Após correr uns bons metros, logo à frente há uma curva brusca. Viramos a curva e aos poucos nossa corrida pega o embalo. A garotinha se esbarra na curva da parede com violência e corre atrás de nós ofegando constantemente.
Eu, que estou mais atrás, sinto os passos dela se aproximando de mim. Com desespero, tento correr mais.
– Galera, ela tá quase me alcançando!
A criança então, pulou na direção da minha perna e cravou suas unhas na minha calça, arranhando rapidamente. Eu gemo de dor e caio no chão com um baque seco.
– Ethan! – gritou Mia, freando a corrida e correndo na minha direção.
Mia lançou a lanterna para Kiara, que parou junto para ver.
– Kiara, leva a lanterna com você e procure portas para abir. Rápido!
Kiara assentiu com preocupação e correu pelo túnel, iluminando o caminho pouco iluminado com a lanterna
Mia vai até mim e chega chutando a cara da entidade, que estava engatinhando tentando me rasgar mais, acertando um chute limpo no rosto borrado dela. Ela me levanta segurando meus braços, então me reergo, não tirando os olhos da entidade.
– Desgraça, dessa vez eu achei que ia virar janta…
– Vá na frente, eu atraso essa coisa – disse ela, entrando em posição de combate e largando a mochila no chão – Vá logo!
Diante a proposta arriscada, pondero por alguns instantes, até finalmente dizer.
– Não… eu vou te ajudar.
Mia mal teve tempo de brigar comigo, a entidade já estava avançando feito um animal louco atrás de carne em nossa direção. Ela executa um spin kick, girando o corpo e acertando a lateral esquerda da garota com o calcanhar, gerando bastante impacto, a fazendo bater contra a parede.
Eu entrei no meio e soquei o rosto da criatura, a fazendo cambalear para trás.
[...]
Kiara está correndo pelo túnel, a respiração ofegante, os cabelos ruivos pulando de acordo com cada impulso dado pelos pés, seu olhar preocupado e apressadol percorrendo todo o espaço.
As portas que ela encontra no caminho estão trancadas, suas mãos tremem enquanto segura a lanterna com força.
Outra porta. Outra esperança. Ela tenta abrir, murmurando algo inaudível. A porta se abre, ela joga a luz da lanterna em seu interior, mostrando um corredor até uma porta branca. Com felicidade e esperança no olhar, ela se vira na direção que Mia e Ethan ficaram.
[...]
– Caralho, Ethan! Por que você ficou? – reclamou Mia – Eu dou conta dela!
– Essa coisa não é humana, Mia! Eu queria ajudar de alguma forma!
De repente, um grito de uma voz familiar vem de trás de nós, carregada de animação.
– Ethan! Mia! Achei uma porta aberta! – gritou Kiara, com felicidade.
Eu e Mia nos entreolhamos e corremos até Kiara, eu pego a mochila do chão no embalo. Podemos ver de longe a luz da lanterna que ela segura.
Ouvimos passos apressados nos alcançando ao som de uma respiração maníaca.
– Isso realmente é sobre-humano! – resmungou Mia enquanto corria.
A fadiga está aumentando cada vez mais que corro, a adrenalina correndo no sangue fervente. Meu corpo pede por descanso, a perna esquerda que foi arranhada arde, o corte vermelho à mostra da luz fraca do lugar.
A luz da lanterna que Kiara segura fica maior e mais visível ao nos aproximarmos. O rugido da entidade continua, não desistindo nunca de nos pegar.
– Vai na frente, Kiara! – Mia ordenou com pressa e seriedade.
Kiara entrou pela porta e correu até a saída do lugar. Quando entrei pela porta, Mia entrou em seguida e bateu na cara da criatura, o som do impacto me fez pensar que doeu demais, então fiz uma expressão de dor.
– Doeu até em mim… – brinquei um pouco, parando por um segundo e olhando para a porta.
