Chegamos no meu palácio em pouco tempo, as sudras se apressam para preparar meu banho, mas me arrumam com certa calma, visto uma lehenga branca com bordados dourados e apenas as joias principais, meus cabelos são presos em um coque simples, para ir a uma puja convém que sejamos mais discretas, afinal o destaque deve ser dos deuses.
Enquanto a nossa partida é preparada, confiro se todas as oferendas que mandei preparar estão prontas e acondicionadas, tudo deve estar em perfeita ordem.
Seguimos para a área externa do meu palácio, entro no palanquim e mais uma vez saímos em segurança, com algumas pessoas do povo nos seguindo, formando um cortejo até o templo.
Abro discretamente a cortina para apreciar a majestosa construção destinada aos deuses, muitas pessoas já se acumulam na entrada, desta vez não serão meus padrinhos e madrinhas que receberão os convidados, mas os servos e ajudantes dos sacerdotes no templo.
Aceito a ajuda de Salima e Nimat para sair do palanquim, olho para o lado e vejo os servos trazendo as bandejas onde estão minhas oferendas, ouço as vozes dos meus amigos logo atrás de mim, mas eles estão mais agitados do que o habitual, viro para cumprimentá-los e me deparo com o Príncipe Jagal.
Não consigo dizer nenhuma palavra, apenas admiro o homem da minha vida vestido com um kurta pajama branco e um colete azul a moda indiana, divino!
— Baby, você está bem?... Weenny? – Jagal pergunta.
— Eu...Eu...Sim, estou. – acordo deste enlevo.
— Ah, para com isso, fala alguma coisa. – Samara diz, no exato momento que eu desperto, se aproxima para me atingir com um tapa, o que faz com que uma das servas se adiante para me proteger e o clima fica estranho.
Faço um sinal e Rani voltar para seu lugar, mas isso não impede o olhar de desprezo da Samara na direção da minha sudra.
Nos cumprimentamos e seguimos para a entrada do templo, convém que meu Jagal e eu continuemos distantes, desta maneira caminhamos pelos corredores, me distraio com a beleza da arquitetura e luxo da morada dos deuses hindus.
Nossos servos caminham logo atrás, em silêncio e mantendo a distância necessária, afinal apenas os servos pessoais podem estar próximos a realeza.
E pensar que até o começo desse mês eu era apenas uma mulher comum, felizmente daqui uns dias voltarei a ser.
Chegamos no grande salão onde os deuses são adorados, o piso é feito de mármore, os pilares são esculpidos com esmero, exibem imagens das divindades em cada um dos seus nascimentos e shatkis. Vejo ao longe as estátuas dos principais deuses, os sacerdotes se aproximam e nos saúdam, nos dão permissão para preparar tudo para a puja.
Os servos põem as bandejas com as oferendas no chão, minhas servas, as madrinhas e a tradutoras se aproximam, nos ajoelhamos e começamos a enfeitar o local, uma mandala é desenhada, no centro dela são colocadas as flores, velas aromáticas, incensos, pós coloridos e tecidos.
Caminho até o altar e vejo a mesa que está preparada para receber as oferendas às deusas Lakshmi, Parvati e Gauri, trago mel, doces, frutas, flores, tecidos e joias, faço questão de entoar uma canção enquanto arrumo todos os itens com o devido cuidado e respeito.
Termino e permaneço em pé diante do altar, o sacerdote deve ter dado alguma instrução, porque minhas madrinhas e convidadas começam a vir a frente e depositar mais oferendas.
Sei que meus pais virão a essa cerimônia e provavelmente ficarão um pouco mais distantes, já que somos nós os noivos que faremos essa puja ao lado dos sacerdotes.
Olho discretamente para o lado e vejo que meu Dulhan também leva suas oferendas ao altar, diante de Shiva e Vishnu.
O sacerdote faz uma puja e recita um mantra, como abertura dessa cerimônia.
Ajoelho diante do altar e uno as mãos, na preparação para a oração.
