Capítulo 78: O Fogo Inesgotável de Apolo
Apolo permanecia na vasta planície desértica, um cenário de terra rachada e horizonte infinito que se tornara seu campo de treinamento pessoal. Com a bênção da mana infinita, ele continuava a lançar Bola de Fogo sem parar, transformando o feitiço inicial em uma força cada vez mais formidável. O que antes era uma habilidade básica, desprezada pela maioria dos caçadores magos, agora evoluía a cada nível, ganhando potência, tamanho e destruição. Apolo, movido por sua determinação e pelo fluxo ilimitado de mana, não sentia cansaço ou limitação. Ele estava decidido a descobrir até onde poderia levar a Bola de Fogo, e o isolamento da planície era o palco perfeito para isso.
A noite havia caído, mas a planície estava iluminada pelo brilho constante das esferas flamejantes que Apolo conjurava. O céu estrelado contrastava com o espetáculo de fogo abaixo, onde crateras fumegantes e marcas carbonizadas cobriam o solo como cicatrizes de batalha. Cada lançamento era mais fluido, cada explosão mais impressionante. Apolo não precisava de varinhas ou catalisadores — sua magia fluía diretamente de sua vontade, moldada por anos de treinamento e agora amplificada pela mana infinita. Ele erguia a mão, apontava para o horizonte e lançava Bolas de Fogo em um ritmo incessante, como se estivesse escrevendo uma sinfonia de chamas no deserto.
A Escalada dos Níveis
Quando Apolo começou, a Bola de Fogo estava no nível 5, uma esfera do tamanho de um barril, com chamas intensas de vermelho, laranja e branco ardente. Cada impacto criava crateras fumegantes de meio metro, e o rastro de calor deixado no ar lembrava um cometa. Mas ele não parou por aí. Com mana infinita, ele podia lançar o feitiço indefinidamente, e cada uso contava para o progresso da habilidade. A cada nível, a Bola de Fogo ficava mais forte, e Apolo estava determinado a explorar esse potencial ao máximo.
Ele continuou lançando sem pausa, o movimento de sua mão tornando-se quase instintivo. Após centenas de conjurações, a habilidade subiu para o nível 6. A esfera cresceu, agora do tamanho de uma pequena roda de moinho, e as chamas ganharam um núcleo brilhante de branco puro, cercado por tons de vermelho profundo. O impacto no solo era devastador, criando crateras de quase um metro de diâmetro e lançando ondas de calor que faziam o ar tremular. O som de cada explosão ecoava pela planície como um trovão, e Apolo sentiu um arrepio de excitação. “Isso está ficando sério”, murmurou, com um sorriso.
O ritmo não diminuiu. Apolo experimentava com a cadência, às vezes lançando Bolas de Fogo em rajadas rápidas, outras vezes concentrando-se em disparos únicos e precisos. Ele criava padrões no solo, transformando a planície em uma tela de destruição. Após mais algumas horas, a habilidade atingiu o nível 7. A esfera agora era imensa, quase do tamanho de um cavalo, com chamas que pareciam vivas, pulsando com energia. O impacto abria crateras de dois metros, e o calor era tão intenso que pequenas rochas próximas começavam a rachar. O rastro de fogo no ar era visível mesmo à noite, como uma estrela cadente que nunca caía.
Apolo estava impressionado, mas não surpreso. A mana infinita tornava o processo trivial — não havia dificuldade, apenas paciência. Ele podia continuar por dias, semanas, se quisesse. Cada nível desbloqueado reforçava sua crença de que a Bola de Fogo, apesar de sua simplicidade, poderia se tornar uma das habilidades mais poderosas de seu arsenal. Ele imaginava enfrentar monstros lendários ou caçadores rivais, lançando esferas flamejantes capazes de incinerar tudo em seu caminho.
O Espetáculo do Fogo
Ao atingir o nível 8, Apolo parou por um momento para observar o resultado. A Bola de Fogo agora era uma esfera colossal, do tamanho de uma carroça, com chamas que misturavam branco incandescente, vermelho escarlate e traços de azul nas bordas, sugerindo um calor quase sobrenatural. Quando lançada, ela cortava o ar com um rugido, deixando um rastro de chamas que iluminava a planície como um segundo sol. O impacto criava crateras de três metros de diâmetro, e o chão tremia com cada explosão, enviando nuvens de poeira e faíscas para o céu. O calor era tão intenso que Apolo, mesmo a distância, sentia o ar quente contra o rosto.
A planície, antes um deserto monótono, agora parecia um campo de batalha após uma guerra mágica. Crateras se sobrepunham, e o solo estava coberto de cinzas e marcas queimadas. Apolo riu, maravilhado com o que havia criado. “Se os outros magos vissem isso, nunca mais chamariam a Bola de Fogo de feitiço básico”, pensou. Ele sabia que estava reescrevendo as regras do que era possível para um caçador mago.
Ele continuou, lançando Bolas de Fogo sem parar, cada uma mais poderosa que a anterior. O nível 9 veio após mais algumas horas, e a esfera atingiu proporções quase aterrorizantes. Agora do tamanho de uma pequena casa, as chamas eram tão brilhantes que iluminavam a planície inteira, e o núcleo da esfera parecia pulsar com energia mágica pura. O impacto criava crateras de cinco metros, e o som da explosão era ensurdecedor, como se a terra estivesse sendo rasgada. Apolo sentia o chão vibrar sob seus pés, e o calor residual fazia o ar parecer uma fornalha.
Reflexões e o Próximo Passo
Apolo não sentia cansaço, mas decidiu fazer uma pausa para refletir. Ele sentou em uma rocha intacta, observando a planície devastada sob o céu estrelado. A Bola de Fogo, agora no nível 9, era irreconhecível em comparação com o feitiço inicial. O que começou como uma esfera modesta agora era uma força da natureza, capaz de destruir tudo em seu caminho. E ele sabia que ainda havia mais níveis a alcançar.
Com mana infinita, Apolo não enfrentava dificuldades. O único limite era o tempo, e ele estava disposto a investir o quanto fosse necessário. Ele imaginava a Bola de Fogo no nível 20, ou até no nível 100, se tal coisa fosse possível. Que tipo de destruição ela causaria? Poderia rivalizar com os feitiços lendários dos arquimagos? A ideia o excitava. Ele queria transformar a Bola de Fogo em sua marca registrada, algo que fizesse seu nome ecoar pelo mundo dos caçadores.
Apolo se levantou, erguendo a mão mais uma vez. A mana infinita fluía por ele, inesgotável, e ele lançou outra Bola de Fogo, observando a esfera colossal iluminar a noite e explodir no horizonte. A planície tremia, e ele sorriu. Ele passaria os próximos dias, talvez semanas, nesse treinamento, subindo a habilidade até onde pudesse. O mundo ainda não conhecia o verdadeiro poder de Apolo, mas, com a Bola de Fogo em suas mãos, isso estava prestes a mudar.