Capítulo 48: Ritual de adoração

Os Amigos POV:

Ouvem trombetas soando, homens com turbantes com chifres e cabeças de animais passam diante do povo, cada um imitando os gestos e sons de um animal sagrado... E qual não é a surpresa deles ao ver Eros como o último desses homens!

— Ele disse que viria e veio mesmo. – Leonardo diz e sorri.

— Vejam, Eros está com os olhos pintados de vermelho e um risco branco em cada lado da face. Que animal seria esse? – Maria José pergunta.

— O mais sagrado entre todos, o que representava a presença da shatki da mãe Saravasti. – Tia diz e logo depois faz questão de explicar que shatki é a força ou poder de um deus, enquanto Saravasti era um dos rios sagrados da Índia.

De repente Weenny aparece, ao lado dela estão muitos homens com tochas nas mãos e diyas nas laterais de seus chapéus engraçados.

A melodia começa e os tradutores se posicionam para começar seu trabalho porque todos certamente ficarão curiosos sobre a letra da canção de adoração.

Weenny começa cantando e Eros começa a dançar junto com os outros cinco homens, dançam ao redor da Weenny e ela parece não ter percebido que seu Dulhan está lá diante dela.

De repente Eros se ajoelha diante da Weenny, os amigos percebem pelo olhar dela que naquele exato momento reconhece o seu Dulhan, que canta para ela - Tu Hai de A.R. Rahman.

"Você é o meu universo

A minha vida e o meu amor são só pra ti

Você é como a cor do mundo

Há uma melodia na brisa por sua causa"

 

Os homens vão à frente, diante da piscina e se curvam, fazendo alguns gestos que simbolizam os movimentos do rio.

Weenny e Eros continuam a cantar dançar declarando seu amor e intenções, com muito romantismo, enquanto dançam ao redor da piscina, junto com os outros bailarinos do templo. Ouvem-se as trombetas, é o sinal do momento auspicioso.

Os noivos acabam se aproximando dos Imperadores e os tradutores temem que o Principe seja reconhecido.

É chegada a hora da participação dos padrinhos, então eles vêm ao centro e fazem um longo corredor com as madrinhas de um lado e com os padrinhos do outro, os padrinhos ofertam uma flor de lótus púrpura para as madrinhas e cantam juntos.

Todos voltam suas atenções para Weenny, ela pega uma estátua, que os tradutores dizem ser da mãe Saravasti e continua a caminhar, as madrinhas a acompanham até o momento em que a Dulhana chega diante da escada da piscina, Michele tira a coroa de flores da cabeça da Weenny e ela vai descendo os degraus com a estátua nas mãos, submerge na piscina e coloca a estátua no fundo da piscina.

Eros a observa enquanto ela vai saindo da piscina, Weenny olha para seu Dulhan e vai subindo os degraus, Madhavi e Zaara a aguardam com uma toalha, envolvem o corpo da Dulhana e a conduzem para um outro aposento.

Eros vai saindo discretamente.

Os amigos ficam encantados com a beleza desse ritual e maravilhados com a letra tão apaixonada desta canção, parece que alguns estão desconfiados a respeito da presença de Eros ali junto com os outros homens que estavam cantando e dançando com a Weenny, mas não tem certeza e nem conseguem encontrá-lo.

Os amigos famosos e a imprensa se aproximam dos padrinhos.

— Que letra mais linda dessa canção! – Ana diz.

— Poderia dizer que era o Eros cantando para a Weenny. – Kailani, uma repórter diz.

— Aliás o Eros veio para esse ritual? Não o vi aqui. – Erica, outra repórter, pergunta.

— Sim, a letra é fabulosa. – Carol diz.

— Não, Eros não podia vir, apenas a Dulhana e nós. – Gislaine mente.

— Por quê? – Cristiane, outra repórter, questiona.

