Cena: Metrópolis, CatCo Worldwide Media, Manhã
O arranha-céu da CatCo Worldwide Media em Metrópolis pulsava com a energia frenética de uma redação. Kara Zor-El, sem o uniforme de Supergirl, movia-se com graça e eficiência pelos corredores, vestindo uma blusa branca impecável, saia lápis azul e óculos de armação preta que suavizavam sua força kryptoninana. Como assistente pessoal de Cat Grant, a magnata da mídia, Kara equilibrava uma agenda lotada, entregando relatórios, marcando reuniões e respondendo e-mails com uma competência que mascarava sua natureza heroica.
No escritório de Cat, um espaço elegante com janelas panorâmicas, Kara organizava uma pilha de documentos enquanto Cat, em um terno chique, falava ao telefone com um tom cortante. “Diga ao conselho que não aceito atrasos na campanha digital,” ordenou Cat, desligando e virando-se para Kara. “Kara, o relatório da audiência de ontem está pronto? E a reunião com os patrocinadores, está confirmada?”
Kara, com um sorriso calmo, entregou uma pasta. “Relatório finalizado, revisado e no seu tablet, Sra. Grant. A reunião está marcada para as 14h, com café e os slides que você pediu.” Sua voz era dócil, mas firme, refletindo uma confiança discreta.
Cat ergueu uma sobrancelha, claramente impressionada, mas contida. “Você é uma joia, Kara. Não sei como sobrevivi antes de você. Agora, encontre William Dey, o novo repórter investigativo. Ele precisa de um briefing sobre o protocolo da CatCo.”
Kara assentiu, saindo do escritório com um caderno na mão. No corredor, ela encontrou William Dey, um homem de trinta e poucos anos, com cabelo castanho bagunçado, óculos de armação fina e um ar de curiosidade afiada. Ele segurava uma caneta e um bloco de notas, parecendo um pouco perdido na agitação da redação.
“William Dey?” perguntou Kara, estendendo a mão com um sorriso acolhedor. “Sou Kara Danvers, assistente da Sra. Grant. Vou te mostrar o funcionamento da CatCo.”
William apertou a mão dela, seu olhar avaliador, mas amigável. “Prazer, Kara. Ouvi dizer que você é a pessoa que mantém este lugar funcionando. Estou pronto para aprender.”
Kara guiou William pela redação, explicando o fluxo de trabalho, os sistemas digitais e as expectativas de Cat. Sua paciência e clareza impressionaram William, que anotava tudo com atenção. Enquanto passavam pelo estúdio de transmissão, William perguntou: “Kara, como você lida com a pressão? Cat Grant parece... intensa.”
Kara sorriu, ajustando os óculos. “É questão de equilíbrio. A Sra. Grant exige o melhor, mas ela também inspira. Você se acostuma, William. E, se precisar de ajuda, estou aqui.” O tom dela era gentil, mas havia uma força subjacente, um eco de Supergirl que William não percebeu, mas sentiu.
Eles pararam na cafeteria da CatCo, compartilhando um café. William olhou para Kara, curioso. “Você parece alguém com muitas camadas, Kara. O que te motiva a fazer isso tudo?”
Kara hesitou, pensando em Krypton, em Clark, em Lois e no bebê que chamava de sobrinho. “Quero fazer a diferença,” disse, a voz suave, mas firme. “Seja ajudando a CatCo a contar histórias ou... protegendo as pessoas que amo.” Seus olhos encontraram os de William, e havia uma conexão inicial, um respeito mútuo que prometia uma amizade crescente.
William sorriu, levantando a xícara. “Acho que vamos nos dar bem, Kara Danvers.”
Cena: Smallville, Fazenda Kent, Tarde
No fim do dia, Kara voou para Smallville, trocando o uniforme de Supergirl por uma blusa verde e jeans, e pousou na fazenda Kent, onde o aroma de pão recém-assado de Martha Kent pairava no ar. Lois, no início da gravidez, descansava em uma cadeira na varanda, um caderno de anotações no colo, enquanto Clark, em uma camisa xadrez e jeans, consertava uma cerca no quintal, seu lado humano em plena exibição.
Kara se aproximou de Lois, sorrindo. “Como tá meu sobrinho hoje?” perguntou, ajoelhando-se ao lado dela.
Lois riu, guiando a mão de Kara para sua barriga. “Ele tá quieto, mas já é um Lane-Kent. Aposto que vai ser teimoso como eu.” Kara fechou os olhos, captando o batimento fraco do bebê, seu rosto iluminado por emoção.
