Reencontro indesejado

Caverna - 13:37PM

Após os eventos, os três príncipes do inferno estariam de frente à Kazuhiko, dizendo que eles estariam ajudando nessa guerra contra os cavaleiros do apocalipse, mas ainda há muitas dúvidas sobre esses três guerreiros misteriosos.

Kazuhiko: — Eu sei que vocês são gigantes e tals... Mas vocês poderiam ao menos diminuir seus tamanhos? Vocês conseguem fazer isso, né?

Asmodeus soltava uma risada disfarçada, olhando pra Leviathan.

Asmodeus: — Veja Leviathan, parece que nosso amigo não gosta do nosso tamanho normal, deveríamos ficar no tamanho dele?

Beelzebub não dizia nada, já diminuindo o tamanho, e voando até a superfície da entrada da caverna, agora olhando pra ambos.

Beelzebub: — Não o zoem, isso é apenas uma parte estratégia pra conter nossos poderes e não chamar atenção de onde a gente está, nosso líder dessa guerra iria responder isso, não é?

Kazuhiko começava a soar, disfarçando o fato que ele pediu aquilo porquê achava cada um daqueles colossos assustadores.

Kazuhiko: — É-É, isso mesmo... Não queremos revelar nossa localização atual.

Ambos Asmodeus quanto Leviathan se olhavam, apenas aceitando a realidade dessa sugestão "estratégica" sugerida por Kazuhiko, diminuindo seus tamanhos pra semelhantes tamanhos, onde somente Leviathan permanecia numa altura bem anormal, passando dos seus 2,50 metros de altura.

Asmodeus: — Qual é, Leviathan! Seu ego é tão forte que tu não quer diminuir seu tamanho mais que isso?

Leviathan permanece em silêncio, olhando Kazuhiko com brilhos nos olhos, parecendo querer o matar apenas com olhar.

Kazuhiko: — Assustador...

Beelzebub colocava sua mão sobre o ombro de Kazuhiko, dando um leve sorriso.

Beelzebub: — Não se preocupe com ele, é normal ele querer se sentir superior diante de todos, logo tu se acostuma com ele.

Miyako, Ryuji e Rafael ficavam na distância, todos eles com receio de se aproximar daquelas figuras, mas sem eles perceberem, Asmodeus aparecia atrás deles, já os envolvendo em seus braços músculosos, com um grande sorriso.

Asmodeus: — Vamos, não sejam assim, somos todos aliados aqui, devemos todos nos dar bem, não é?

Miyako instintivamente, apesar dela não ter a mesma velocidade que Asmodeus, ela conseguia se agachar antes dele a envolver também.

Miyako: — Não me toque achando que já somos amiguinhos, escória.

Asmodeus: — Oh...? Então parece que tem alguém com uma língua solta por aqui...

Asmodeus continuava sorrindo, mas desta vez, seu rosto aparecia algumas veias, ao que parece está se irritado com as palavras dela, Ryuji saía do braço dele, retirando com um pouco de esforço o braço do príncipe, sua expressão era séria, e seus olhos brilhavam através de seu cabelo bagunçado que tampava seu rosto.

Ryuji: — Faça algo com a minha irmã e eu juro que eu apago a sua vida inteiramente...

Asmodeus voltava sua atenção pra Ryuji, desta vez confuso.

Asmodeus: — Fazer? Haha, vocês todos são engraçados, parece que não preciso me preocupar com vocês afinal.

Antes dele soltar, ele via Rafael, que parecia imóvel, Asmodeus soltava um sorriso maléfico, aproximando seu rosto pra ver melhor ele.

Asmodeus: — Olha só... Que raridade, na minha época... Eu matava arcanjos tão naturalmente que depois de um tempo, só sobraram 7 pra contar história... E pelo visto você é o Rafael, dá pra ver só de ver esse seu rostinho bonitinho, aposto que nunca deve ter levado um soco de verdade na cara, muleque.

Rafael parecia incomodado, pronto pra falar algo pra Asmodeus, mas Beelzebub interrompia, casualmente aparecendo atrás de Asmodeus e o pegando, logo fazendo isso pra jogar ele em uma parede na mesma hora, tudo aquilo parecia instantâneo que nem mesmo Rafael teria visto o movimento antes de piscar.

Rafael: — Eu... Ah?!

