Salima vem me avisar que o banho está pronto, meus momentos de higiene pessoal se transformaram em um ritual demorado, as sudras são zelosas nos cuidados comigo, tratam a minha pele e cabelos, deixando-os perfumados e macios, sempre me ajudam a vestir os pesados saris e lehengas bordados, além do enorme conjunto de joias.
Desta vez, sou vestida com uma lehenga dourada e apenas as joias indispensáveis para uma noiva, felizmente posso estar mais à vontade para essa festa, apesar ser tradicional.
Nimat e Salima saem para preparar a nossa partida, apenas quando tudo está pronto, retornam para me conduzir para a área externa do palácio, onde deve estar o meu palanquim, os soldados da escolta e outras mulheres, mas me surpreendo ao ver meus padrinhos.
— Oh, que grata surpresa. É realmente maravilhoso vê-los aqui. – digo e sorrio.
— Oh meu Deus... Você está divina de tão linda, parecendo uma rainha. – alguns deles dizem ao mesmo tempo, me fazendo sorrir timidamente.
— Querem entrar? Ou vieram apenas para irmos juntos? – pergunto.
— Viemos para levar a nossa deusa para esse compromisso, queríamos ter feito isso antes, mas não deu certo, nos perdoe por isso. – Claudio diz.
— Por favor nos dê essa honra. – Ricardo diz e todos eles concordam.
— Vamos, temos muito o que comemorar. – Rafael diz, concordo e entro no palanquim.
As sudras se posicionam ao meu lado, enquanto meus padrinhos se posicionam e erguem o palanquim, seguimos juntos para o palácio escolhido para a festa.
O Sangeet é uma festa tradicional indiana que se assemelha a uma despedida de solteiros, com muitas brincadeiras, danças e música, será apenas para nós e nossos convidados, sem a presença dos nossos pais e dos nobres. Jagal e eu ensaiamos uma coreografia para dançar em homenagem aos nossos amigos, será bem divertido e leve, diferente das cerimônias e rituais pelos quais temos passado.
Durante o trajeto, meus padrinhos conversam a todo momento, até tentam cantar algumas canções em hindi, acompanhando as servas e as outras pessoas que nos seguem.
Pouco tempo depois, sinto que o ritmo da marcha diminui, espio pelo vão da cortina do palanquim o imponente palácio a nossa frente, iluminado de uma maneira bem especial, exibindo as cores lilás e rosa.
— Baby, vamos baixar o palanquim apenas quando estivermos no salão. – Igor diz, deve ter sentido meu discreto movimento.
— Está bem, obrigada. – digo e sorrio.
Continuo observando o movimento ao meu redor com discrição, vejo alguns convidados chegando, caminhando a nossa frente.
Passamos pelo portal de entrada onde estão vários soldados da guarda Imperial obliterando a passagem com lanças cruzadas, aguardando a identificação dos convidados para liberar a entrada, garantindo a segurança de todas.
Assim que veem o meu palanquim sendo carregado pelos padrinhos, dão a permissão imediatamente, ouço quando autorizam nossa entrada.
Meus padrinhos baixam o palanquim e Salima estende a mão para me ajudar a sair, observo com cuidado o ambiente onde estamos. É um hall bem iluminado e decorado em tons de lilás e roxo, com um enorme tapete vermelho estendido para a nossa passagem, que vai nos direcionar para os salões preparados para o Sangeet.
Observo as centenas de convidados que estão sendo conduzidos pelas cerimonialistas até os salões da festa.
— Queria que a noite fosse eterna para que eu pudesse te olhar para sempre. – Jagal diz.
Tento abafar um suspiro apaixonado e me apresso em olhar para trás, vejo meu Príncipe vestido em um sherwani branco com detalhes em dourado, calças pretas e sapatos sociais da mesma cor, simplesmente lindíssimo.
— Sua presença me entorpece, não consigo pensar direito. – sussurro e o vejo sorrir, com delicadeza ele se aproxima, estende a mão direita para encostar na minha, inclina levemente a cabeça, fecho meus olhos...
