O clima no salão do jardim havia mudado.
As risadas embriagadas ecoavam pelo chão, mescladas com o som de pele contra pele, de gemidos por trás de máscaras, e o cheiro de vinho e suor agarrado ao ar noturno repleto de pecado. Sob a luz prateada da lua cheia, nada era sagrado.
"Tragam o próximo," alguém chamou.
As portas se abriram, e vários guardas arrastaram uma figura para dentro do salão.
Suspiros e risadas dispersas ondularam pela multidão.
Xavier Brightpaw.
Seu cabelo pendia em mechas oleosas, seu corpo coberto de cicatrizes e hematomas, a coleira em volta de seu pescoço arrastando uma corrente atrás dele. Ele tropeçou quando o forçaram a se ajoelhar no centro do salão, braços flácidos, olhos vidrados.
A risada da Rainha Luna foi a primeira a cortar o silêncio. Livre, como se nada no mundo a incomodasse. Como se ela fosse dona do mundo.