Mia, sem paciência, enrolou o braço dela no meu e me puxou enquanto corria. Eu a acompanhei, Kiara já abrindo a porta. Quando chegamos do outro lado, fecho a porta com força.
Ao me virar para trás, me deparo com uma sala de escritório com paredes brancas praticamente vazia, o tapete cinza da sala aparenta estar limpo e conservado. Há apenas alguns refrigeradores médios e um bebedouro de alumínio no canto. Janelas estão por toda parte do nível, as luzes solares entrando na sala iluminam.
Olhei para Mia e Kiara, as duas estão aliviadas por chegarmos vivos e bem. Nem tão bem assim, mas não podemos reclamar…
Soltei um gemido de fadiga e as pernas dobraram para trás, me fazendo sentar no tapete cinzento.
– Galera, a gente precisa descansar… – falei com cansaço na voz.
– Ethan tem razão – completou Kiara, tirando o chapéu e o colocando sobre o busto – já avançamos muito por hoje, não acha, Mia?
– Sim… eu tô meio cansada também. – Mia passou a mão na testa após falar.
Estiquei as pernas, sentindo o ferimento arder pelo arranhão que recebi. Coloquei dois dedos de leve na superfície da ferida e, logo em seguida, senti um pouco de sangue escorrendo. Olhei para os dedos com um pouco do meu sangue nas pontas deles.
– Vamos logo achar um canto pra descansar? Não me sinto muito seguro aqui, ainda mais que logo atrás de nós-
Quando olhei para trás e apontei com o polegar, a porta na qual entramos aqui tinha desaparecido. As duas figuras femininas à minha frente me olharam com surpresa ao ver a parede branca e limpa no lugar da porta.
– Pelo menos não vamos precisar voltar lá… – Kiara riu suavemente.
– Ethan – Mia chamou minha atenção, se agachando ao meu lado e com um semblante preocupado – quer uma bandagem?
Dei um sorriso tranquilo em sua direção, tentando não preocupá-la com isso.
– Relaxa, já tá coagulando. – tentei falar de forma confiante.
Levantei do chão sem usar as mãos, limpando a poeira da roupa, meu olhar calmo passa por Kiara, que ainda está com o chapéu sobre o busto, me observando com seus olhos cianos neutros. Dei um aceno pra ela, sorrindo, e segui em frente.
Mia se levantou e foi até o refrigerador, curiosa para saber o que lhe aguardava. Ao abrir seu compartimento, se deparou com 2 latas levemente marrons. Ela pegou uma das latas e leu o rótulo.
– “Água de Amêndoas” – ela olhou para outro texto na lata – "Victoria's Kitchen”... já ouvi falar dessa marca antes, mas nunca fui muito fã disso.
Me aproximei do bebedouro, analisando sua estrutura com as mãos na cintura, me inclinando para ver os detalhes. Vi o botão para jorrar água, então o apertei.
O líquido que foi jorrado tem uma cor meio marrom, formando um arco. Coloquei o nariz perto do líquido sendo jorrado e cheirei… é água de amêndoas. Coloquei meus lábios no arco que estava formado e bebi um pouco.
Por algum motivo, essa água me acalma… não sei se é só para mim, mas isso não importa agora. Soltei o botão do bebedouro e peguei a garrafa da mochila em minhas costas, apertando novamente o botão e enchendo a garrafa.
Quando olhei para o lado esquerdo, meu olhar foi parar na janela, e eu vi uma janela completamente escura. Instantes depois, uma figura preta humanoide passou por ela. Apenas arregalei os olhos e terminei de encher a garrafa, saindo de perto após isso.
Mia chegou em mim, e sem dizer uma palavra sequer, segurou meus ombros, me girou de costas e colocou duas latas na mochila.
– O que tá fazendo? – perguntei, curioso e confuso.
– Água de amêndoas. Agora, vamos arranjar um lugar pra descansar.
– Uau… podia ao menos ser mais gentil comigo.
