Capítulo 3: Rumores Noturnos.

A noite cai sobre Londres, e com ela, o medo. Nas últimas semanas, dezenas de pessoas desapareceram sem deixar rastro, deixando a cidade em pânico. A polícia, impotente diante dos casos inexplicáveis, tenta acalmar a população, mas sabe que está lidando com algo além da sua compreensão.

Em uma mansão isolada, um grupo de homens se reúne em torno de uma mesa, onde um mapa da cidade está estendido. Eles são a irmandade dos caçadores, uma ordem secreta que se dedica a eliminar os vampiros da face da Terra. Eles sabem que os desaparecimentos são obra de um deles, o último da sua espécie, que eles perseguem há séculos.

O líder da irmandade, um velho de cabelos brancos e olhos azuis, levanta-se e faz um sinal de silêncio. Ele aponta para o mapa, onde vários pontos vermelhos marcam os locais dos desaparecimentos.

- Meus irmãos, a hora chegou. O nosso inimigo está aqui, nesta cidade maldita. Ele está se alimentando dos inocentes, sem piedade, sem remorso. Ele é Lord Élter, o último vampiro, o mais antigo e o mais poderoso de todos. Nós o conhecemos bem, pois ele é o responsável pela morte de muitos dos nossos. Ele é o nosso juramento, a nossa missão, a nossa razão de viver. Nós devemos purgar Londres dessa praga imortal.

Os caçadores, animados pelo discurso do líder, respondem em coro:

- Sim, mestre!

O líder sorri e continua:

- Nós temos uma vantagem. Nós sabemos como ele é, como ele age, como ele pensa. Nós temos as armas, os conhecimentos, as estratégias. Nós temos a fé, a coragem, a determinação. Nós somos a irmandade dos caçadores, os guardiões da humanidade, os anjos da morte. Nós vamos caçá-lo, encontrá-lo, destruí-lo. Nós vamos acabar com a sua existência, com a sua maldição, com a sua solidão.

Os caçadores, inflamados pelo entusiasmo do líder, gritam em uníssono:

- Sim, mestre!

O líder, satisfeito com a reação dos seus homens, conclui:

- Então, preparem-se. A noite é nossa. A caçada começou.

Enquanto isso, nas profundezas das sombras, um par de olhos vermelhos observa a cidade com indiferença. É Lord Élter, o último vampiro, que se esconde dos caçadores e dos humanos, solitário e amargurado. Ele não sabe que os caçadores estão na sua cola, nem que eles planejam o seu fim. Ele só sabe que precisa se alimentar, para manter a sua imortalidade, a sua maldição, a sua solidão.

Ele sai do seu esconderijo, um antigo castelo em ruínas, e caminha pelas ruas, à procura de uma presa. Ele não se importa com quem, nem com o quê. Ele só quer sangue, para saciar a sua sede, a sua fome, a sua solidão.

Ele encontra uma jovem, que caminha sozinha por um parque. Ele se aproxima dela, sem fazer barulho, sem chamar a atenção. Ele a agarra por trás, tapando a sua boca, e crava as suas presas no seu pescoço. Ela se debate, mas é inútil. Ele a drena, até que ela fique pálida e sem vida. Ele a solta, sem olhar, sem sentir, sem lembrar.

Ele se afasta, limpando o sangue dos lábios. Ele não sente prazer, nem satisfação, nem alívio. Ele só sente fome, e sede, e solidão.

Ele é Lord Élter, o último vampiro, e esta é a sua sina.