A fortaleza, embora aparentemente silenciosa, ainda mantinha uma aura de mistério que se estendia por seus corredores. Depois de algumas horas de exploração, o grupo, agora mais familiarizado com o terreno, encontrou algo que não esperavam. No fundo da fortaleza, escondida atrás de uma parede que parecia ter sido cuidadosamente selada, havia uma entrada para um subterrâneo que não constava em nenhum dos mapas encontrados na sala de Varka. Um acesso que parecia ter sido esquecido pelos próprios saqueadores que haviam tomado o local.
Foi Sorya, com seu instinto aguçado para magia e conhecimento arcano, quem percebeu uma leve distorção no ar enquanto passava perto de uma das paredes. A Dríade demoníaca, com sua conexão profunda com as energias mágicas da terra e dos elementos, sentiu uma vibração estranha emanando de um ponto específico. Sua mão tocou a pedra fria, e um leve estalo ecoou. A parede se moveu, revelando uma escada de pedra descendente, escura e úmida.
— Aqui… algo está errado. — sussurrou Sorya, sua voz impregnada com uma preocupação que todos podiam sentir.
Azriel, que estava um pouco à frente, olhou para Alastor. O líder do grupo acenou com a cabeça, sinalizando que a exploração subterrânea era inevitável. O que quer que estivesse escondido ali, o grupo precisava descobrir. Uma parte do jovem vampiro se sentia inquieta. Ele sabia que o que quer que estivesse lá embaixo provavelmente não seria uma simples surpresa, mas ele estava mais forte agora. Não mais o jovem que duvidava de si mesmo; ele havia enfrentado Varka e vencido. Sua confiança estava em alta.
Com a iluminação das lâmpadas mágicas, o grupo desceu pela escada que parecia não ter fim. As paredes da caverna subterrânea eram feitas de pedras antigas, cobertas de musgo e com marcas de erosão pelo tempo. O ar estava denso, impregnado com o cheiro de mofo e um leve toque de poeira. Azriel sentia a eletricidade no ar, uma sensação familiar, quase como se o ambiente estivesse carregado com algum tipo de magia reprimida.
Finalmente, após o que parecia uma eternidade de descidas, chegaram a uma grande sala subterrânea. A estrutura era imponente, com um piso de pedra polido, ainda impecável apesar dos séculos de abandono. No centro da sala, um grande círculo mágico estava gravado no chão, com símbolos intricados e arcais que pareciam ter sido desenhados com um cuidado extremo. Mas, o mais estranho de tudo, era que a energia que deveria emanar do círculo estava completamente inativa.
Sorya se adiantou, seus olhos brilham com a intensidade de seu conhecimento arcano. Ela observou os símbolos, tocando suavemente as linhas do círculo com as pontas dos dedos. Ela podia sentir a energia dos antigos rituais, mas estava claro que o poder que uma vez habitou aquele local já se dissipara há muito tempo.
— Não há nada ativo aqui. O círculo foi usado, isso é claro, mas agora está completamente inerte. — disse ela, com uma expressão séria. — O que aconteceu aqui não foi algo trivial. Este tipo de ritual… poderia ter sido muito perigoso.
Alastor se aproximou, sua expressão séria também. Ele olhou para o círculo com uma sensação de desconforto. Embora não fosse um especialista em magia, sabia o suficiente para entender que aquele tipo de círculo tinha sido utilizado para invocar ou criar algo de grande poder. Algo que, se fosse bem-sucedido, poderia ter tido implicações catastróficas.
— Você consegue identificar o tipo de ritual que foi realizado? — perguntou Alastor, sua voz baixa, mas cheia de autoridade.
Sorya inclinou a cabeça ligeiramente, observando os símbolos e padrões gravados na pedra. Ela respirou profundamente, como se estivesse se concentrando para entender as vibrações deixadas pelo ritual.
— Parece um círculo de invocação, mas não um comum. Há uma combinação de energias que não deveriam ser misturadas. Fica claro que foi projetado para invocar uma entidade poderosa. — disse ela, a voz carregada de um tom que revelava o quanto aquilo a incomodava. — Mas… não foi bem-sucedido. O círculo foi quebrado ou interrompido antes de seu término. O que nos deixa com uma pergunta importante: quem começou este ritual e por que falhou?
