Capítulo 12 – Em Caso de Usurpação Autoral (Ou Como Perceber Que Sua Irmã Roubou Seu Manuscrito)
por Zolomon Hendrick, DE VERDADE desta vez
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Tá, vamos esclarecer uma coisa aqui antes de qualquer um virar a página: o capítulo anterior não fui eu que escrevi.
Sim, estava com meu nome.
Sim, parecia profundo.
Sim, parecia uma reviravolta emocional digna de encerramento épico...
MAS!
Se você prestou qualquer atenção, teria percebido que o tom melancólico disfarçado de sabedoria amarga não é meu estilo. Eu sou ácido, direto e funcional. Não fico fazendo funeral de cachorro com reflexão metafísica, caramba.
E foi aí que eu percebi:
minha irmã.
Adeline Lisbane Hendrick.
Intelinitas como eu. Mesma raça, mesma genética avançada, mesma capacidade de destruir um planeta com um comentário maldoso bem formulado.
E o detalhe mais óbvio?
Ela escreveu o capítulo como se não quisesse ser descoberta... e deixou pistas demais.
A frase “Às vezes, o único que te entende é o monstro que você criou” é literalmente algo que ela diria em voz alta numa cafeteria enquanto ajusta um implante cerebral com verniz literário.
Sim, eu a confrontei.
Sim, ela riu.
Sim, ela disse:
> “O seu manual tava ficando repetitivo, Zol. Precisava de um toque de tragédia.”
Típico.
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Mudança de Direção (com sarcasmo, claro)
Adeline quer transformar isso num guia não só pra conquistadores, mas pra qualquer criatura razoavelmente inteligente tentando sobreviver a um universo estúpido.
A ideia dela é expandir.
Fazer capítulos mais amplos. Aplicáveis a líderes, sobreviventes, diplomatas, professores de história universal, vendedores de armas e até… deuses temporários.
Ela já sugeriu títulos como:
“Como Fingir Que Você Sabe o Que Está Fazendo (Enquanto o Mundo Cai)”
“Como Perder Um Argumento e Parecer Que Ganhou”
“Sobreviver a Festas Diplomáticas Sem Matar Ninguém (Exceto por Dentro)”
“Como Ser Temido e Admirado Sem Precisar Postar Fotos De Gato”
O sarcasmo permanece. A acidez é garantida. Mas agora com temas que extrapolam a tirania tradicional.
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Conclusão dessa transição inesperada
Se você ficou confuso com o tom do capítulo anterior: parabéns, você tem cérebro.
Se não percebeu nada: bem-vindo, você será o público-alvo ideal dos próximos capítulos.
E se você gostou mais da Adeline que de mim… vai se danar. Ela escreve bem, mas ainda usa vírgulas demais.