Capítulo 99: O Crescimento Cauteloso de Angran
Angran, aos 20 anos, continuava sua vida modesta na cidade de Pedra Clara, trabalhando como entregador em uma pequena taverna. A Bênção do Cashback Ilimitado, uma habilidade misteriosa que dobrava em sua conta bancária todo valor que ele gastasse, transformara sua perspectiva. O que antes era uma luta diária para pagar aluguel e comida agora parecia o início de algo maior. Com cada compra, o dinheiro retornava em dobro, creditado diretamente em sua conta bancária, visível no aplicativo de seu celular antigo com tela rachada. Apesar da empolgação, Angran permanecia cauteloso, limitando seus gastos a pequenas quantias para evitar chamar atenção enquanto acumulava sua fortuna silenciosamente.
Naquela manhã, Angran acordou em seu quarto apertado, verificando o celular antes mesmo de levantar. O aplicativo bancário mostrava um saldo que, embora ainda modesto, era maior do que ele jamais tivera. Os depósitos do dia anterior — 4 dólares de um par de tênis, 10 dólares de uma camiseta, 6 dólares de uma refeição — continuavam a somar, dando-lhe uma segurança que ele nunca conhecera. Ele sorriu, mas lembrou-se do aviso da mulher da leitura de aura: riqueza fácil atrai problemas. Determinado a ser prudente, ele planejou seus gastos do dia com cuidado, focando em necessidades básicas e pequenos confortos.
Um Dia de Compras Estratégicas
Angran começou o dia entregando pedidos pela cidade, pedalando sua bicicleta velha pelas ruas de Pedra Clara. Durante uma pausa, ele parou em uma mercearia e comprou mantimentos para a semana: pão, ovos, leite e algumas frutas, totalizando 8 dólares. Pagou com o cartão de débito, e minutos depois, uma notificação no celular confirmou um depósito de 16 dólares em sua conta bancária. Ele sentiu um leve frio na espinha — a Bênção continuava funcionando perfeitamente, sem sinais de falha.
Mais tarde, enquanto passava por uma loja de eletrônicos baratos, Angran decidiu investir em algo útil. Ele comprou um carregador novo para seu celular por 3 dólares, substituindo o cabo desgastado que mal funcionava. Como esperado, uma notificação anunciou um depósito de 6 dólares. Ele também adquiriu um fone de ouvido simples por 2 dólares, recebendo 4 dólares de volta na conta. Cada compra, por menor que fosse, aumentava seu saldo, e Angran começava a ver o potencial de acumular riqueza sem arriscar gastos altos.
No almoço, ele se permitiu um pequeno luxo: um sanduíche de frango com suco natural em uma lanchonete, custando 4 dólares. A notificação de 8 dólares creditados chegou enquanto ele terminava de comer, e ele não pôde evitar um sorriso. Pela primeira vez, ele podia aproveitar uma refeição sem calcular se sobraria dinheiro para o resto do mês. Ainda assim, ele resistiu à tentação de gastar mais, mantendo-se fiel ao plano de ser discreto.
Uma Conversa Reveladora
No fim da tarde, após terminar suas entregas, Angran passou por uma praça onde encontrou sua amiga Lila, uma colega da taverna que trabalhava como garçonete. Lila, sempre curiosa, notou a bolsa nova que ele carregava, comprada por 5 dólares (com 10 dólares devolvidos na conta). “Angran, você está gastando mais ultimamente. Ganhou um aumento ou algo assim?” perguntou ela, brincando.
Angran riu, desconversando. “Só estou sendo um pouco menos mesquinho. Economizei um pouco, sabe?” Ele não podia contar a verdade — a Bênção era algo que ele precisava proteger, pelo menos até entender melhor suas implicações. Mas a pergunta de Lila o fez refletir. Sua aparência estava começando a mudar — roupas novas, tênis decentes, uma postura mais confiante. Ele precisava ser ainda mais cuidadoso para não levantar suspeitas.
Lila continuou, sem perceber sua hesitação. “Você já pensou em fazer algo maior? Tipo, abrir um negócio? Meu primo tentou vender lanches na rua, mas faltou dinheiro pra começar. Você é esperto, Angran. Podia tentar algo assim.”
As palavras dela ficaram na mente de Angran. Um negócio próprio era um sonho distante, mas, com a Bênção, talvez fosse possível. Ele poderia começar pequeno, comprando produtos baratos e revendendo, usando o cashback para acumular capital. A ideia era tentadora, mas ele sabia que precisava planejar com cuidado. Por ora, ele agradeceu Lila e prometeu pensar no assunto.
Reflexões e o Futuro Promissor
Naquela noite, Angran sentou-se em sua cama, verificando o celular. O aplicativo bancário mostrava um saldo que crescia a cada dia, com notificações de depósitos que pareciam pequenos milagres: 16 dólares dos mantimentos, 6 dólares do carregador, 4 dólares dos fones, 8 dólares do almoço, 10 dólares da bolsa. Ele estava acumulando dinheiro mais rápido do que jamais imaginara, e tudo isso sem gastar além do necessário.
Enquanto olhava as notificações, Angran pensava no conselho de Lila e no aviso da mulher da leitura de aura. A Bênção do Cashback Ilimitado era uma oportunidade única, mas também uma responsabilidade. Ele poderia ajudar sua mãe com as dívidas, melhorar sua vida e, quem sabe, começar um pequeno negócio. Mas ele sabia que precisava ser paciente, mantendo sua rotina na taverna e gastando com moderação para evitar chamar atenção.
Angran desligou o celular e olhou pela janela, onde as luzes de Pedra Clara brilhavam. O mundo, que antes parecia limitado pelas suas circunstâncias, agora parecia cheio de possibilidades. Com a Bênção do Cashback Ilimitado, ele estava construindo sua fortuna silenciosamente, e cada pequeno gasto era um passo rumo a um futuro que ele mal ousava imaginar.