O Fim do Mundo

Antártica - 15:29 PM

BOOM!

Uma explosão cinética aparecia, e denteo dela, Miyako estava lutando pela a sua vida contra a morte.

Miyako: — Isso é loucura, loucura demais!

As mensagens que aparecia ao lado delas avisavam novamente sobre a consequência de fugir da batalha, mas ela estava preocupada demais para não morrer, já que cada movimento podia resultar na morte dela, mas em um momento de distração, Abaddon tava fazendo uma chuva com um líquido negro, formando numa nuvem escura que camuflava na escuridão do céu.

Miyako: — Merda, não vou conseguir esquivar...!—

Ryōshi aparecia da última hora, tocando na Miyako por um momento, e fazendo as gotas negras encostarem neles, mas nenhum efeito se ativava, Ryōshi já estando um pouco suado, redirecionava os efeitos das gotas em uma parte do mar, que assim que encostava, fazia um buraco gigante, que destruiria tudo que era molécula pela a frente.

Ryōshi: — Ufa, bem a tempo...

A morte permanecia indiferente, agora avançando diretamente até eles pra desferir seu golpe mortal com a sua foice, mas Kazuhiko impedia o movimento da cavaleira.

Kazuhiko: — Não pense em se esquecer de mim.

Abaddon recuava, o puxando para tocar na face do jovem. No entanto, Kazuhiko apenas desviava do toque da morte dela colocando sua cabeça pro lado, longe de sua mão, pegando no braço do mesmo invés disso.

Kazuhiko: — Merda...!

Kokuei: (( Está tudo bem, eu consigo retardar o efeito imediato, apenas corte seu braço fora e regenere.))

Kazuhiko fazia isso, ele brutalmente arrancava seu braço que tinha sido tocado e além disso, a usou como arma, rebatendo o braço arrancado no crânio da Morte, que logo em seguida, o braço se transformava em pó.

Miyako e Ryōshi chegavam, afastando-o dela, e Miyako enfiava rapidamente uma das adagas dentro da armadura da cavaleira e o Ryōshi desferia vários cortes nela, que novamente, não teria um efeito imediato.

Ryōshi: — Preciso acumular energia cinética, vocês dois, afastem!

Miyako puxava Kazuhiko pra longe, sobrando apenas a morte e Ryōshi, que continuava a cortar ela diversas vezes, tanto que a lâmina começava a brilhar.

Kazuhiko: — Qual foi! Eu posos facilmente continuar lutando, só preciso de um segundo pra regenerar o braço e—

Miyako coloca a mão na boca dele.

Miyako: — Cala a boca e regenera seu braço antes que eu arranque o outro.

Miyako dava uma olhada para atrás, com Ryōshi desviando perfeitamente dos golpes dela e anulando os efeitos dos toques dela.

Miyako: — Espero que ele fique bem, ele parece ser muito forte, mas não sei se minha explosão vai acertar de alguma forma meu pai

Kazuhiko se concentrava momentaneamente, misturando seus pecados novamente, graças a sua Ganância e luxúria, ele conseguia facilmente regenerar um outro braço de volta, com se fosse nova.

Kazuhiko: — O que você fez—

Antes dele terminar de perguntar à Miyako, a explosão da adaga posta anteriormente em Abaddon, explodiria, cobrindo uma área que pegava até Ryōshi.

Miyako: — Ops... Parece que é bem maior que eu imaginava.

No meio da explosão, Ryōshi conseguia anular 95% da explosão com a sua lâmina, mas queimava uma parte de seu rosto, já que ele estava perto demais, ele flutuava para longe do raio da destruição, olhando para atrás com raiva.

Ryōshi: — Tu deveria ter me dito que isso iria explodir!

Miyako: — Foi mal! Não iria dar tempo, pra te contar, e tinha que manter o elemento surpresa!

Kazuhiko olhava para os dois com uma expressão angustiada, dando um tapinha no ombro dela.

Kazuhiko: — Ei, já estou bem, pode parar de me carregar por aí.

Miyako lembrava dele e logo soltava, um pouco constrangida.

