O Vigilante e o Deus
Cenário: Beco de Metrópolis, Noite
A fumaça do ataque dos mercenários do Projeto Cadmus ainda pairava no beco onde Lois Lane e Superman (Clark Kent) enfrentaram o perigo. Clark, recuperado do dardo de kryptonita, segurava Lois, seus olhos cheios de preocupação. “Você não deveria estar tão perto do fogo, Lois,” disse, a voz rouca. Lois, com um hematoma no braço, respondeu com firmeza: “O fogo é onde a verdade está, Clark. Lex e Waller estão nos manipulando.” Ela segurou o gravador, agora danificado, mas com fragmentos de uma conversa dos mercenários mencionando “Cadmus” e “o vigilante de Gotham”.
Clark olhou para o horizonte, onde Gotham ardia sob luzes distantes. “Bruce está envolvido nisso, mesmo sem saber,” murmurou. “Vou falar com ele, de uma vez por todas.” Lois tocou seu rosto. “Seja você, Clark. Não o deus que ele teme.” Superman assentiu, voando para Gotham, sua capa vermelha cortando o céu.
Cenário: Telhados de Gotham, Noite
A chuva caía em Gotham, encharcando os telhados onde Batman (Bruce Wayne) movia-se como uma sombra. Ele rastreava sinais de mercenários do Cadmus, suspeitando que Amanda Waller usava tecnologia roubada da WayneTech. Um batarangue desativou um drone espião, mas Bruce parou ao sentir uma presença. Superman pousou à sua frente, a chuva escorrendo por sua capa, os olhos brilhando com determinação.
“Bruce, precisamos parar isso antes que piore,” disse Clark, a voz calma, mas firme. Batman, com a máscara brilhando sob a chuva, respondeu: “Você trouxe o caos, Clark. Gotham não precisa de salvadores voadores.” Ele ativou um dispositivo no cinto, emitindo uma frequência de kryptonita, apenas o suficiente para incomodar Clark, que cerrou os punhos, mas não recuou.
“Você acha que sou uma ameaça,” disse Clark, apontando para o dispositivo. “Mas seus métodos—espionagem, kryptonita—são o que está dividindo a Liga.” Bruce deu um passo à frente, a voz cortante: “A Liga é cega pela sua luz. Eu vejo o que você pode se tornar. Um tirano.” Clark balançou a cabeça, frustrado. “E você se tornou o que teme, Bruce. Um homem que não confia em ninguém.”
Cenário: Beco de Gotham, Mesma Noite
Enquanto isso, Lois, seguindo pistas do ataque, dirigia para Gotham, rastreando um sinal de rádio dos mercenários. No Beco do Crime, onde os pais de Bruce morreram, ela foi emboscada por mais agentes do Cadmus, armados com rifles de kryptonita. “Lane, você cavou fundo demais,” grunhiu o líder, apontando a arma. Antes que disparasse, uma sombra caiu do céu. Batman lançou batarangues, desarmando os mercenários, e derrubou o líder com um golpe preciso.
Lois, ofegante, ficou de pé. “Obrigada, mas não pedi ajuda,” disse, segurando o gravador. Batman, com a voz grave, respondeu: “Você está em Gotham. Aqui, ninguém pede.” Ele analisou os rifles, confirmando tecnologia da WayneTech roubada. “Waller está jogando um jogo perigoso,” murmurou, antes de desaparecer nas sombras, deixando Lois com uma mistura de gratidão e desconfiança.
Cenário: Torre de Vigia, Órbita da Terra, Madrugada
Na Torre de Vigia, a Liga da Justiça se reuniu em uma sala de comando, a tensão palpável. Mulher-Maravilha (Diana Prince) liderava a discussão, com Flash (Barry Allen) e Lanterna Verde (Hal Jordan) ao seu lado. “Bruce e Clark estão se destruindo,” disse Diana, sua voz carregada de frustração. “Se não nos unirmos, a humanidade pagará o preço.” Aquaman (Arthur Curry) cruzou os braços. “Bruce sempre foi paranoico, mas Clark precisa provar que não é intocável.”
Caçador de Marte (J’onn J’onzz) projetou imagens dos protestos em Metrópolis, alimentados por propagandas anti-Superman. “Há uma força externa manipulando isso,” disse, sua telepatia detectando algo maior. Cyborg (Victor Stone) hackeava redes, encontrando rastros de interferência digital, mas sem identificar a fonte. Zatanna Zatara, analisando runas místicas, alertou: “Essa divisão não é apenas humana. Há algo... alienígena por trás.”
Cenário: LexCorp, Metrópolis, Madrugada
Na torre da LexCorp, Lex Luthor observava monitores com imagens do confronto verbal em Gotham, capturadas por drones. Mercy Graves relatou o fracasso dos mercenários contra Lois. “Lane é um problema,” disse Mercy. Lex sorriu, segurando um cristal verde de kryptonita. “Ela é uma peça no tabuleiro, Mercy. Batman e Superman estão se destruindo sozinhos.” Ele abriu um canal secreto, conectando-se a Amanda Waller.
“Waller, seus mercenários falharam,” disse Lex, o tom cortante. “Mas o vigilante de Gotham está onde queremos.” Waller, em uma base do Cadmus, respondeu: “Superman será neutralizado, Luthor. Continue a campanha.” Nos bastidores, um sinal digital estranho piscava nos monitores de Lex, imperceptível, mas com a assinatura de Brainiac.
Cena Final: Telhados de Gotham, Amanhecer
A chuva cessou, e o amanhecer tingiu Gotham de laranja. Superman, ainda no telhado, olhou para Bruce, que permanecia imóvel. “Bruce, se não confiarmos um no outro, quem confiará em nós?” perguntou Clark, a voz quase suplicante. Batman, com a kryptonita desativada, respondeu: “Confiança é ganha, Clark. E você ainda não ganhou a minha.” Ele lançou um gancho e desapareceu, deixando Clark sozinho.
Clark voou para Metrópolis, sua mente pesada. Ele sabia que Lois estava certa: a verdade precisava ser revelada. Mas, enquanto voava, sentiu um vazio. A batalha com Bruce estava apenas começando, e algo maior se aproximava.