Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:
A conclusão do Vagdanam foi muito especial, não havia uma só pessoa que fosse capaz de conter a emoção ao ver a intensidade do amor entre Ronaldo e a Weenny, jamais poderia imaginar que um apego tão grande entre pai e filha... Fiz o juramento com a minha voz embargada.
Weenny jamais se distanciará do Ronaldo, ele nunca a perderá, não vou permitir!
Na intenção de iniciar o Vivaha, que é a cerimônia de casamento propriamente dita, Pandith pede que fiquemos em pé e olhando um para o outro, me certifico que minha Princesa fique ao leste do mandap, conforme manda a tradição.
Junior, meu cunhado, pega um punhado de arroz e entrega nas mãos da minha Dulhana, que as une em concha, a fim de prender os grãos.
— Aag kee chamak mein maujood taakat aur shakti hamen khush aur lamba jeevan jeene kee anumati detee hai. yah rishta samrddh ho sakata hai aur yah prasaad hamen ekajut kar sakata hai... Weenny, ab agni devata ko chadhaen. (Que a força e o poder presente no brilho do fogo permitam que tenhamos uma vida feliz e longa. Que esta relação prospere e que esta oferenda nos una... Weenny, agora faça a oferenda ao deus do fogo.) – digo com a voz ainda embargada e a vejo lançar os grãos ao fogo sagrado, seus olhos brilham de alegria.
Agora devo cumprir o Panigrahana, pego a mão direita da minha Dulhana e a seguro com delicadeza.
— Ab, Jagadeesh aapako raajkumaaree kee khushee aur kalyaan ke lie jimmedaar hona chaahie. (Agora, Jagadeesh você deve ser se responsabilizar pela felicidade e o bem-estar da Princesa.) – Pandith alerta.
— Main khushee ke naam par tumhaara haath thaam leta hoon. aap mere saath, aapake pati ke saath bahut lamba aur khushahaal jeevan jee sakate hain. Prakrti kee shaktiyon ne ise mujhe diya aur tumhen diya. Tum prthvee ho, main aakaash hoon. Chalo shaadee karo aur ek mahaan santaan ho. Hamaare kaee bachche ho sakate hain aur ve ek lamba jeevan jee sakate hain. ham ek saath sau pholon ko jee sakate hain. (Tomo tua mão em nome da felicidade. Que vivas uma vida muito longa e feliz comigo, teu marido. As forças da natureza deram-te a mim e deram-me a ti. Tu és a terra, eu sou o céu. Casemos e tenhamos uma grande descendência. Que tenhamos muitos filhos e que eles vivam uma vida longa. Que possamos viver cem outonos juntos.) – digo e sinto que cada uma das minhas palavras carregam a verdade e toda a minha emoção.
Todos aplaudem e alguns choram, percebo que minha Dulhana tenta conter sua emoção.
Agora estamos unidos por sete vidas e vamos cumprir os rituais finais que afirmam a nossa união sagrada.
— Ab aapako sabhee ke prati nishtha kee shapath lenee chaahie. (Agora você deve fazer o juramento de fidelidade diante de todos.) – o oficiante diz, referindo-se ao ritual asmarohana.
— Raajkumaaree Weenny, is chattaan par chadhen, jo rishte kee drdhata ka prateek hai, jisakee neenv aapasee vishvaas, vishvaas, sammaan aur bhakti hai... (Princesa Weenny, suba nessa pedra, que simboliza a firmeza do relacionamento, cujos alicerces são a fidelidade, a confiança, o respeito e a devoção mútuos...) – levanto, olho para a minha linda Dulhana e digo.
Ela faz o que peço, neste momento nossos olhares estão firmes um no outro.
— Hamen is patthar ke samaan drdh rahana chaahie. Hamaare beech vishvaas, vishvaas, sammaan aur bhakti ho sakatee hai. (Que sejamos firmes como essa pedra. Que haja fidelidade, confiança, respeito e devoção entre nós.) – toco o pé dela com o meu e digo.
Abaixo, acaricio os pés dela com pétalas de rosas brancas, olho os dois anéis que estão na bandeja ao meu lado.
— Main hamesha maujood rahane ka vaada karata hoon aur hamesha aapakee taraph se. (Prometo estar sempre presente e sempre ao seu lado.) – pego um dos anéis, levo na direção dos meus olhos e faço o juramento três vezes, logo depois coloco um anel em seu dedo indicador direito e também no esquerdo.
É o dever do marido nunca deixar a sua esposa sozinha, por isso apenas o homem faz esse juramento e lhe entrega essas duas primeiras alianças para sempre a lembrar desse compromisso.