— Lakshmi, aap saundary aur stree shakti ke parichaayak hain, aap vijay kee devee hain. main poochhata hoon ki aap mujhe apane pati kee aankhon mein sundar banaate hain aur mujhe usakee aankhon ko band rakhane mein madad karate hain, taaki main har din usake pyaar ko jeet sakoon. hamen prem kee kathin kala mein vijayee banao. aap sahee patnee ke prateek hain jo mujhe raajakumaar Jagadeesh Manohari ke lie ek aadarsh patnee banane kee ichchha pradaan karate hain. (Laksmhi, Tu és a representação da formosura e do poder feminino, és a deusa da vitória. Peço que me torne formosa aos olhos do meu marido e que me ajude a manter os olhos dele presos em mim, que eu seja capaz de conquistar seu amor todos os dias. Nos faça vitoriosos na difícil arte do amor. Tu que és o símbolo da esposa perfeita me conceda o desejo de ser uma esposa perfeita para o Principe Jagadeesh Manohari.) - faço a minha puja em voz alta.
— To aisa ho! (Assim seja) - todas a indianas presentes dizem ao mesmo tempo.
— Om... Parvati, aap jo brahmaand kee oorja kee parichaayak hain, main aapase apanee shaadee kee saaree khushiyaan dene ke lie kahatee hoon, ki ham shareer, aatma aur hrday mein ek ho jaen, ki raajakumaar aur main sabhee maamalon mein ek ho sakate hain, ki aapakee ichchhaen yah meree kaamana hai, ki aapakee khushee aur sammaan bhee mera ho aur hamaara pyaar hamesha ke lie jeet aur saphalata ka prateek ho. (Parvati, tu que és a representação da energia do universo, peço que nos dê toda a felicidade em nosso casamento, que possamos nos unir em corpo, alma e coração, que o Príncipe e eu sejamos um em todos os aspectos, que os desejos dele sejam os meus desejos, que sua felicidade e honra também sejam as minhas e que nosso amor tenha as marcas da vitória e do sucesso para sempre.) – faço a minha petição à deusa para concluir a minha puja, pego o pó avermelhado e lanço sobre as deusas, logo depois toco o sino que está a minha direita, mostrando que conclui as orações.
Minha mãe se aproxima em silêncio e sussurra a puja dela, logo em seguida sinto a presença de mais alguém ao meu lado direito, me surpreendo ao ver que é a Imperatriz, rapidamente me curvo diante dela e a veja sorrir, enquanto me faz voltar a ficar de pé.
A soberana faz uma breve oração em voz quase inaudível e logo depois passa ambas as mãos no rosto, como é o costume dos muçulmanos.
— Ek maan ko apane bachchon ke lie achchhee cheejon kee ichchha rakhane ke lie hamesha maujood rahana chaahie, mujhe aane kee jaroorat hai. Hamesha khush raho, meree betee. (Uma mãe sempre deve estar presente para desejar boas coisas aos seus filhos, eu precisava vir. Seja sempre feliz, minha filha.) – ela sorri e diz, então faz um carinho em meu rosto e parte.
Minhas madrinhas esperam a Imperatriz sair para se aproximarem de mim, fazem suas pujas em silêncio.
Esse lugar inspira paz e tranquilidade, que são quebradas apenas pelos sussurros das orações. Assim que nossas vozes se calam, ouço as dos homens, logo depois a puja é encerrada e sou levada para uma sala muito elegante e confortável, é nesse lugar que devo aguardar a próxima cerimônia.
Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:
Vejo todos os nossos convidados acomodados no salão do templo, isso não é usual, mas em virtude do grande evento que é o meu casamento e a importância do Imperador, os sacerdotes aceitaram que todos permanecessem ao nosso lado durante toda a puja.
Vou até o lugar onde estão as estátuas dos deuses, faço questão de preparar o altar levando sobre ele cada uma das minhas oferendas, barras de ouro, dinheiro, tecidos finos, flores, alimentos, velas e incensos, com o devido zelo e atenção.
Meus sogros estão logo atrás de mim e os padrinhos a uma distância um pouco maior.
Todos fazem silêncio, ouço quando o sacerdote entoa pujas iniciais e mantras, permaneço quieto e cauteloso diante dos deuses, agora a voz da minha Princesa é ouvida, não consigo discernir suas palavras, talvez pela distância entre nós, aguardo até que ela termine.
Ajoelho diante dos deuses e me posiciono para a puja.
