Essa festa tem um tom diferente, afinal somos apenas as mulheres e os poucos homens da minha família, que acabam inibidos e restritos em um canto, exceto meu pai. Nós temos mais liberdade em nossas conversas e também nos momentos de diversão, aproveitamos para dançar os mais diferentes tipos de danças indianas, nos deliciamos com o banquete e colocamos a conversa em dia.
A festa está terminando, saio discretamente e vou para os meus aposentos preciso me preparar para a puja, tomo um banho rápido e vou para o meu quarto de vestir.
Escolho um choli azul e um sari vermelho e mais discreto, Zaara me ajuda a colocar as poucas joias e Rani penteia meus cabelos que vão ficar soltos, Rani faz a minha maquiagem. As sudras passam mehendi vermelho em minhas mãos e pés como preparação para esse momento.
Faço questão de pegar a diya, que é a chama sagrada do meu amor com Jagal.
Fico sabendo que aos poucos meus convidados estão chegando e se acomodando no espaço reservado para eles. Dinah, esposa do Pandith, as esposas dos Brâmanes, meus pais, os padrinhos já estão me esperando e os músicos já estão posicionados.
Vamos ao jardim do meu palácio, local onde há um templo e o local onde estão as estátuas das deusas, minhas sudras carregam as bandejas com as oferendas e eu vou preparando o altar levando respeitosamente meus presentes para Durga e Parvati.
Observo meus convidados e fico satisfeita ao ver que os homens, convidados e padrinhos, também acompanharão essa puja, apenas meu Dulhan não virá, penso que ele deve estar em no Forte Agra.
É o momento ideal para iniciar a cerimônia, Dinah e as esposas dos Brâmanes, meus pais, irmão, madrinhas e padrinhos levam suas oferendas ao altar, agora tudo está pronto, podemos começar.
— Ó deusa Durga, grande mãe, prepara-me para o futuro e destino que me esperam, que eu tenha força para cumprir todas as minhas obrigações e lutar para que meu marido seja plenamente feliz e realizado. – faço esse breve puja em silêncio.
As mulheres vêm à frente e juntas entoamos canções e pujas para as deusas invocando suas principais qualidades e proteção. Passamos cerca de uma hora nessas orações.
— Namo namo Durge sukha-karni... Namo namo Ambe dukha harani (Durga, repetidamente me curvo diante de ti, você proporciona felicidade a todos, ó mãe deusa, você remove todos os sofrimentos de nossas vidas.) – entoo um mantra, que é prontamente repetido por todo o povo.
— Jai Ma Durga! (viva a deusa Durga!). – a esposa do sacerdote brada em alta voz e todos nós repetimos.
Interrompemos a cerimônia por um instante para nos preparar para o encerramento, olho na direção do jardim e percebo que o tempo está fechando anunciando um temporal.
Dinah orienta a todos retornarem aos seus assentos.
As sudras se posicionam ao meu redor de tal forma que ninguém consegue ver onde estou.
— Aah main tumhen kitana yaad karata hoon. (Ah como você me faz falta.) - olho para a diya, penso em meu Jagal e sussurro.
Dinah se aproxima deste tumulto formado pelas mulheres indianas em meu palácio.
— Rajkumari kahaan hai? (Onde está a Princesa?) – ela pergunta.
— Vah vahaan khade hain jo momabattee se baat kar rahe hain. (Está ali conversando com a vela.) - Sujata, esposa de um Brâmane, diz.
Consigo ouvir o que a serva diz, mas não quero responder.
— Momabattee ke saath nahin! Rajkumar Jagadeesh ke saath! (Com a vela não! Com o Príncipe Jagadeesh!) - Madhavi, Shiva, Rani e Zaara dizem ao mesmo tempo e sorriem.
— Yah prem kee pavitr jyoti hai, Rajkumar kee khaatir Rajkumari ne kuchh samay pahale ise jalaaya tha. (É a chama sagrada do amor, a Princesa a acendeu há algum tempo por amor ao Príncipe.) - Madhavi explica.
Algumas indianas têm o costume de acender uma diya para iluminar a vida e o caminho de seus amados, crêem que ao fazer isso o amado que está distante delas, quer seja por uma longa viagem de negócios ou por um período de anos de estudos, como é comum acontecer aos homens indianos, enxergará claramente o caminho de volta para os braços de suas amadas.
Costumam conversar com suas velas ou diyas como se falassem com o seu amor, eu também acabei adquirindo esse hábito.
Penso em meu Jagal e na saudade que sinto, algumas lágrimas deslizam pela minha face.
— Ab jab tumhaaree shaadee nikat hogee to kya tum rooge? Is tarah aap ant mein us momabattee ko baahar daal denge. (Agora que seu casamento está próximo vai chorar? Assim acabará apagando essa vela.) - Dinah vê as lágrimas e diz.