— Porque esse ritual devia ser para adoração da mãe Saravasti e toda a devoção deveria ser dada à ela, não poderia ser dividida com o Dulhan. – Tia explica.

As mulheres da imprensa observam toda a conversa das madrinhas com as amigas famosas com a máxima atenção, elas conversam um pouco mais sobre o ritual e os próximos acontecimentos desse shádi.

 

Weenny Alves POV:

Ouço a melodia, caminho para me aproximar da piscina, enquanto canto e danço para invocar a mãe Saravasti, os dançarinos do templo me ajudam, fico muito surpresa ao ver que meu Dulhan está entre eles. É muita ousadia do meu Príncipe ter se disfarçado para me encontrar neste momento tão auspicioso, para que juntos possamos entoar uma canção que fala sobre os desejos dos nossos corações e sobre o que sentimos um pelo outro. Permitimos que nossos corações cantem e digam a respeito do que transborda deles.

Cumpro o ritual com o devido zelo e reverência, os padrinhos dão flores de lótus especialmente colhidas para esse momento, as melhores e as mais bem cultivadas são dadas para as madrinhas. Elas por sua vez recebem as flores e as ofertam na representação do rio sagrado, a piscina.

Os dançarinos do templo representam os nossos animais sagrados, enquanto a presença dos convidados brasileiros e indianos representam o nosso povo.

Ao fim do ritual pego a estátua da mãe Saravasti e o levo para o fundo das águas, com o desejo de que a benção dela se propague pelos rios, campos, animais e para o povo.

Desta forma, o ritual está terminado.

Vejo quando meu Jagal se retira discretamente, ele não deveria ter vindo ao ritual e penso que o chefe da guarda imperial o tenha visto e o delatará para o Imperador, espero sinceramente que não seja punido.

Retorno ao aposento reservado para mim, quando vou encostar a porta tenho uma surpresa, meu Príncipe invade o aposento.

— O que você está fazendo aqui? Por que veio aqui? – digo ainda surpresa.

— Eu vim te dizer sobre um desejo profundo do meu coração. – Jagal diz.

— Qual desejo? – pergunto, ainda surpresa com a repentina aparição.

— Weenny, eu sei que não posso controlar ou mudar o meu destino, talvez seja até por isso que eu tenha me arriscado a vir até aqui essa noite, porque desejava te dizer o quanto sou grato por ter encontrado o grande amor da minha vida, você é o universo onde eu desejo mergulhar até o fim dos meus dias... Só espero que você sinta o mesmo que eu. – Jagadeesh diz.

— Eu... – começo a dizer e ouvimos batidas na porta — Por favor, você precisa ir, o Imperador não ficará satisfeito de te encontrar aqui.

Ele me beija e eu fico sem ação, ouvimos mais uma batida na porta, seguido por uma voz masculina, parece ser do sacerdote.

Raajkumaaree, sab theek hai? kya ham ek sekand ke lie baat kar sakate hain? (Princesa, está tudo bem? Podemos conversar por um instante?) – Shri Krishna pergunta.

Haan, main sirph paiking khatm kar raha hoon. (Sim, só estou terminando de me arrumar.) – digo exasperada.

— Como me beija assim de surpresa? Isso não é adequado. – sussurro.

— Seus olhos estavam pedindo por um beijo. – ele sussurra indignado.

— Ah é? E se alguém nos flagrar aqui sozinhos? – pergunto igualmente indignada.

— Não me importo, queria apenas sentir o sabor dos lábios da minha futura esposa. – ele me desafia e eu lhe dou um beijo rápido e o vejo suspirar.

Ouvimos mais uma batida na porta, alguém quer saber se é verdade que o Príncipe esteve aqui, minto dizendo que não o vi.

— Você precisa ir embora depressa. – peço.

— Não antes de você me dar um beijo de verdade. – ele pede e me faz sorrir, me aproximo lentamente e o beijo.

Oh que saudade desses doces lábios...