Miyako: — Ah, foi mal.

Conforme a fumaça da explosão abaixava, a figura que tava no meio permanecia quase intacta, com o único porém que a parte de cima de sua armadura estava destruída. Dando pra ver claramente o exoesqueleto da Morte.

Abaddon: — ...

Kazuhiko: — Como imaginei... Não iremos conseguir matar ela da forma convencional... Temos que pensar em algo..

Kokuei dava uma leve risada no subconsciente de Kazuhiko, mas ficando com um tom sério logo em seguida.

Kokuei: (( A morte é um conceito que existe juntamente com a vida, enquanto existir vida nesse universo, haverá morte, não dá para "matar" ela, apenas retardar ou a jogar em algum lugar longe o bastante pra esquecer a intenção da morte contra vocês. ))

Kazuhiko processava as palavras de Kokuei enquanto observava Abaddon. O exoesqueleto da Morte era uma visão perturbadora - ossos negros que pareciam absorver a própria luz, entrelaçados com uma energia antiga e inevitável.

Ryōshi pousou ao lado deles, sua lâmina ainda brilhando com energia acumulada.

Ryōshi: — Então é isso que existe sob a armadura da Morte...

Abaddon permanecia imóvel, mas o ar ao seu redor começou a distorcer. Pequenos fragmentos de realidade se desprendiam e desapareciam ao tocá-la, como se sua mera presença fosse incompatível com a existência.

Miyako: — Se não podemos matá-la, o que fazemos?

ALERTA: EVOLUÇÃO COMPLETA ATINGIDA. MODO UNIVERSAL ATIVADO.

As adagas de Miyako começaram a pulsar com uma energia cósmica ainda mais intensa. Constelações inteiras pareciam dançar em suas lâminas.

Kazuhiko: — Pai, você consegue criar uma abertura?

Ryōshi entendeu imediatamente. Ele girou sua espada uma vez, e o espaço ao redor começou a se fragmentar em padrões geométricos impossíveis.

Ryōshi: — Posso dar a vocês três segundos. Não desperdicem.

Abaddon finalmente se moveu. Sua foice cortou o ar em um arco perfeito, e onde a lâmina passou, a própria realidade foi dividida. Um vácuo negro se formou, sugando tudo ao seu redor.

Mas Ryōshi estava pronto.

Com um único movimento, ele ativou todos os cortes que havia feito anteriormente no espaço. Dezenas de fendas dimensionais se abriram simultaneamente, criando um labirinto de realidades fragmentadas.

Ryōshi: — AGORA!

Miyako e Kazuhiko avançaram em sincronia perfeita.

Kazuhiko ativou todos seus pecados de uma vez - Gula, Inveja, Luxúria e Ganância se misturaram em seu corpo, criando uma aura dourada que distorcia a própria luz.

Miyako, por sua vez, canalizou todo o poder universal de suas adagas. O tempo e o espaço se dobraram ao seu comando.

Abaddon tentou reagir, mas estava presa no labirinto dimensional de Ryōshi. Por três preciosos segundos, ela não podia se mover livremente.

Foi tudo que eles precisavam.

Continuação:

Enquanto Kazuhiko e Miyako avançavam contra Abaddon, o céu escuro era cortado por relâmpagos vermelhos.

Raiden, em seu Avatar de Guerra, enfrentava a forma monstruosa de Beelzebub. O demônio-mosca havia crescido para um tamanho colossal, suas asas criando tempestades de pragas a cada batida.

Raiden: — HAHAHA! ISSO! ASSIM QUE EU GOSTO!

Ele concentrava a energia no cotoco dele, enquanto firmava seu punho na sua lança, carregado com eletricidade divina, colidiu contra as mandíbulas quitinosas de Beelzebub. O impacto gerou uma onda de choque que fez o próprio ar sangrar.

Beelzebub: — BZZZZ Você continua impressionante como sempre, Raiden! Parece que a falta de uma mão não lhe fez falta.

Raiden: — Mesmo se eu fosse apenas a minha cabeça, eu estaria lutando contigo até você morrer, Beelzebub!!