Nossas famílias estendem as mãos em nossa direção e nos abençoam.
— Ab soory ke chaaron or apanee naee yaatra par apane aasheervaad ka aahvaan karake agni dev ko arpit karen. (Agora façam oferenda ao deus do fogo invocando suas bênçãos em vossa nova jornada em torno do sol.) – Pandith diz.
Olho para a minha Dulhana e lhe entrego o recipiente com arroz para a oferenda, me posiciono atrás dela e seguramos juntos a bandeja diante do agni e fazemos a nossa oferta ao deus do fogo em silêncio, enquanto vemos derramar os grãos até o final.
Diante do Pandith cruzamos nossos dedos mínimos como preparação para as voltas em torno do agni, cumprindo o agni pradakshina.
É um momento difícil para mim...
Vou à frente nessas primeiras voltas, conforme exige a tradição.
— Gyaan, saahas aur shakti hamaare ghar mein rah sakate hain. (Que a sabedoria, a coragem e a força morem em nossa casa.) – digo em voz alta o primeiro desejo, assim que completamos a primeira volta.
— Hamaare paas ek lamba jeevan ho sakata hai aur hamaara pyaar hamesha ke lie ho sakata hai. (Que tenhamos vida longa e que nosso amor seja eterno.) – digo ao completar a segunda volta.
— Hamaare gharon mein aur hamaare jeevan mein paropakaar, sadbhaavana aur karuna upasthit ho. (Que a caridade, a benevolência e a compaixão estejam presentes em nossa casa e em nossas vidas.) – digo logo após a nossa terceira volta.
A tradição exige que eu a deixe minha Dulhana passar à minha frente na quarta volta, acabo por cumprir essa pesada obrigação, mesmo a contragosto.
— Aur jab maut hamaare daravaaje par dastak de rahee hai, to main ise aapake saamane gale laga sakata hoon, taaki mujhe apane pati ke bina peeda na ho. (E quando a morte vier bater à nossa porta, poderei abraçá-la antes de ti, para que eu não sofra sem meu marido.) – minha Dulhana diz após a nossa quarta volta, com uma naturalidade assustadora.
É nesse momento que repudio a minha própria religião e costumes.
— Quando a morte vier eu a abraçarei junto com você! Isso te prometo! – me aproximo da Weenny e sussurro em bom português, ela abre um discreto sorriso.
— Hamaare kaee bachche ho sakate hain. (Que tenhamos muitos filhos!) – ela diz após a nossa quinta volta.
— Hamaare ghar mein khushiyaan aur ullaas rahe. (Que a felicidade e a alegria morem em nossa casa.) – ela diz após a nossa sexta volta ao redor do fogo sagrado.
— Ham samrddh ho sakate hain. (Que sejamos prósperos.) – ela diz em nossa última volta e aqui concluímos o agni Pradakshina.
Weenny Alves POV:
— Ab doolha aur dulhan shaadee ke pahale saat kadam uthaenge. (Agora os noivos vão dar os primeiros setes passos como casados.) – Pandith diz, nos alertando para realizar o Saptapadi.
Meu Príncipe me conduz ao norte do mandap, seguindo a tradição.
— Ham hamaare pyaar ke lie pahala kadam uthaate hain ... sabhee sukh aur dard, mere saath saajha karate hain, chaahe aap kaheen bhee hon, main vahaan rahoonga. (Dou o primeiro passo pelo nosso amor... Todos os prazeres e a dor, divida comigo, não importa onde você for, lá estarei.) – ele diz.
— Haan, main yah pahala kadam aapake saath rakhata hoon. (Sim, dou esse primeiro passo com você.) – afirmo.
— Hamaaree suraksha ke lie doosara kadam, main apane parivaar kee hamaare pyaar se raksha karoonga, jise main pahale se hee apane poore dil se pyaar karata hoon. (Segundo passo pela nossa segurança, eu protegerei nossa família, com nosso amor, que já amo com meu coração pleno.) – Jagal diz com seriedade.
— Haan, main aapake saath yah doosara kadam uthaata hoon. (Sim, dou esse segundo passo com você) – respondo.
— Hamaaree buddhi se teesara kadam, ham apane dimaag ko shuddh karenge aur ateet ko bhool jaenge, ek doosare par bharosa karenge. (Terceiro passo pela nossa sabedoria, purificaremos nossas mentes e esqueceremos o passado, confiaremos um no outro.) – ele diz.
