Antártica - 15:04PM
A antártica começava a fervilhar.
As chamas eternas que cobriam o campo de batalha se tornaram meras fagulhas diante do verdadeiro poder que agora colidia ali.
Raiden e Beelzebub estavam frente a frente.
Os exércitos ao redor haviam sido dizimados—não pelos inimigos, mas pelos próprios líderes.
Cada golpe, cada explosão de poder, aniquilava dezenas de guerreiros, transformando-os em cinzas antes que sequer percebessem que estavam mortos.
Raiden sorria, com os músculos pulsando e seu corpo coberto de feridas e cicatrizes recém-feitas. Ele não se sentia tão vivo em eras.
Mas algo estava errado.
Beelzebub, que sempre carregava aquele olhar vazio de um ser sem propósito, agora tinha algo diferente.
Seus olhos não brilhavam mais com a fome de um monstro irracional.
Eles brilhavam com algo mais profundo.
Vontade, vontade de viver.
E isso fez Raiden sentir um arrepio pela primeira vez.
Raiden: — Vamos acabar com isso, Beelzebub! — rugiu Raiden, avançando.
Ele golpeou com velocidade absurda, sua espada banhada pelo poder acumulado de incontáveis vitórias.
Mas então—
Beelzebub simplesmente se moveu.
E o que aconteceu a seguir foi algo além da compreensão.
O ar se distorceu ao redor dele. As pragas se manifestaram.
A Primeira Praga — O Parasita Temporal.
O tempo ao redor de Beelzebub se fragmentou, tornando impossível para Raiden prever seu próximo movimento.
Ele atacava... mas Beelzebub já não estava lá.
O tempo avançava e recuava em microsegundos, como se a existência de Beelzebub estivesse em múltiplos momentos ao mesmo tempo.
Raiden rangeu os dentes.
Raiden: — Interessante... Mas não é o suficiente!
Ele se forçou a ignorar a lógica, atacando sem hesitação.
Mas então—
A Segunda Praga — O Julgamento Carmesim.
O chão se partiu. Sangue jorrou do próprio solo, cobrindo o campo de batalha como um mar carmesim.
Raiden sentiu seu corpo ficar mais pesado.
Cada gota de sangue infernal parecia sugar sua força, drenando sua vitalidade a cada segundo que ele ficava de pé.
Raiden: — Tsc!
Raiden usou sua força para dissipar a praga por pura vontade, rasgando o próprio espaço-tempo ao redor dele.
Mas Beelzebub já estava à sua frente.
Seus olhos brilharam, e a próxima praga foi liberada.
A Terceira Praga — O Enxame da Fome.
Milhares de insetos demoníacos emergiram, devorando tudo ao redor. Não era uma simples nuvem de gafanhotos infernais.
Eles não apenas destruíam matéria—eles devoravam a própria energia.
Raiden sentiu sua força começar a desaparecer.
Seus músculos, que antes explodiam com poder, agora tremiam.
Raiden: — Maldito...
Ele rugiu, libertando uma explosão de pura energia da guerra, desintegrando os enxames, fazendo o inferno tremer com o impacto.
Beelzebub, no entanto, apenas sorriu.
Beelzebub: — Está começando a perceber, Raiden?
Raiden ofegou. Ele estava se cansando.
Pela primeira vez em milênios, ele estava se cansando.
Mas a luta não havia acabado.
A Quarta Praga — O Véu da Peste.
O ar ficou pesado.
Um miasma roxo cobriu o campo de batalha, infiltrando-se em Raiden.
Ele tentou resistir.
Mas então—
Seu corpo parou de se curar.
Seu poder, que sempre crescia exponencialmente durante a batalha, foi interrompido.
Raiden sentiu sua imortalidade ser arrancada dele.
Seus olhos se arregalaram.
Raiden: — Isso... é impossível!
Beelzebub não respondeu.
Apenas continuou.
A Quinta Praga — O Eclipse da Alma.
A luz desapareceu.
Tudo ao redor se tornou sombras e cinzas.
Raiden sentiu algo dentro dele se partir.
Como se sua própria existência estivesse sendo corroída por dentro.
Ele caiu de joelhos.
Pela primeira vez.
Beelzebub ergueu uma mão, e a Sexta Praga se manifestou.
A Praga da Ruína.
