Cap 16

Collin Watson 

Collin_ E então Bhert para onde elas foram?

Bhert_ Elas foram para a casa da Marina, eu deixei um segurança dos que ficam na empresa de olho nelas, ele as seguiu o dia todo.

Collin_ E ele já passou algum relatório?

Bhert_ Ele disse que elas fizeram compras, e falaram sobre ir a uma boate exclusiva, ou melhor, a mais exclusiva, parece que a Marina conhece um cara que vai deixá-las entrar.

Collin_ Entendido, qualquer coisa me mantenha informado e já sabe nenhuma palavra disso com ninguém.

Bhert _ Certo senhor.

Desligo o telefone e tento me concentrar nos papéis à minha frente, mas não consigo. 

Que droga estou fazendo colocando alguém para vigiar a Laila? Estou ficando obcecado por essa garota, uma simples empregadinha insignificante, mas ela é tão linda, e aqueles lábios perfeitos, os mais doces que já provei, a pele dela também tem um sabor em uma maciez única.

Lembranças de nós dois no quarto dela vem a minha mente, passei minha língua na pele úmida do pescoço delicado dela como um homem sedento, o pior é que não tive o suficiente, mas logo terei, meus planos para ela continuam de pé, ela será minha enquanto eu quiser.

Com um sorriso de vitória no rosto volto a trabalhar, faço algumas reuniões online e outras aqui mesmo na empresa, é sábado e a maioria dos funcionários está de folga, mas costumo trabalhar sempre que a minha agenda está muito cheia para a semana.

As seis em ponto, saio do escritório com o Ricky em meu encalço.

Ricky_ E então vamos tomar aquela bebida ou não?

Collin_ Pode ser, mas vou em casa tomar um banho primeiro.

Ricky_ Não vai levar a Sarah né.

Collin_ Não, ela está viajando com a mãe dela, foram a Paris encomendar o vestido de noiva em um ateliê exclusivo e blá blá não me lembro mais do resto da conversa.

Ele dá uma risada e balança a cabeça.

Ricky_ Isso é ótimo, um final de semana solteiro para você.

Collin_ Como se a presença da Sarah na cidade me impedisse de fazer o que eu quero.

Ricky_ Não impede, mas ela monopoliza todo o seu tempo livre.

Collin_ Tá chega, me encontra no lugar de sempre daqui a uma hora.

Ricky_ Tá certo, darei uma passada em casa também.

Com isso ele entra em seu carro e eu no meu e cada segue o seu caminho.

Já em meu apartamento tomo um banho, me arrumo com uma roupa mais casual e pronto.

Quando pego as chaves do carro para sair o meu telefone toca, o nome do Bhert está na tela, então atendo já sabendo que é alguma atualização sobre a Laila.

Collin_ Fala Bhert.

Bhert_ Chefe elas foram a Inebriante.

Collin_ O quê!! A boate do pervertido do Brad Carter?!!

Bert_ Exatamente.

Collin_ Mantenha o segurança de olhos grudados nela, estou indo para lá agora mesmo.

Desligo o celular sem esperar por uma resposta e já entrando no elevador disco o número do Ricky.

Ricky_ Fala cara, estou saindo de casa agora mesmo.

Collin_ Ouve uma mudança de planos, nós vamos para a Inebriante.

Ricky_ Hou! Tudo bem, não sabia que curtia esse tipo de diversão.

Collin_ E não curto.

Ricky_. Então, por que ir a esse lugar?

Collin_ Te encontro lá.

Encerro a ligação para não ter que dar nenhuma explicação, conheço o Ricky ele ia começar a fazer um monte de pergunta as quais não estou nem um pouco disposto a responder.

Chego a maldita boate em tempo recorde e poucos segundos depois o carro do meu amigo estaciona ao lado do meu.

Ricky_ E então vai me explicar o que viemos fazer aqui?

Collin_ Vim buscar alguém que não sabe o que tipo de boate é essa.

Ricky_ E onde entro nessa história?

Collin_ Ela está com uma amiga.

Ricky_ Ela é bonita?

Collin_ Não sei, nunca reparei nela.

Ricky_ A não, então estou fora.

Collin_ Vai se recusar a ajudar uma garota inocente?

Ricky_ Não sou nenhum super-herói, estou indo embora.

Collin_ Não vai não, você vai entrar comigo.

