Capítulo 100:

Capítulo 100:

Angran, aos 20 anos, prosseguia com sua vida modesta na cidade de Pedra Clara, trabalhando como entregador em uma pequena taverna. A Bênção do Cashback Ilimitado, que dobrava em sua conta bancária todo valor gasto, continuava a transformar sua realidade. Cada compra, por menor que fosse, resultava em um depósito imediato no aplicativo bancário de seu celular antigo com tela rachada. O que antes era uma luta para sobreviver agora abria portas para um futuro promissor. Cauteloso, Angran mantinha seus gastos limitados a pequenas quantias, acumulando dinheiro sem atrair atenção indesejada.

Naquela manhã, Angran acordou cedo e verificou seu celular. O aplicativo bancário mostrava um saldo crescente, resultado dos depósitos do dia anterior: 16 dólares de mantimentos, 6 dólares de um carregador, 4 dólares de fones de ouvido, 8 dólares de um almoço e 10 dólares de uma bolsa nova. A sensação de segurança financeira era nova e empolgante, mas ele lembrava do aviso da mulher da leitura de aura sobre os perigos da riqueza súbita. Determinado a ser prudente, ele planejou o dia focando em compras úteis e econômicas.

Um Dia de Planejamento

Angran começou o dia pedalando sua bicicleta pelas ruas de Pedra Clara, entregando pedidos da taverna. Durante uma pausa, ele parou em uma farmácia e comprou itens básicos: sabonete, pasta de dente e um pacote de band-aids, totalizando 4 dólares. Pagou com o cartão de débito, e uma notificação no celular confirmou um depósito de 8 dólares em sua conta bancária. A rapidez do retorno ainda o surpreendia, como se cada compra fosse um pequeno truque de mágica.

No intervalo do almoço, ele foi a um mercadinho e comprou um pacote de macarrão e molho de tomate por 2 dólares. Minutos depois, o celular vibrou com uma notificação de 4 dólares creditados. Ele também decidiu investir em algo para seu conforto: um travesseiro novo por 6 dólares, já que o antigo estava velho e desconfortável. O depósito de 12 dólares apareceu enquanto ele voltava para a taverna, reforçando sua confiança na Bênção.

Antes de terminar o expediente, Angran passou por uma papelaria e comprou um caderno e uma caneta por 1 dólar, pensando em começar a anotar ideias para o futuro. A notificação de 2 dólares creditados chegou logo após. Cada gasto, por mais simples, aumentava seu saldo, e ele começava a enxergar um caminho além da rotina de entregador. A ideia de Lila, sua colega, sobre abrir um negócio próprio ecoava em sua mente, mas ele sabia que precisava de um plano sólido.

Uma Oportunidade na Taverna

No fim da tarde, enquanto limpava a bicicleta após as entregas, Angran foi chamado pelo dono da taverna, um homem chamado Sr. Mauro. O velho comerciante, sempre atento aos detalhes, notou a mudança sutil em Angran — roupas mais limpas, uma postura mais confiante. “Você parece estar se cuidando melhor, garoto”, disse Mauro, coçando a barba. “Quero expandir o cardápio, incluir uns lanches rápidos. Preciso de alguém pra organizar isso. Interessado?”

Angran ficou surpreso. Era a primeira vez que Mauro lhe oferecia algo além das entregas. “Que tipo de lanches, senhor?” perguntou, curioso.

“Sanduíches simples, talvez umas batatas fritas. Nada caro, mas precisa de alguém pra comprar os ingredientes e testar receitas. Pago um extra se der certo”, respondeu Mauro.

Angran viu uma oportunidade. Ele poderia usar a Bênção para comprar os ingredientes, dobrando o dinheiro com cada gasto, e ainda ganhar um bônus. “Eu topo, Sr. Mauro. Posso começar amanhã?”

Mauro assentiu, satisfeito. “Fechado. Comece comprando pão, queijo e presunto. Não gaste muito, vamos testar primeiro.”

Angran saiu da taverna com um sorriso. Era um passo pequeno, mas alinhado com seu plano de acumular recursos sem ostentar. Ele já imaginava comprar os ingredientes, recebendo o dobro na conta e usando o lucro para investir em algo maior no futuro.

Reflexões e o Futuro Promissor

Naquela noite, Angran sentou-se em sua cama, verificando o celular. O aplicativo bancário mostrava os depósitos do dia: 8 dólares da farmácia, 4 dólares do mercadinho, 12 dólares do travesseiro, 2 dólares da papelaria. O saldo crescia constantemente, dando-lhe uma segurança que ele nunca tivera. Ele pegou o caderno novo e anotou a proposta de Mauro, listando ideias para os lanches e calculando custos aproximados. Com a Bênção, cada gasto seria um investimento, e ele poderia transformar a oportunidade na taverna em algo maior.

Enquanto escrevia, Angran pensava na sua mãe, ainda lutando com dívidas em uma vila próxima, e nos outros trabalhadores de Pedra Clara que viviam como ele. A Bênção do Cashback Ilimitado era mais que uma ferramenta para sair da pobreza — era uma chance de construir algo que beneficiasse outros. Por enquanto, ele continuaria na taverna, gastando com moderação e planejando cada passo.

Angran guardou o caderno e olhou pela janela, onde as luzes da cidade brilhavam. O futuro, que antes parecia tão distante, agora estava ao seu alcance. Com a Bênção, ele estava trilhando um caminho de ascensão silenciosa, e cada pequeno gasto o levava mais perto de seus sonhos.