Asmodeus afundava completamente na parede, fazendo ele desasperecer no meio dos escombros que ainda caíam, Leviathan permanecia imóvel, cruzando seus braços de forma imponente, enquanto Kazuhiko, ficava muito surpreso com aquela velocidade.

Beelzebub: — Lembre-se do que a gente veio fazer quando viemos aqui, eu sei que você é bem energético e gosta de provocar todo mundo, mas não quero estragar nossa relação com nossos aliados.

Asmodeus soltava uma risada gigantesca, saíndo dos escombros sem nenhum arranhão, ou algum rasgo em suas roupas, ele estralava seu pescoço pra ambos os lados e ficava aoenas encarando Beelzebub.

Asmodeus: — Olha só... Parece que alguém empatizou contigo, Rafael. Ambos putinhas de seu mestre, e sempre seguindo as ordens. É o que eu mais odeio disso.

Kazuhiko: — Ei, tu está caçando briga?!—

Beelzebub interrompia o avanço de Kazuhiko, colocando seu braço na frente, com uma expressão séria.

Beelzebub: — Vamos amigos, parece que começamos com o pé esquerdo, não desejo ver vocês se enfrentando nesse momento tão delicado, vamos esquecer as ofensas por enquanto e preocupar com o nosso objetivo, e não irei tolerar mais nenhuma outra ofensa vindo de você, Asmodeus, o Rebelde.

Uma aura que aparecia ao redor de Asmodeus aparecia por um instante, moldando cabeças, mas ele desistia e soltava um grande suspiro.

Asmodeus: — Tanto faz, só queria esquentar um pouco o clima, a culpa não é minha que vocês não sabem brincar.

Asmodeus adentrava na caverna, gritando de forma brincalhona com os caídos que estavam na frente, Rafael o olhava, apertando os punhos.

Rafael: — No final... Não posso dizer que ele está errado. Eu passei minha vida idolatrando Miguel, e quando o perdi, eu vi o quanto eu sozinho era um inútil que seguia as regras como um bom cachorro... MAS!

Asmodeus parava um pouco, olhando pra trás, quando ele ouvia a voz de Rafael aumentar.

Rafael: — Eu ainda sou um arcanjo, eu devo mostrar a você que não sou algo tão descartável quanto um bom cachorro! Eu vou mostrar pra você, Asmodeus, que eu posso mudar, e até o final dessa guerra, eu irei ficar ainda mais forte que você, então que me espere!!

Asmodeus ficava estático por um momento, mas um grande sorriso aparecia em seu rosto.

Asmodeus: — E eu achando que tu era mudo... Muito bem.

Asmodeus se virava novamente, acenando pra Rafael enquanto caminhava lentamente pra mais dentro da caverna.

Asmodeus: — Vamos ver até onde essa tua voz vai, garoto... Não me decepcione.

E assim, ele sumia da visão deles, mas Rafael, pela a primeira vez, dava um passo a frente, continuando a gritar pra ter certeza que ele ouça.

Rafael: — Pode ter certeza que não vou!!

Todos ficavam surpresos com aquela a interação, principalmente Beelzebub, que sempre via Asmodeus como um príncipe arrogante que não sabia seguir regras.

Beelzebub: ((É a primeira vez que eu vejo ele ficar daquele jeito... Alterado por um simples Arcanjo... Será que este Rafael tem algo amais...?)))

Beelzebub olhava pra Rafael, com um olhar de determinação, o que parecia ser a primeira vez depois de muito tempo para Rafael, ele se surpreendia ainda mais ao ver um brilho gigante vindo dele, mas parece que ninguém notava aquilo além de Beelzebub, que prestava bastante atenção.

Kazuhiko: — Ai... Minha cabeça está cheia com tudo isso, é muita coisa pra lidar, se não se importarem... Vou sair um pouco.

Miyako o olhava, pensando um pouco antes de dizer qualquer outra coisa.

Miyako: — Pra onde você vai...?

Kazuhiko: — Não se preocupe, é só uma questão que preciso lidar, já estivesse fugindo desse compromisso a muito tempo, não posso simplesmente ignorar mais.

Miyako ficava apreensiva, mas logo levantava sua cabeça novamente.

Miyako: — Tudo bem, mas se desertar dessa guerra, eu juro que vou te caçar até os quintos dos inferno!

Kazuhiko ria um pouco.

Kazuhiko: — Não se preocupe, não irei fugir pra lugar nenhum, Ryuji.

