Eduardo riu, um som baixo que vibrou no ar entre eles. Ele deu um passo à frente, reduzindo a distância até que o cheiro dele — couro, madeira e aquele toque metálico que a perseguia — a envolvesse. — Objetos? — Ele inclinou a cabeça, o olhar descendo por seu corpo antes de voltar ao rosto dela. — Você não é um objeto, Naomi. Mas também não é tão inocente quanto gosta de fingir. Eu vi você na mansão. Vi como olhou. Como sentiu.Naomi sentiu o rosto queimar, a lembrança da pluma deslizando por sua pele voltando com força. — Você não sabe nada sobre mim — disparou ela, dando um passo à frente, desafiando-o a recuar. Ele não recuou. — E o que quer que tenha acontecido lá, foi um erro. Um que eu não pretendo repetir.— Um erro? — Ele ergueu uma sobrancelha, o sorriso se alargando. — Então por que você sonha comigo? Por que acorda toda noite com meu nome nos lábios? — Ele se inclinou, a voz baixando até um sussurro rouco. — Eu sei, Naomi. Sei o que você quer, mesmo que você tenha medo de admitir.Ela recuou, o coração disparado, a raiva misturada com uma excitação que a envergonhava. — Como você sabe disso? — perguntou, a voz tremendo de indignação. — Como você sabe dos meus sonhos? O que você está fazendo comigo?