Sinto alguém me puxar pela mão, é a Michele.
— Vocês iam se beijar, não podem ainda. – ela sussurra em meu ouvido.
— Obrigada, não consegui resistir. – me justifico e respiro para me acalmar.
Uma cerimonialista chega e se apresenta, pede para os padrinhos e o Dulhan irem à frente e diz que tem preparado algo diferente para mim.
Caminhamos juntas até a entrada do salão principal, fico admiradas com a beleza deste ambiente decorado em tons de lilás e rosa, são tantos os detalhes que passo algum tempo apreciando, poltronas, almofadas, lustres, luminárias, pequenos vasos com flores, cortinas e enfeites até no teto.
Continuamos a caminhar e nos deparamos com algo ainda mais exuberante, a decoração na entrada do salão principal, espelhada e no mesmo padrão de cores, um pouco mais acentuado para o lilás, formando uma linda mandala no teto e uma escultura com flores logo abaixo, vejo poltronas nas laterais que ficam ofuscadas pela beleza desse ambiente.
— Raajkumaaree, mehamaanon ko pahale se hee mukhy hol mein thaharaaya jaata hai aur aapake aane ka intajaar kiya jaata hai. hamaare saamane tainaat yah manch aapako hol mein le jaana chaahie, krpaya kursee par baithen kyonki yah surakshit hoga. Un nartakiyon ko dekhen? Ve aapake pravesh dvaar ko taiyaar karane vaale manch ke saamane nrty karenge aur manch chhodane ke lie aapakee mahaaraanee ke lie gulaab kee pankhudiyon ko phenk denge. (Princesa, os convidados já estão acomodados no salão principal e aguardam a sua chegada. Essa plataforma posicionada a nossa frente deve conduzi-la para o interior do salão, por favor sente na cadeira porque será mais seguro. Vê aquelas bailarinas? Elas vão dançar a frente da plataforma preparando a sua entrada e lançando pétalas de rosas para que Vossa Alteza pise ao sair da plataforma.) – Sabita explica e eu aceito.
Vejo a plataforma de cor branca e formato redondo, decorada com muitas flores brancas e lilás, reparo na cadeira semelhante a um trono sobre esse tablado, Sabita e as sudras me ajudam a sentar e arrumam minha lehenga. Observo as seis bailarinas ensaiando alguns últimos passos e imagino o quanto devem estar ansiosas, elas estão vestidas com roupas brancas e adornos dourados e vermelhos.
— Aapakee Rajkumari, ham jab chaahen aa sakate hain. (Alteza, podemos entrar quando desejar.) – ela diz e eu concordo.
Começo a ouvir uma melodia agradável, a plataforma começa a ser conduzida pelo salão principal, enquanto as bailarinas indianas se exibem a minha frente, os convidados aplaudem efusivamente e meus padrinhos demonstram orgulho e gesticulam alegremente.
A apresentação das bailarinas é realmente linda, com movimentos elaborados e lançando pétalas de rosas, finalizam a coreografia apoiando um dos joelhos no chão e fazem um gesto de saudação, então meu Dulhan caminha em minha direção, sorri e estende a mão para me ajudar a descer da plataforma, andamos juntos até o centro do salão sob os aplausos de todos.
Olho rapidamente para o imenso salão, decorado predominantemente em lilás e um carpete vermelho o reveste, muitas poltronas estão posicionadas em suas laterais, assim como grande pilares e luminárias, flores e uma decoração muito especial. Há um mandap especial e lindíssimo para fotos posicionado em uma das extremidades desse salão.
— Princesa? Venha, muitas pessoas querem nos cumprimentar. – Jagal diz, cativando a minha atenção.
Conversamos com os convidados, padrinhos e imprensa por algum tempo, alguns deles relembram nossas apresentações da festa indiana, na ocasião do nosso noivado, sentem saudade de nos ver dançar, mal sabem que faremos uma surpresa para eles essa noite.
