Os dias arrastavam-se como correntes, cada momento uma tortura implacável, enquanto os abusos diários de Mai deixavam-me em um estado de desespero crescente. A esperança de escapar desse pesadelo tornava-se uma miragem distante, e a cada novo dia, uma sombra mais escura parecia se instalar sobre mim.
Eu: (pensando) Será que algum dia conseguirei me libertar desse cárcere emocional? Cada ameaça, cada faca pressionada contra a minha garganta, são cicatrizes que vão além da pele.
Minha ausência não passou despercebida. Meus pais, preocupados com o silêncio ensurdecedor, e colegas da faculdade, notando minha ausência constante nas aulas, começaram a ficar apreensivos, como espectadores impotentes diante de um drama oculto.
Pai: (preocupado) Nosso filho não faria isso. Algo está errado.
Diante dessa inquietação crescente, minha família tomou uma decisão crucial: buscar ajuda policial. As autoridades iniciaram uma investigação, e, como se guiadas pelo fio invisível da obsessão de Mai, a suspeita recaiu sobre ela.
Policial: (interrogando) O relacionamento deles, terminou recentemente. Há algum motivo para suspeitar dela?
Família: Ela não aceitava o término. Parecia obcecada, como se o kaito fosse uma propriedade exclusiva dela.
Mai foi intimada a depor, apresentando uma fachada de inocência na delegacia. Seus olhos, no entanto, denunciavam um turbilhão de emoções ocultas.
Mai: (negando) Eu não fiz nada. Não sei onde ele está. Isso é uma perseguição!
os policiais disseram que ia fazer uma busca na casa de Mai, notou-se a sua inquietação ao anunciarem a visita. Uma tensão palpável pairava no ar, como se o ambiente em si soubesse dos segredos que escondia.
Durante a revista, descobriram uma passagem secreta levando a um porão trancado. Ao abri-lo, uma cena grotesca se desvendou diante deles: eu, nu e desorientado, testemunha silenciosa do tormento que vivi.
Policial: (chocado) Meu Deus, o que aconteceu aqui?
Eu: (fraco) Fui mantido contra a minha vontade. Ela... ela...
Mai foi detida enquanto os policiais providenciavam meu resgate. No hospital, as feridas físicas e psicológicas começaram a ser tratadas. Ali, desabafei sobre os abusos, cada palavra uma tentativa de expulsar os demônios que Mai havia insuflado.
Com provas contundentes contra ela, a justiça iniciou seu curso, mas as sombras da obsessão dela persistiam, ecoando em cada canto da minha mente.
A jornada de recuperação estava apenas começando, um caminho sinuoso que exigia mais do que simples curativos físicos. No próximo capítulo, enfrentarei não apenas o processo judicial, mas também a busca pela reconstrução da minha vida após esse episódio traumático.