A voz do demônio agora era um zumbido distorcido, suas múltiplas faces de inseto refletindo a luz dos relâmpagos. Suas garras, afiadas como navalhas interdimensionais, cortavam através do próprio tecido da realidade, Enquanto Raiden i.

Do outro lado do campo de batalha, Asmodeus continuava sua dança mortal com Samá.

Asmodeus: — Sabe, você realmente precisa relaxar um pouco! — ele desviou de mais um golpe flamejante com uma pirueta elegante. — Que tal conversarmos sobre seus problemas?

Samá: — CALA A BOCA E LUTA DIREITO!

As chamas divinas que saíam da adaga de Samá transformavam o gelo em vapor instantaneamente, mas Asmodeus se movia como água, impossível de segurar ou atingir.

Asmodeus: — Tsc, tsc. Tanta raiva contida... — suas três cabeças falaram em harmonia perfeita. — Deixa eu te mostrar como se faz!

Em um movimento fluido, Asmodeus finalmente contra-atacou. Suas mãos tocaram levemente o peito de Samá, e uma onda de energia caótica explodiu entre eles.

Samá: — ARGH!!

Enquanto o caos continuava, Kazuhiko e Miyako atingiram Abaddon simultaneamente. As adagas universais de Miyako perfuraram o exoesqueleto da Morte em pontos impossíveis, criando fissuras na própria conceptualização do fim. Ao mesmo tempo, Kazuhiko, usando sua Gula amplificada, começou a devorar não a Morte em si, mas sua influência imediata sobre a realidade.

Abaddon: — ...Interessante.

Era a primeira palavra que ela pronunciava desde sua transformação. Sua voz não era mais um som, mas uma ausência de existência que formava palavras.

Ryōshi mantinha as fendas dimensionais abertas, mas seu rosto mostrava o esforço imenso que isso exigia.

Ryōshi: — Não vão conseguir segurá-la por muito tempo!

Nesse momento, um rugido ensurdecedor cortou o céu. Leviathan, que observava a batalha, finalmente decidiu intervir. Sua forma serpentina bloqueou a pouca luz que restava, e sua boca se abriu como um abismo vivo.

Leviathan: — RAAAAAAAAAWR!

O mar abaixo dele começou a ferver, e uma energia primordial, mais antiga que a própria morte, começou a se manifestar.

Na cabana destruída, João continuava sua contagem regressiva, mas agora um sorriso inquietante se formava em seus lábios.

João: — Oito minutos...

Scarlet mastigava sua pipoca ruidosamente, seus olhos brilhando com excitação pura.

Scarlet: — Oh? Parece que a cobra grandona finalmente vai mostrar do que é capaz! Isso vai ser INCRÍVEL!

O céu negro começou a rachar, como se a própria realidade estivesse chegando ao seu limite.

O rugido de Leviathan fez o próprio tempo tremer. A serpente primordial, aquela que existia antes mesmo da morte ter um conceito, ergueu-se em toda sua glória terrível.

Leviathan: — EU... LEMBRO...

Sua voz sacudiu as placas tectônicas. Memórias ancestrais fluíam através dele - o tempo antes do tempo, quando ele nadava em águas que precediam a própria existência.

Abaddon sentiu, pela primeira vez, algo diferente. Não era medo - a Morte não teme. Era... reconhecimento.

Miyako e Kazuhiko foram forçados a recuar quando uma onda de poder primordial varreu o campo de batalha. As adagas universais de Miyako vibraram em ressonância com algo além da compreensão.

ALERTA: ENERGIA PRIMORDIAL DETECTADA. INICIANDO SINCRONIZAÇÃO COM PODER PRÉ-EXISTENCIAL.

Kazuhiko: — Que energia é essa?! — ele gritou, sentindo seus pecados reagirem violentamente à presença de Leviathan.

Kokuei: ((Isso... isso é anterior a tudo que conhecemos. Faz um bom tempo desde que eu pude rever esse tipo de acontecimento.))

No outro extremo do campo...

Beelzebub e Raiden pararam sua batalha momentaneamente, ambos sentindo o peso da presença de Leviathan.