Ryuji iria rapidamente até ao lado de Miyako, olhando pra Kazuhiko em dúvida.

Kazuhiko: — Cuide do lugar até eu voltar.

Ryuji: — Certo... Como soube que eu consigo gerenciar bem uma caverna?

Kazuhiko riria novamente, se metamorfando em um corpo de anjo, menos o seu rosto, as asas apareciam e ele começava a voar.

Kazuhiko: — Apenas intuição.

Assim, Kazuhiko voava numa velocidade gigantesca, sumindo de vista em segundos, Leviathan apenas observava, reagindo um pouco, Beelzebub olhava pra ele, vendo uma mínima reação.

Beelzebub: — O que foi, Leviathan?

Sua voz era grossa, roca e baixa, algo que é bem raro de se fazer, já que Leviathan não gostava de falar.

Leviathan: — Sinto... Algo... lá.

Ele apontava na direção onde Kazuhiko estava indo, o que Beelzebub preocupava um pouco.

Fukuoka - Japão 13:50PM

Kazuhiko voava em cima das construções, vendo algumas destruições anteriores causadas na sua luta de Zadiel, uma voz surgia em sua mente.

Kokuei: (( O que está pensando, Kazuhiko?))

Kazuhiko: ((Mesmo eu não querendo isso, eu ainda causei tantas mortes e estragos pra essas famílias que apenas estavam vivendo em mais um dia normal...))

Kokuei: ((Sério? Você se importa com essas pessoas? Eu apenas vejo como formigas, que de vez em quando são pisadas com intenção ou acidentalmente, não consigo sentir empatia com eles.))

Kazuhiko: ((Eu sei que tu não sente, tu é um demônio afinal... Por isso estou resolvendo o meu problema primeiro, antes de tudo isso acontecer de novo.))

Kokuei: ((eu iria perguntar, mas esqueci que compartilho o mesmo pensamento que ti, então não precisa dizer nada.))

Kazuhiko: ((Mãe...))

Kazuhiko chegaria no lugar, onde o mesmo pousaria suavemente na frente de sua antiga casa. A fachada estava desgastada, mas os traços de memória e amor ainda estavam lá. Ele hesitou por um momento, sentindo o peso das emoções que cresciam em seu peito. As palavras de Kokuei ecoavam em sua mente, mas ele as silenciou. Agora, tudo o que importava era ela, ele tirava sua metamorfose e entrava.

A porta rangeu ao abrir, revelando o interior modesto. No meio da sala, sua mãe, Masuo, estava parada. Seus olhos estavam cansados, marcados por noites sem sono e anos de sofrimento silencioso. Quando os olhos dela encontraram os de Kazuhiko, um silêncio tenso se instalou.

Kazuhiko: — Mãe...

Kazuhiko começou, a voz embargada.

Masuo não respondeu de imediato. Seus olhos analisaram cada detalhe dele, buscando vestígios do menino que uma vez segurou em seus braços. Ela finalmente falou, a voz frágil, mas firme.

Masuo: — Você desapareceu por tanto tempo... Eu pensei que tinha perdido você para sempre.

Kazuhiko sentiu o peso de cada palavra como uma faca atravessando seu coração.

Kazuhiko: — Eu queria proteger você. Eu queria ficar longe para que ninguém mais te machucasse, mas...

Ele abaixou a cabeça.

Kazuhiko: — Eu fui fraco.

Masuo deu um passo à frente.

Masuo: — Você acha que o isolamento protege alguém? Seu pai também pensava assim. Ryōshi... ele acreditava que, se se tornasse mais forte, poderia nos proteger. Ele nunca me contou até que você nasceu. Foi só então que ele revelou que estava lutando contra demônios, tudo para evitar que eles levassem mais uma família dele.

A dor em sua voz era palpável.

Masuo: — E você, Kazuhiko... você estava indo pelo mesmo caminho.

Masuo respirou fundo, os olhos cheios de lágrimas.

Masuo: — Para quê serve uma família que sempre me protege, se me deixam sozinha nesse mundo?

Essas palavras quebraram algo dentro de Kazuhiko. Ele sentiu a culpa esmagadora que o acompanhara desde sua jornada inicial florescer em desespero absoluto. Ele abriu a boca para se desculpar, mas foi interrompido.

