Honestamente, sim.
Matar pessoas até que suas roupas estivessem encharcadas de sangue foi cruel e bárbaro.
Mas Primrose não era tão ingênua a ponto de acreditar que ele havia feito algo errado. Em um mundo onde apenas os fortes sobrevivem, ela sabia que, às vezes, coisas assim eram inevitáveis.
Ela não podia esperar que Edmund governasse com bondade. Afinal, apenas um tolo tentaria mostrar misericórdia a bestas que criam caos por toda parte e exibem orgulhosamente cabeças decepadas em estacas.
"Você pode me contar tudo, marido." Primrose olhou para ele, seus olhos suaves enquanto segurava as mãos dele com firmeza. "Não terei medo de nada que você tenha feito. Confio no seu julgamento."
Ao ouvir suas palavras, os ombros tensos de Edmund relaxaram um pouco.
"Eles nos atacaram primeiro," ele confessou baixinho. "Fui lá para dar a eles uma última chance. Eu queria evitar derramamento de sangue, se possível."