Sekiro entrou silenciosamente. Atrás da porta, e viu celas e jaulas com homens, mulheres e crianças revelaram a situação sombria. Os prisioneiros, em choque e desconfiança, olharam para ele com medo, achando que ele era mais um dos servos de Santirama. Contudo, Sekiro foi abrindo as celas e as jaulas, aumentando a apreensão dos prisioneiros. Até que uma criança, com coragem incomum, se aproximou e perguntou, com voz hesitante: "Tio, você veio ajudar a gente?"
Imponente em sua armadura negra, Sekiro tirou o capacete, revelando seu rosto. Uma cicatriz em formato de "X" marcava sua testa, e seus olhos púrpuras observavam a todos com um brilho caloroso. Seus cabelos negros e dourados, ondulados, lhe davam um ar selvagem o perfeito equilíbrio entre profano e sagrado, mas sua expressão gentil parecia contradizer sua aparência. Ele se ajoelhou, sorriu carinhosamente e colocou a mão na cabeça da criança, respondendo em tom suave: "Claro." Essas palavras acalmaram o coração dos prisioneiros.
Sekiro, então, colocou seu capacete novamente e disse: "Todos, me sigam." Começou a conduzir um grupo de cerca de trinta pessoas para a saída. Porém, ao ouvir passos se aproximando, ele ordenou: "Tampem os olhos e ouvidos das crianças, e sigam por este caminho. Eu alcanço vocês." Os adultos entenderam o perigo iminente e concordaram.
Determinadamente, Sekiro foi ao encontro dos inimigos. Ele podia ser gentil, mas contra o inimigo, não haveria misericórdia. Com um saque rápido, derrubou um dos servos. Porém, outro o aguardava – não era um mero servo, mas um Ragn-Paladino Partido, uma força temível dentro do culto de Santirama. Debaixo de seu manto, um elmo distorcido exibia várias emoções, como se cada uma delas fosse um fragmento de dor e loucura.
Sekiro observou o Ragn-Paladino Partido por um instante e percebeu que sua katana, embora letal, seria limitada em um corredor tão estreito. Ele decidiu guardá-la, preferindo resolver o combate com os punhos. Apenas no início, ao abater um inimigo mais fraco, usou um saque rápido, mas agora enfrentava um oponente que exigiria força bruta e resistência.
O Ragn-Paladino, percebendo a mudança, gargalhou de maneira distorcida sob o elmo, avançando com sua lâmina pesada em um arco diagonal. Sekiro se desviou, girando o corpo para o lado e, aproveitando a proximidade, desferiu um soco devastador no capacete do oponente, com força suficiente para fazer o metal ecoar e o inimigo cambalear para trás.
O corredor apertado impediu qualquer espaço para recuo, então Sekiro avançou novamente. Ele lançou uma sequência rápida de socos, mirando as junções mais frágeis da armadura do oponente, as laterais das costelas e os pontos entre as placas dos ombros. O Ragn-Paladino tentou retaliar com uma cotovelada pesada, que acertou o peito de Sekiro, empurrando-o contra a parede.
Sentindo a dor, mas motivado pela necessidade de proteger os prisioneiros, Sekiro resistiu ao impacto e se lançou para frente, acertando um gancho de esquerda no queixo do Ragn-Paladino. O impacto fez o elmo do oponente tilintar, e ele cambaleou. Sekiro então aproveitou o momento e agarrou o capacete, puxando o Ragn-Paladino para baixo, enquanto desferia uma joelhada brutal contra o peito do inimigo, que rangeu ao receber o golpe.
Porém, o Ragn-Paladino ainda não caiu. Com uma risada sinistra, ele empurrou Sekiro para longe e levantou a lâmina novamente. Sekiro esquivou por baixo e, agora abaixado, desferiu um soco direto no joelho do oponente, fazendo-o dobrar a perna. Aproveitando a abertura, Sekiro deu uma cotovelada precisa na lateral do capacete, desorientando o Ragn-Paladino, antes de agarrar sua cabeça e bater com força contra a parede.
O inimigo ainda resistia, mas sua respiração estava ofegante e a armadura, amassada. Sekiro lançou um último golpe, um direto que acertou o ponto exato entre o elmo e a placa de proteção do pescoço. O impacto foi brutal, e o Ragn-Paladino caiu de joelhos, sua força finalmente abandonando-o.
Sekiro, agora exausto e com os punhos feridos, olhou para o corpo imóvel do inimigo e suspirou antes de seguir adiante.