Um clarão dourado apareceu entre os dois, e um cavalo branco imaculado emergiu das sombras. No alto dele, um homem radiante, com armadura dourada, exalando uma aura de tirania e supremacia divina. Seu sorriso era cruel.

Enoch: — Então, é aqui que está a grande fraqueza dos humanos.

Sua voz era como trovões, ressoando pela casa.

Enoch: — Você, Kazuhiko, retornou e quebrou o selo que protegia este lugar. Agora, finalmente posso agir.

Kazuhiko avançou, mas Enoch, o Tirano Dourado, estendeu a mão e, num movimento ágil, colocou Masuo sobre o cavalo. O animal desapareceu em um feixe de luz antes que Kazuhiko pudesse alcançá-lo.

Enoch: — Podemos começar?

disse Enoch com um sorriso presunçoso.

A raiva que cresceu dentro de Kazuhiko era diferente de qualquer outra que ele já sentira. Silenciosa, porém, intensa. O ar ao redor dele pareceu dobrar sob a pressão de sua aura crescente.

Kazuhiko: — Seu filho da puta.

Kazuhiko disparou para frente, desaparecendo num borrão de pura velocidade.

Enoch estaria pra desviar, mas ele notaria duas novas presenças, então ele recuava, dando alguns saltos para atrás.

Enoch: — Não gosto de visitas indesejadas.

Enoch disse com desprezo.

Após aquilo, a parede da casa explodiria ao lado deles, revelando Beelzebub e Leviathan, junto com a Miyako que tinha vindo junto.

Beelzebub: — Parece que chegamos tarde.

Kazuhiko: — Esse arrombado sequestrou minha mãe como se fosse nada, eu vou matá-lo aqui, nem que eu dê minha vida sobre isso.

Enoch apenas riria com a situação, sabendo muito bem que era ele quem está com o jogo em suas mãos.

Enoch: — Não seria tão imprudente se eu fosse você, como viu, eu estou com a sua mãe, então mesmo que por algum milagre consigam me matar, meus irmãos farão o trabalho sujo de matá-la da pior forma possível.

Kazuhiko tremia de raiva, sabendo que ele realmente tinha razão, mas ele não podia simplesmente o obedecer, até que no mesmo momento, uma aura vermelha aparecia no redor, onde incomodava até mesmo Enoch.

Enoch: — Merda, não previ que ia chegar tão rápido...!

Logo depois daquelas palavras, um homem com roupas desleixadas e seus cabelos ruivos, aparecia por cima de um cavalo vermelho, olhando diretamente pra Enoch.

Kokuei: ((Raiden!!))

Kazuhiko via que agora tinha os dois cavaleiros, mesmo com a sua raiva tremenda, ele sabia que agora estava numa situação extremamente difícil, mas Raiden parecia ignorar todos, focando em apenas Enoch.

Raiden: — Me diz, Enoch... Por quê diabos você usa um jogo tão sujo assim?

Enoch: — Meu irmão, creio que não entendeu a situação, eu apenas sequestrei a mãe dessa criança tola, assim poderemos ter uma gigantesca vantagem sobre essa guerra, não vejo porque o motivo de tanta irritação.

Raiden ficava ainda mais irritado com aquelas palavras, com o quarterão tremendo inteiro apenas com a ira de Raiden.

Raiden: — Enoch, eu não fiz a porra dessa guerra pra você estragar a minha diversão, fazendo esse tipo de táticas inúteis e inteligente, eu apenas quero lutar, então eu sugiro que devolva essa mulher imediatamente, e assim poderemos lutar sem nenhum pensamento negativo nos segurando.

Raiden agora olhava pra Kazuhiko e o esquadrão logo atrás dele, dando um breve sorriso.

Raiden: — Fico feliz em que tenha crescido desde da última guerra, mas você é tão previsível que me dá até uma pena. E espero que tenha gostado desse presentinho que te dei.

Kazuhiko: — ?! Você está falando da arma em que matei Hiroy??

Raiden não respondia, mas a resposta era clara mesmo sem ele dizer nada, seu sorriso desaparecia logo quando voltava a sua atenção em Enoch.

Raiden: — E aí, como vai ser, irmão?

Enoch estaria incrédulo sobre a situação, ele não podia voltar atrás com seu plano apenas por que Raiden não tinha gostado.