A antártica começou a desmoronar completamente, revelando o solo, separando o mar gelado.
Raiden sentiu seu corpo sendo esmagado por forças que não deveria existir.
Seu próprio conceito de força estava sendo anulado.
Ele gritou, forçando-se a se levantar.
Seu corpo estava rachado, queimando, sangrando—mas ele riu.
Raiden: — Hahaha...
Ele olhou para Beelzebub com um sorriso insano.
Raiden: — Você realmente se tornou interessante, Beelzebub... Mas...
Ele se levantou, ofegante.
Raiden: — EU AINDA NÃO PERDI!
Afinal, ainda faltava uma praga.
Beelzebub apenas suspirou.
Beelzebub: — É claro que não. Afinal, você ainda não sentiu... a última praga.
Raiden esticou os braços, preparando-se para contra-atacar.
Mas então, por fim—
A Sétima Praga foi libertada.
A Praga da Morte Infinita.
Raiden parou.
Seu corpo tremeu.
Seus olhos se arregalaram.
Algo que nunca havia acontecido antes se manifestou dentro dele.
O medo da morte.
Beelzebub avançou, seu corpo já começando a mudar novamente.
E naquele momento, Raiden soube a verdade.
Ele não poderia vencer.
Mas antes que pudesse reagir—
Beelzebub começou a evoluir novamente.
Seu corpo começou a se contorcer, se deformar.
E então, diante de seus olhos, a última forma de Beelzebub começou a emergir.
Raiden, o Cavaleiro da Guerra, ainda parado. Seu corpo não parava de tremer.
Não de medo.
Mas de algo que ele nunca havia sentido antes, seu instinto dizia pra ele fugir imediatamente daquele lugar.
Ele assistia.
Beelzebub, que antes era apenas um monstro faminto, agora estava envolto em um casulo grotesco, pulsante, feito de carne e sombras. Suas pragas fervilhavam ao redor, como uma tempestade apodrecida, crescendo, evoluindo.
Raiden rosnou, cerrando os dentes.
Raiden: — Que diabos é isso?!
Ele avançou com um corte rápido. Sua lâmina, uma espada que havia atravessado exércitos inteiros, deuses e titãs, foi interrompida pelo nada.
Seu golpe simplesmente... não existiu.
Era como tentar cortar uma sombra.
Os olhos escarlates de Raiden se arregalaram. Ele tentou outro ataque. Nada.
Outro. Nada.
Beelzebub estava intangível.
Raiden: — Tsc!
Raiden recuou, franzindo o cenho. Seu corpo ainda queimava com o poder acumulado de inúmeras guerras, mas algo estava errado.
O tempo ao redor do casulo parecia distorcido. Como se a própria realidade estivesse esperando Beelzebub terminar de evoluir.
Raiden rangeu os dentes.
Ele não podia aceitar isso.
Raiden: — ISSO É GUERRA, BEELZEBUB! VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FUGIR!
Ele atacou novamente, liberando uma explosão de energia capaz de destruir continentes inteiros—
E nada aconteceu.
A energia simplesmente se dissipou no ar.
Raiden, o guerreiro que sempre se fortaleceu em batalha, estava... impotente.
O casulo começou a trincar.
Raiden sentiu um calafrio percorrer sua espinha.
A energia que emergia daquele casulo não era de um monstro qualquer.
Era algo... antigo.
Primordial.
Então—
CRACK!
O casulo se abriu.
Algo saiu de dentro.
E Raiden, o imortal cavaleiro da Guerra, pela primeira vez em sua existência, sentiu medo.
O ser que emergiu não era mais Beelzebub, o Príncipe da Gula.
Não.
Aquilo era algo além.
Ele tinha asas finas e translúcidas, vibrando com um zumbido ensurdecedor. Seu corpo era uma mistura de inseto e sombra, constantemente se contorcendo, assumindo formas que desafiavam a lógica da existência.
Seus olhos...
Raiden sentiu sua alma ser esmagada apenas ao olhar para eles.
Eram 4000 olhos.
Cada um deles brilhando com uma cor diferente.
Cada olho... carregando uma praga única.
E então, as pragas começaram a se espalhar pelo campo de batalha.
Raiden tentou se mover.
Mas não conseguiu.
Seu corpo não obedecia.
Seu poder de evolução contínua? Bloqueado.
