Capítulo 42: O Arauto das Tempestades

Capítulo 42: O Arauto das Tempestades

Algum tempo se passou.

Gabriel, agora no nível 13, atravessava os céus com tranquilidade, levitando sobre planícies cortadas por relâmpagos e ventos uivantes. Havia descoberto uma nova região chamada Planalto dos Céus Rasgados, uma terra onde nuvens escuras nunca se dissipavam e os trovões ecoavam dia e noite. A eletricidade da atmosfera fazia o ar vibrar, e até mesmo os pássaros evitavam o local.

Foi ali que sentiu uma energia absurda… selvagem e volátil, como uma tempestade viva.

No centro da planície elevada, flutuando sobre um vórtice de nuvens giratórias, estava o monstro.

O Arauto das Tempestades.

Era uma criatura humanoide com quase três metros de altura, feita de puro relâmpago condensado. Seu corpo era transparente, revelando nuvens escuras girando em seu interior. As veias pulsavam com luz azul e branca. Em sua cabeça havia uma coroa de eletricidade flutuante, e seus olhos eram dois orbes fulminantes. Em suas costas, longos fios de raio formavam asas pulsantes, como se fosse um anjo forjado pela fúria do céu.

Nível 13.

O monstro girou a cabeça ao perceber Gabriel e rugiu, lançando um raio na direção do chão que explodiu a terra em uma cratera. Mas Gabriel apenas flutuou mais alto, olhando para ele com calma.

— Vamos ver o quanto você aguenta.

Ergueu a mão e invocou magia de raio nível 13, concentrando uma esfera elétrica de proporções gigantescas acima de si. Com um gesto sutil, lançou-a em linha reta.

O Arauto respondeu, disparando um feixe contínuo de energia contra a esfera — as duas forças colidiram no ar e explodiram num espetáculo de luz que iluminou toda a planície. O chão tremeu. Nuvens foram rasgadas. O céu clareou por instantes.

Gabriel não esperava resistência, mas apreciava o show.

Com um estalo de dedos, ativou magia de vento nível 13, criando uma corrente cortante que envolveu seu corpo e o arremessou na direção do monstro como um míssil. Em pleno voo, disparou lanças de gelo que perfuraram o peito do arauto, retardando sua movimentação elétrica.

O monstro reagiu com velocidade, criando um escudo feito de plasma em volta de si. Mas Gabriel simplesmente ergueu a mão novamente e aplicou psicocinese, forçando o próprio escudo a colapsar sobre o corpo da criatura.

O impacto foi brutal. O Arauto das Tempestades se contorceu, tentando reformar sua estrutura volátil, mas Gabriel não lhe deu tempo.

Com um movimento final, ativou magia de terra, abrindo um abismo sob o inimigo, e então preencheu o espaço com colunas de pedra revestidas por fogo mágico. Uma prisão ardente.

O grito do monstro ecoou pela planície como um trovão final — e então seu corpo se desfez em uma tempestade de faíscas, deixando para trás um núcleo de raio cristalizado, flutuando como uma joia etérea.

Gabriel pegou o núcleo e o observou girar suavemente na palma da mão.

— Belo trabalho.

Guardou o item e olhou ao redor. O céu lentamente começava a clarear, como se o Arauto fosse a fonte da fúria daquele lugar.

Mais um desafio superado. Mais um nível conquistado.

E, ao longe, entre as montanhas distantes, Gabriel já sentia a próxima presença poderosa o chamando…