— Om... Vishnu, aapake lie jisaka mahatv kabhee bhee sandigdh nahin hai, main aapase mujhe sabase achchha pati banaane ke lie kahata hoon. main apanee patnee kee sabhee ichchhaon aur sapanon ko poora karane mein saksham ho sakata hoon aur use saaree khushiyaan doonga. aapakee ichchhaen meree ichchhaen ho sakatee hain, kya main aapake dukhon ko mita sakata hoon aur aapako surakshit aur santusht rakh sakata hoon ... Maee sabhee cheejon mein main unake anukool ho sakata hoon. (Vishnu, a ti cuja importância jamais é questionada, peço que faça de mim o melhor dos maridos. Que eu seja capaz de satisfazer todos os desejos e sonhos de minha esposa e de lhe dar toda a felicidade. Que seus desejos sejam os meus desejos, que eu seja capaz de aniquilar suas tristezas e mantê-la segura e satisfeita... Que em tudo eu seja favorável a ela.) – inicio a minha petição expondo os desejos do meu coração.
— To aisa ho! (Assim seja) – ecoam as vozes dos indianos presentes.
— Om... Shiva, aap dayaalu aur paropakaaree hain, main aapase apanee shaadee ko aasheervaad dene aur raksha karane ke lie kahata hoon aur hamen ek shareer nahin balki ek aatma aur hrday hone kee anumati deta hoon. ho sakata hai ki hamaara pyaar badhe aur pheeka ho jae, hamaare paas ise majaboot karane ke lie gyaan aur taakat ho sakatee hai, aur yah ki ise kabhee bhee nasht nahin kiya ja sakata hai, lekin yah ki hamaara pyaar peedhiyon ke beech ek udaaharan ke roop mein jaana jaata hai. (Shiva, tu que és misericordioso e benevolente, peço que abençoe e proteja nosso casamento e permita que sejamos não um só corpo, mas também uma só alma e coração. Que nosso amor cresça e se fotaleça, que possamos ter a sabedoria e força necessárias para consolidá-lo e que nada jamais possa destruí-lo, mas que seja conhecido o nosso amor como exemplo entre as gerações.) – finalizo a minha puja, lanço o pó sobre os deuses e toco o sino.
Os Imperadores são anunciados, isso me surpreende porque não esperava que viessem.
Os saudo com o devido respeito e mantenho a distância necessária, mesmo assim o Imperador se aproxima e toca em meu ombro, me fazendo virar novamente para os deuses, não ouso questioná-lo, apenas obedeço e baixo minha cabeça em respeito as divindades.
— Shiva aur Vishnu poochhate hain ki unakee shakti, shakti, shakti aur suraksha raajakumaar Jagadeesh par hai, khaasakar is saamraajy ke naveeneekaran ke dauraan jo jald hee hoga. raajakumaaree ke saath hastaaksharit gathabandhan kee saphalata ke lie dhanyavaad, ki yah vivaah saamraajy ke lie samrddh aur utpaadak hai aur bahut phal deta hai. (Shiva e Vishnu peço que seu poder, força, vigor e proteção estejam sobre o Príncipe Jagadeesh, principalmente durante a renovação deste Império que em breve ocorrerá. Agradeço pelo sucesso da aliança firmada com a Princesa, que esse casamento seja próspero e produtivo para o Império e que dele rendam muitos frutos.) - o Imperador faz a puja em voz alta, todos temem esse timbre grave e imponente.
Como pode dizer isso se sabe que estou me casando por amor?
— Yahee tareeka hai ki aapako baat karanee chaahie, aapako apane logon ke saamane kamajor nahin dikhana chaahie, Jagal. aapako ek mahila kee bhaavanaon aur upalabdhiyon ko mahatv nahin dena chaahie, aapakee pahalee patnee ke paas vahee hoga jo aap chaahate hain, jo use khush karane ke lie paryaapt hona chaahie jabaki aap is baat ka dhyaan rakhate hain ki vaastav mein kya mahatvapoorn hai. (É dessa forma que você deveria falar, você não deve parecer um fraco diante do seu povo, Jagal. Não deve dar importância a sentimentos e realizações de mulher, sua primeira esposa terá o que quiser, isso deve bastar para deixá-la feliz, enquanto você cuida do que é verdadeiramente importante.) – dessa vez, ele olha em meus olhos e diminui o tom de voz, para que apenas eu ouça esses impropérios.
Quem ele pensa que é para dizer essas coisas? Um homem que jamais amou uma mulher, apenas as usou com mero objeto de prazer, importante apenas para lhe dar uma numerosa descendência, um sucessor para seu Império.
A merecida resposta está pronta para escapar da minha boca, mas ainda tenho tempo de raciocinar, não posso me deixar dominar pela fúria e pôr tudo a perder.