Seu corpo indestrutível? Corrompido.
Seu instinto de guerra? Silenciado.
Raiden, o imortal, estava diante da única coisa que poderia matá-lo.
Beelzebub sorriu, sua nova voz ecoando como um sussurro vindo do próprio abismo:
Raiden: — Você sentiu, não é? O que é estar realmente vivo.
Raiden lutava para respirar.
As pragas ao redor não o estavam atacando ativamente—mas sua simples presença anulava sua existência.
Raiden: — I-Isso... não é... possível...
Beelzebub deu um passo à frente.
Seu corpo mudava constantemente, assumindo formas que pareciam moscas, mosquitos, gafanhotos, vermes—ele era a personificação da decomposição.
Beelzebub: — Você sempre acreditou que a guerra era a única verdade do mundo.
Beelzebub se aproximou, e Raiden não conseguiu reagir.
O cavaleiro da guerra, o imortal que havia derrotado exércitos inteiros sozinho, agora não conseguia sequer levantar sua lança.
Beelzebub: — Mas agora... você entende.
Beelzebub levantou uma das mãos deformadas.
Beelzebub: — A guerra nunca foi o verdadeiro fim.
Raiden cerrou os dentes, tentando resistir.
Beelzebub olhou diretamente em seus olhos.
Beelzebub: — A verdadeira guerra... sempre foi contra o tempo.
O silêncio caiu novamente.
E então—
As pragas consumiram tudo.
O som dos trovões rasgava o céu negro como rugidos de uma fera colérica. Os relâmpagos iluminavam a paisagem devastada por apenas um instante, revelando cadáveres espalhados, construções carbonizadas e poças de sangue se misturando à lama. O cheiro de carne queimada impregnava o ar, tornando a respiração pesada e sufocante.
A guerra não tinha fim.
E ali, no meio daquele inferno, um menino de sete anos protegia sua mãe.
Ela era frágil, tão magra que parecia que os ossos poderiam perfurar sua pele a qualquer momento. Seu corpo estava coberto de cicatrizes, hematomas e queimaduras, marcas de um sofrimento que parecia nunca acabar. Antes mesmo da guerra, a doença já a consumia, drenando sua força pouco a pouco. Agora, sua respiração era rasa, seus olhos mal conseguiam se manter abertos. Ela era um fantasma ainda viva.
Raiden não se importava.
Ela era tudo que ele tinha.
Ele a alimentava com as sobras que conseguia roubar. Trazia água suja, esquentava-a com o próprio corpo nas noites mais frias, limpava suas feridas como podia. Ele fazia tudo para mantê-la viva, porque se ela morresse, ele morreria junto.
Mas os soldados não o deixavam em paz.
Soldado: — Olha só, ainda respirando?
Um dos homens chutou Raiden no estômago, seu corpo magro foi arremessado alguns metros antes de bater contra o chão enlameado. O impacto arrancou o pouco ar que havia em seus pulmões. A dor irradiou como fogo em seus ossos frágeis. Mas isso não era novidade.
Ele apanhava todo dia.
Os soldados gargalhavam, seus dentes amarelados exibidos como os de chacais famintos. Um deles cuspiu perto do rosto de Raiden.
Soldado: — Se não fosse pela sua mãe, você já estaria morto. Agradeça a ela!
Raiden queria responder. Queria dizer que não precisava da misericórdia deles.
Mas ele não podia.
Porque eles entraram na tenda.
E o inferno recomeçou.
Os gritos dela perfuraram seus ouvidos, cada um como uma lâmina enferrujada se cravando em sua alma. Ele apertou os punhos, cravando as unhas nas palmas até o sangue escorrer.
Ele queria matá-los. Mas era fraco.
Ele queria correr. Mas se ele corresse, sua mãe ficaria sozinha.
Ele só podia esperar.
Esperar e ouvir.
Anos se passaram.
A guerra não acabava.
Raiden continuava apanhando. Continuava testemunhando.
Ele perdeu a conta de quantas vezes sua mãe pediu desculpas.
— Eu sou uma inútil... — dizia ela, sua voz fraca, desmoronando sob o próprio peso.
Raiden sempre segurava sua mão.
Raiden: — Não importa. Você ainda é minha mãe. A melhor de todas.
Ela chorava.
Raiden não chorava, ele sempre pensava de forma otimista, já que ele acreditava que algum dia ela iria melhorar, que tudo ia melhorar.
