O peso do silêncio pairava entre nós enquanto nossa carruagem chacoalhava pelas estradas irregulares que nos afastavam do Santuário do Corvo. Alaric estava sentado à minha frente, seu rosto marcado por um franzido contemplativo, seus olhos ocasionalmente encontrando os meus antes de desviarem. Eu não podia culpá-lo – meus próprios pensamentos eram uma tempestade de medo e incerteza.
"Você está segura agora," Mariella sussurrou, apertando minha mão. O alívio em seus olhos era palpável. Quando emergimos da câmara subterrânea, ela havia me abraçado, com lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela estava certa de que estávamos caminhando para nossas mortes.
Talvez ainda estivéssemos – apenas por um caminho mais longo.
"Três noites," murmurei, observando a paisagem passar embaçada pela janela. Três noites para determinar qual sacrifício poderia satisfazer um ser antigo poderoso o suficiente para vincular duas linhagens de sangue por séculos.