Superman Prateado 18/20

Metrópolis acordou com uma energia vibrante, as ruas pulsando com a vida renovada após a cerimônia de homenagem a Superman.

A estátua do Homem de Aço na praça central brilhava sob o sol matinal, e os cidadãos, inspirados pela mensagem de união, organizavam feiras comunitárias e mutirões de reconstrução.

Mas, sob a superfície, uma inquietação crescia. Clark Kent, agora plenamente integrado como herói e repórter, sentia-a em seus ossos

— um pressentimento que nem sua visão de raio-X podia explicar. O Devorador, mencionado na mensagem criptografada de Lex Luthor, estava próximo, e a ausência do cristal kryptoniano deixava Clark cego para sua chegada.

No Planeta Diário, a redação era um redemoinho de atividade. Lois Lane revisava anotações de sua investigação sobre os aliados de Luthor, determinada a rastrear quem o ajudava da prisão. Clark, sentado em sua mesa, analisava relatórios de avistamentos estranhos no céu

— luzes piscando, objetos não identificados relatados por pilotos. Ele sabia que não eram coincidências. A silhueta que vira na noite anterior, movendo-se entre as estrelas, era um aviso. O Devorador estava vindo, e Metrópolis seria seu alvo.

Lois se aproximou, jogando um tablet na mesa de Clark. “Olha isso, Kent,” ela disse, apontando para uma transmissão interceptada de um servidor da LexCorp.

É uma mensagem codificada, enviada da prisão de Luthor. Fala de um ‘sinal cósmico’ e uma ‘chegada iminente’. Acho que é o que você tá temendo.”Clark leu a mensagem, o coração apertando. “O Devorador,” ele murmurou, a voz grave. “Luthor deve ter usado o Farol pra enviar um sinal antes de eu destruí-lo.

Ele tá atraindo essa coisa pra cá.”Lois cruzou os braços, o olhar firme. “Então vamos detê-lo antes que chegue. Podemos rastrear a origem do sinal, talvez encontrar um jeito de bloqueá-lo.

Mas, Clark, você tá pronto pra isso? Sem o cristal, sem Krypton... é só você contra um monstro alienígena.”Clark sorriu, a confiança dela o fortalecendo.

Não é só eu, Lois. É nós. E Metrópolis. Vamos enfrentar isso juntos.”Naquela tarde, Clark e Lois seguiram a pista do sinal até um observatório abandonado nos arredores da cidade, um local que a LexCorp usara para experimentos secretos.

Clark, como Superman, voou à frente, sua visão telescópica confirmando a presença de tecnologia kryptoniana no local. Lois dirigia um jipe, equipada com um dispositivo de hacking fornecido por um contato. “Se Luthor tá enviando sinais pro espaço, é aqui,” ela disse pelo comunicador. “Fique de olho, Homem de Aço.

Dentro do observatório, eles encontraram um transmissor gigante, seus cristais brilhando com uma energia verde que lembrava kryptonita, mas misturada com tecnologia kryptoniana.

O dispositivo pulsava, enviando ondas para o espaço, e Clark sentiu uma onda de fraqueza, mesmo a distância.

“Lois, isso é mais forte que o Titan,” ele disse, pousando ao lado dela. “Se não desligarmos, o Devorador vai usar o sinal como um farol.

Lois já estava no painel de controle, conectando seu dispositivo. “Dá cobertura, Clark. Vou tentar bloquear o sinal.

Mas antes que pudesse terminar, drones da LexCorp surgiram, disparando raios de kryptonita. Superman voou, destruindo-os, mas a kryptonita o enfraquecia, cada golpe deixando-o mais lento.De repente, o transmissor emitiu uma onda de energia, e uma projeção holográfica de Lex Luthor apareceu.

Kal-El, você é persistente, mas tarde demais,” ele disse, o sorriso frio. “O Devorador já recebeu o sinal. Metrópolis será seu campo de testes, e você, seu primeiro troféu.”Superman, ofegante, socou o chão, rachando o concreto.

“Você tá destruindo a cidade que diz proteger, Luthor! Por quê?”Luthor riu, a projeção piscando. “Porque a humanidade merece um líder, não um alienígena. O Devorador vai apagar você, e eu reconstruirei Metrópolis à minha imagem.

A projeção apagou, e o transmissor começou a superaquecer, prestes a explodir.Lois terminou de hackear o painel, bloqueando o sinal, mas o dispositivo já estava instável. “Clark, temos que sair daqui!” ela gritou, correndo para ele. Superman a pegou nos braços, voando para fora do observatório segundos antes de uma explosão engolir o prédio em chamas.

Eles pousaram em uma colina próxima, Lois ofegante, mas ilesa. “Conseguimos,” ela disse, olhando para o céu. “O sinal tá bloqueado, certo?”Clark assentiu, mas seus olhos estavam fixos no horizonte, onde uma sombra colossal cruzava as estrelas.

O Devorador

— uma máquina viva, com garras metálicas e olhos vermelhos brilhando

— descia lentamente, atraído pelo sinal incompleto. “Bloqueamos o sinal, Lois, mas ele já tá aqui.”Lois segurou a mão dele, a determinação inabalável.

Então vamos lutar, Clark. Por Metrópolis. Por nós.”Na prisão, Luthor assistia a tudo por um dispositivo escondido, sua cela fria iluminada pelo brilho da tela.

“Venha, Devorador,” ele murmurou, os olhos brilhando com antecipação. “Destrua o alienígena, e me dê a cidade.

Em Metrópolis, as sirenes começaram a soar, e a multidão na praça central olhou para o céu, vendo a sombra do Devorador.

Superman voou, Lois ao seu lado no jipe, correndo para alertar a cidade. A batalha final estava começando, e o destino de Metrópolis dependia deles.