Convidamos a todos para ir ao salão de festas, os tradutores ajudam os cerimonialistas a organizar as pessoas para que não haja tumulto.
Sigo com meu Dulhan para a bonita entrada do salão de festas, enfeitada com um grande lustre central, poltronas de formato circular e flores. Caminhamos mais adiante, percebo que este salão tem dois ambientes distintos, o primeiro é mais aconchegante tem poltronas confortáveis e pequenas mesas de centro entre elas, além de um bar, cortinas separam esses ambientes, me deixando curiosa para saber o que verei.
Finalmente adentramos a segunda parte do salão de festas, é um ambiente amplo, espaçoso e muito elegante, assim como os outros, é decorado nas cores rosa e lilás, muitas flores e castiçais. Vejo centenas de mesas espalhadas, uma pista de dança, o palco onde os músicos estão neste momento e a nossa mesa, há um mandap em um ponto estratégico do salão.
Observo mais adiante onde está a área do banquete e já posso ver a movimentação dos garçons, as mesas estão muito bem arrumadas, assim como toda a decoração primorosa.
Vejo os presentes que daremos para os nossos convidados, dupattas, sapatos femininos e khussas masculinas, pulseiras e rakhis, essa última é uma pulseira com um enfeite no meio, meu Jagal realmente pensa em tudo.
Sinto que meu Príncipe gosta de ver na minha expressão a surpresa e o encantamento ao ver tudo o que ele escolheu com tanto cuidado e amor.
Jagal e eu vamos para a mesa especial preparada para os noivos, nossos padrinhos e madrinhas seguem para a longa mesa reservada para eles e aguardamos até que todos os convidados se acomodem para que o banquete possa ser servido, enquanto isso os músicos nos entretêm com seu belo trabalho.
Jagal e eu mais uma vez pouco conversamos, pensamos apenas em cumprir nosso dever como anfitriões dessa celebração.
— Precisamos ir atender aos convidados. – Jagal diz.
— Vamos agora mesmo. – digo, terminando o último gole de lassi.
Circulamos pelo salão de mesa em mesa, dando boas-vindas aos convidados e perguntando como estão se sentindo, se precisam de alguma coisa, tentando ser bons anfitriões, não tenho boa experiência com isso, estou dando o meu melhor.
Sento ao lado do meu Dulhan para descansar por um momento, então nossos padrinhos e madrinhas vem dançando em nossa direção carregando alguns potes nas mãos e propõe o primeiro jogo noite. Nós aceitamos e eles decidem organizar tudo, deixando as mulheres do lado esquerdo e os homens do lado direito, posicionam duas cadeiras no centro do salão.
E começam os jogos de adivinhação, primeiro temos que adivinhar os itens que estão nos potes e representam os desejos dos nossos padrinhos para o nosso casamento, eles nos vendam e põe cada item nas nossas mãos e devemos tentar descobrir o que é.
— Delicada. - uma das meninas põe o primeiro objeto nas minhas mãos e Gislaine dá a dica.
Apalpo com cuidado, sinto sua maciez e discreto perfume, só pode ser uma flor, passo os dedos para tentar perceber o formato de sua pétala.
— Flor de lótus! – digo com convicção e sou vaiada por ter acertado.
— Representando a pureza e beleza da nossa Dulhana. – Michele diz.
— Proteção. – ouço a voz do Ricardo, penso que um novo objeto deve estar nas mãos do meu Dulhan.
— Querem me confundir? Parece uma estátua de um deus hindu, mas está disforme, o que vocês fizeram? – Jagal diz e os padrinhos gargalham.
— Me deem esse objeto. – peço e logo o sinto nas mãos, percebo sua tromba.
— Lord Ganesha, que simboliza a proteção dos deuses, o poder, força e valorização das mulheres. – digo com firmeza, ouço a comemoração do meu noivo e as vaias dos amigos pelo acerto.
— Muito bem, Dulhana, é o que desejamos para vocês. Desculpem pela embalagem, afinal é um presente. – Igor diz e todos riem.
