03:25 da manhã.
O ar parecia vibrar.
O chão quebrado sob os pés do grupo parecia quase gritar em dor com a presença de Drago.
Gustavo, com o olhar firme, observava o gigante diante dele.
O rosto suado, mas seus olhos estavam frios como a morte.
Valéria tomou posição ao flanco esquerdo, Beatriz ao direito, o resto do time se posicionava em semicírculo — cada um com armas prontas e corações pulsando como tambores de guerra.
Drago respirou fundo.
Quando ele exalou, uma neblina carmesim tomou o campo.
— “Vocês conhecem o medo… mas nunca o verdadeiro pavor.”
— “Permitam-me apresentar a vocês… a Magia de Sangue.”
Do peito de Drago, veias negras começaram a brilhar em vermelho vivo, pulsando, serpenteando até seus olhos. Ele cravou a espada no chão e ergueu as mãos para o céu.
Choveu sangue.
Literalmente.
As gotas eram espessas, cada uma queimando o solo onde caía. Um rugido monstruoso ecoou da terra — Drago invocava criaturas de sangue, bestas humanoides feitas inteiramente do líquido rubro, com dentes afiados e olhos vazios.
— “Ataquem!” — gritou Valéria.
Pedro e Ryan partiram pra cima, abrindo caminho.
Karina e João ficaram na retaguarda, disparando ataques à distância.
Beatriz canalizou seus poderes de tempestade, criando correntes de eletricidade que ricocheteavam entre os inimigos.
Mas Drago não era só um invocador.
Ele moveu o braço, e o sangue de um dos guerreiros feridos explodiu no ar, sendo sugado como uma lança que ele disparou direto contra Gustavo.
Gustavo girou as katanas e cortou o ataque ao meio, mas foi jogado para trás pela pressão.
— “Ele pode manipular sangue… até o nosso. Evitem se ferir!” — gritou Valéria.
Gustavo se levantou.
— “Então vou ter que derrotá-lo antes que possa usar o nosso sangue contra nós.”
Seus olhos brilharam em roxo.
Ele ativou sua habilidade “Caçada das Sombras” — e se teleportou atrás de Drago, cortando sua armadura nas costas.
Mas Drago riu.
— “Você é rápido… Mas eu sou o abismo.”
Com uma explosão de sangue negra, Drago se virou e socou Gustavo, que foi arremessado como um míssil, batendo em uma parede de pedra.
Sangue escorreu de sua boca… mas ele se levantou.
— “Eu aguento… muito mais que isso.”
Beatriz e Valéria atacaram juntas.
A tempestade caiu com um trovão, a lança perfurou o flanco de Drago, mas ele girou sua espada — e cortou o chão em duas metades, separando o grupo por uma cratera.
Karina saltou, usando a eletricidade para levitar por segundos, e disparou uma rajada relâmpago, que explodiu em seu ombro esquerdo.
Drago gemeu — pela primeira vez, ele sangrava.
Mas ao invés de enfraquecer… ele sorriu.
— “Obrigado… agora tenho mais sangue para usar.”
Do solo, veias vermelhas começaram a crescer como raízes, sugando o sangue dos feridos, dos inimigos e até mesmo do ar.
Gustavo, com o rosto coberto de suor e sangue, ativou a segunda habilidade: "Portais das Sombras".
Abriu um portal abaixo de si, reaparecendo no céu — e caiu com ambas as katanas em forma de cruz sobre Drago.
O golpe foi certeiro no ombro.
Drago rugiu em dor.
Mas antes que pudessem recuar, Drago agarrou Gustavo pelo pescoço e o levantou como se fosse leve.
— “Você… será o primeiro a morrer.”
Fim do Capítulo