Não estou diante do meu pai, mas do Imperador, da maior autoridade desta terra, alguém que deve ser adorado como se fosse um deus, ainda que para sua própria família não o seja e há muito tempo.
Engulo minha raiva, baixo a cabeça e não lhe respondo nada, não adianta, minha resposta será o meu retorno para o Brasil, para viver o meu amor e casamento com a devida paz.
Sigo com os Imperadores e os sacerdotes para o salão reservado para a próxima cerimônia, Janev, enquanto os soberanos se assentam em cadeiras especiais, vou para o mandap que está posicionado no centro do salão, os sacerdotes se acomodam ao meu redor, sobre as almofadas.
Todos os convidados e padrinhos já estão circulando pelo salão, preferem ficar em pé, mais próximos do mandap, mesmo tendo seus assentos confortáveis reservados.
Sento e aguardo que o Janev comece. Pandith autoriza o início dessa cerimônia, que é de aconselhamento, Shri Jai Singh, um brâmane, pega o microfone.
— Koee pati aisa na ho ki vah apamaan aur sharm kee baat hai mein gir usakee shaadee mein apane daayitvon ko poora karane mein viphal aur shapath chaahie aur usake saare parivaar aur jaati ke apamaan mein ghaseeta nahin kar rahe hain. (Nenhum marido deve deixar de cumprir suas obrigações e juramentos feitos no seu casamento para que não caia em desgraça e vergonha e para que toda a sua família e casta não sejam arrastadas em desonra.) – ele diz.
— Main rshiyon se seekhane ke lie taiyaar hoon taaki main apane kartavyon ko poora karoon, apanee shapath, apane sammaan aur apane poore parivaar ko akshunn rakh sakoon. (Estou pronto para aprender com os sábios para que eu cumpra meus deveres, mantendo meus juramentos, minha honra e de toda a minha família intacta.) – digo com convicção.
— Beta, tum apanee patnee ke saath ek prem ka nirmaan aur use ek devata ke roop mein pyaar karana chaahie, yah sajaana chaahie isake lie dhyaan se jyaada khud ka khyaal rakhata hai, apane hee ichchhaon aur hiton se oopar apanee patnee kee ichchha rakhana chaahie. (Filho, você deve construir um amor com sua esposa e amá-la como a um deus, deve adorná-la, cuidar dela mais do que cuida de si mesmo, deve colocar os desejos de sua esposa acima de seus próprios desejos e interesses.) – Pandith alerta.
— Beta, ise banaane ke lie is pyaar ho jaana tumhaaree jimmedaaree hai aur chhote ishaaron mahatvapoorn hain. Usakee bhaavanaon ke saath komal ho, par unakee shaadee kee raat saavadhaan rahana, jaldee nahin hai, prashansa aur sammaan, impositions nahin hai. (Filho, é sua responsabilidade fazer esse amor crescer e os pequenos gestos são importantes. Seja delicado com os sentimentos dela, na noite de núpcias seja cuidadoso, não tenha pressa, elogie e a respeite, não faça imposições.) - Brâmane diz.
— Kabhee apanee patnee ko chot lagee, kabhee shabdon hai ki use chot lagee ho sakata hai kyonki shabdon ko ek tej chaakoo kee tarah chot lagee hai aur vishvaas ko tod sakate hain kahate hain. (Jamais magoe sua esposa, jamais diga palavras que possam ferí-la, porque as palavras podem ferir como uma faca afiada e quebrar a confiança.) - Acharya diz.
Estou atento a todos esses preciosos conselhos, guardando cada palavra em meu coração.
— Kabhee apanee patnee ko akela chhod den, aisa na ho ki aisa nahin hona chaahie, usake jeevan mein maujood rahata hai. krodh, bhay, lobh, moh aur svaarth: aur paanch shaadee dushmanon se door rahane ke lie yaad hai. (Jamais deixe sua esposa sozinha, esteja sempre presente na vida dela, para que não aconteça o que não deve acontecer. E lembre-se de se manter afastado dos cinco inimigos do casamento: raiva, medo, avareza, apego e egoísmo.) - Pandith diz, sei que ele se refere a traição como algo que não deve acontecer, por isso o marido deve estar sempre presente.
Vejo meus sogros chegarem e também as madrinhas.
Pandith e Brâmane cautelosamente expõem e alertam sobre os próximos passos do shádi, mais especificamente no vivaha, que é o casamento propriamente dito.
Afinal, o casamento hindu é um compromisso para sete vidas.
