Rota de Fuga.

Na oficina, as pessoas se desesperavam, eles estavam confinados entre esse lugar e o pequeno prédio ao lado. Por sorte, havia um caminhão de suprimentos, além do ônibus nesse lugar. Sentados em uma mesa, próxima à janela do segundo andar, Yuriko olhava para sua filha Saya e seu amigo de infância Takashi.

Tudo dera errado. Seu marido sabia sobre todo o plano, desde a vacinação dos militares, até a segunda fase, tudo foi preparado. Ele tinha um refúgio no Monte Keikan, totalmente projetado e pronto para receber mais de mil pessoas, instalações medicas e armamento pesado estavam lá, assim como estufas prontas para plantio.

Ela não entendia a fascinação do homem em governar os outros, por meses ela implorou para que eles reunissem apenas algumas pessoas próximas e fugissem. O homem porem não concordou de modo algum, ele precisava de soltados, precisava de empregados, e precisava ser chamado de salvador para sustentar seu ego minusculo.

Tudo porem deu errado, quase todos os homens que eles possuíam se tornaram zumbis, logo na primeira fase. A equipe enviada para buscar sua filha, nem chegou a escola, quando morreu para zumbis. Seu armazém de veículos militares e armas havia sido roubado quando seu marido foi lá no dia anterior, sobrando apenas alguns veículos pequenos.

Nada dos grandes caminhões, nada das armas grandes. Felizmente, na manhã anterior sua filha conseguiu retornar segura, sua felicidade porem não durou. Seu marido estupido permitiu que Shido Koichi, filho de um político aliado entrar em sua propriedade com seus guardas, desde o início Shido Koichi, deu-lhe sentimentos repulsivos, quando o homem viu sua filha porem a situação se tornou ainda pior.

Gritando sobre entregar o psicopata que o atacou o homem estava possesso, e assim com armas apontadas uns para os outros, eles estavam em um impasse. A explosão do EMP foi a gota de água, que causou tudo a sair do controle. Tiros soaram, pessoas morreram, como se não bastasse, um tiro atingiu o ônibus escolar em que Shido havia chegado com seus guardas e alunos.

O veículo desceu ladeira abaixo em alta velocidade, destruindo o portão enquanto as ondas de zumbis invadiam, as ondas porem foram o que salvou-lhe e sua filha. Observando os zumbis correndo, Shido, levou seus asseclas para a mansão, enquanto ela se escondia na oficina com o máximo de pessoas que pode.

Ela ainda podia ouvir, os gritos das pessoas enquanto os zumbis as devoravam, tiros soando na mansão. Tudo isso vinha assombrando sua mente desde o dia anterior. Agora havia esperança, bebendo seu chá ela olhava para sua filha e Takashi nostalgicamente.

Então, o som de uma batida a despertou de suas ruminações, abrindo a janela, ela pegou um rádio comunicador, enquanto observava duas pessoas com uniformes camuflados correndo para longe. Pegando o rádio, ela notou que já estava sintonizado em uma frequência específica. Restava-lhe esperar, para descobrir o que eles queriam.

Hirano e Saeko correram rapidamente morro acima, enquanto mantinham suas respirações controladas, sua decida havia levado cinco minutos, sua subida porem levou dez, já que eles tinham tempo sobrando, preferiram não gastar energia desnecessária.

Chegando ao alto do morro, onde sua equipe aguardava, ele notou que a ambulância e o caminhão de transporte já estavam ali. Tomando um gole de água do cantil que lhe foi oferecido, ele se sentou sobro o capo de um dos carros ele olhou para baixo divertido.

Caminhando até seu lado, Saeko se sentou a seu lado abraçando seu pescoço. "Isso foi fácil, e não houve diversão". Disse ela fazendo beicinho. "Não se preocupe muito, ainda nem começamos a nos mover e já temos um resgate, além disso, mossa exploração está apenas começando.