Então convenço meu Jagal a ir embora, discretamente permito que as sudras entrem no aposento, elas me arrumam e saem, permitindo a entrada dos sacerdotes nesse aposento.

Eles conversam brevemente comigo, para meu alívio querem apenas agradecer a minha presença na liderança deste ritual, acreditam que a deusa atenderá a minha petição, abençoando o povo indiano.

Me questiono sobre o motivo para evitarem a presença do meu Príncipe, só pode ser para evitar que eu desse mais atenção e devoção a ele do que aos deuses, a terra, os animais e todo o povo que carecem de ajuda, eu jamais poria a minha vontade ou meu amor acima de situações como a fome, a dor e a pobreza, o nosso povo precisava de toda a minha força, sinceridade e devoção, por isso cumpri o ritual com o devido zelo.

Nosso povo... Se me consideram a Princesa deles, então eles são meu povo.

Minha partida foi preparada, soldados e servas estão posicionados, entro no palanquim e sigo para o meu palácio. No caminho vejo muitos convidados saindo, estão comentando sobre o que acabam de presenciar.

Penso nos meus padrinhos, ainda não tive oportunidade de agradecer a inestimável ajuda dessa madrugada, espero que não estejam muito exaustos para amanhã, será um dia cheio de compromissos.

Em pouco tempo chegamos no palácio, tomo um banho rápido e vou para o meu aposento, apesar de agradável, o dia foi exaustivo.

 

Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:

Penso que muitos estão desconfiados da minha presença no templo, mas ninguém me delata ao Imperador ou aos seus nobres, logo depois do ritual falo com a Weenny e consigo sair discretamente, retorno ao hotel em seguida com um carro conseguido por Salmaan, para que ninguém identifique meus veículos.

Amitabh está no saguão e pede para falar comigo, o convido para ir à minha suíte, nos acomodamos e peço que sirvam lassi para nós.

— Príncipe, seus amigos estão cada vez mais desconfiados e curiosos a respeito da presença dos Imperadores, não sei se nossas desculpas estão funcionando. Temo que acabem por descobrir o segredo de alguma maneira, afinal não os conheço e não sei até que ponto poderá ir essa curiosidade.

— Podem desconfiar, mas como vão saber a verdade? O povo indiano teme os Imperadores e jamais trairiam esse segredo, afinal ninguém deseja ser condenado e executado ao trair o segredo da coroa. - Salmaan senta-se conosco e diz.

Me mantenho em silêncio para poder pensar.

— Sim, é verdade. Nós tradutores também procuramos despistar as perguntas e disfarçar ao máximo. Vejo que entre os brasileiros as opiniões e reações estão dividas, existem os que questionam o fato de os Imperadores estarem presentes nas cerimônias principais e os que ficam admirados e encantados com a presença deles. – Amitabh diz.

— Esses brasileiros são engraçados... Por que ficam questionando tudo? Pelo menos por enquanto estão conversando sobre isso entre si e fazendo perguntas aos tradutores, mas e se eles forem além dos questionamentos? Meu Príncipe, eles não conhecem as regras de convivência? - Salmaan parece incomodado ao dizer.

— Saber sabem, Guru Shankar lhes ensinou. Alguém está indo além dessas perguntas e da curiosidade? – pergunto.

— Eles questionaram algumas vezes porque notam o quanto Vossa Alteza se aproxima dos Imperadores e também notam e sentem a ausência de Vossos pais, já que aprenderam o quão importante é que os pais estejam presentes no shádi de seus filhos. Ricardo, um dos padrinhos, fez questão de pedir aos outros padrinhos e madrinhas que parem de questionar a presença dos Imperadores e se concentrem na importante função que eles têm como padrinhos. - Amitabh responde.

— Quer que eu faça alguma coisa, Alteza? Devo tomar alguma providência? – Salmaan pergunta.

