.

Kara Zor-El, a Supergirl, entrou voando, segurando uma caixa de donuts da melhor confeitaria de Central City. “Beleza, equipe, trouxe combustível pro cérebro!” anunciou, jogando a caixa numa mesa. “Mas já aviso: o de chocolate com glacê é meu.”

Barry disparou até a caixa, pegando um donut com granulado antes que Kara piscasse. “Lenta demais, Supergirl! Velocistas mandam, flutuadores choram!” disse ele, dando uma mordida exagerada, com granulado caindo na barba por fazer.

Kara cruzou os braços, flutuando a poucos centímetros do chão. “Barry, você sabe que posso te jogar até Keystone City com um peteleco, né? Devolve meu granulado ou vou contar pro Clark que você ‘acidentalmente’ comeu o sanduíche dele na Watchtower.”

Cisco girou na cadeira, apontando o alcaçuz como se fosse uma varinha. “Calma, crianças! Temos uma crise temporal pra resolver, e vocês aí brigando por donuts? Embora...” Ele pegou um donut de creme, inspecionando-o. “Esse aqui tá com cara de vilão. Acho que vou chamá-lo de ‘Donut Reverso’ em homenagem ao Thawne.”

Barry riu, quase engasgando. “Donut Reverso? Cisco, você tá a um passo de batizar cada lanche aqui com nomes de vilões. Qual é o próximo? ‘Batata Frita do Bane’?”

Kara pegou o donut de chocolate, apontando para Cisco. “Se você batizar meu donut de ‘Lex Luthor Glaceado’, eu te jogo na órbita. Mas, sério, o que temos sobre a esfera de Thawne? Porque aquele psicopata de amarelo não some tão fácil.”

Caitlin ergueu os olhos do monitor, ajustando os óculos. “A energia residual da esfera mostra traços de tecnologia neural, como a que Lois viu na LexCorp. Thawne pode estar trabalhando com Luthor, ou pelo menos usando o mesmo brinquedo de Brainiac.”

Barry parou de jogar a bola, franzindo a testa. “Lex e Thawne numa dupla? Isso é tipo juntar um megalomaníaco careca com um velocista obcecado por mim. Não sei o que é pior.”

Cisco jogou o alcaçuz no ar, pegando-o com a boca. “Pior é a gente ficar sentado enquanto Luthor monta um plano maior. Olha isso.” Ele girou o monitor, mostrando um mapa com sinais de energia neural em Metrópolis, Gotham e Star City. “Lex tá espalhando seus brinquedos pela Costa Leste. E, adivinha? Um desses sinais tá bem aqui, num armazém em Central City.”

Kara pousou, mordendo o donut. “Então, o que tá esperando? Vamos invadir, quebrar umas coisas e salvar o dia. Simples!”

Barry sorriu, apontando pra ela. “Essa é a Kara que eu conheço! Mas, Cisco, por favor, me diz que você tem um gadget novo pra essa missão. Tipo, um ‘Desativador de Vilões 3000’.”

Cisco abriu um sorriso travesso, puxando um dispositivo prateado do bolso. “Apresento o Disruptor Neural Portátil, ou DNP. Zoa o sinal neural de qualquer tech da LexCorp. Mas, Barry, se você quebrar esse, vai pagar com seus lanches por um mês.”

Barry levantou as mãos. “Eu? Quebrar? Sou a delicadeza em pessoa!”

Kara riu tanto que quase derrubou o donut. “Delicadeza? Barry, você derrubou um servidor do STAR Labs correndo atrás de um milkshake na semana passada!”

Cisco apontou pra Barry. “Fato! Eu devia botar uma multa por ‘danos por velocidade’. Quem tá comigo?”

Kara levantou a mão, rindo. “Eu! Mas só se a multa incluir ele pagar os donuts por um ano!”

Barry jogou a bola antiestresse em Cisco, que desviou. “Vocês são cruéis. Tá bom, vamos pro armazém. Mas, Kara, se você comer meu donut na volta, vou contar pro Clark que você ‘reorganizou’ a capa dele na Watchtower.”

Kara fez uma careta. “Isso é golpe baixo, Allen. Vamos logo!”

Cena: Central City, Armazém Abandonado, Tarde

O armazém, escondido no distrito industrial, estava iluminado por luzes verdes pulsantes, um sinal claro da tecnologia neural da LexCorp. Barry e Kara se aproximaram, com Cisco monitorando remotamente do STAR Labs via comunicador. Dentro, drones armados patrulhavam, protegendo um dispositivo central: um núcleo neural brilhante, provavelmente um protótipo para amplificar a tecnologia de Brainiac.

Barry, agachado atrás de uma pilha de caixas, sussurrou: “Ok, plano: eu corro, distraio os drones, você voa e desativa o núcleo. Simples, rápido, e ninguém vira picadinho neural.”

Kara, flutuando ao lado, sorriu. “Plano aprovado. Mas, Barry, se você tropeçar num drone, vou gravar e mandar pro grupo da Liga com a legenda ‘Flash vs. Robô: A Queda’.”

Barry revirou os olhos. “Engraçadinha. Cisco, tá pronto com o DNP?”

No comunicador, Cisco respondeu: “Tô na área, Flash! Ativando o Disruptor... agora!” Um zumbido baixo ecoou, e os drones hesitaram, suas luzes piscando.