Pegando um rádio semelhante ao que deu a Yuriko, ele iniciou uma transmissão: "Aqui é Hirano Kohta! Saori com quem você falou mais cedo, trabalha comigo." Ele fez uma pequena pausa. " Antes de discutirmos qualquer acordo me diga, o que você fará se eu te tirar dai?" Hirano fez a pergunta importante a mulher.

"Levar essas pessoas ao acampamento da J.S.D.F, depois seguir para um lugar diferente com minha filha." Veio a resposta dela, pelo rádio.

"Neste caso, libertarei seu povo. Coloque todos no ônibus e me avisem, você tem dez minutos." Hirano disse antes de desligar o rádio. "Vocês ficam aqui, meu grupo e eu temos uma pescaria para fazer." Disse Hirano apontando para os outros. ''Rika, nos cubra caso algo de errado."

Entrando nos carros, eles pegaram uma pequena trilha a direita enquanto desciam lentamente, o caminho era coberto de buracos e irregularidades, e mal se passava um veículo por vez, ainda assim era o suficiente para eles.

Parando o carro na rua atrás da oficina, Miku posicionou o carro de frente para a trilha, enquanto Hirano virava a metralhadora calibre 50 apontada para frente, esperando eliminar qualquer zumbi que aparecesse. Sons de estática vieram do rádio anunciando a mensagem que viria. "Todos estamos prontos aqui." Veio a voz de Yuriko do rádio.

"Abaixem-se!" Disse ele pelo rádio, apertando os botões de detonação das cargas explosivas. Uma grande explosão soou, destruindo as paredes tanto do muro externo quanto da oficina. "Saiam agora e, vire a direita. Peguem a trilha acendente, eu cuido do resto." Do buraco da parede, saindo da nuvem de poeira, um grande ônibus apareceu, entrando na rua a sua frente. Virando a direita o ônibus subiu pela rua entrando na trilha acidentada.

"Saeko, lança-granadas. Mande um presente ou cinco para a mansão." Disse ele enquanto a garota carregava e disparava uma granada atrás da outra explodindo a mansão, os barulhos de explosões atraindo os zumbis para a mansão permitindo a fuga do ônibus, enquanto Miku também saia dali.

Olhando para o ônibus se afastando, uma grande explosão soou, destruindo tudo ao redor da oficina, quando Hirano detonou as últimas cargas que haviam sido escondidas ali.

No alto, o ônibus havia sido parado. A sua frente, Rei apontava a metralhadora para ele, Rika podia ser vista deitada sobre a ambulância, apontando seu rifle sniper em direção a mansão.

Parando atrás do ônibus Hirano caminhou calmamente em frente enquanto as portas se abriam, e cinco homens saiam com as mãos acima de suas cabeças. Atrás deles, Takagi Yuriko saiu com seus longos cabelos roxos e grandes seios, a bela mulher não aparentava possuir uma filha, muito menos uma da idade de Saya, que vinha atrás dela assim como Takashi.

Takashi e Saya tinham os olhos arregalados olhando para rei, fazia apenas um dia e a garota já apontava uma arma para eles como se fossem inimigos. "Rei ... por quê?" Perguntou Takashi em um sussurro.

"Por que, não confiamos em vocês." Veio a resposta atrás deles, enquanto Hirano se aproximava. Virando-se, eles o notaram ali, cada um dos três tinha uma aparência estranha.

Yuriko, tinha um olhar avaliativo. Observando a aparência do garoto assim como os equipamentos que ele usava. Ele bonito, forte e pelo que vira até agora impressionante. "Todos se comportem e não lhes faremos mal, senhora Takagi. Venha aqui por favor." chamou Hirano com uma voz de comando.

"Silencio!" Disse ela a sua filha que começava a abrir a boca, ela não deixaria o orgulho estupido de sua filha, atrapalhar suas chances e de outras pessoas sobreviver.

Caminhando ate ele ela o encarou nos olhos por um segundo antes de falar. "Mudando de ideia sobre me cobrar pelo resgate?" Perguntou ela curiosa.

