Capítulo 21 – O Pai

O andar 60 era o último.

João subiu sozinho.

Marina tentou segui-lo. Natasha segurou.

— Ele precisa fazer isso… do jeito dele.

A sala era redonda. Vazia. No centro, o pai.

Sem segurança. Sem escudo. Sem expressão.

— Filho.

— Eu não sou seu filho.

— Mas sou o único que te entende. Você me superou. E isso é bom. Era o plano.

— Você não planejou isso.

— Eu queria controlar o caos. Você virou ele. Mas está cego, João. Se destruir tudo, o mundo vai procurar outro pra fazer pior.

João parou.

— Então eu vou ser pior. Mas do lado certo.

O pai ativou um campo de memórias. Tentou prender João nos próprios traumas.

Mas João tinha um novo centro de gravidade: Marina. Elías. Natasha. A liberdade.

Ele quebrou o campo como se fosse vidro.

E então…

Poupou o pai.

— Você vai viver. Mas vai ver tudo o que construiu… ruir.

E João soltou o pulso final.

Rocco, no subsolo, transmitiu os dados.

Natasha ativou o protocolo de desmonte.

E a Torre… caiu.