Em questão de segundos várias recordações rondam meus pensamentos, fazendo-me lembrar das escolhas do meu coração.
— Haan, main aapake saath yah teesara kadam uthaata hoon. (Sim, dou esse terceiro passo com você.) – digo com firmeza.
— Karuna mein chautha kadam, ham jeevan ke sukh ka aanand lenge, lekin ham doosaron ke dukh-dard ko kabhee nahin bhoolenge. (Quarto passo pela compaixão, aproveitaremos os prazeres da vida, mas jamais esqueceremos da dor e do sofrimento alheio.) - Jagal afirma.
— Haan, main aapake saath yah chautha kadam uthaata hoon. (Sim, dou esse quarto passo com você.) – respondo.
— Khushee ke lie paanchavaan kadam, main aapake sabhee sapanon ko sach karane aur aapako nae sapane dene mein saksham hooonga. main hamesha aapake prati sachcha rahoonga. (Quinto passo pela felicidade, hei de ser capaz de realizar todos os seus sonhos e de lhe dar novos sonhos. Sempre permanecerei fiel a você.) – meu Dulhan sorri ao fazer essa promessa que tanto toca o meu coração.
— Haan, main aapake saath yah paanchavaan kadam uthaata hoon. (Sim, dou esse quinto passo com você) – digo com voz embargada.
— Apane parivaar ke lie aur hamaare paas bachchon ke lie chhatha kadam, hamaare saadhanon, svaasthy aur devataon ke prati samarpan ke saath rahana hoga. (Sexto passo pela nossa família e pelos filhos que teremos, que vivamos com nossos meios, tenhamos saúde e devoção aos deuses.) – ele diz.
— Haan, main aapake saath yah chhatha kadam utha raha hoon. (Sim, dou esse sexto passo com você.) – eu digo.
— Bhakti ke lie saatavaan kadam, pavitr agni ko saakshee maanakar, ki ham ek saath ho sakate hain aur apanee mrtyu tak ekajut rah sakate hain. (Sétimo passo pela devoção, tendo o fogo sagrado por testemunha, que estejamos juntos e unidos até a nossa morte.) – Jagal diz e tenta observar a minha reação.
— Haan, main aapake saath yah saatavaan kadam utha raha hoon. (Sim, dou esse sétimo passo com você.) – digo com convicção e assim concluímos o saptapadi, sob os aplausos de todos.
— Raajkumaaree Weenny, aao aur mere baeen or baitho, yah ab se tumhaara sthaan hai, bagal mein aur mere hrday ke bheetar. (Princesa Weenny, venha e sente-se a minha esquerda, esse é o seu lugar de agora em diante, ao lado e dentro do meu coração.) – meu Príncipe diz.
Os hindus acreditam que a mulher deve ficar do lado esquerdo do marido por dois motivos, para estar próxima ao seu coração e para ser protegida pela destra do marido.
Obedeço e sento ao seu lado, sorrio com discrição.
Pandith está a nossa frente e junto com os sacerdotes faz pujas invocando as bençãos dos deuses sobre nossas vidas.
Então Pandith faz um sinal pedindo para ficarmos em pé, olhando um para o outro.
— Naitik jimmedaariyon ko poora kiya ja sakata hai, navavaravadhoo apane dhan ko saajha kar rahe hain, apane sukhad kshanon aur kam se kam khushiyon ko saajha kar rahe hain, paanch dushmanon se apanee dooree banae rakhate hain, krodh, bhay, laalach, lagaav aur svaarth. varsh ke har mausam mein khush rahen, vichaar aur karm mein vishvaas rakhen, sadgun aur gyaan kee khetee karen. (Que as responsabilidades éticas sejam cumpridas, que os recém casados compartilhem suas riquezas, que compartilhem seus momentos felizes e os menos felizes também, que se mantenham distantes dos cinco inimigos, a raiva, o medo, a avareza, o apego e o egoísmo, que sejam felizes em todas as estações do ano, que sejam fiéis em pensamentos e acões, que cultivem juntos as virtudes e sabedoria.) – o oficiante diz.
Aqui conclui-se o vivaha.
Finalmente agora somos considerados casados, mas ainda passaremos por outros rituais.
Jagadeeh Manohari (Eros Myron) POV:
As cerimônias principais do shádi foram concluídas, agora somos oficialmente casados, mas alguns rituais precisam ser feitos para que testificar a nossa união.
Vejo Pandith com uma pequena tigela de prata nas mãos, mergulha uma rosa no líquido que está no recipiente e asperge as gotas de água sobre a minha esposa.
