Zona de Guerra

Hirano, acordou com um peso sobre seu corpo, ele ainda lembrava de se deitar sozinho na noite anterior, agora porem o corpo macio e delicioso de Shizuka o abraçava, enquanto a linda loura dormia nua.

Saindo da cama às quatro da manhã ele tomou um banho e vestiu seu uniforme de combate, descendo para a sala de estar as 4:45 da manhã já encontrando às cinco garotas a sua espera, também em trajes de combate padrão. Além delas, Hana e Shica também estavam ali, com calças camufladas e camisetas pretas.

Elas ficariam de prontidão ao lado de um rádio na sala, caso fosse necessário elas partiriam com um caminhão de transporte ou ambulância para apoiar Hirano e as garotas.

"Escutem meninas, essa é uma viagem de reconhecimento. Por isso iremos nos dois Humvee, em grupos de três." Começou ele." Rika, preciso que você leve uma.50, quero cobertura pesado caso algo de errado. Cada um de nós terá um Stinger no Humvee caso algo saia de controle também." Suas palavras fazendo as garotas tremer.

"Miku você dirige, Saeko será sua observadora, avise Miku qualquer coisa que esteja fora do campo de visão dela. Ru operarei a metralhadora.''

"Saori você dirige, Rei você é a observadora, avise a Saori qualquer coisa que esteja fora do angulo de visão dela. Rika, ela irá operar a metralhadora,"

"Vocês estarão no segundo carro. Mantenham dez metros entre nós a todo momento.'' Hirano disse pensando sobre o que levar.

''Cada um levará, fuzil com cinco carregadores reserva, cinco granadas para o fuzil, cinco granadas de mão, duas pistolas com três carregadores extras cada. Nos Humvees manteremos vinte granadas de cada como reserva e vinte carregadores de cada. Para caso de emergência, cada um leva dois quilogramas de C4 e detonadores."

"Eu e Rika carregaremos além do equipamento padrão como vocês um Rifle.50. Alguém tem alguma dúvida?" Perguntou Hirano, com Rei erguendo a mão.

''Por onde começamos e o que procuramos?" Suas perguntas eram boas e sensatas, fazendo Hirano e Rika darem acenos apreciativos a garota. "Procuramos qualquer anomalia que tenha impedido as pessoas de deixarem Tokonosu, estamos aqui a dois dias, nenhum carro passou por aquela estrada desde que chegamos aqui e isso é estranho." Ele fez uma pausa tomando um pouco de ar. "Além disso, você nos guiará para onde julga que sua mãe está. Lembre-se porem, caso nossa vida esteja em perigo sairemos de lá imediatamente, tendo encontrado sua mãe ou não."

"Tudo bem, embora eu não vá desistir de minha família, não arriscarei nossas vidas também." Disse ela recebendo outro aceno dos dois, a garota pelo menos era sensata.

Abastecendo os carros, ele colocou cordas e ganchos para escalada, fita adesiva ultra resistente, fio de arame para armadilhas, sua machadinha, alimentos energéticos e agua, assim como armas e munições extras, partindo rumo a cidade. Desta vez porem, eles não seguiram pela auto estrada, mas optaram por estradas secundarias, que os levaria próximo à área nobre onde a residência Takagi estava situada.

Ao raiar do sol, dois veículos viajavam em velocidade lenta por estradas secundarias, ao longe focos de incêndio podiam ser vistos por toda a cidade Tokonosu, subindo uma colina eles pararam olhando a situação no antigo bairro nobre abaixo.

Uma pequena floresta de pinheiros descia pela encosta até a parte de trás da mansão da Família Takagi, embora bem posicionada para receber convidados. Com duas ruas nas laterais dos grandes muros externos e uma rua frontal, a mansão não estava em um lugar defensável. Podendo ser atacada de todos os ângulos prendendo seus habitantes.

Considerando como o lugar parecia uma zona de guerra, quem quer que tivesse organizado todos os ônibus e caminhões ao redor deveria estar pensando em ir para outro lugar em breve. Agora porem, tudo se resumia a caos e destruição, zumbis vagavam em meio a carros em chamas, enquanto tiros soavam às vezes das janelas que davam para o exterior do lugar.

Observando a situação, Saori, ligou o rádio de longo alcance no Humvee buscando por alguma mensagem, enquanto os outros ficavam de lado a olhando trabalhar, cinco minutos depois eles finalmente foram recompensados. "Está é uma transmissão de emergência para quem quer que esteja ouvindo." Veio uma voz que Hirano reconheceu.

''Sou Shido Koichi, eu e meus alunos estamos na mansão Takagi, a família Takagi se tornou louca e atacou a mim e meus alunos enquanto os zumbis atacavam, por favor salvem meus pobres alunos." A voz, parecia estar realmente desesperada em salvar seus alunos, Hirano o conhecia muito bem porem, isso não passava de uma armação, para se salvar.

"Hirano-kun, parece que você deveria ter atirado na cabeça dele da última vez..." Veio a voz alegre de Saeko, o fazendo sorrir.

"Procure outras transmissões, não creio que apenas Shido tenha sobrevivido nesse lugar, se o idiota sobreviveu deve haver outras pessoas." Dessa vez foi Rei quem falou, como Hirano, ela havia passado por tempos difíceis graças a Shido.