Até que um dia, ela não aguentou mais.
Raiden sentiu quando sua respiração ficou mais lenta.
O som da guerra ao redor pareceu desaparecer por um instante. O mundo ficou mudo.
Mãe de Raiden: — Raiden... — sua voz era um sussurro.
Ele segurou o rosto dela com cuidado. Os olhos dela estavam vazios.
Mãe de Raiden: — Viva. Não importa como... Cresça, fique forte, você é um bom menino, meu filho... Mesmo cercado nesse mundo corrompido, você ainda permanece comigo, eu apenas tenho que te agradecer por tudo...
Raiden engoliu seco.
Raiden: — Por que está dizendo isso?
Ela apenas sorriu. Um sorriso fraco, cansado, repleto de uma ternura que fazia seu peito doer.
Mãe de Raiden: — Acho que... estou cansada. Vou dormir um pouco.
E então, ela morreu.
Raiden tentou acordá-la.
Tentou gritar. Tentou chorar.
Mas ela não respondeu.
E no dia seguinte, ele não tinha mais lágrimas para derramar.
Ele olhou para o céu com olhos vazios.
E então, os soldados voltaram.
Soldado: — Você está feio hoje, moleque. A guerra tá acabando, então talvez essa seja nossa última vez. Vamos caprichar na sua mãe!
Raiden se levantou lentamente.
O vazio em seus olhos se transformou.
Os soldados riram. Ignoraram seu olhar assassino.
Um deles chutou Raiden de lado, derrubando-o na lama.
Soldado: — Ainda acha que pode fazer algo?
Os soldados se viraram para entrar na tenda.
E então—
Raiden pulou como um animal selvagem.
Sua fúria foi solta.
Ele segurou a cabeça de um soldado e enfiou uma lâmina improvisada direto na têmpora dele.
Os outros dois não tiveram tempo de reagir.
Raiden já estava em cima do segundo, cortando sua garganta antes que ele pudesse sequer gritar.
O terceiro soldado sacou a arma.
Soldado: — Enlouqueceu, moleque?! MORRA!!
Ele atirou.
A bala perfurou o ombro de Raiden.
Ele não sentiu nada.
Só fúria.
O soldado tentou disparar novamente.
A arma falhou.
E em um segundo, Raiden já estava sobre ele.
Um único corte limpo.
O pescoço do soldado foi aberto.
O silêncio tomou conta.
O menino que agora tinha 10 anos estava coberto de sangue.
Ele olhou para o corpo de sua mãe.
Seu olhar vazio se suavizou por um momento.
Raiden: — Já volto, mamãe... Você vai acordar quando ver o papai.
E assim, ele partiu.
Ele seguiu o único endereço que sua mãe lhe deu.
Seu pai o ajudaria.
Ele era sua última esperança.
Mas quando chegou lá...
Ele ouviu gritos.
Não gritos de dor.
Mas de prazer.
O sangue em seu corpo gelou. Seus passos hesitaram.
Ele entrou na tenda, empolgado para ver seu pai.
E então, viu um homem no meio de várias mulheres.
O homem franziu a testa.
Pai de Raiden: — Quem é esse moleque?!
A esperança de Raiden morreu ali.
Seus olhos ficaram vazios novamente.
Raiden: — Ah... Você é igual àqueles soldados.
Ele não hesitou.
A lâmina brilhou sob o clarão de um relâmpago.
Seu pai não teve tempo de reagir.
Quando saiu da tenda, a chuva caiu sobre ele.
A água lavou o sangue... mas não a dor.
Raiden finalmente quebrou.
Ele caiu de joelhos.
E então—
Ele gritou.
O grito de alguém que perdeu tudo.
O grito de alguém que nasceu na guerra e só conhecia dor.
A chuva continuava a cair, misturando-se ao sangue e à lama que cobriam o corpo de Raiden. Seu grito ecoou pela noite tempestuosa, carregado de uma dor que não poderia ser medida. Ele havia matado seu próprio pai, e no fim, não sentiu nada.
A guerra o havia moldado. O garoto que um dia segurou a mão da mãe com ternura agora segurava uma lâmina encharcada de sangue. Não existia mais um destino para ele. A única coisa que restava era a batalha.