Eu as enxugo e caminho com a diya nas mãos.
— Is pyaar kee lau ko koee nahin bujha sakate. (Ninguém pode apagar a chama desse amor.) – digo com firmeza.
— Aaie is shaktishaalee lau ka pareekshan karen? (Vamos testar essa chama poderosa?) – Sujata desafia.
Levo a diya diante delas para que as mulheres tentem apagá-la com sopros e até gotas de água e nada a apaga.
Começo a dançar e cantar em homenagem ao meu amor e as deusas, ao lado das servas indianas.
Os Amigos POV:
Todos estão ansiosos para o começo da puja, observam a chegada da Dulhana, estranham ao vê-la com a diya que trouxe na viagem do Brasil para a Índia.
Observam seus gestos e notam quando ela prepara o altar com o mesmo zelo de sempre, adornando as deusas e oferecendo o melhor, depois dela vão seus pais e irmão, as esposas dos sacerdotes, então chega a vez dos padrinhos...
Eles se levantam, pegam as oferendas nas bandejas, colocam no altar e retornam aos seus assentos.
A cerimônia tem início e Weenny entoa canções e pujas, as esposas dos sacerdotes e Weenny finalizam com um mantra.
Os padrinhos se aproximam das madrinhas para conversar.
— Essa puja foi a mais linda de todas. – Mayara diz.
— Por que foi liderada pelas mulheres? – Leonardo pergunta.
— Não, mas reconheça que foi bonito mesmo. – Dani diz.
— Por que Weenny está com essa diya nas mãos? O que fará com ela? - Tatiane pergunta.
— Vamos ver, esperem um pouco. – Tia diz.
A Dulhana some no meio das outras mulheres, de repente notam que elas conversam alguma coisa, mas não conseguem ouvir do que se trata.
— Essa cerimônia não vai terminar? Não está demorando demais? – Samara pergunta.
— Não fale assim, anjo. – Enzo diz.
— Ninguém está com pressa nenhuma. – Igor diz.
— Parece que ainda estão preparando algo, estou achando tudo bem bonito. Vejam, Weenny está indo para o centro do salão. - Maria José diz.
— Sorte que daqui podemos ver tudo. – Victor diz.
— O que será que é? – Vivian pergunta.
— Tenho certeza de que Eros ia adorar ver a Weenny assim tão linda. – Michele diz.
— Weenny pegou a chama sagrada e a está carregando na mão, faz parte do ritual? – Carol pergunta.
— Por favor façam silêncio porque elas vão dançar para encerrar a cerimônia. – Tia diz e faz sinal para todos voltarem aos seus lugares.
As mulheres de sari amarelo começam a brincar com a diya da Weenny em uma clara tentativa de apagá-la, todos ficam surpresos porque a chama continua vívida e forte.
— Vejam, Weenny começou a dançar... Oh que lindos gestos que estão fazendo, vou querer aprender. – Gislaine diz.
Melissa, Marília, Vivian e Tatiane concordam com ela, mas seus olhos estão atentos a todos os detalhes.
A Dulhana começa a cantar e dançar ao lado dessas mulheres, logo os tradutores os fazem saber da letra desta canção, realmente é será uma conclusão de uma puja bem diferente.
Weenny é conduzida para a área externa, ficando bem mais próxima aos convidados e ali ela ergue e exibe a diya, canta pedindo que esse amor nunca morra, dizendo que essa diya representa o seu amor e que jamais será apagado. A Dulhana clama por seu amor.
A Dulhana e as mulheres descem a escadaria do jardim e dançam nos degraus, então uma das sudras pega a diya das mãos da Weenny e retornam para o interior do templo e a impedem de pegá-la, enquanto Weenny dança e canta.
A diya é posta do lado de fora, os trovões anunciam a chuva que vem em seguida, sorte que todos eles estão bem acomodados e abrigados debaixo da cobertura.
Chove sobre a diya, mas a chama não apaga, a Dulhana tenta busca-la, mas as mulheres a impedem tomando-a pelos braços.
Weenny finalmente pega a diya e se encharca na chuva, a protege sob seu sari e mais uma vez clama por seu amor, entre lágrimas.
A Dulhana mostra que a diya continua acesa para uma das mulheres que Tia diz ser a esposa de um Brâmane, então Weenny sorri e volta para o templo.
Weenny corre na direção do altar e eleva a diya como se quisesse exibí-la para a deusa e canta como em um apelo apaixonado pedindo mais uma vez que seu amor venha para ela.
De novo as mulheres se aproximam da Dulhana, mas desta vez com bandejas cheias com um pó vermelho, o lançam na direção do altar e saem em seguida.
Weenny pega uma bandeja cheia com o pó vermelho, coloca a diya sobre ela, canta e gira, espalhando esse pó sobre o altar.