Novamente eles esperaram, enquanto Saori procurava por outros sinais. "Mayday... Mayday... Aqui é Takagi Yuriko, não se aproximem da mansão Takagi, a menos que estejam com capacidade ofensiva para lidar com um exército. Repito Não se aproximem da mansão Takagi, forças hostis ocupam metade do lugar, zumbis se espalham pela área externa, quem quer que ouça essa mensagem, temos dezenas de pessoas aqui, em sua maioria não combatentes, precisamos de ajuda!"

Todos ouviram a mensagem e analisaram a situação. "O que fazemos agora?" Perguntou Rika, ela não queria se envolver nisso, sua única preocupação era seu grupo no momento, porem o líder era Hirano e, ela seguiria seus comandos.

Hirano, avaliou a situação com calma. Pegando seu Rifle, ele caminhou até um canto se deitando e analisando, centímetro por centímetro da propriedade, vendo suas ações, Rika pegou seu próprio Rifle e deitou ao seu lado.

A mansão, possuía uma cerca de tela e arame, que deveria ter sido eletrificada em algum momento, agora porem, era apenas metal esperando ser cortado. A três metros da cerca, um muro baixo cercava o lugar, era fácil para abrir uma saída para as pessoas.

Caminhando até o carro, ele pegou o rádio porem, ele não enviou uma mensagem, entregando o rádio a Saori ele lhe explicou o que transmitir. " Aqui é Suzuki Saori, transmitindo em rede aberta para a mansão Takagi." Disse ela ao rádio. " Fazendo uma pausa. "Aqui é Suzuki Saori, em rede aberta para a mansão Takagi, por favor respondam,"

"Aqui é Takagi Yuriko, estamos ouvindo senhorita Suzuki. Vocês estão aqui para nos ajudar?" Veio a voz feminina no rádio, simultaneamente porem, uma voz masculina soou. "Aqui é Shido Koichii, Me ajude por favor, meu pai é Shido Ichirou, ele pode dar o que você quiser, tudo que precisa fazer é, tirar meus alunos e a mim daqui.

"Vocês estão juntos, senhora Takagi? Senhor Shido?" Veio a voz do rádio. "Não, Shido Koichi, é o responsável por estarmos aqui, esse psicopata, chegou em minha propriedade antes da bomba EMP explodir. Quando a explosão aconteceu, o caos reinou e ele tentou se proclamar líder do acampamento, isso fez com que os homens que ele trouxe consigo e os homens de meu marido, atirassem uns nos outros."

"Tivemos mais de vinte mortes de combatentes por causa dele, sem contar a maior parte dos civis. Só temos atualmente cinco combatentes e trinta civis por culpa dele." Takagi Yuriko, falava com ódio palpável no rádio.

"É mentira, eu não fiz isso. Essa louca e seu marido me atacaram, ele morreu me atacando não fui eu quem começou eu juro." A voz de Shido, veio rapidamente do rádio. Como se fosse uma competição em quem fala mais rápido.

"Vejo que estamos em um dilema aqui, embora eu não me importe com isso pessoalmente. O que vocês podem me oferecer é o que definirá quem ajudarei, no momento me digam suas localizações e status atual, e eu poderei definir um preço." Disse Saori, com uma voz alegre.

"Estou na mansão, não importa o preço apenas me salve, meu pai lhe dará qualquer coisa." Veio a voz desesperada do homem.

"Estamos atualmente na oficina de manutenção, temos um ônibus a nossa disposição, mas não podemos sair." Quanto ao preço a ser pago. Podemos negociar, tenho alimentos, remédios ou ouro se você quiser."

"Pensarei sobre isso e falarei com vocês em meia hora..." Disse Saori silenciando o rádio. "Fui bem Hirano? Perguntou a mulher com um sorriso travesso.

"Muito bem! Deixe-os pensar que queremos algo, embora seja melhor saber qual era o destino deles, antes de toda essa bagunça. Por enquanto contate Hana, mande-a vir com Shizuka na ambulância, elas têm vinte minutos." Hirano olhou mais uma vez pensativo, para as instalações da casa la embaixo.

"Saeko, prepare-se, eu e você iremos la embaixo, sem barulho use apenas sua katana," Disse ele com palavras simples. Montaremos cargas explosivas na parede interna e na parte de trás da oficina. Duas explosões consecutivas e criamos a abertura para que Takagi saia."

Hirano, caminhou rapidamente para a parte traseira do Humvee, pegando uma mochila resistente em que ele colocou corda e ganchos para escalada e um rádio de longo alcance, ele também pegou o C.4 dividindo em doze pequenas cargas enquanto conectava os detonadores.

Pegando sua machadinha de combate e faca kbar, ele guardou o fuzil no carro antes de começar a se mover, com Saeko em sua cola. Seus movimentos eram rápidos e silenciosos enquanto eles corriam em meio as trilhas pelas árvores baixas.

Com suas boas formas físicas, eles levaram cinco minutos de corrida ladeira baixa, para chegar a cerca externa, abrindo uma passagem para o ônibus. Correndo rápido, eles armaram as cargas no muro antes de olhar ao redor do muro em busca de zumbis. Com tudo limpo, eles novamente correram, se colocando na parede traseira da oficina.

Jogando um gancho no telhado da oficina, ele começou a colocar as cargas, uma explosão única e então eles sairão para a rua rapidamente. O plano perfeito, embora nada fosse perfeito nesse mundo, então ele começõu a criar algumas armadilhas com as cargas de C.4 que sobraram.

Olhando para a mansão Takagi, ele deu um sorriso travesso, colocando algumas cargas no caminho que as pessoas que deixassem a mansão pegariam. "Tudo, pronto." Disse ele, escalando novamente a corda até uma janela, e batendo nela onde deixou um radio.