Me virei de volta e vejo que Mia e Kiara já estão se aproximando de uma das portas. Acelero o passo para igualar a distância.
Nas várias salas que entramos, encontramos algumas máquinas de vendas automáticas, na qual Mia dá uma coronhada com o revólver para quebrar os vidros e pegar os poucos salgadinhos e chocolates que continham, guardando em seguida na mochila militar de Mia.
Em geral, o que mais tinha naquele escritório abandonado e vazio eram computadores dos anos 80, impressoras e cabos. E a cada sala que entrávamos, era um local com novos itens. Eu consegui até mesmo pegar um martelo em uma gaveta.
– Potente… – falei enquanto analisava o objeto e o guardava na mochila.
Enquanto Mia, eu e Kiara estávamos vasculhando uma das salas quase vazia do nível, uma porta se abre. Nossos olhares fixam no barulho repentino. Vimos uma mulher parda de cabelo cacheado curto mancando, seu olhar é de dor e cansaço. Ela nos vê e seu olhar se transforma em esperança.
– Graças à Deus! – disse ela, num tom de alegria e alívio – Eu me chamo Janne, por favor, me ajudem! Meu grupo foi atacado e eu estou machucada… eu preciso descansar…
Olhei para Mia, e ela para mim. Mia negou com a cabeça, seu olhar de desconfiança me perfurou. Eu olhei para a mulher e falei num tom amigável, ainda com uma ponta de nervosismo.
– Então… não sabemos se podemos confiar em você, sabe?
– Ethan… – Mia me fitou com seu olhar rígido.
– Tudo bem, eu entendo vocês! Podem ao menos só olhar minha perna? Tá doendo demais… – Janne cedeu e caiu sentada no chão.
Sem pensar muito, coloquei a mochila em cima de uma bancada no meio da sala, indo até ela ver o ferimento. Me ajoelhei ao lado dela e subi a calça da perna dela.
– Agora é a hora! – Janne gritou com força e firmeza.
De repente, ela acerta em mim uma garrafa de vinho na minha cabeça, que se quebra com o impacto. Duas portas se abrem, revelando mais 2 mulheres, uma loira e uma de cabelo curto e castanho, uma delas segurando uma adaga. Mia e Kiara se assustam com a situação repentina.
Eu caí de lado no chão, uma forte dor de cabeça vem em seguida, colocando as mãos na cabeça.
A mulher com adaga vai na direção de Mia com um olhar feroz.
– Não me faça ter que te machucar, apenas nos entreguem suas coisas e suas roupas. – disse ela, girando a adaga. – Alías, me chamo Ruby. Lembre-se bem desse nome quando for apodrecer no inferno.
– Hah! – Mia deu um riso curto e confiante, entrando em posição de luta – Eu gosto de complicar as coisas, então vem pegar de mim, Ruby.
Kiara olha para tudo isso e dá um passo para trás, o espanto em seus olhos é notável. A outra mulher, que saca um canivete de cabo vermelho, dá alguns passos calmos na direção dela, seu olhar é de perigo.
– Olá, mocinha – sua voz é calma, mas carrega veneno – Que tal nos entregar sua roupa e seu chapéu? Prometo que te dou uma roupa mais simples pra não ficar nua e de brinde não te machuco, o que acha?
– Kiara, corre! – Mia gritou com aquela firmeza de sempre.
Kiara, sem pensar muito, começou a correr, saindo por uma das portas. Sua perseguidora corre atrás, rindo assustadoramente alto.
Quando estou me recuperando da pancada, virei o corpo para cima, e em um momento de puro reflexo, rolei para o lado para evitar que o ataque de Janne
que usou a garganta da garrafa quebrada para acertar meu pescoço, perfurando o tapete no chão.
Me reergui com dificuldade, cambaleando e me segurando na bancada. Ela se levanta também, seu olhar agora é mortal e sanguinário.
– Se você se render, te deixo em paz…
– Vai sonhando, psicopata… – respondi com um olhar irritado.