— Sinta o cheiro. – Marília dá a dica do objeto que deve estar nas mãos do meu Dulhan.
— Coloca mais perto de mim, por favor – ele diz e alguém deve ter aproximado o item dele — Me deem mais uma dica.
— Doce. – Filipe diz.
— Como o gosto dos beijos da minha Dulhana... É mel, que representa o desejo que a doçura seja propagada em nossas vidas. – Jagal diz e ri.
— Isso mesmo, meu amigo, é o nosso desejo. – Claudio diz.
— Mel, enjoativo e melado, como nossos noivos preferidos. – Samara diz e é repreendida por Dani e reprovada por Enzo.
— Esse quarto objeto vocês podem tentar adivinhar juntos, mas nenhum dos dois vai tocar, pode até cheirar. – Eduardo diz.
— Vamos dar duas dicas. – Vivian diz.
Peço para tentar e alguém vem a minha frente, percebo sua presença.
— Fruta. – Tatiane diz.
Não tem cheiro nenhum, penso no significado das frutas no shádi, tanto amargos quanto doces são usadas nas cerimônias.
— Não tem cheiro, mas qualquer fruta pode ser usada no shádi. – Jagal sussurra para mim.
— Diga ao menos qual é o significado ou sugira. – ele pede, mas ninguém diz nada.
Desistimos e nossos amigos gargalham.
— Fertilidade! – Carol diz.
— Côco! – gritamos juntos, mas não vale mais, faço uma cara de decepcionada.
— O que o mangalsutra que dei para a Weenny no noivado está fazendo aqui, com vocês? Ele representa compromisso de amor e da união dos nossos corpos e almas por sete vidas.
— Mas só o colocamos em suas mãos, foi muito rápido! – Iara diz e seu tom de voz mostra o quão inconformada está.
— Era só um teste, uma brincadeira. Serão só cinco objetos. – Rafael diz e ri.
— Proteção. – o último objeto é entregue nas minhas mãos e Melissa dá a dica.
Trata-se de uma miniatura, mas parece muito óbvio, por isso deslizo meus dedos por toda a sua extensão, agora tenho certeza do que é.
— É uma espada, representa o dever do meu marido de proteger a nossa família.
Tiramos a vendas e vibramos muito, vencemos e ouvimos os lamentos dos nossos amigos, agora dizem que os objetos escolhidos são bem simples e óbvios.
Após um breve descanso, um novo desafio é proposto, chamado de quiz do sapato, um jogo bem comum nos casamentos brasileiros, pedem para eu sentar de costas para o meu Dulhan, tiramos nossos calçados porque agora devemos segurá-los, agora as perguntas podem começar.
— Algumas instruções. Vocês não podem olhar para trás, se a resposta for ele, vocês devem levantar o sapato dele, se for ela levante o sapato dela, ok? – Gislaine diz e concordamos.
— Quem se apaixonou primeiro? – ouço todos rirem e nossos amigos gritam que somos nós dois, então levantamos ambos os sapatos.
— Quem gosta de fazer surpresas? – ergo ambos os sapatos, mas sou obrigada a reconhecer que meu Jagal é insuperável nesse quesito.
— Quem é o primeiro a pedir desculpas depois de uma briga? – um dos convidados pergunta, levanto meu sapato e sinto que meu noivo levanta o dele.
— Esperem, eles nunca brig... – Michele começa a dizer, mas Dani a impede de terminar, de certo lembrando da briga pelo rompimento.
— Quem foi o primeiro a dizer eu te amo? – uma convidada pergunta e olho discretamente para trás, vejo meu noivo levantar o sapato dele.
Me sinto horrível, nunca falei isso para ele.
— Quem dança melhor? – uma das mulheres da imprensa pergunta, levanto o sapato dele e ele levanta o meu.
Respondemos essas e outras perguntas, todos se divertem e riem muito, mas acabamos empatados.
