59 - Uma Viagem Qualquer! VI

Sekiro se moveu com agilidade pelos corredores, determinado a alcançar o grupo da vila que ele agora liderava na fuga. Sua presença trazia alívio a todos, que se sentiam mais seguros com ele ao lado. Percebendo que as crianças estavam tendo dificuldade em acompanhar o ritmo, ele as pegou nos braços, fazendo o possível para segurar as três com delicadeza. No começo, elas se assustaram, mas logo notaram a gentileza em seu toque e relaxaram.

Com a vila no horizonte e os primeiros raios do sol prestes a surgir, Sekiro parou e se dirigiu ao grupo, dizendo com um sorriso suave enquanto retirava o capacete: "Vamos Esperar meu mestre aqui, Estamos seguros nessa distancia." Uma mulher mais velha, talvez a mais experiente entre eles, agradeceu em nome de todos e expressou sua preocupação, dizendo: "Agradecemos por tudo. Mas ainda não sabemos onde está a filha do chefe do vilarejo!"

Sekiro, sem hesitar, respondeu: "Não se preocupem, meu mestre cuidará disso." Ele olhou para as montanhas com um olhar firme e decidido, disposto a proteger a vila até que estivessem todos a salvo. Em sua mente, ele lembrou que ainda havia uma chance de Astracar invocá-lo mais uma vez, caso fosse necessário.

Astracar avançava pela fortaleza de Santirama, cada vez mais fundo, como uma sombra movendo-se com uma velocidade e precisão quase inumanas. As passagens escuras e labirínticas ressoavam com o eco de seus passos, até que uma voz macabra e distorcida começou a preencher o ar ao seu redor.

"Antes de começarmos, dama, permita-me apresentar: sou Órion. Agora, me diga... o que seu pai achará ao encontrar seu corpo, sem alma? Sendo apenas uma marionete de Santirama, destruindo tudo que você ama enquanto você assiste? Me diga... você resistirá, ou cairá no desespero? Ah, isso será tão belo! Isso me lembra de um antigo companheiro... um herói santo, cujo nome foi apagado da história... As... Ast... não lembro..."

Astracar reconheceu aquelas palavras, e um estalo de 'Ecos" de sua vida passada se acendeu. "Herói-Santo" - o nome trouxe de volta a lembrança amarga de traições e do dia em que alguém tentará usá-lo para matar sua própria irmã. A voz continuava, relembrando um momento sombrio:

"Garota, sabe o quão patético foi ver aquele garoto caído, segurando a mão da bruxa? Ele tinha o poder de conquistar o mundo, mas o negou... por uma bruxinha qualquer."

A fúria de Astracar queimava mais intensamente. O ódio profundo que ele sentia por Santirama consumia sua mente, e sua determinação o impulsionava mais e mais rápido. Até que, finalmente, ele ouviu Órion dizer:

"Garotinha, foi um bom papo. Agora... poderia morrer?"

Sem chance de responder a garota com a boca fechada, viu a loucura nos olhos do mago.

Sem hesitar, Astracar se lançou na direção da voz. Num movimento ágil, ele encontrou a garota amarrada e acorrentada diante de Órion. Antes que o oponente pudesse reagir, Astracar cortou as correntes que a aprisionavam. Órion ficou sem palavras diante da velocidade e precisão do ataque. Em seguida, Astracar usou sua magia sagrada para curar as feridas da jovem. Pegando-a nos braços, ele começou a correr pelo labirinto sombrio, determinado a tirá-la em segurança antes que Órion tivesse a chance de retaliar.

Enquanto se afastava, o eco das palavras de Órion ainda ressoava em sua mente, o peso de traições passadas. Mas agora, ele tinha um motivo claro.

Então, um grito de loucura ressoou: "Como ousa um rato... um verme... interferir nos MEUS planos?" …