Pântano Ácido Destruidor

Capítulo 6 – Pântano Ácido Destruidor

04:39 da manhã

A batalha começou.

Drago avançou primeiro.

Seus olhos vermelhos brilharam com ódio.

Magia de sangue explodiu de suas mãos como lanças afiadas e vivas.

Mas Gustavo desviou.

Rápido demais.

Silencioso como uma sombra.

A katana cortou o ar.

O ácido fervia em sua lâmina, evaporando a chuva que ousava tocá-la.

Drago bloqueou com um escudo de sangue endurecido.

A explosão entre as duas forças jogou os escombros pelos céus.

“Você está diferente… garoto.” — rosnou Drago, lambendo o sangue que escorria de um corte na bochecha.

“Não… você está amaldiçoado.”

Gustavo não respondeu.

Seus olhos verdes brilhavam com fúria.

A cada minuto, mais uma cabeça da Hidra surgia atrás dele.

Duas.

Três.

Quatro.

Cada uma rugindo com mais força.

Drago atacou de novo.

Cortou o ar com garras feitas de sangue cristalizado.

Gustavo bloqueou com o braço coberto de escamas e contra-atacou com um chute que o arremessou contra os restos da torre.

O chão estremeceu.

O vampiro se levantou.

Meio destruído.

Mas rindo.

“É isso?! Me mostre o poder que matou a garota! VAMOS!”

As cabeças da Hidra responderam com rugidos violentos.

Gustavo girou a katana e sussurrou algo:

“Tempestade Ácida.”

Uma tempestade verde caiu sobre o campo.

A cada gota que tocava Drago, sua carne queimava.

A cada golpe de Gustavo, o ácido abria feridas profundas.

O combate seguiu.

Por mais de cinco minutos, o céu se dividia em trovões e sangue.

A terra ao redor virou lama.

As pedras, derretidas.

Os corpos dos companheiros caídos, intocáveis no meio do caos.

As cabeças chegaram a seis.

Cada uma tinha uma expressão.

Fúria.

Tristeza.

Silêncio.

Louvor.

Sede.

E…

Vingança.

Drago estava coberto de feridas.

Mas ainda assim, um sorriso torto apareceu em seu rosto.

“Você pode me machucar.

Mas não pode me matar.

Eu sou eterno, garoto.”

Foi quando a voz apareceu mais uma vez.

Ecoando dentro de Gustavo.

Baixa.

Antiga.

Definitiva.

“Garoto…

Eu odeio vampiros.”

A Hidra surgiu ao lado dele, em espírito, majestosa e terrível.

Com suas centenas de olhos brilhando em verde ácido.

“Então agora…

vou te mostrar meu ataque assinatura.”

A cabeça principal se curvou sobre o ombro de Gustavo e murmurou:

“Repita comigo…”

Gustavo levantou a espada, agora pulsando com energia pura, e disse junto da Hidra:

“PÂNTANO ÁCIDO DESTRUIDOR!!”

O mundo inteiro se partiu.

Tudo se dissolveu.

Em um segundo, Gustavo e Drago foram sugados por um vórtice.

O chão desapareceu.

As estrelas sumiram.

Agora… estavam em um mundo pantanoso.

Infinito.

Verde.

Tóxico.

As árvores pingavam ácido.

O ar ardia.

Drago olhava ao redor, confuso.

Até que todas as cabeças da Hidra surgiram.

Enormes.

Dezenas.

Centenas.

Cercando o céu.

O pântano rugiu.

“NÃO!” — gritou Drago. — “NÃO PODEM ME MATAR!”

As cabeças avançaram.

Mordendo.

Dilatando.

Engolindo.

Dilacerando.

Cada parte do corpo dele foi arrancada.

Músculo por músculo.

Grito por grito.

Até não sobrar nada.

Nem sangue.

Nem osso.

Nem maldição.

Drago… desapareceu.

Gustavo caiu de joelhos no pântano.

A Hidra o olhou pela última vez.

“Ainda não acabou… garoto. Mas por hoje… descanse.”

Então tudo sumiu.

O céu voltou.

O campo de batalha, silencioso.

As nuvens lentamente se afastavam.

A transformação de Gustavo se desfez.

Ele desmaiou.

Mas sorriu antes de apagar.

Mesmo que por um instante.

Beatriz… estaria orgulhosa.

Fim do Capítulo 6