Paramos para nos refrescar e somos surpreendidos por uma linda homenagem dos nossos amigos, liderada pelo nosso segundo casal da companhia de dança, Ricardo e Michele. Todos dançam e arrastam os convidados, até os mais velhos dançam, um maravilhoso espetáculo.
Os garçons voltam a circular pelo salão, enquanto nós conversamos com nossos convidados com tranquilidade, depois sentamos em nosso mandap para descansar.
Rafael me chama para conversar, Enzo vai para o palco, pega o microfone e começa a cantar, chamando a atenção de todos. Na verdade, os dois querem dançar comigo, é uma coreografia divertida e leve, como se ambos me disputassem.
Gargalho ao ver os dois dançando juntos, eles são simplesmente o máximo, fazem todos os nossos amigos e convidados dançarem ao lado deles nessa deliciosa e divertida homenagem.
Paro de dançar ao ver meu irmão entrar no salão, mas fico tranquila ao ver que ele está curioso para ver como é essa festa.
Esse sangeet está muito melhor do que eu seria capaz de imaginar, muito divertido e está nos proporcionando momentos incríveis ao lado dos nossos amigos.
Sentamos com nossos padrinhos e madrinhas por tempo suficiente para ver Samara e Enzo discutirem e trocarem palavras de amor no instante seguinte, no Brasil chamamos esse tipo de relação de bate e assopra, mas agora tenho um apelido mais adequado para a minha amiga, vou chama-la de Nimboda, mas me recuso a dizer o que significa, a conheço suficiente para saber que vai morrer de curiosidade e a deixarei assim até voltar de lua de mel.
Vemos o trabalho intensivo dos fotógrafos, câmeras, garçons e bartenders, todos parecem estar à vontade nessa festa que lembra as que estamos habituados no Brasil.
Sigo com meu Dulhan a fim de atender a solicitações dos profissionais e convidados, penso que teremos belas fotos para recordação desses momentos memoráveis.
Todos gostam dos presentes, já vemos as pulseiras e rakhis nos pulsos de muitos dos nossos convidados, mas gargalhamos ao ver que alguns homens, os padrinhos especialmente, estão tentando colocar os sapatos femininos e cobrindo a cabeça com a dupatta, fingindo que é o pallu, tentam caminhar para a pista de dança, entre um desequilíbrio e outro, imitando as mulheres, caem do salto o tempo todo, provocando muitos risos e repreensão das mulheres.
Apesar de toda a diversão, está chegando o momento de fazer a homenagem que encerrará a nossa participação no sangeet, pedimos uma canção especial para os músicos, chamamos os indianos que dançarão conosco e seguimos para o palco.
A linda melodia começa e tudo o que pode ser visto são jogos de luzes, além das indianas vestidas com uma roupa branca larga e esvoaçante. Jagal entra no palco dançando e cantando ao lado dos homens e aponta para um ponto do palco de onde vem várias mulheres segurando um pano vermelho acima de suas cabeças, serve apenas para me esconder momentaneamente.
Danço ao lado do meu Dulhan essa canção que fala de amor, canto e faço gestos em sua direção e fazemos alguns passos juntos, termino a coreografia dançando ao redor dele, então demonstro o quanto estou orgulhosa do meu noivo, que me agarra.
Todos aplaudem efusivamente essa homenagem que fazemos principalmente aos nossos padrinhos que tanto amam nos ver juntos.
Recebemos muitos cumprimentos e palavras de carinho, isso nos deixa emocionados.
Amitabh pega o microfone e pede que todos se reúnem na entrada do salão principal para uma foto especial, vemos a movimentação bem-organizada, mas nós vamos para o lado oposto.
Nós queremos conversar, mas a saudade é mais eloquente.
Meu Príncipe me abraça, ajoelha e beija a minha mão esquerda, essa é nossa despedida após essa grande noite que marca o fim de nossas vidas como solteiros.
Sou conduzida ao palanquim, onde minhas sudras e o soldados já me aguardam para retornar ao meu palácio.