“Ele é perfeito,” sussurrou Kara, os olhos marejados. “Você e Clark vão ser pais incríveis, Lois.”
Lois tocou o ombro dela, a voz cheia de carinho. “E você vai ser a melhor tia, Kara. Ele já tem sorte de ter você.”
Clark terminou o conserto, limpando as mãos e se aproximando. Ele abraçou Lois por trás, beijando o topo de sua cabeça, antes de olhar para Kara, que se levantou, ajeitando o cabelo. “Kara, quer caminhar comigo até o celeiro?” perguntou Clark, a voz suave, mas com um tom de quem queria conversar.
Kara assentiu, e eles caminharam pelos campos, o sol dourado iluminando o horizonte. O silêncio era confortável, mas Clark quebrou-o com cuidado. “Kara, você tá feliz na CatCo? Em Metrópolis?” perguntou, os olhos cheios de preocupação fraternal.
Kara sorriu, olhando para os campos. “Estou. Trabalhar com Cat é desafiador, mas me faz sentir útil. E conheci alguém hoje... William Dey, um repórter. Ele é gentil, curioso. Acho que pode ser um bom amigo.”
Clark parou, virando-se para ela, a expressão séria, mas calorosa. “Kara, você já faz tanto, como Supergirl, como Kara Danvers. Mas... tem alguém que você ama? Alguém com quem você sonha construir algo?”
Kara hesitou, o peso da pergunta a pegando desprevenida. Ela pensou em Krypton, na solidão de ser a última de sua casa, mas também em Lois, Clark, e no bebê. “Ainda não,” admitiu, a voz suave. “Mas quero isso, Clark. Uma família, como você e Lois. Alguém pra compartilhar as estrelas.”
Clark colocou a mão no ombro dela, os olhos brilhando com apoio. “Você vai encontrar, Kara. Você tem um coração que ilumina o mundo. E, não importa o que aconteça, Lois, eu, e esse bebê... somos sua família. Torço pelo seu futuro, por tudo que você sonha.”
Kara abraçou Clark, uma lágrima escorrendo. “Obrigada, Clark. Você sempre me faz lembrar quem sou.” Eles voltaram para a varanda, onde Lois os esperava, e os três compartilharam um momento silencioso, olhando o pôr do sol, conectados pelo amor e pela promessa de um novo legado.
Cena: Metrópolis, Apartamento de Kara Zor-El, Noite
De volta a Metrópolis, Kara estava em seu apartamento, sentada à janela com vista para a cidade. Sem o uniforme de Supergirl, ela usava uma blusa cinza e calça preta, segurando um cristal kryptoninano que pertencia a sua mãe, Alura. A gravação de Alura ecoava, falando sobre esperança, e Kara ouviu com atenção, o coração cheio de reflexões sobre o dia.
“Você me ensinou a sonhar, mãe,” sussurrou, apertando o cristal. Ela pensou em William Dey, em sua conversa com Clark, e no bebê de Lois. “Quero uma família, como Clark e Lois. Um dia, vou encontrar meu caminho.”
Kara abriu a janela, deixando o vento de Metrópolis entrar, e olhou para as estrelas, sentindo-se ancorada pela promessa de um futuro cheio de amor. Ela não voou, apenas ficou ali, absorvendo a cidade que a acolhera, pronta para ser Kara Danvers e Supergirl, com esperança no coração.
Cena: Smallville, Fazenda Kent, Noite
Na fazenda Kent, Lois e Clark estavam na varanda, sob um céu estrelado. Lois, com um cobertor sobre os ombros, repousava contra Clark, que a abraçava, as mãos na barriga dela. A gravidez, ainda no início, era uma promessa silenciosa entre eles.
“Clark,” murmurou Lois, a voz cheia de amor, “esse bebê vai crescer com um pai que conserta cercas e salva mundos. Mas, por favor, nada de voar com ele antes da escola.”
Clark sorriu, beijando o pescoço dela. “Combinado, Lois. Ele vai aprender a ser corajoso como a mãe.” Ele a virou suavemente, capturando-a em um beijo lento e apaixonado, que selava seu amor e seu futuro como família.
Martha Kent, observando da janela da cozinha, sorriu. “Esses dois vão criar algo especial,” murmurou, voltando para seus biscoitos, enquanto as estrelas brilhavam sobre Smallville.