Metrópolis amanheceu sob um céu de um azul cristalino, as torres de vidro refletindo o sol como se celebrassem a vitória sobre o Devorador.
A cidade, outrora dividida pelo medo e pela manipulação de Lex Luthor, agora pulsava com uma unidade renovada.
A estátua de Superman na praça central, apesar da rachadura causada pela batalha, tornara-se um símbolo ainda mais poderoso
— Não apenas de força, mas de sacrifício e esperança. As ruas estavam cheias de cidadãos reconstruindo, rindo, vivendo, e o Planeta Diário, com suas manchetes otimistas, capturava esse espírito em cada edição.
Na redação, Clark Kent e Lois Lane trabalhavam lado a lado, uma harmonia silenciosa entre eles. A batalha contra o Devorador os unira de forma definitiva, e a verdade sobre a identidade de Clark
— Kal-El, Superman
— era agora um laço que os fortalecia. Clark terminava uma matéria sobre a reabertura de escolas afetadas pelo apagão, enquanto Lois revisava sua última investigação, que detalhava a rede de aliados de Luthor, agora desmantelada pelas autoridades.
O magnata, preso em uma cela de segurança máxima, parecia, pela primeira vez, sem jogadas imediatas.
Lois olhou para Clark, jogando um lápis que ele pegou no ar sem esforço, apesar da fachada de desajeitado.
“Você tá ficando convencido, Kent,” ela disse, com um sorriso travesso. “Salvou a cidade, ganhou uma estátua, e agora pega lápis no ar? Cuidado pra não virar arrogante.
Clark riu, ajustando os óculos. “Nunca, Lois. Você me manteria no chão mesmo que eu tentasse.” Ele hesitou, então acrescentou, mais sério: “Sabe, às vezes ainda penso em Krypton, na colônia que nunca verei.
Mas olhando pra Metrópolis... pra você... sei que fiz a escolha certa.”Lois se inclinou, tocando a mão dele. “Você deu um lar pra essa cidade, Clark. E, quer saber? Você é o meu lar também.
As palavras, ditas com uma vulnerabilidade rara, fizeram o coração dele disparar.
Antes que pudesse responder, Jimmy Olsen entrou correndo, segurando sua câmera.
Lois! Clark! A prefeitura tá dando uma festa surpresa na praça pra celebrar a recuperação da cidade, e eles querem Superman lá! Vocês vêm?”Lois sorriu, puxando Clark pela manga.
Vamos, Homem de Aço. Sua cidade tá chamando.
A praça central estava transformada: luzes coloridas penduradas entre postes, barracas de comida, música ao vivo, e crianças correndo com balões estampados com o símbolo do “S”.
A estátua de Superman, agora com a rachadura reparada com bronze polido, brilhava sob o sol poente.
A multidão aplaudiu quando Superman pousou no palco, sua capa esvoaçante, mas seus olhos buscaram Lois na multidão, ancorando-o.
A prefeita subiu ao palco, entregando a Superman um livro de mensagens escritas por cidadãos — agradecimentos, desenhos de crianças, histórias de como ele os inspirara.
Você nos mostrou o que significa lutar por algo maior,” ela disse. “Metrópolis é sua casa, e você é nossa família.”Superman, com a voz firme, mas cheia de emoção, respondeu: “Vocês são minha força. Cada um de vocês.
Prometo proteger essa cidade, não só com meus poderes, mas com meu coração.” Ele olhou para Lois, que tirava fotos com Jimmy, e acrescentou: “E com as pessoas que me lembram todos os dias o que é ser humano.
A multidão explodiu em aplausos, e a festa começou, com música, risos e danças. Clark, agora de volta ao terno, encontrou Lois perto de uma barraca de algodão-doce, onde ela o entregou um, rindo. “Você já salvou o mundo, Clark.
Agora tenta não derrubar isso na camisa.”Ele pegou o algodão-doce, sorrindo. “Desafio aceito.” Eles caminharam pela praça, a multidão ao redor deles celebrando, e Clark sentiu uma paz que nunca conhecera. Krypton era uma memória, o Devorador uma ameaça vencida, e Luthor, por enquanto, silenciado.
Pela primeira vez, ele não precisava olhar para o céu em busca de perigos
— podia olhar para Metrópolis, para Lois, e ver um futuro.Lois parou, puxando-o para um canto mais tranquilo, sob a sombra da estátua. “Sabe, Clark, eu nunca fui de finais felizes,” ela disse, a voz suave.
Mas acho que esse... esse tá valendo.” Ela se inclinou, beijando-o lentamente, o mundo ao redor deles desaparecendo por um momento.Clark a abraçou, o calor dela contra ele, e sussurrou: “Esse é só o começo, Lois.
Na prisão, Lex Luthor, em sua cela, recebia uma última mensagem criptografada: “O Devorador caiu. Novos planos em andamento.
Ele amassou o dispositivo, mas seu sorriso era frio. “Aproveite sua vitória, Kal-El,” ele murmurou. “Porque eu sempre volto.
Mas naquela noite, em Metrópolis, o futuro parecia brilhante. Clark e Lois dançaram sob as luzes da praça, a cidade cantando ao redor deles.
O coração de Metrópolis batia forte, e Superman, com Lois ao seu lado, sabia que, não importa o que viesse, eles enfrentariam juntos
— como heróis, como parceiros, como um lar.