Mia espera o momento certo para executar um de seus golpes. Ruby investe contra ela com agilidade. Mia girou, preparando um side kick, e quando seu pé estava prestes a acertar o tronco da inimiga, ela segurou o pé de Mia e puxou para si, trazendo Mia com a guarda baixa e sem postura. Ela tenta perfurar a barriga dela, mas Mia conseguiu segurar a mão dela com as mãos.
Mia deu uma cotovelada no nariz, fazendo Ruby soltar seu pé e abaixar a guarda. Ela aproveita o momento para fazer um front kick, mirando no queixo dela. O golpe foi perfeito, a cabeça dela foi jogada para trás, caindo de costas com um baque. A adaga é largada e cai no chão.
Mia pega a adaga e a guarda na cintura apressadamente.
– Ethan! – Mia se virou para mim com preocupação.
Eu e Janne nos rodeamos como dois tigres disputando território, nossos olhares se cruzam como espadas preparadas para fatiar.
– Ajude Kiara, eu cuido dela. – falei com seriedade e firmeza, sem olhar para Mia.
Mia ia dizer algo, no entanto, apenas assentiu e foi na direção que Kiara correu. Agora é só eu e essa desgraçada. A coisa que mais odeio em uma pessoa é seu egoísmo e ganância, elas fazem de tudo para conseguirem o que querem. Pisam nos outros. Humilham.
Ambos correm na direção um do outro. Janne segura a faca improvisada e tenta acertar minha costela do lado esquerdo, eu segurei a garrafa com uma mão, a cortando um pouco, mas isso me deu brecha para acertar um uppercut nela, que cambaleou para trás.
– Eu não esperava muito de você… – Janne deu uma risada debochada – Sabe, você é o tipo de pessoa que não vai durar muito aqui… esse lugar não tem lei, é como uma selva. O mais forte sempre vence.
– Não preciso sucumbir ao egoísmo para sobreviver. – respondi com fogo nos olhos.
Ela riu uma última vez antes de avançar novamente. Eu corri para a mochila e joguei na cara de Janne, tampando a visão dela. Quando Janne recuperou a visão, chutei a lateral do joelho direito dela, a fazendo gemer de dor e se ajoelhar, então chutei seu rosto sem piedade. Ela cai de lado, largando a garrafa quebrada e escorrendo um pouco de sangue em seus lábios.
Respirei fundo, apoiando as costas e as mãos na bancada atrás de mim. Olhei para minha mão esquerda que foi cortada, não foi muito fundo, mas está sangrando e pingando no chão. Catei a mochila caída no chão e a abri, pegando o martelo que achei mais cedo.
Quando eu me virei para ir à procura de Kiara e Mia, um grito desesperado e raivoso é ouvido atrás de mim, quando me virei, era Janne com a boca sangrando correndo até mim loucamente segurando a garrafa quebrada na mão no alto. Num momento de desespero e raiva, sem ponderar, acertei uma martelada em sua boca. O impacto foi tão brutal que senti os dentes da boca dela sendo arrancados.
Me dei conta do que aconteceu, Janne caído no chão com a boca deslocada e sangrando ainda mais. Meu corpo gelou pelo o que fiz…
“Eu… fiz isso? Eu não sou assim… nunca fui…” – pensei, estranhando à mim mesmo – “Por quê? Por quê? Por quê?”
Com medo e apreensão, apenas corri e deixei o corpo para trás, focando em me encontrar com minha equipe feminina.
[...]
Kiara corre pelas salas de escritório vazias, entrando nas portas mais próximas que encontra no caminho. Aquela louca ainda está atrás dela, rindo de forma sádica.
– Não fuja, mocinha! Podemos resolver isso de modo mais fácil!