Anos se passaram. Raiden cresceu. A guerra nunca o deixou. Ele foi moldado pelo aço, pelo sangue e pelo ódio. Mas, mesmo com todo esse tempo, ele nunca conseguiu esquecer.
E agora, diante de Beelzebub, ele sentia aquele mesmo vazio novamente.
A voz da mosca ressoava com um tom que o irritava.
Beelzebub: — Você também viveu pela sua família, não foi? Lutou, sangrou, matou… Mas olhe para você agora. Está sozinho.
Raiden rangeu os dentes. Suas mãos tremiam. Ele sabia. Sabia que não poderia negar as palavras de Beelzebub.
Ele viveu pela mãe. Quando ela se foi, ele deveria ter caído. Mas continuou. Continuou porque a guerra o moldou, porque ele se recusou a ser uma vítima do destino.
Mas… para quê?
Nada do que fez a trouxe de volta.
E agora, ele estava prestes a morrer.
As pragas de Beelzebub o consumiam. Seu corpo queimava, sua pele se desfazia em feridas grotescas. Ele sentia sua força se esvaindo, sua própria essência sendo corrompida.
Até que—
Sua mão direita apodreceu por completo, e subia pelo o braço cada vez mais.
A dor foi instantânea, insuportável. Mas Raiden não gritou. Ele apenas olhou para o coto ensanguentado.
Era tarde demais para pensar naquelas palavras. Ele nunca teve uma família para proteger.
Seus olhos brilharam com algo além da dor.
Raiden agarrou sua lança com a mão restante. Seu corpo queimava, sua visão escurecia. Mas ele não iria cair sem levar Beelzebub junto.
Ele concentrou tudo. Todas as suas forças.
E então, ele avançou.
Beelzebub sorriu, pronto para desviá-lo, mas—
O ataque atravessou tudo.
Raiden sentiu a lâmina rasgar carne, osso… e até mesmo uma parte da alma.
O choque nos olhos da mosca era claro.
Beelzebub: — …?!
Ele cambaleou para trás, o corpo tremendo. As cascas de sua forma monstruosa começaram a se desfazer.
Raiden caiu de joelhos. Seu corpo não suportava mais, seus nervos e e carne exposta na pele, sua mão faltando, seu cansaço em níveis extremos.
Mas ele sorriu.
Beelzebub sentia sua transformação se dissipar, caindo para atrás, reabrindo várias feridas que antes foram ignoradas pela a transformação, ele estaria tão debilitado quanto Raiden.
Beelzebub: — Merda...
Raiden: — Você realmente foi forte... Mais forte que qualquer outro que já enfrentei, mas é o suficiente, eu venci essa batalha, e agora...
Raiden se levantava, tremendo todo o seu corpo, com a sua lança quase escapando de sua mão esquerda, erguia lentamente na direção de Beelzebub.
Raiden: É o seu fim, Beelzebub, você foi um bom guerreiro...!—
Antes de Raiden abaixar sua lança completamente em Beelzebub, uma figura instantaneamente aparecia por baixo da lâmina da lança e bloqueava com leve dificuldade.
Raiden: — Huh?! Teletransporte?
Beelzebub ficava em choque quando via quem era, a Miyako, bloqueando a lança com as suas duas lâminas gêmeas, que estavam brilhando em um tom baixo, os músculos da Miyako teriam mudado, ficando mais enrijecido e um pouco maior que o costume.
Raiden,: — Como essa mulher chegou assim, tão rápido?!
Beelzebub: — Miyako...
Miyako: — Calem a boca vocês dois, as minhas adaga fez algo estranho, começou a brilhar enquanto falava o nome de Beelzebub, e assim que eu questionei, eu aparecia aqui, então me agradeça depois por ter seguido minha arma!
Raiden: (( Essa mulher conseguiu despistar Samá aoenas com isso?! Que arma é essa?))
Miyako usava uma força que impulsionava suas lâminas para alto, quebrando a posição de ataque de Raiden. E ela ficava numa posição defensiva na frente da mosca.
Miyako: — Você fez bem mosquinha, enfraqueceu ele o bastante pra fazer algo contra ele, agora não se preocupe, vou te proteger, por enquanto.
Com aquelas palavras, algo se ativou, uma aura ainda maior saía das adagas dela, olhando pra ele com bastante seriedade.
Continua no próximo capítulo.