— Paanee, shaanti aur dhany ho sakata hai, aapake anukool ho. ho sakata hai ki ve hamesha aapako theek karen. (Que as águas, pacíficas e abençoadas, te sejam favoráveis. Que te possam sempre curar.) – o sacerdote diz.
O oficiante faz um sinal permintindo que eu me aproxime da minha esposa, ergo a mão e toco em seu coração, esse é o momento em que demonstro meu apreço por ela.
— Tera dil mera rahe. tumhaara man mera ho jae. aap khush rahen aur meree duniya ka aanand len. main tumhen vaise hee sveekaar karata hoon jaise tum ho. (Que teu coração possa viver no meu. Que tua mente possa viver na minha. Que possas ser feliz e desfrutar do meu mundo. Aceito-te do jeito que és.) – digo com firmeza e convicção.
Esse é o momento da cerimônia em que entregarei à minha esposa suas outras alianças e símbolos de que a partir de agora é uma mulher casada.
— Jagadeesh, aapako ab apanee patnee ke maathe par sindoor lagaana chaahie. (Jagadeesh, agora você deve aplicar o sindur na testa da sua esposa.) – Pandith diz e estende o pequeno pote onde está o sindur ou vermelhão.
Pego o pequeno recipiente, encosto o dedo anelar em seu conteúdo e logo depois faço um pequeno círculo vermelho na testa da minha esposa, deslizando o dedo sobre a divisão dos cabelos dela em seguida.
Lembrei da música que ela cantou para mim, pouco antes de lhe entregar o kataar... Pinte-me de vermelho a cor do amor... Foi exatamente o que fiz agora e posso dizer que só realçou sua beleza.
Pego das mãos do sacerdote o mangalsutra, escolhido especialmente para a minha Weenny, bem grande, de ouro e pedras preciosas, fazendo jus a sua importância para mim e para os Imperadores. Cuidadosamente coloco no pescoço da minha esposa, que já está curvada para recebê-lo.
Pandith asperge água sobre nossas alianças que estão sobre uma bandeja e a entrega para mim, um par de alianças de ouro.
Weenny pega a minha aliança com certa timidez e põe em meu dedo anelar, seguindo o protocolo, se justificando ao olhar discretamente para os Imperadores e toda a sua corte, que nos observam com máxima atenção. Pego a grande aliança dela e faço o mesmo, um pouco menos inibido pela presença deles.
Mais uma vez Pandith estende a bandeja para mim, desta vez para que eu pegue a mais importante aliança de casamento, a que será usada apenas pela minha esposa.
Pego uma mão mais uma vez e ponho a aliança com cuidado. É uma joia bem imponente e exuberante de formato circular, com muito ouro e pedras preciosas, grande o suficiente para ser apreciada mesmo a distância.
— Ab Weenny ko apanee patnee kee praarthana kahana chaahie. (Agora Weenny deve fazer a oração da esposa.) – Pandith avisa.
Weenny senta ao meu lado, me unge com o tilak e recita toda a longa oração gowri-war, que pede proteção e vida longa para mim, seu marido.
Doces palavras e desejos que sempre sonhei ouvir dos lábios da única mulher que amei em toda a minha vida.
Vejo minha sogra se aproxima com uma bandeja cheia de arroz cru, entendo que é o momento de cumprir mais um ritual, que visa destruir o mau olhado e inveja, invocando uma vida feliz e próspera no início da nossa vida de casados, Weenny está séria e quieta, pega um punhado de arroz com ambas as mãos e lança para trás, repete o gesto por três vezes.
Pandith avisa que é chegado o momento do ashirwaad, que é a benção dos nossos familiares, eles erguem as mãos em nossa direção e proferem desejos auspiciosos para a nossa vida.
Então o oficiante faz um sinal para pedir a aproximação da Vilma, que entrega nas mãos da minha esposa um pequeno recipiente com Kansar, doce indiano, para comermos juntos, representando a nossa primeira refeição como casados. Todos nos observam enquanto comemos.
Levantamos para a conclusão do shádi.
— Jis tarah navavaravadhoo ke beech pyaar aaj nirmit hona shuroo ho jaata hai aur josh ke saath usaka paalan-poshan, sanrakshan aur dekhabhaal karanee chaahie, to kya yah is pavitr jyoti ke saath hoga, jabaki jeevit aur prajjavalit, aapake beech maujood prem ka pratinidhitv karega. is lau ka sevan na karen aur apane pyaar ko bujhaane ke lie kuchh bhee na karen. (Assim como o amor entre os recém-casados começa a ser construído hoje e deve ser alimentado, protegido e cuidado com zelo, assim será com esta chama sagrada que, enquanto estiver viva e acesa, representará o amor que existirá entre vocês. Não deixem essa chama ser consumida e não permitam que nada apague o amor de vocês.) – Pandith diz e nos entrega a chama sagrada, a mesma que acendemos ainda no Brasil, a reconheceria em qualquer lugar.