Kiara começa a chorar de desespero enquanto corre sem rumo. Quando ela abre uma porta, se depara com um ser quadrúpede do tamanho de um cachorro pastor alemão, mas com o corpo mais alongado e magro, sem nenhum pelo. Seu rosto é parecido com o de um humano deformado, seu cabelo longo e preto tampa boa parte de seu rosto. Seus dentes longos e afiados são de assustar. A entidade olhou para Kiara, ela rosna vorazmente.
Kiara, sem pensar duas vezes, deu meia volta e correu na direção oposta da mulher que a perseguia. Ao ver Kiara indo em sua direção, ela ficou um pouco confusa, mas apenas sorriu sadicamente.
– Venha para mim! – berrou ela, tentando pegar o braço de Kiara.
Kiara desviou do agarrão, voltando ao caminho que fez. A mulher grunhiu e freou na intenção de voltar a persegui-la, porém, à frente dela, aquela entidade saiu da sala que Kiara abriu, rosnando para a nova presa que estava em sua frente. Ela ficou completamente em choque.
– Puta que pariu… – o medo em seu olhar ficou evidente.
Kiara corria pelo caminho de volta, na esperança de encontrar seu grupo novamente. Até que, ao abrir uma porta, ela se esbarrou em alguém e caiu de bunda no chão. Ela ergueu o olhar e era Mia, que segurou seu braço e a ajudou a se levantar.
– Kiara! – Mia falou com surpresa e alívio – Vamos voltar logo, Ethan pode estar em perigo ainda.
– S-Sim! – respondeu Kiara com determinação nos olhos.
Mia e Kiara ouvem gritos de uma das portas que estavam abertas. De repente, aquela mulher que estava seguindo Kiara apareceu com o rosto cheio de cortes de garras, a calça rasgada e sangrando. E o que mais chamou a atenção das duas: um dos braços dela estava arrancado, escorrendo sangue pelo tapete limpo do nível.
– Que merda é essa!? – exclamou Mia, surpresa.
Antes de qualquer coisa, a entidade canina pulou nas costas da mulher, a derrubando de barriga. A boca da criatura manchada de sangue e seu olhar carnívoro deixam o clima apreensivo. A entidade começa a devorar o corpo no qual ele está pisando.
Mia puxou o braço de Kiara, a levando de volta para onde Ethan provavelmente estava. Não passou muito tempo até que a dupla encontra Ethan abrindo um refrigerador e derramando água de amêndoas na mão esquerda, dando pequenos gemidos de dor.
– Ethan! – Kiara me chamou com felicidade no rosto.
Me virei para ela, meio surpreso com nosso encontro. Forcei um sorriso, mas acabou virando um sorriso fadigado.
– Kiara… – olhei para Mia – e Mia… que bom que estão bem…
– Tá tudo bem, Ethan? – Mia deu alguns passos para ficar ao meu lado.
– Me feri um pouco, mas… de forma geral, estou bem.
Kiara correu até nós dois para ver o corte na mão, e não aguentando ver muito, desviou o olhar.
– É melhor passar algo aí… – disse Kiara, preocupada com minha mão.
Antes de eu falar algo, uma das portas é aberta com força. Nós três nos viramos, atentos ao que pode ter aparecido. Um homem careca de pele clara usando uma calça resistente preta, botas e uma jaqueta fechada de cor amarelo-limão com um símbolo de uma águia com asas abertas no peito. Ele segura uma submetralhadora com as mãos e nos olha franzindo o cenho.
– Quem são vocês e por quê estão no território da Base Ômega do MEG? – a voz dele é grave e rígida.
Mia se aproxima com as mãos no alto, os passos calculados e lentos para não dar impressão de ameaça ao soldado do MEG.
– Estamos tentando chegar ao nível 5, mas um grupo de pessoas nos atacou e agora precisamos descansar… nossa intenção não era invadir o território da base de vocês, senhor.
O soldado pega um walkie-talkie do bolso, não tirando seu olhar de analista sobre nós.
– Estou com andarilhos próximos da base sem autorização, na zona sudoeste. Disseram que foram atacados por outro grupo. O que faço com eles?