Primrose se viu dormindo em algo estranho. A cama não estava tão macia como de costume, e parecia quente, quase quente demais.
Ao abrir lentamente os olhos, percebeu que não estava deitada em sua cama. Em vez disso, sua cabeça estava apoiada no peito de Edmund. O batimento cardíaco constante dele ecoava suavemente em seu ouvido, subindo e descendo como uma canção de ninar silenciosa.
Em um instante, seus olhos se abriram completamente, e ela piscou incrédula.
Como... como em nome de sua grande ancestral ela acabou dormindo sobre o corpo dele?!
Quando levantou a cabeça, viu algo ainda mais chocante. Edmund ainda estava acordado, seus olhos azul-gelo fixos nos dela como um predador observando sua presa durante toda a noite.
Que horas são?
Antes que pudesse processar completamente a situação, ouviu-o falar com voz rouca. "Bom dia, esposa."
Manhã?
Primrose voltou seu olhar para a janela e, para seu espanto, a luz do sol já brilhava tão intensamente que a cegou por um momento.