As amigas se emocionam com a canção e o clamor da Weenny por seu amor, limpam as lágrimas de emoção, enquanto os homens sorriem satisfeitos com tudo o que estão vendo nesta cerimônia.
Weenny se retira discretamente.
— Que cerimônia linda! – Iara diz.
— Adorei essa canção e dança. – Gislaine diz.
— Weenny está emocionada o tempo todo. – Carol diz.
— Ela cantou para o Eros, mais do que cantou para as deusas. – Samara diz e todos a reprovam.
— Samara, não diga isso. – Enzo a reprova.
Os tradutores resolvem mudar de assunto.
— Devemos nos preparar para a próxima cerimônia que é a Churda, uma festa especial na qual a Dulhana receberá suas pulseiras de casamento, esse conjunto de vinte e uma pulseiras da cor vermelha que dá nome a essa cerimônia, Churda ou Chooda. – Amitabh se aproxima e diz.
— As pulseiras serão colocadas pela família da Dulhana e as amigas mais próximas, certo? – Michele pergunta.
— Muito bem, você está certa. Vocês farão isso, mas certamente muitas outras pessoas gostariam de colocar essas pulseiras que representam essa nova vida para a Dulhana e também esse novo vínculo do casamento, por isso poderão ser colocadas as kaliras. – Tia sorri e diz.
— Mas nós temos a preferência, certo? – Iara, a ciumenta, pergunta.
— Claro, a prioridade é da família e padrinhos. – Tia diz.
— Não sei o que são Kaliras. – Maria José diz.
— Kaliras são aqueles enfeites que ficam pendurados nas pulseiras, certo? – Melissa diz e a tradutora sorri.
— Muito bem, vejo que aprenderam bem. Isso mesmo Melissa, são aqueles enfeites em forma de pequenos guarda-chuvas com uma corrente entre eles. Vocês poderão colocar as kaliras. – Tia diz.
— É verdade que a Dulhana só poderá tirar a churda depois de um mês de casada? - Tatiane pergunta.
— Sim, apenas após um mês da celebração do shádi. – Tia diz.
— Por que a churda é vermelha? – Maria José pergunta.
— Vai ser feito algum ritual de purificação? – Rafael pergunta.
— A churda é vermelha porque é a cor da deusa Lakshmi. A churda deve ser banhada em leite, que é uma espécie de purificação antes de ser colocada nos pulsos da Dulhana. As mães dos noivos farão pujas para agradecer esse momento e só após isso a família e as madrinhas poderão começar a colocar as pulseiras. - Amitabh responde.
— E nós o que faremos? - Igor pergunta.
— Os padrinhos deverão estar ao lado do Dulhan durante essa festa e vão ajudá-lo a receber os presentes que serão levados para o Mahira dastoor. Estão prontos? Podemos voltar ao hotel para que vocês troquem de roupas se desejarem. – o tradutor explica.
— Estamos sim, podemos ir quando quiserem. – Ricardo diz.
Todos concordam e vão saindo do palácio da Dulhana organizadamente, veem uma movimentação na entrada que os deixa curiosos, mas não podem parar para ver por que não tem tempo para isso, os tradutores não sabem o que está acontecendo.
Chegam no hotel e levam um tempo para definirem uma cor para suas roupas, as madrinhas decidem ir com sari amarelo e choli bege, já os padrinhos decidem usar kurta pajama em tons de bege e amarelo, com dupattas na mesma cor, contrastando com a roupa.
Se arrumam e saem rapidamente do hotel rumo ao local escolhido para Churda, chegam em poucos minutos, param para admirar o palácio, como em um novo hábito, essas construções são tão majestosas que exigem um tempo para apreciá-las.
Se posicionam para receber os convidados que já estão chegando.
Weenny Alves POV:
Termino a puja toda encharcada por conta da chuva e suja com o pó vermelho, as mulheres ainda vão fazer suas últimas oferendas e Dinah finaliza a cerimônia.
Sou levada para um banho os meus aposentos.
— Rajkumari, Rajukmar Jagadeesh yahaan aaye hain, aapako apane kapade badalane ke lie usaka svaagat karana hoga. (Princesa, o Principe Jagadeesh está aqui, vamos, você deve mudar de roupas para recebê-lo.) - logo Salima corre na minha direção com olhar assustado e diz.
Sorrio ao saber disso, as sudras se apressam em pegar o sari verde e um choli branco, colocam as joias essenciais e vamos para a câmara principal, vejo quando meu Jagal adentra meu palácio, minhas sudras permanecem ao meu lado, embora se mantenham mais afastadas para que tenhamos mais liberdade, não é apropriado ficar sozinha com meu Dulhan.
Levanto e me aproximo da cortina que nos separa, seguro o pallu.