— Pelo visto tudo está calmo por enquanto, essa curiosidade é normal para os meus amigos. Sei que o respeito que eles têm por mim e pela minha Princesa será muito maior do que suas curiosidades, sei que respeitarão também as regras de convivência porque vejo o quanto temem os Imperadores, Guru os advertiu sobre o comportamento adequado. - reflito por alguns segundos e digo.

Os dois concordam.

Pergunto onde eles estão e fico sabendo que acabam de chegar do ritual, pretendem trocar de roupas e descer para o salão de jogos, mesmo sendo tarde. Deixo que Amitabh desça primeiro e vou logo depois, quero sondar meus padrinhos e madrinhas, preciso saber o que estão pensando.

Observo até que todos estejam mais à vontade, parece que eles não querem jogar, devem estar sem sono e precisam conversar.

Entro no salão e cumprimento a todos, conversamos por alguns minutos para que eu encontre o momento adequado para introduzir o assunto que quero.

— Me desculpem, devo algumas satisfações à vocês sobre as coisas que fugiram ao controle neste shádi. – digo.

Paro por um momento e observo suas reações, parecem estar surpresos com o que acabo de dizer.

— A que você se refere? - Igor pergunta.

— Algum problema? – Eduardo pergunta.

— Estamos nos comportando mal? - Leonardo questiona.

— Se estamos fazendo algo de errado nos perdoe, tentamos seguir todas as orientações... - Vivian diz.

É hábito dos meus amigos falarem e perguntarem muitas coisas ao mesmo tempo.

— Não fizeram nada de errado, mas acho que devo algumas explicações à vocês, tenho andado bem ausente. – digo.

Mais uma vez espero por uma reação, mas a única coisa que vejo é que todos param o que estão fazendo e ajustam suas posições nas poltronas enquanto olham firmemente para mim.

— Sobre a ausência dos meus pais, eu não tive tempo de explicar o que houve, mas sei que os tradutores explicaram. Infelizmente a minha mãe adoeceu subitamente, meu pai a levou para fazer exames para diagnosticá-la. Hoje ela mal consegue sair da cama e ele jamais confiaria em deixá-la sozinha aos cuidados de empregados ou enfermeiros. – minto.

Isso de fato aconteceu algum tempo atrás, mas o Imperador a deixou aos cuidados dos sudras e dos melhores médicos.

— Sim, ficamos sabendo pelos tradutores, sentimos muito a ausência deles, pensamos que fossemos conhecê-los finalmente. – Michele diz.

— Não faltará oportunidade para conhecer meus pais, Mi. – digo.

Ah, se pudessem saber que estão diante deles nos cerimoniais e que os temem tanto.

— É mesmo uma pena eles não estarem aqui para ver tanta beleza e felicidade. - Maria José diz.

Sinto o amargor dessa mentira cruel e necessária nesse momento, me abalar. Odeio mentir para os meus amigos, mas não tenho outra saída, pelo menos por enquanto.

— Agora quero falar com vocês a respeito da presença dos Imperadores. Quando decidimos fazer um casamento legitimamente hindu, tive que vir para a Índia para preparar tudo, vocês devem imaginar que usei muito dinheiro da minha fortuna para realizar esse sonho. Pretendia preparar tudo como uma pessoa anônima, mas havia esquecido que fizemos um remake de um filme amplamente conhecido, até mesmo pelos indianos, nos tornamos famosos graças ao nosso primeiro projeto. Fui instruído a pedir permissão dos Imperadores para o casamento que planejei, porque as cerimônias foram tomando uma proporção cada vez maior, as coisas aqui na Índia são mais baratas, facilitando e melhorando tudo o que eu havia idealizado para esse momento especial, então o próximo passo seria pedir uma audiência para explicar qual era a minha intenção. – começo a minha explicação em parte verdadeira.

Paro por um momento e todos continuam em silêncio.

