Collin Watson
Collin_ E então Bhert para onde elas foram?
Bhert_ Elas foram para a casa da Marina, eu deixei um segurança dos que ficam na empresa de olho nelas, ele as seguiu o dia todo.
Collin_ E ele já passou algum relatório?
Bhert_ Ele disse que elas fizeram compras, e falaram sobre ir a uma boate exclusiva, ou melhor, a mais exclusiva, parece que a Marina conhece um cara que vai deixá-las entrar.
Collin_ Entendido, qualquer coisa me mantenha informado e já sabe nenhuma palavra disso com ninguém.
Bhert _ Certo senhor.
Desligo o telefone e tento me concentrar nos papéis à minha frente, mas não consigo.
Que droga estou fazendo colocando alguém para vigiar a Laila? Estou ficando obcecado por essa garota, uma simples empregadinha insignificante, mas ela é tão linda, e aqueles lábios perfeitos, os mais doces que já provei, a pele dela também tem um sabor em uma maciez única.
Lembranças de nós dois no quarto dela vem a minha mente, passei minha língua na pele úmida do pescoço delicado dela como um homem sedento, o pior é que não tive o suficiente, mas logo terei, meus planos para ela continuam de pé, ela será minha enquanto eu quiser.
Com um sorriso de vitória no rosto volto a trabalhar, faço algumas reuniões online e outras aqui mesmo na empresa, é sábado e a maioria dos funcionários está de folga, mas costumo trabalhar sempre que a minha agenda está muito cheia para a semana.
As seis em ponto, saio do escritório com o Ricky em meu encalço.
Ricky_ E então vamos tomar aquela bebida ou não?
Collin_ Pode ser, mas vou em casa tomar um banho primeiro.
Ricky_ Não vai levar a Sarah né.
Collin_ Não, ela está viajando com a mãe dela, foram a Paris encomendar o vestido de noiva em um ateliê exclusivo e blá blá não me lembro mais do resto da conversa.
Ele dá uma risada e balança a cabeça.
Ricky_ Isso é ótimo, um final de semana solteiro para você.
Collin_ Como se a presença da Sarah na cidade me impedisse de fazer o que eu quero.
Ricky_ Não impede, mas ela monopoliza todo o seu tempo livre.
Collin_ Tá chega, me encontra no lugar de sempre daqui a uma hora.
Ricky_ Tá certo, darei uma passada em casa também.
Com isso ele entra em seu carro e eu no meu e cada segue o seu caminho.
Já em meu apartamento tomo um banho, me arrumo com uma roupa mais casual e pronto.
Quando pego as chaves do carro para sair o meu telefone toca, o nome do Bhert está na tela, então atendo já sabendo que é alguma atualização sobre a Laila.
Collin_ Fala Bhert.
Bhert_ Chefe elas foram a Inebriante.
Collin_ O quê!! A boate do pervertido do Brad Carter?!!
Bert_ Exatamente.
Collin_ Mantenha o segurança de olhos grudados nela, estou indo para lá agora mesmo.
Desligo o celular sem esperar por uma resposta e já entrando no elevador disco o número do Ricky.
Ricky_ Fala cara, estou saindo de casa agora mesmo.
Collin_ Ouve uma mudança de planos, nós vamos para a Inebriante.
Ricky_ Hou! Tudo bem, não sabia que curtia esse tipo de diversão.
Collin_ E não curto.
Ricky_. Então, por que ir a esse lugar?
Collin_ Te encontro lá.
Encerro a ligação para não ter que dar nenhuma explicação, conheço o Ricky ele ia começar a fazer um monte de pergunta as quais não estou nem um pouco disposto a responder.
Chego a maldita boate em tempo recorde e poucos segundos depois o carro do meu amigo estaciona ao lado do meu.
Ricky_ E então vai me explicar o que viemos fazer aqui?
Collin_ Vim buscar alguém que não sabe o que tipo de boate é essa.
Ricky_ E onde entro nessa história?
Collin_ Ela está com uma amiga.
Ricky_ Ela é bonita?
Collin_ Não sei, nunca reparei nela.
Ricky_ A não, então estou fora.
Collin_ Vai se recusar a ajudar uma garota inocente?
Ricky_ Não sou nenhum super-herói, estou indo embora.
Collin_ Não vai não, você vai entrar comigo.
