"Estou falando sobre minha luz," eu disse, minha voz mal passando de um sussurro.
O crepitar do fogo era o único som quebrando o silêncio que seguiu minhas palavras. Os olhos de Alaric, geralmente tão seguros e autoritários, agora continham confusão e crescente pavor.
"Sua luz? Isabella, eu não entendo."
Eu me movi até a janela, observando as estrelas cintilarem acima de nós. Duas noites se foram. Uma restante. Meus dedos tremeram enquanto eu tocava a marca na minha testa, sentindo sua pulsação como um segundo batimento cardíaco.
"O Adormecido falou de sacrifício. Qual é a coisa mais preciosa que possuo? Não riqueza ou títulos." Eu me virei para encarar Alaric, meu coração se partindo a cada palavra. "É minha capacidade de felicidade, de amor, de prazer físico. A luz dentro de mim que você despertou."
A compreensão surgiu nos olhos de Alaric, seguida imediatamente por horror. "Não."