Enoch: — Tenho um acordo melhor, eu irei devolver sua mãe, mas apenas se vencer esta guerra de forma legítima, e em troca disso, eu prometo não encostar nela ou qualquer outro até o final dessa guerra.

Kazuhiko: — Você realmente espera eu acreditar nisso? É óbvio que você não teve todo esse trabalho apenas pra manté-la trancada no seu domínio. Não importa o quanto seja bom a proposta, eu sei que você joga sujo e faria qualquer coisa pra ter a vantagem sobre uma luta.

Raiden parecia concordar com o discurso de Kazuhiko, mas o interrompia um pouco antes dele falar mais alguma coisa.

Raiden: — Eu posso até concordar com essas palavras, mas creio que não posso simplesmente entregar ela agora que a capturamos, mas eu darei a minha palavra que eu a manterei segura de meu irmão, se ele quiser usar ela como chantagem, eu mesmo o matarei.

Raiden soltava um olhar frio, no entanto, Enoch não parecia ser afetado com aquela ameaça.

Kazuhiko respirava fundo, tentando controlar sua ira o máximo possível, e ele olhava seriamente pra Raiden.

Kazuhiko: — Ok, te darei esse voto de confiança... Mas isso é apenas porquê você me ajudou na guerra, se não fosse pela a sua arma, provavelmente teria morrido junto com o planeta, mas se tu descumprir sua parte... Eu matarei vocês dois.

Raiden soltava uma leve risada, dando meia volta com seu cavalo.

Raiden: — Muito bem, eu sou um homem de palavra, eu vivo pra lutar, então eu estaria me traindo se eu não cumprisse igualmente, Enoch, vamos. Ainda temos coisas pra fazer em nossos exércitos. E mais uma coisa...

Raiden olhava um pouco pra cima, pensando um pouco.

Raiden: — Já que o Senhor Kazuhiko não gosta de gente morrendo, o lugar da guerra vai ser na Antártica. Até mais, garoto.

Junto com Raiden, Enoch sumonaria seu cavalo branco e caminhava ao lado dele, olhando pra todos com desgosto.

Enoch: — Eu ainda tenho vários métodos pra te controlar Kazuhiko... Só me espere.

Assim, ambos sumiriam, e toda aquela pressão dissiparia, fazendo Kazuhiko cair de joelhos, respirando de forma pesada enquanto socava o chão, destruindo por completo.

Kazuhiko: — Merda!

Beelzebub apenas olhava a situação difícil de Kazuhiko, vendo que ele já foi explorado uma das suas grandes fraquezas, a família., Beelzebub junto com a Miyako se aproximavam dele, ambos tocando em seus ombros.

Beelzebub: — Não se preocupe, uma hora ou outra isso aconteceria, por sorte, sua mãe estará segura graças à Raiden, então devemos focar em derrotá-los.

Miyako: — Como ele disse, eu não posso ser tão forte quanto Beelzebub, mas eu ainda estarei do seu lado, até o fim dessa guerra, iremos eliminar todos esses cavaleiros e salvar sua preciosa mãe.

Kazuhiko: — ...me pergunto onde meu pai está nesse momento... Ele diz tanto em proteger minha mãe e sua família, mas ele nem esteve aqui pra impedir isso...!

Miyako: — Bem... Eu tenho uma impressão de que se ele souber disso... No mínimo, ficará triplicamente mais irritado que você, e definitivamente irá aparecer pra participar dessa guerra, vamos... Temos que formar o nosso exército que recebemos de Beelzebub, Asmodeus e Leviathan.

No inferno.

Ryōshi estava ajoelhado no solo escaldante do Inferno, sujo de sangue e coberto de feridas que não cicatrizavam por completo. Vinte dias haviam passado desde que ele desceu ao abismo, enfrentando legiões infernais. Seu corpo estava cansado, mas sua determinação, inabalável. Lúcifer surgiu diante dele, seus olhos ardendo com o brilho do Olho do Conhecimento.

Lúcifer: — Ryōshi, tenho uma má notícia para você. Sua esposa, Masuo, foi sequestrada pelo cavaleiro da Conquista Enoch.

A voz de Lúcifer era cortante e cheia de ironia.

Ryōshi congelou. O mundo pareceu girar ao seu redor.

Ryōshi: — O quê...?

sua voz era baixa, quase um sussurro, mas carregava uma tensão prestes a explodir.