— Main aapaka svaagat karata hoon aur apanee aabhaar vyakt karane ke lie shabd nahin mil sakata hai ki aap yahaan aae hain. (Lhe dou as boas-vindas e não consigo encontrar palavras para expressar a minha gratidão por você ter vindo aqui.) – digo, fazendo certa cerimônia e o vejo sorrir.
— Aapaka geet mere dil ke lie ek daavat aur nimantran tha, isalie main yahaan aapake saamane khada hoon. (Sua canção foi um deleite e convite para meu coração, por isso estou aqui diante de você.) - ele diz, me fazendo ficar subitamente tímida.
— Mera dil use bulaaya, mujhe koee vikalp nahin tha. (Meu coração o chamou, não tive escolha.) – justifico.
— Aur mere dil ne javaab diya ki samman (E o meu coração respondeu a essa convocação) – Jagal diz e exibe um discreto sorriso — Mainne aapako apane nae trooso ke lie kuchh upahaar laane ka avasar diya. (Aproveitei para lhe trazer alguns presentes para o seu novo enxoval.)
Sorrio também e escondo meu rosto sob o pallu.
— Mujhe bahut khushee hai ki aap aae hain aur main upahaaron ke lie aabhaaree hoon. (Estou muito feliz que tenha vindo e sou grata pelos presentes.) – digo.
Então ele gesticula e logo entram muitos servos no palácio, com bandejas, caixas e cabides.
— Ab hamen agale samaaroh mein jaane kee jaroorat hai, main aapake lie intajaar karoonga jald hee, meree raajakumaaree dekhen. (Agora precisamos ir para a próxima cerimônia, esperarei por você. Até breve, minha Princesa.) – ele diz, sorrimos e logo depois o vejo partir.
— Oh, raajakumaar bahut badhiya hai! Dekhen ki aap kitane bhaavuk hain aur kya sundar upahaar dekhen! (Oh, o Príncipe é maravilhoso! Veja o quão apaixonado está e vejam que presentes lindos!) - Nimat diz e gira em torno de si mesmo.
— Nimat! - Salima o repreende.
Procuramos não exibir o que sentimos um pelo outro diante dos indianos, não é adequado.
Vejo os presentes do meu Jagal, são muitos saris, joias e calçados novos, presentes maravilhosos que as sudras do palácio estão guardando com zelo, fazendo questão de elogiar a riqueza das peças.
Retornamos aos meus aposentos para que eu seja vestida adequadamente para a próxima cerimônia, tenho dois saris escolhidos para a churda, um bem simples e o outro que é ideal para a minha posição de Princesa.
Zaara, Rani e Shiva me ajudam a vestir o sari preto com choli na mesma cor, enquanto vejo as sudras preparando uma outra roupa, um conjunto de joias e outros itens em um pequeno baú que será levado ao palácio.
Em mais alguns minutos estou pronta, minhas sudras providenciam a nossa partida, subo no palanquim e saímos em seguida.
Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:
Meu coração pedia insistentemente para que eu fosse assistir a puja que minha Dulhana faria para as deusas Durga e Parvati.
Todos os meus padrinhos estavam juntos, recebendo algumas instruções do tradutor deles, talvez por isso não tenham percebido que eu fui ao palácio da minha Dulhana sozinho e escondido.
Entrei por uma passagem secreta e fui direto para o templo que fica em um lugar mais reservado do palácio, perto dos jardins, conhecia bem os esconderijos, os servos jamais ousariam questionar a minha presença, manteriam o devido silêncio.
Não era adequado que eu ficasse sozinho com a minha Princesa, em especial agora, depois que passamos pelo ritual de purificação.
Não compreendia o motivo pelo qual meu coração clamava pela minha presença nessa puja, só fui entender ao ver minha Dulhana dançando e cantando, com a diya, que acendemos juntos e que representa o nosso amor nas mãos, a canção foi carregada de amor, saudade e referências a separação temporária que tivemos que suportar até aqui.
Assim que a cerimônia terminou, pedi para avisarem que desejava ver a minha Princesa, Weenny veio acompanhada por suas sudras minutos depois, nossa conversa foi bem breve e discreta porque não devíamos exibir diante delas o que sentimos, permanecemos separados pelas cortinas das câmaras. Antes de sair, fiz questão de entregar os poucos presentes que levei como uma primeira parte do enxoval dela.
Mais uma vez suas palavras alimentaram a minha alma, mas o desejo de tocá-la mais uma vez me perturbou, fazendo crescer a ansiedade de tê-la em meus braços novamente.
Retornei ao hotel porque precisava me preparar, escolhi uma roupa simples, um kurta pajama preto, poucas joias e segui para o palácio que escolhi para Churda.
Vejo meus padrinhos posicionados logo na entrada, eles estão recepcionando nossos convidados que parecem uma multidão nesse momento, saio do carro, passo por eles, os cumprimento e sigo para os salões desse cerimonial.