Alastor refletiu por um momento. A falha no ritual era desconcertante. Se tivesse sido concluído, provavelmente teria gerado consequências inesperadas. Mas o fato de não ter sido completado também levantava outras questões. Quem teria realizado tal ritual e por que não o completaram?
— Vamos registrar tudo e sair daqui. — Alastor concluiu, dando uma ordem simples, mas clara. Ele sabia que, embora o círculo fosse inofensivo agora, poderia ser um indício de algo muito maior que ainda estava por vir. O grupo não estava em posição de investigar aquilo sem mais informações.
Com Sorya liderando a retirada, o grupo subiu de volta para os andares superiores. A sala subterrânea foi selada novamente, e os membros do grupo se reuniram para discutir o próximo passo.
Foi nesse momento que o Sistema de Gacha reagiu. O som familiar de uma caixa de recompensa se ativou, e um brilho suave envolveu o líder do grupo, Alastor e os outros membros.
[ Parabéns pela conquista da Fortaleza dos Saqueadores.
Recompensas:
• 5000 XP para cada participante da raid.
• 1 chance no Gacha.
Recompensas adicionais:
Derrota total dos saqueadores: • 1000 XP
Descoberta da Sala Oculta: • 1000 XP
Reputação com a Guilda dos Aventureiros +100 ]
Alastor vendo as recompensas, ficou extasiado.
Ele, Sorya, Erina e Azriel ganharam uma quantidade significativa de experiência por terem conquistado a fortaleza, derrotado os inimigos e explorado a área subterrânea.
Uma nova chance no Gacha. Uma chance única de adquirir mais um item poderoso ou talvez até um novo companheiro.
Alastor sorriu levemente. Ele sabia que aquilo significava mais poder, mais recursos e, eventualmente, mais opções para melhorar seu grupo. A possibilidade de adquirir novos aliados, itens ou habilidades era sempre tentadora.
— Vamos ver o que o Gacha nos oferece agora. — disse Alastor, olhando para os outros membros do grupo.
Com o toque de um botão mental, o Gacha foi acionado. O orbe mágico começou a girar, iluminando o ambiente com uma luz intensa. O grupo observava, Azriel e Alastor com expressões de expectativa e as outras duas, mais calmas, mas todos cientes de que aquilo poderia ser crucial para o futuro deles.
A esfera parou de girar, e, no centro, uma nova carta apareceu.
...
Carta do Gacha:
Nome: "Espada do Trovão Antigo"
Tipo: Arma
Raridade: Lendária
Descrição: Uma espada forjada nas mais profundas fornalhas mágicas, com lâmina que parece brilhar com energia elétrica. Sua lâmina não só corta como também libera rajadas de relâmpagos, paralelizando inimigos e gerando uma força destrutiva imensa. Ideal para quem manipula eletricidade ou metal. Um item raro, que amplifica significativamente o poder do portador.
...
A sala ficou em silêncio por um momento. A carta que Alastor havia adquirido era impressionante. Azriel, que estava mais próximo de Alastor, olhou para a descrição da carta com uma expressão de pura admiração. Era uma arma que poderia amplificar suas próprias habilidades.
— Isso vai ser útil. — disse Azriel, com um sorriso contido. Ele sabia que a espada seria uma ferramenta valiosa em suas futuras batalhas.
Alastor, por sua vez, também estava satisfeito. A espada não só aumentava o poder de Azriel, como também combinava perfeitamente com as habilidades que o jovem vampiro estava começando a dominar. O líder do grupo não hesitou e logo invocou a espada, sabendo que aquele era mais um passo na construção do poder de seu time. Estendeu a mão que segurava o punho da espada e a deu para Azriel.
Azrieal recebeu a espada e sentiu seu poder aumentar enquanto pequenos arcos eléctricos viajam através da espada se espalhando inteiramente pelo seu corpo.
— Isso é incrível. Eu me sinto mais forte. — Exclamou Azriel.
Sorya olhou para ele com uma expressão neutra mas deixando escapar um leve sorriso, claramente satisfeita com o progresso do membro mais fraco do grupo.
— Com isso, podemos começar a planejar o próximo passo. — disse Alastor olhando para o grupo.