Scarlett, uma demônio de pele pálida e cabelos negros como a noite, apareceu ao lado de Lúcifer, cruzando os braços e com um sorriso cruel estampado no rosto.

Scarlett: — Tão protetor, não é?

Scarlett zombou.

Scarlett: — Passou todo esse tempo querendo proteger sua família e nem estava lá quando ela mais precisou. Que hilário.

O riso dela era como facas cravadas no peito de Ryōshi. Ele cerrou os punhos com tanta força que o chão ao seu redor começou a rachar.

Ryōshi: — Eu disse... o quê?!

Sua voz agora era um trovão, ecoando pelos corredores infernais.

Lúcifer assistia com um olhar impassível, esperando a explosão.

Nesse momento, um pergaminho dourado emergiu diante de Ryōshi. Era o Pergaminho Divino, contendo a missão que ele aceitou ao descer para o Inferno: matar um quadrilhão de monstros demoníacos. Ele abriu o pergaminho, e a primeira etapa brilhou intensamente. Não só havia completado a tarefa, mas havia matado o dobro do necessário.

De repente, uma energia negra e caótica irrompeu de seu corpo. A força demoníaca dentro dele se multiplicou, e uma melhoria de potencial amaldiçoado foi concedida. Seu rosto ficou completamente coberto de sombras, como uma máscara de pura escuridão, deixando apenas os olhos vermelhos brilharem, repletos de fúria assassina.

Ryōshi encarou Lúcifer com uma intensidade avassaladora.

Ryōshi: — Foda-se essa missão. Estou indo para a Terra agora. Vou matar cada um que aparecer na minha frente. Não importa o pacto. Me dê o que for preciso. Eu preciso ir lá. Agora.

Lúcifer sorriu, o canto dos lábios se curvando com satisfação.

Lúcifer: — Muito bem, Ryōshi. Vamos ver até onde a sua ira pode te levar.

Scarlett continuava a rir ao sentir a onda de energia maligna emanando dele, sua expressão era como se estivesse prestes a explodir de emoção.

Scarlett: — É isso que eu quero ver! Exploda mais!! E Lúciferzinho, eu vou junto com ele, quero ver até onde isso vai dar!

Lúcifer voltava sua expressão, agora desinteressado, ele surgia com dois selos em suas mãos, um parecia emanar mais poder que o outro.

Lúcifer: — Estes são os últimos selos que eu tenho, um sela 50% de seu poder e potencial demoníaco, enquanto o outro... É 99%, quem vai ficar com qual?

Scarlett: — Eu com 99%! Quero ver só o caos, e se alguém vier pra cima de mim, eu matarei com facilidade!!

Ryōshi não diria nada, apenas colocando o selo de 50%, ele sentia seu poder imediatamente cortar drasticamente, mas isso não impedia de sua determinação caísse, Scarlett colocava o seu, muchando bastante, parecendo um graveto agora.

Scarlett: — Podem vir, eu vou humilhar todos e falar que foram mortos pra um bicho pau!! Hahaha, entenderam?? Por que agora sou uma vareta agora!

Lúcifer ignorava as piadas, agora olhando pra um pergaminho que iniciava o horário de ir e volta, enquanto um grande portal se formava, o que parecia tremer todo o inferno, onde o portal tinha seu próprio campo de força dimensional.

Lúcifer: — Vocês tem duas horas, um minuto depois disso e bem... perderão seus poderes confiscados para sempre, além de serem punidos. Usem bem suas horas.

Scarlett: — Eu juro... Se eu não gostar de ninguém de lá, eu matarei todos.

Ryōshi cenava com cabeça, com Scarlett agora sério, pularia diretamente no portal, Ryōshi iria logo atrás, antes dele entrar, vários flashs dele com a Masuo passava em sua cabeça, desde seu momento em que se apaixonou por essa mulher, até flashs de passar o tempo com seu filho, o que fazia sem perceber, derrubar lágrimas de seus olhos brilhantes.

Ryōshi: — Depois dessa... Preciso repensar se esse pergaminho vale a pena..e pedirei desculpa pro meu filho, e minha esposa... Esperem por mim, eu juro que quando isso passar... Eu ficarei com vocês.

Assim, Ryōshi adentrava no portal, que se fechava quase que imediatamente, Lúcifer olhava pra cima, vendo que as coisas na Terra vão sair do controle bem rápido.

Lúcifer: — Boa sorte.

Continua...