"Tenho uma proposta diferente para você Takagi Yuriko, pelo que pude observar no momento. Seu marido não planejava ficar nessa armadilha que vocês chamam mansão, a menos que ele fosse estupido." Hirano fez uma pausa observando o rosto da mulher se contorcer.

"Vejo por sua expressão que estou certo, me guie para onde seu marido tinha planos de ir, iremos lhe dar abrigo e ensinar a se defender, claro, não realizamos caridade você fica você trabalha." Disse Hirano, com uma proposta descente enquanto ela pensava nisso.

"Eu aceito, mas quero levar minha filha comigo, e o amigo dela também." Disse ela em contra-proposta. Hirano porem apenas a olhou com um sorriso estranho.

"Eu não creio que o senhor herói queira me obedecer, e eu atirarei nele se ele arriscar nossas vidas então isso é má ideia, sua filha porem é bem-vinda. De o comando a seu homem de confiança e deixe-os ir, a rota por trás de sua mansão levará ao centro, seguiremos juntos por parte do caminho antes de nos separar.''

"Porque não levá-los com você?" Perguntou ela apontando para o ônibus. "Liderar da muito trabalho, além disso, eles são leais a você." Disse ele a fazendo sorrir com as respostas, despeça-se e chame sua filha.

"Rei, abaixe a arma." Falou ele pelo rádio. Todos para os carros. "Rika, situação?" Disse ele ao rádio, enquanto Yuriko que caminhava ao lado ficava espantada. "Os zumbis estão invadindo a mansão, não sei quando tempo eles vão durar, mas não parece muito." Disse Rika em resposta.

"Volte ao carro e se prepare para partir, lideraremos o caminho para o ônibus, Shizuka trará a ambulância logo atrás, por último você cobre a traseira. Nos separamos assim que chegarmos a ponte, eles atravessaram para o abrigo, nós iremos para a casa de Rei." Entrem nos carros e aguardem.

Alguns minutos depois, Yuriko caminhou até ele com Saya que tinha uma cara de choro. "Você comigo. Saya no outro carro com Rei."

Com tudo pronto eles novamente partiram, era hora de cumprir sua promessa a rei e tentar achar a mãe dela. "Por que nos separar?" Veio a pergunta repentina da mulher mais velha o distraindo.

"Não estou as separando, estou dividindo o peso igualmente, cada carro tem quatro passageiros, e a mesma quantia de peso em armas e equipamentos." Hirano respondeu com lógica e fatos, distraindo a mulher de seus pensamentos de perseguição.

Por trinta minutos eles dirigiram por ruas onde zumbis caminhavam livremente, não eram muitos ja que o som da explosão havia atraido a maioria dos zumbis da area para a mansão, ainda assim, eles se moviam com cuidado o tempo todo.

A viagem para a ponte foi rápida e tranquila. Yuriko observou com olhos complicados, quando o ônibus se afastou. Tudo que seu marido havia trabalhado, cada pessoa e suprimento estava perdido. Agora, ela guiaria e viveria com outro grupo lá, um que ela nem mesmo liderava.

No ônibus, Takashi olhou para trás, seu coração partido. Ele pensou ter perdido Rei, quando ela começou a namorar seu amigo, agora porem era ainda pior, ela havia lhe apontado uma arma sem hesitar, talvez, fosse hora de ele seguir.

Na mansão Takagi, três homens se seguravam firmemente ao telhado, Shido Koichi e dois de seus guardas haviam sobrevivido. O homem em questão tinha olhos vermelhos e fervia de ódio, primeiro Hirano Kohta atirou nele, na escola, depois a pequena puta Takagi, teve o atrevimento de negar a dizer onde o maldito estava, até mesmo seu pai estupido teve o atrevimento de apontar uma arma para ele.

Mas o que é mais humilhante, uma mulher qualquer sem nome o havia enganado dando esperanças, antes de bombardear a mansão e o deixar para morrer, ele encontraria os três que o fizeram se estressar tanto e os faria sofrer.