Barry disparou, uma mancha vermelha, derrubando drones com golpes rápidos. “Isso é quase fácil demais!” gritou ele, até que um drone maior, com tentáculos mecânicos, o agarrou. “Ok, retirei o que disse!”

Kara voou, rindo. “Eu avisei, Flash!” Ela disparou visão de calor, cortando os tentáculos, e mergulhou pro núcleo, arrancando-o com um puxão. A energia verde apagou, e os drones caíram.

Barry, livre, limpou a poeira do uniforme. “Tá, Supergirl, você ganhou essa. Mas só porque eu tava... hum, testando a resistência dos tentáculos.”

Kara cruzou os braços. “Claro, Barry. Conta essa pro Cisco. Ele vai botar no seu ‘Hall da Fama das Desculpas’.”

No comunicador, Cisco gargalhou. “Já anotei: ‘Barry preso por tentáculos, culpa o treino’. Vocês pegaram o núcleo? Porque esse treco tá mandando um sinal pra Metrópolis. Acho que Luthor tá de olho.”

Barry pegou o núcleo, examinando-o. “Isso é mais que um protótipo. Parece um transmissor. Lex tá conectando alguma coisa grande.”

Kara franziu a testa. “Como o que Thawne queria com a esfera. Lois tava certa: Luthor tá no meio disso tudo.”

Cena: Laboratório STAR, Tarde

De volta ao STAR Labs, o núcleo neural estava isolado numa câmara de contenção. Caitlin analisava os dados, enquanto Barry, Kara e Cisco relaxavam (ou quase). Barry segurava uma sacola de batatinhas, Cisco comia um novo alcaçuz, e Kara devorava outro donut.

Cisco girou na cadeira, apontando pro núcleo. “Esse treco tá enviando sinais codificados. Minha aposta? Luthor tá construindo um hub neural, tipo um supercomputador pra controlar... sei lá, drones, cidades, ou até mentes. Clássico de vilão.”

Barry jogou uma batatinha pro alto, pegando com a boca. “Mentes? Lex tá querendo virar o Brainiac 2.0? Porque já temos um vilão careca por aí.”

Kara riu, roubando uma batatinha de Barry. “Ei, cuidado, ou Lex ouve e faz um implante capilar maligno. Mas, sério, se isso tá ligado ao Thawne, precisamos chamar a Lois. Ela tá obcecada com a LexCorp.”

Cisco jogou o alcaçuz na direção de Barry, que desviou com super-velocidade. “Obcecada? Lois é tipo um cão de caça com Lex. Aposto que ela já tá invadindo o escritório dele com a armadura de Supermulher.”

Barry riu, apontando pra Cisco. “Falando em armaduras, quando você vai fazer uma pra mim? Tipo, uma armadura de Flash com luzes neon e um porta-lanches embutido.”

Kara quase engasgou com o donut. “Porta-lanches? Barry, seu uniforme já é 90% ego e 10% lycra. Onde você vai botar um porta-lanches?”

Cisco caiu na gargalhada, apontando os dois. “Vocês são um show! Mas, Barry, se eu fizer um porta-lanches, vai ser pra mim. Imagina: ‘Cisco, o Herói do Alcaçuz’, com um cinto de petiscos!”

Barry jogou outra batatinha. “Herói do Alcaçuz? Cisco, você tá a um passo de virar o mascote de uma confeitaria. Kara, me ajuda aqui!”

Kara flutuou, roubando a sacola de batatinhas. “Não, não. Eu apoio o Cisco. Mas só se ele batizar o cinto de ‘Cinto de Combate Açucarado’. Quem tá comigo?”

Cisco levantou a mão. “Eu! E, Barry, você tá devendo um milkshake por essa zoação. Paga na próxima missão.”

Barry fingiu indignação. “Vocês são cruéis! Tá bom, milkshake e donuts pra todo mundo... depois que a gente salvar o mundo de novo.”

Caitlin, finalmente olhando pra eles, suspirou. “Vocês terminaram? Porque o sinal do núcleo tá apontando pra um laboratório secreto da LexCorp em Metrópolis. Precisamos avisar Lois e Clark.”

Barry sorriu. “Beleza, Cait. Vamos chamar a cavalaria. Mas, Cisco, sério, faz o porta-lanches. Eu acredito em você.”

Cisco riu, jogando outro alcaçuz. “Sonha, Allen. Sonha.”

Cena: Metrópolis, Telhado do Planeta Diário, Noite

Lois Lane, em sua armadura de Supermulher, recebeu o chamado de Barry enquanto observava Metrópolis. Clark, como Superman, flutuava ao lado, preocupado. “Lex e Thawne juntos é um pesadelo,” disse Lois. “E se Brainiac tá no meio, é pior.”

Clark assentiu. “Vou checar com Bruce em Gotham. Ele tá rastreando a Corte das Corujas, e eles podem ter laços com a LexCorp. Barry e Kara podem segurar as pontas em Central City?”

Lois sorriu. “Com Cisco no comando? Eles vão salvar o dia... ou pelo menos comer todos os donuts antes.”

Enquanto Lois e Clark planejavam, em Central City, Barry, Kara e Cisco já organizavam a próxima missão, com Cisco brincando sobre um “Drone de Entrega de Lanches” e Kara desafiando Barry a uma corrida até Metrópolis. A ameaça de Luthor crescia, mas a Liga, com sua mistura de heroísmo e caos, estava pronta.