Haviam se passado cerca de doze dias desde que Midoki e seu grupo chegaram à Floresta dos Goblins. Após a batalha para recuperar a vila, a natureza parecia quase intacta, como se os demônios que ali habitaram nunca tivessem tocado aquele solo sagrado. A grama alta ondulava suavemente ao vento, e os primeiros sinais de reconstrução já se faziam presentes.
Naquele dia, Belphegor, com uma expressão de triunfo, finalmente conseguiu extrair e absorver o Decreto da Demora. O fardo que pesava sobre Midoki foi, enfim, dissipado. Tadyus, Pulwan, Geul e os outros goblins vibravam com entusiasmo, celebrando não apenas a recuperação de seu lar, mas também a paz conquistada.
Curiosos sobre os verdadeiros objetivos de Midoki e seu grupo, os goblins se reuniram ao redor dele. Quando Midoki revelou tudo o que sabia, um silêncio reverente tomou conta do ambiente. Elyra, incapaz de conter a emoção, deixou lágrimas escaparem ao ser agradecida pelos goblins, que a chamavam de incrível. Midoki, observando a cena, esboçou um sorriso sincero.
Elliot, com seu tom descontraído, quebrou o clima solene:
- Elliot: "Bem, hoje é um bom dia pra comer um churrasco. Bora meter lenha na brasa, rapaz!"
Neptune, rindo, completou:
- Neptune: "E uns peixes do lago também! Vai ser um banquete! HAHAHAHA!"
Os goblins se animaram com a ideia. Belphegor, com um estalar de dedos, fez as Chamas Infernais consumirem a lenha, preparando a fogueira. O clima era de celebração, e todos desfrutaram de uma tarde repleta de comida e alegria.
Porém, como tudo que é bom tem um fim, chegou o momento da despedida. Quando Midoki e seu grupo se preparavam para partir, Tadyus, com os olhos marejados, pronunciou palavras que ficariam gravadas na memória de todos:
- Tadyus: "Meus descendentes lembrarão de vocês, Midoki. E quando contarem suas histórias, o nome de vocês será gravado como os Salvadores dessas terras. A Lenda dos 13 Cavaleiros Templários jamais será esquecida."
Midoki sentiu um aperto no peito. Inspirado por aquelas palavras, respondeu com firmeza:
- Midoki: "Eu nunca me esquecerei de você, Tadyus. Nem de tudo que vivemos aqui."
E com isso, partiram rumo ao Reino de Siquém.
Enquanto isso, Gronnak, Thaldirur?, Keldor e Durin, que ainda estava debilitada e descansando dentro da bolsa de Gronnak, finalmente chegaram ao Labirinto do Minotauro. As paredes vivas se moviam incessantemente, reorganizando os caminhos a cada instante. Gronnak, maravilhado, murmurou:
- Gronnak: "Este lugar... é como se estivesse respirando. Como alguém pode sobreviver aqui?"
Thaldirur?, analisando a estrutura, tocou uma das paredes e concluiu:
- Thaldirur?: "Escalá-las é impossível. Tampouco podemos contorná-lo. Os habitantes de Lior que se refugiaram aqui estão no centro do labirinto."
Foi naquele instante que uma presença poderosa os sentiu. Zenian, herdeiro do labirinto e filho do Rei Tauros, percebeu a chegada de Thaldirur? e, com um gesto silencioso, abriu um caminho direto até o coração do refúgio.
O grupo caminhou pelo trajeto recém-aberto e, ao chegarem ao centro, depararam-se com uma cidade improvisada. Construções sólidas e uma base bem organizada faziam do local um verdadeiro refúgio para o povo de Lior.
Cusadler foi o primeiro a recebê-los. Ao avistar Thaldirur?, sorriu e o cumprimentou:
- Cusadler: "Olá, meu pai... Se finalmente retornou, quer dizer que destruiu a prisão de Surtur?"
Um silêncio pesado se abateu sobre Gronnak, Keldor e Durin, que saíra da bolsa, apoiando-se em uma das colunas para se manter de pé. Eles se entreolharam, perplexos. Como poderia um elfo ser pai de um humano? Não havia sequer traços físicos que os ligassem.
Durin, mesmo enfraquecida, franziu o cenho e exclamou:
- Durin: "Como assim? Você... fez algo a eles, Thaldirur? O Elfo Sombrio? Isso não faz sentido! Você é um dos piores inimigos que Midoki e eu já enfrentamos!"
Thaldirur? respirou fundo. Sabia que esse momento chegaria. Não havia mais como ocultar a verdade. Seu olhar se perdeu na vastidão do refúgio antes de se voltar para os presentes. O sorriso de Cusadler ainda permanecia, expectante.
Após um breve silêncio, Thaldirur? caminhou lentamente até a janela e, sem desviar os olhos do horizonte, iniciou:
- Thaldirur?: "Bem..."