Nos comprometemos a cuidar dela como cuidamos do nosso relacionamento, recebemos a benção final dos sacerdotes e os cumprimentos de nossos pais e familiares.
Caminhamos juntos até o mandap que está no salão do cerimonial, muitas pessoas parecem ansiosas para nos cumprimentar e trazer os presentes.
Sentamos nas cadeiras vermelhas estofadas e de espaldar alto, alguns servos pedem permissão para se aproximar, trazem uma mesa grande que é colocada a nossa frente, posicionam uma bandeja grande com doces indianos bem no centro.
Os nobres e ministros da corte do Imperador se aproximam para nos cumprimentar e trazem muitos presentes que cobrem quase toda a extensão da mesa, como ouro, rúpias, joias, espadas e kataar. Percebo que minha Weenny fica desconfortável com alguns olhares e baixa a cabeça, dificultando que vejam seu rosto.
Noto que Imperadores observam toda a movimentação ao nosso redor, mas continuam acomodados em seus tronos que estão ao nosso lado direito, já meus sogros estão acomodados do lado esquerdo. A guarda imperial está a postos, preparada para nos defender em qualquer eventualidade.
Agora os amigos e convidados estão liberados para nos cumprimentar, uma enorme fila se forma diante de nós. Os primeiros a vir são os nossos padrinhos, percebo que os tradutores estão um tanto constrangidos por se aproximarem tanto de nós, mas todos nós sabemos que eles têm o dever de orientar padrinhos e convidados sobre o modo como devemos ser felicitados à moda indiana.
— Aapaka mahaatmy... Aapake sevak aapako sukhee, samrddh aur samrddh jeevan kee kaamana karate hain. devata hamaare pyaare bhaarat kee aasha kee raksha karen. (Altezas... Vossos servos lhes desejam uma vida feliz, farta e próspera. Que os deuses protejam a esperança de nossa amada Índia.) – Amitabh e Tia fazem uma reverência e colocam doces em nossas bocas, agindo como exemplo para todos.
Nossos padrinhos estão dispostos a fazer o mesmo, mas as felicitações são em bom português. Samara empurra os outros amigos, acho que quer ser a primeira a falar conosco.
— Esse casamento foi luxuoso e incrível demais, quero um assim para mim... – Samara começa a dizer e leva um cutucão do Enzo — Ai! Ah, claro. Parabéns para vocês dois, sejam felizes.
— Meus amigos, o casamento foi muito mais lindo do que podíamos imaginar, ficamos emocionados o tempo todo. Vocês sabem que desejamos que sejam felizes, que estejam cada vez mais unidos e que esse lindo amor cresça ainda mais. – Ricardo diz
— Que esse lindo brilho nos olhos de vocês permaneça para sempre. – Michele diz.
— Weenny, sempre disse que você devia sonhar, que Deus tinha poder para realizar seus sonhos de uma maneira surpreendente, muito melhor e maior do que você seria capaz de desejar... E aqui estamos, finalmente posso aplaudir e comemorar a sua felicidade. – Carol diz, nos deixando emocionados.
— Eu também sonhei, Carol. E Deus ouviu minhas preces, mas me surpreendeu dando não apenas o amor da minha vida, mas amigos muito melhores do que jamais merecemos. – digo e tenho vontade de abraça-los, mas não convém nesse momento.
— É, casamento pode ser bonito, desde que não seja o meu... – Guilherme começa a falar, mas Dani lhe faz parar com um beliscão —Aiiii, isso dói, sabia? – diz olhando para a noiva e depois volta a sua atenção para nós — O que quis dizer é que tenho orgulho de ver meus dois amigos queridos casados e felizes, desejo que essa felicidade cresça ainda mais.
Todos os nossos padrinhos nos felicitam com tanto carinho, que é difícil conter a emoção, assim como a vontade de rir, em alguns momentos.
Eles saem e dão lugar aos primeiros convidados, que repetem o gesto do tradutor principal e se atrapalham um pouco nas palavras. Passamos um bom tempo recebemos os cumprimentos e felicitações.
O Imperador convida a todos para ir celebrar nos salões de festa.