Empurro ele até a entrada ignorando a fila enorme, passando pelos seguranças, como esperado nos deixam entrar sem dizer uma palavra.
Ricky_ Isso aqui está um caos como vamos encontrar essas garota?
Collin_ procure por uma ruiva estonteante e me avise se encontrar.
Ricky_ Ruiva é, já gostei.
Collin_ É só para me avisar, ela é minha!
Ricky_ Falou o cara que vai se casar em alguns meses.
Collin_ Não enche, faça o que estou mandando.
Ricky_ Tudo bem, tudo bem.
Ele sai jogando as mãos para o alto.
Nos vamos em direções diferentes olhando entre a multidão, mas meia hora depois estamos de volta ao mesmo lugar e nenhum dos dois encontrou nada.
Decido então ligar para o Bhert, preciso que o segurança me dê uma localização mais exata de onde ela está, esse lugar é enorme e se continuarmos assim não vamos encontrá-la a tempo.
Collin_ Bhert preciso de uma localização mais exata.
Bhert_ Vou mandar agora.
Ele desliga e momentos depois chega uma foto da Laila no meio da pista de dança, como não pensei nisso antes? Ela adora dançar.
Collin_ Ricky, já sei onde ela está, preciso de um favor seu.
Ricky_ Fala.
Collin_ Está vendo essa garota de vestido vermelho nessa foto? É ela que você terá que distrair.
Ricky_ Humm, ela é bonita, pode deixar comigo e deixa eu adivinhar essa deusa de vestido preto é a sua garota, a tal ruiva misteriosa.
Collin_ Isso.
Ricky_ Por isso que você está nesse desespero todo, essa mulher é espetacular, eu me casaria com ela hoje se ela quisesse.
Collin_ A cale a boca e vai lá na garota de vermelho, não mencione o meu nome nem por um momento.
Rucky_ Tá certo, ao menos garantirei uma transa essa noite.
Nos vamos até a pista de dança e eu fico de longe observando ele abordar a Marina, acho que é esse o nome dela, não presto atenção na interação dos dois, pois meus olhos estão focados na Laila que dança sensualmente uma música que eu não conheço, mas que com certeza será a trilha sonora dos meus próximos sonhos com o balanço dos quadris perfeitos dela.
Assim que percebo que o Ricky conseguiu ganhar a garota e os dois somem de vista, eu me aproximo da Laila que alheia ao seu entorno não percebe que está cercada de homens sedentos pelo corpo dela, incluindo o dono da boate, o pervertido do Brad Carter.
Chego por trás sem quem ela me veja e levo as minhas mãos a sua cintura.
Ela fica tença na hora e para com aquele rebolado gostoso ao mesmo tempo em que tenta se soltar do meu aperto.
Collin_ Calma, coelhinha sou eu.
Ela vira o rosto para trás de uma vez com os olhos verdes arregalados.
Laila_ O que você está fazendo aqui?
Ela pergunta confusa e com um pouco de raiva na voz, mas não me passa despercebido que ela já não tenta se soltar mais e até parece confortável com o meu toque, mesmo com uma camada de tecido nos separando sinto um leve formigamento em minhas mãos.
Collin_ Eu que te pergunto, o que faz em um lugar como esse?
Laila _ O que a gente faz em uma boate? Dança, bebe, flerta e se diverte.
Collin_ Não nessa boate, você vai embora comigo agora.
Laila _ Você não manda em mim, não sairei daqui.
Ela responde tropeçando nas palavras, e vira copo de bebida na boca tomando todo o seu conteúdo de uma vez.
Collin_ Você sabe, que tipo de boate é essa?
Laila_ E existem tipos de boate? Eu hein!
Collin_ Essa é uma boate liberal, aposto que você assinou um termo de responsabilidade quando entrou aqui.
Laila _ Assinei, eu acho.
Collin_ Escuta aqui, quando der meia-noite uma sirene vai tocar e as luzes vão se apagar e todo mundo vai se pegar literalmente, sexo explícito e em público.
Agora tenho a atenção dela que me olha assustada.
Laila _ A Marina não me falou nada sobre isso.
Collin_ Provavelmente ela não sabe, vem vamos embora.
Pego na mão dela ignorando as ondas de eletricidade que me atingem.
Laila _ Não!
Ela puxa a mão de volta.
Laila _ Quem me garante que você está falando a verdade?