— Fui recebido pelos Imperadores em uma audiência e pedi permissão para o casamento e contei como desejávamos fazer, expliquei que não traria apenas a minha futura esposa, mas nossos muitos amigos e convidados, afinal eu não poderia fazer um casamento grandioso sem o conhecimento das autoridades desse país, não é? Os Imperadores gentilmente me autorizaram a organizar essa festa aqui, então decidi convidá-los para o shádi, mas não esperava que eles realmente viessem, foi uma enorme surpresa para nós a presença deles tanto quanto foi para vocês. Não ousaremos perguntar o motivo deles terem desejado vir e nem em quantas cerimônias virão, apenas apreciaremos a ilustre presença deles, compreendem? Os Imperadores podem ir e vir aonde e quando desejarem. – digo mais uma semi verdade.

Eles concordam comigo.

— Estranhamos muito, Eros. Ficamos desconfortáveis e com medo porque Guru nos advertiu muito sobre isso. Perguntamos muito aos nossos tradutores sobre o que os levou a vir e ficar tão perto de você e da família da Weenny. - Guilherme diz.

— Imagino seu susto ao vê-los pessoalmente, meu amigo. - Rafael diz.

Ah, você não faz ideia do que é ser filho do temível Imperador Himanshu.

— Sim, claro. Peço desculpas por não ter esclarecido isso antes, realmente não esperava que nenhum desses imprevistos acontecesse, por isso vim conversar, para saber como se sentem a respeito. – digo.

Espero logo poder dizer a verdade à vocês.

— Entendemos tudo e agora ficaremos mais tranquilos. - Tatiane diz.

— Agora tudo fica mais claro, pelo que Tia e Amitabh tem dito, você realmente mexeu muito com a economia desse lugar, trazendo grande movimentação financeira. – Ricardo diz.

— E muitos empregos temporários, afinal são muitos tradutores, garçons, cerimonialistas. – Rafael diz.

— Além dos aluguéis dos palácios, hotéis e decorações luxuosas. – Marília diz.

Sorrio e concordo, me despeço deles, mas antes de sair eles me chamam.

— Linda atitude de dar comida aos famintos, tenho orgulho de ser sua amiga. – Mayara diz.

— Eu jamais seria feliz vendo a necessidade daquelas pessoas, ficaram felizes com tão pouco. – digo e baixo a cabeça, penso nas necessidades do meu povo, é injusto que passem fome e que não tenham nem mesmo o que vestir, isso precisa ser mudado com urgência.

Volto para a minha suíte.

Aviso a Salmaan que acabo de conversar com os meus padrinhos e que reforcei a história inventada pelos tradutores, isso deve bastar porque meus amigos mais antigos me respeitam e consideram a minha palavra.

Salmaan, ek maheene aur kapade ke lie ek ghar ko khilaane ke lie paryaapt bhojan ke saath maunt tokariyaan, sabase gareeb parivaaron ke gharon mein pahuncha dee gaeen, lekin kisee bhee maamale mein yah nahin bataen ki kisane vitarit kiya, yah kisee bhee shaasak ka daayitv hona chaahie, logon ko bhookha nahin rahana chaahie aur mujhe nahin karana chaahie mujhe jashn manaana chaahie jabaki mere log peedit hain. Jao aur abhee meree aagya pooree karo. (Salmaan, monte cestas com comida suficiente para abastecer uma casa por um mês e roupas, entregue nas casas das famílias mais pobres, mas em hipótese nenhuma diga quem mandou entregar, essa deveria ser uma obrigação de qualquer governante, as pessoas não devem passar fome e eu não deveria festejar enquanto meu povo sofre. Vá e cumpra a minha ordem agora mesmo.) – exijo e ele levanta para cumprir a minha ordem imediatamente.

Só assim meu coração ficará leve o suficiente para que eu possa me concentrar na minha felicidade.

Preciso dormir cedo porque o terceiro dia do shádi será bem intenso.