🌑 Capítulo 12 – No Sangue das Rosas
O salão do Bordel Sangue de Rosas explodiu em caos.
Corvos com olhos brilhantes em roxo rasgavam o ar, atacando luzes, vidros e servos demoníacos. A súcubo saltou do altar, chicotes feitos de cristal em mãos. O cavaleiro vampiro brandiu uma espada flamejante. E o necromante... apenas observava, com seus olhos ocos e pútridos.
Gustavo pousou entre eles como um meteoro negro. Sua aura roxa crepitava em espirais ao redor do corpo, fazendo o chão trincar.
— “Última chance. Entreguem a garota. Ou sangrem.”
— “Você é só um mortal insolente!” — rugiu o cavaleiro.
A súcubo lançou seus chicotes em velocidade absurda. Gustavo ergueu o braço e sombras afiadas cortaram o ar, colidindo com as armas etéreas.
CHAK!
Os chicotes estalaram no chão. Gustavo girou no ar, impulsionado por uma das sombras que formou um braço gigante atrás dele — como se a escuridão ganhasse forma viva. Ele atingiu a súcubo com uma garrada sombria, lançando-a contra uma coluna.
O cavaleiro veio logo atrás, em um golpe frontal.
— “Porra... forte.” — murmurou Gustavo, sendo jogado alguns metros para trás com o impacto.
A Hidra, agora em tamanho médio, saltou do ombro do espadachim e cresceu em pleno ar. Suas seis cabeças rugiram, cuspindo uma rajada ácida diretamente contra o cavaleiro, que teve que levantar uma barreira flamejante para não derreter.
Enquanto isso, o necromante ergueu três cadáveres próximos. Eram ex-caçadores... agora deformados.
— “Eles dançaram por este salão... agora dançarão por mim.”
— “Corvos...”, murmurou Gustavo, os olhos pulsando. “Alimentem-se.”
Os pássaros mergulharam nos cadáveres antes que pudessem terminar de levantar. Rasgaram olhos, asas e mandíbulas em sincronia precisa, aniquilando os mortos-vivos.
O necromante tentou fugir. Gustavo o interceptou com um braço sombrio gigante, que agarrou seu corpo e o espremeu como papel molhado.
BAM.
O chão estremeceu. A súcubo, ensanguentada, surgiu novamente.
— “Não vou cair tão fácil, garoto...”
Ela abriu as asas, revelando centenas de espinhos. Antes que pudesse dispará-los, Gustavo sussurrou:
— “Meiun…”
A katana lendária começou a brilhar em violeta escuro. Runas antigas surgiram ao longo da lâmina. O metal pareceu respirar.
— Essa lâmina absorve o destino de quem corta, pensou a Hidra, assustada.
Com um corte sóbrio, Gustavo lançou uma onda de energia que cortou a própria realidade, criando uma fenda no ar — e com ela, a súcubo foi engolida em silêncio.
O cavaleiro foi o último.
Ele rugiu, explodindo em chamas, e partiu em velocidade absurda.
Gustavo girou a Meiun na mão, canalizou todas as sombras ao redor em seus braços, criando duas garras negras gigantes.
— “...Então venha.”
O impacto final fez o salão tremer. Hidra atacava por cima, com chuva ácida dissolvendo o teto. Gustavo por baixo, rasgando a armadura do cavaleiro com suas garras e a katana. Usaram inteligência, reversões de posicionamento, sombras que cortavam o vento e acidez estratégica para destruir a espada flamejante.
Até que, finalmente, o último golpe caiu.
FIM.
O bordel estava em ruínas. A fumaça cobria tudo. Entre os destroços, Gustavo caminhava até Fuyuki, agora desmaiada mas viva.
— “Missão... cumprida.”
Os corvos retornaram. A Hidra pousou no ombro, cansada.
— Isso foi insano... mas...
— “...É só o começo.”
Fim do Capítulo