Empurro ele até a entrada ignorando a fila enorme, passando pelos seguranças, como esperado nos deixam entrar sem dizer uma palavra.

Ricky_ Isso aqui está um caos como vamos encontrar essas garota?

Collin_ procure por uma ruiva estonteante e me avise se encontrar.

Ricky_ Ruiva é, já gostei.

Collin_ É só para me avisar, ela é minha!

Ricky_ Falou o cara que vai se casar em alguns meses.

Collin_ Não enche, faça o que estou mandando.

Ricky_ Tudo bem, tudo bem.

Ele sai jogando as mãos para o alto.

Nos vamos em direções diferentes olhando entre a multidão, mas meia hora depois estamos de volta ao mesmo lugar e nenhum dos dois encontrou nada.

Decido então ligar para o Bhert, preciso que o segurança me dê uma localização mais exata de onde ela está, esse lugar é enorme e se continuarmos assim não vamos encontrá-la a tempo.

Collin_ Bhert preciso de uma localização mais exata.

Bhert_ Vou mandar agora.

Ele desliga e momentos depois chega uma foto da Laila no meio da pista de dança, como não pensei nisso antes? Ela adora dançar.

Collin_ Ricky, já sei onde ela está, preciso de um favor seu.

Ricky_ Fala.

Collin_ Está vendo essa garota de vestido vermelho nessa foto? É ela que você terá que distrair.

Ricky_ Humm, ela é bonita, pode deixar comigo e deixa eu adivinhar essa deusa de vestido preto é a sua garota, a tal ruiva misteriosa.

Collin_ Isso.

Ricky_ Por isso que você está nesse desespero todo, essa mulher é espetacular, eu me casaria com ela hoje se ela quisesse.

Collin_ A cale a boca e vai lá na garota de vermelho, não mencione o meu nome nem por um momento.

Rucky_ Tá certo, ao menos garantirei uma transa essa noite.

Nos vamos até a pista de dança e eu fico de longe observando ele abordar a Marina, acho que é esse o nome dela, não presto atenção na interação dos dois, pois meus olhos estão focados na Laila que dança sensualmente uma música que eu não conheço, mas que com certeza será a trilha sonora dos meus próximos sonhos com o balanço dos quadris perfeitos dela.

Assim que percebo que o Ricky conseguiu ganhar a garota e os dois somem de vista, eu me aproximo da Laila que alheia ao seu entorno não percebe que está cercada de homens sedentos pelo corpo dela, incluindo o dono da boate, o pervertido do Brad Carter.

Chego por trás sem quem ela me veja e levo as minhas mãos a sua cintura.

Ela fica tença na hora e para com aquele rebolado gostoso ao mesmo tempo em que tenta se soltar do meu aperto.

Collin_ Calma, coelhinha sou eu.

Ela vira o rosto para trás de uma vez com os olhos verdes arregalados.

Laila_ O que você está fazendo aqui?

Ela pergunta confusa e com um pouco de raiva na voz, mas não me passa despercebido que ela já não tenta se soltar mais e até parece confortável com o meu toque, mesmo com uma camada de tecido nos separando sinto um leve formigamento em minhas mãos.

Collin_ Eu que te pergunto, o que faz em um lugar como esse?

Laila _ O que a gente faz em uma boate? Dança, bebe, flerta e se diverte.

Collin_ Não nessa boate, você vai embora comigo agora.

Laila _ Você não manda em mim, não sairei daqui.

Ela responde tropeçando nas palavras, e vira copo de bebida na boca tomando todo o seu conteúdo de uma vez.

Collin_ Você sabe, que tipo de boate é essa?

Laila_ E existem tipos de boate? Eu hein!

Collin_ Essa é uma boate liberal, aposto que você assinou um termo de responsabilidade quando entrou aqui.

Laila _ Assinei, eu acho.

Collin_ Escuta aqui, quando der meia-noite uma sirene vai tocar e as luzes vão se apagar e todo mundo vai se pegar literalmente, sexo explícito e em público.

Agora tenho a atenção dela que me olha assustada.

Laila _ A Marina não me falou nada sobre isso.

Collin_ Provavelmente ela não sabe, vem vamos embora.

Pego na mão dela ignorando as ondas de eletricidade que me atingem.

Laila _ Não!

Ela puxa a mão de volta.

Laila _ Quem me garante que você está falando a verdade?