— Jagal, shaadee kee shapath aur vaade vyarth nahin kie ja sakate, kyonki unhen agni devata ke saamane le jaaya jaega, unhen poora karana unaka kartavy hai. hamen aapase kuchh savaal poochhane chaahie aur aapako javaab dena chaahie. (Jagal, os juramentos e promessas do casamento não podem ser feitos em vão, uma vez que serão tomados diante do deus do fogo, é seu dever cumprí-los. Vamos te fazer algumas perguntas e você deve responder.) – Pandith diz e movo a minha cabeça em concordância, assim ele pode prosseguir.
— Kya aap raajakumaaree ke kalyaan aur suraksha ke lie jimmedaar hain? (Se responsabiliza pelo bem-estar e segurança da Princesa?)
— Haan, main jimmedaar hoon, yah mera kartavy hoga aur meree khushee bhee. (Sim, eu me responsabilizo, esse será meu dever e também o meu prazer.) – digo.
— Kya aap use sabhee solah maala denge? (Você dará a ela todas as dezesseis benevolências?) – um brâmane pergunta.
— Main ek pati ke roop mein apane kartavyon ko poora karane mein eershya karoongee, main na keval apanee patnee ko balki ghar, bhojan, dhan, sampatti, shrangaar, bachchon, parivaar, prem, vishvaas, protsaahan, samarthan, suraksha, suraksha ko bhee khushee doongee. Vishvaas aur paramparaen. (Serei zeloso ao cumprir meus deveres de marido, darei não só a felicidade para a minha esposa, mas também casa, alimentos, riqueza, posses, adornos, filhos, família, amor, fidelidade, incentivo, apoio, segurança, proteção, além disso manteremos a fé e as tradições.) – digo e cito as benevolências.
Os sacerdotes ainda dão mais alguns conselhos e alertas sobre esse importante compromisso que é o casamento, estou pronto e hei de cumprir minhas responsabilidades.
O Imperador deve estar contrariado por ter que assistir essa cerimônia de aconselhamento, já que ele próprio não dá a menor atenção para seus deveres de marido e de pai, dedicou sua vida e esforços para consolidar seu Império, guerreando contra as províncias indianas que resistiam à sua soberania.
— Aaj main tumhen apane gavaah ke roop mein leta hoon. Main, raajakumaar Jagadeesh Manohari, raajakumaaree Weenny Singh, meree mangetar aur bhaavee patnee, is saamraajy kee sabase pyaaree aur sabase khushahaal mahila ban jaoongee, kisee bhee cheej kee koee kamee nahin hai. Main apanee sabase badee daulat apane sasuraal vaalon se leta hoon aur ise apanee sabase badee daulat banaata hoon. (Hoje os tomo como minhas testemunhas. Eu, Príncipe Jagadeesh Manohari, farei da Princesa Weenny Singh, minha noiva e futura esposa, a mulher mais amada e mais feliz deste Império, nada há de lhe faltar em nenhum aspecto. Tomo das mãos de meus sogros sua maior riqueza e faço dela a minha maior riqueza.) – levanto e digo em tom de juramento.
Lágrimas de emoção invadem os olhos de Maan e dos meus sogros, também estou emocionado, mas cada afirmação feito por mim é verdadeira.
Nos cumprimentamos, recebo votos de felicidade para o shádi, todos desistem de fazer brincadeiras ao perceber o quão séria essa cerimônia se tornou.
Convidados, padrinhos e os indianos festejam, agora a cerimônia deve prosseguir com a minha Dulhana.
Reflito por um breve momento a respeito dessa cerimônia.
Fui instruído a construir um amor, me disseram para ser sábio e priorizar a minha esposa em todos os aspectos, assim Weenny me será sempre fiel, grata e apaixonada. Mencionaram e detalharam cada um dos compromissos do casamento para que eu tivesse plena consciência dos meus deveres de marido antes de jurar e de prometer.
Disseram sobre o meu dever de adornar a minha esposa, satisfazê-la de todas as formas e em todos os detalhes, antes de pensar em meus próprios desejos. Alertaram sobre o meu dever de elogiar seus atributos, estimular sua felicidade e manter-me fiel.
Ao refletir sobre tudo isso, vejo que meu coração não entende como um sacrifício qualquer uma das situações expostas pelos sacerdotes, principalmente quando a esposa em questão é a Weenny, será um privilégio tê-la como esposa e cumprirei meus deveres com amor e alegria.