Capítulo 12: A Investida  

"Desta vez, em dois dias podemos terminar tudo." Chris empurrou o copo de água sobre a mesa e apontou para o mapa do Castelo de Mayne. "Aqui, reuniremos nosso exército e poderemos juntar cerca de mil soldados. Atacaremos direto no castelo para finalizar essa batalha rapidamente."

 

Wagron assentiu, confiante: "Nossa cavalaria está pronta. Podemos realizar o ataque surpresa e eliminar 200 inimigos sem dificuldades."

 

Ele então apontou para Ferry City no mapa e acrescentou: "Temos os canhões. A queda de Ferry City é apenas uma questão de tempo."

 

"A única questão agora é: como podemos impedir que Berman, o Senhor de Ferry City, fuja com sua frota?" Wagron franziu a testa, visivelmente preocupado com a fuga do inimigo.

 

"Não importa!" Chris bateu na mesa com força, cerrou os punhos e falou com firmeza. "Não me importo se eles fugirem ou não. Isso não é uma questão de estratégia, mas de moral! Não posso tolerar saques, mas machucar inocentes... isso é imperdoável. Esse é o pecado que vamos combater."

 

Wagron, ao ouvir a determinação de Chris, curvou-se e respondeu prontamente: "Entendido, meu senhor! Reuniremos as tropas imediatamente."

 

O ataque precisava ser bem planejado, pois Seris não poderia se dar ao luxo de uma guerra prolongada. Se o exército de Chris não encerrasse a batalha rapidamente, as outras forças ao redor poderiam aproveitar a oportunidade para atacar. O território de Seris ainda estava vulnerável.

 

Na verdade, Chris não tinha muitos homens. Cerca de 2.000 soldados no total, dos quais apenas metade poderia ser mobilizada para o ataque. Os outros mil tinham que ficar em Seris e Mayne para proteger as cidades recém-conquistadas.

 

Ele sabia que o número reduzido de tropas deixava pouco espaço para erros. Chris teria que confiar nos 700 homens que poderiam ser deslocados, para realizar a investida contra Ferry City. Era arriscado, mas necessário. Se eles falhassem em capturar a cidade rapidamente, a situação poderia virar contra eles.

 

Wagron, olhando para o mapa, expressou suas preocupações: "É uma jogada arriscada. Se o inimigo se espalhar e usar táticas de assédio, retardando nossa marcha, podemos nos encontrar em apuros."

 

Chris, porém, manteve seu otimismo: "Se Ferry City reunir suas forças e tentar uma batalha direta, com nossa artilharia, temos uma chance clara de vitória."

 

Após um breve silêncio, ele decidiu: "Você ficará em Mayne com 200 cavaleiros e 50 infantaria para manter a ordem. Eu liderarei 450 infantaria e 300 cavaleiros para atacar Ferry City."

 

Wagron tentou protestar: "Meu senhor, deixe-me liderar as tropas! É arriscado demais para você ir pessoalmente."

 

Mas Chris foi firme. "Wagron, você é essencial aqui, para proteger a retaguarda. Precisamos de decisões rápidas no campo de batalha, e isso só eu posso fazer. Eu lidero o ataque!"

 

Com Wagron cuidando da retaguarda, Chris partiu à frente de sua cavalaria, avançando pelas planícies em direção a Ferry City. Ele estava determinado a acabar com a ameaça o mais rápido possível.

 

A cavalaria de Chris avançou rapidamente, percorrendo grandes distâncias em pouco tempo. Em um dia e uma noite, eles chegaram à junção entre Mayne e Ferry City. O sol mal havia nascido quando Chris deu a ordem para uma breve pausa.

 

"Dê minha ordem! Descansem por 20 minutos. Após isso, todos devem estar prontos para o ataque!" Chris deu a ordem e desmontou de seu cavalo. Ele se sentou em silêncio, observando o horizonte. As cenas de devastação em Mayne, onde civis haviam sido saqueados e mortos, inflamaram ainda mais sua raiva contra Berman.

 

Depois de um breve descanso, Chris levantou-se e montou novamente em seu cavalo. "Estão prontos?" ele gritou para os soldados.

 

"Sim, senhor!" responderam eles, prontos para seguir seu líder para a batalha.

 

"Então, vamos!" Chris comandou. "Avancem para Ferry City!"

 

Enquanto o exército de Chris avançava, a guarnição em Ferry City finalmente percebeu o perigo. Um dos guardas, que estava de guarda na torre de vigia, viu a aproximação da cavalaria e tentou alertar seus companheiros, mas foi tarde demais.

 

"Rápido, acendam o farol!" gritou ele, tentando chamar reforços. No entanto, a cavalaria de Chris já estava em movimento, passando pelas torres de vigia sem perder tempo com pequenas batalhas.

 

A missão era simples: atravessar rapidamente as áreas controladas por Ferry City, eliminar qualquer resistência e forçar o inimigo a recuar para a cidade.

 

Perto de Ferry City, uma pequena guarnição de 200 homens tentou bloquear o avanço de Chris, mas foi em vão. Com sua cavalaria poderosa e altamente treinada, Chris rompeu as linhas inimigas com facilidade.

 

No meio da batalha, Chris liderou seus homens com uma espada em punho, cortando os inimigos que ousavam enfrentá-lo. Ele lutava com determinação, movido pela necessidade de acabar com a brutalidade de Berman.

 

Seus cavaleiros, encharcados de sangue inimigo, avançavam como uma força imparável, esmagando as defesas de Ferry City.

 

Quando a batalha parecia estar chegando ao fim, Chris levantou sua espada e gritou para seus homens: "Para a glória de Serris! Não deixem nenhum sobrevivente sem lutar!"

 

A cada movimento, Chris demonstrava liderança e força. Ele estava determinado a acabar com Berman e garantir a segurança de seu povo.

 

E assim, com a determinação de um verdadeiro líder, ele avançou para a vitória.