Skyfall

“Skyfall

A chuva fina caía sobre a capital Cornélia. A neblina pairava nas ruas, abafando os sons — como o silêncio antes da explosão.

E então...

Os portões da cidade tremeram.

Lentamente, eles se abriram por conta própria, gemendo como se pressentissem o destino. Um passo firme ecoou. Depois outro. E então, das sombras da neblina, ele surgiu.

Gustavo.

Sua silhueta era envolta por uma aura roxa flamejante, os olhos brilhando como lâminas etéreas. Os corvos circulavam acima, formando um redemoinho escuro no céu. As vestes negras esvoaçavam com o vento, como se a própria escuridão se curvasse à sua vontade.

Seus poderes de sombra ondulavam como tentáculos invisíveis — uma pressão sufocante preenchia o ar.

Os guardas que protegiam a entrada congelaram.

Suor escorria. Olhos arregalados. Pernas trêmulas.

Mas Gustavo apenas passou por eles, sem sequer olhar para o lado.

E então, com um simples gesto...

Duas mãos colossais feitas de trevas surgiram das sombras e esmagaram quatro deles.

O som seco dos crânios quebrando ecoou pela muralha.

— “...Skyfall...” — sussurrou ele, como se o céu realmente estivesse desabando.

Ele ergueu a Meiun, e com um único corte diagonal, uma onda de pura escuridão se espalhou.

Casas, torres, postes... tudo foi cortado ao meio.

Um sulco negro abriu-se por centenas de metros no chão.

Alarme soou na cidade. Portões internos se fecharam.

Mas era tarde demais.

Do alto, a Hidra ancestral rugiu, tomando sua forma verdadeira.

O céu foi coberto por suas Seis cabeças. A criatura tinha mais de 80 metros de altura, uma força da natureza moldada em ácido e destruição.

A chuva tornou-se veneno líquido, escorrendo sobre telhados, dissolvendo paredes, queimando corpos.

Gritos se espalharam. Fumaça e ácido cobriram as ruas.

— “Está na hora de brincar.” — disse Gustavo, olhos fixos no centro da cidade.

A Hidra riu com todas as bocas.

— “Finalmente...”

Gustavo então abriu os braços e sua forma começou a mudar.

Escamas negras cobriram sua pele. Garras afiadas cresceram. Uma longa cauda brotou de suas costas, chicoteando o ar com violência.

Uma cabeça da Hidra emergiu de suas costas, rugindo em uníssono.

Ele avançou como uma besta lendária. Cada passo rachava o chão.

Logo, outras duas cabeças surgiram, seus poderes de ácido e sombra fundindo-se ao redor de Gustavo. Ele era uma tempestade viva.

Do alto do castelo, os Nobres Vampiros finalmente se apresentaram.

Seis figuras distintas desceram flutuando, cada uma com uma aura avassaladora:

Véronique, a condessa do tempo, que podia congelar segundos com o olhar.

Dravos, o carniceiro de ossos, portador de uma foice que cortava almas.

Althros, o marquês das chamas negras.

Iridia, que usava o sangue como lâminas e armadura.

Nazar, um mestre ilusionista que dobrava a realidade.

E Ser Zevon, o espadachim relâmpago, que dizia ter matado um dragão com um único golpe.

Eles cercaram Gustavo...

Mas ele sorriu.

— “Vocês vão cair... juntos.”

💥 A Batalha dos Seis

Althros lançou uma muralha de fogo negro, mas Gustavo cortou o ar com sua cauda, dissipando as chamas. Ele avançou com as garras de sombra, rasgando o peito do marquês em segundos.

Véronique congelou o tempo ao redor, mas a cabeça da Hidra em suas costas gritou, quebrando a magia temporal com um rugido ácido. Gustavo apareceu atrás dela em um piscar — e atravessou seu crânio com a Meiun.

Zevon e Dravos atacaram juntos. Uma tempestade de trovões e golpes com a foice ecoaram por todos os lados.

Mas Gustavo bloqueava com os braços envoltos em sombras sólidas, e contra-atacava com as garras moldadas de sua aura.

— “CHEGA!” — gritou Gustavo.

Três cabeças da Hidra emergiram de sua armadura, lançando ácido em uníssono.

Zevon foi dilacerado, seu corpo corroído.

Dravos teve o peito perfurado por uma lança de trevas.

Iridia tentou usar o próprio sangue para se proteger, formando uma armadura viva.

Mas Gustavo criou uma prisão de sombras ao redor dela...

E então a esmagou como uma fruta podre.

Nazar, o último, implorou:

— “Espera! Posso—”

Mas a cauda de Gustavo passou por seu pescoço antes que pudesse terminar.

Silêncio.

O céu roxo. As casas em ruínas. A cidade banhada em névoa e ácido.

Gustavo estava ali, com os corpos dos seis nobres aos seus pés.

Seus olhos brilhavam com a fúria de mil batalhas vencidas.

O vento dançava em seu cabelo. A Hidra rugia ao fundo, um monstro orgulhoso de seu outro eu.

Fim do Capítulo