Beelzebub: — BZZZZ Impossível... ele está recuperando sua forma original?!

Raiden sorriu, sangue escorrendo de seu rosto.

Raiden: — FINALMENTE! ALGO REALMENTE INTERESSANTE, É PRA ISSO QUE EU TESTEMUNHO A GUERRA, É PRA SENTIR ESSA ENERGIA!

O Avatar de Guerra em torno dele rugiu em resposta ao poder de Leviathan, suas formas se distorcendo com excitação pura.

Asmodeus parou de dançar, suas três cabeças voltadas para o céu.

Asmodeus: — Oh... isso é... inesperado.

Samá: — O que está acontecendo?!

Asmodeus: — Digamos que... estamos prestes a ver algo que não deveria mais existir.

O corpo de Leviathan começou a mudar. Suas escamas não refletiam mais luz - elas refletiam a ausência de tudo. Seu tamanho ultrapassou a compreensão física, cada movimento seu distorcendo as próprias leis da realidade.

Ryōshi: — Precisamos agir agora! — ele gritou. — Seja lá o que Leviathan está fazendo, está rasgando o próprio tecido do universo!

João: — Sete minutos...

Sua voz ecoou como um decreto divino. Mais rachaduras apareceram no céu negro, mas agora... algo branco começava a vazar através delas.

Scarlet deixou cair seu balde de pipoca, seus olhos esquelético arregalados em fascinação pura.

Scarlet: — Então é isso! A grande conclusão está chegando! — ele pegou sua guitarra. — Preciso de um acompanhamento musical para este momento!

As cordas da guitarra Ômega vibraram, e cada nota parecia perfurar a própria realidade.

Abaddon ergueu sua foice, energia mortal pura condensando-se ao seu redor.

Abaddon: — Então... este é o poder que selou os mares primordiais, eu questiono se a presença da Morte causou tal coisa...

Leviathan abriu suas mandíbulas impossivelmente largas, e dentro de sua boca... havia um universo inteiro, negro e vazio, anterior à própria criação.

Leviathan: — ANTES DA MORTE... EU ERA.

Kazuhiko sentiu algo pulsar dentro dele. Todos os seus pecados reagiram simultaneamente, como se reconhecessem algo fundamental.

Kokuei: ((Kazuhiko... precisamos agir agora. O que está por vir... não é algo que possamos simplesmente observar.))

Miyako apertou suas adagas com força, sentindo-as ressoar com o poder universal que agora permeava todo o campo de batalha.

AVISO FINAL: SINCRONIZAÇÃO COMPLETA. MODO PRIMORDIAL DESBLOQUEADO. TODAS AS RESTRIÇÕES REMOVIDAS, PRIORIDADE MÁXIMA: KAZUHIKO SHOGO E SEUS ALIADOS!

Suas lâminas começaram a brilhar com cores que não deveriam existir.

Miyako: — Kazuhiko... — ela chamou, sua voz tremendo levemente. — Seja lá o que formos fazer... tem que ser agora, mas não se preocupe, eu vou proteger essa sua bunda.

O céu continuava a rachar, o branco vazando cada vez mais através das fissuras negras.

João: — Seis minutos...

Seu sorriso agora era absoluto, seus olhos repletos de pupilas girando em padrões impossíveis.

João: — O Cordeiro... está chegando.

O Fim do Mundo

O poder de Leviathan distorceu toda a realidade ao seu redor. Sua boca, um portal para o vazio primordial, começou a sugar a própria escuridão do céu.

Abaddon reagiu instantaneamente, sua foice cortando em direção à serpente ancestral. Mas pela primeira vez, seu poder sobre a morte encontrou resistência - não se pode matar algo que existia antes da própria morte.

Kazuhiko e Miyako se moveram em sincronia perfeita. As adagas dela, agora pulsando com energia primordial, cortavam através das próprias leis da física. Kazuhiko, canalizando todos seus pecados simultaneamente, sentia seu corpo transcender os limites mortais.

Kokuei: ((AGORA! Use tudo que tem!))

Kazuhiko: — AAAAAAHHH!

Sua aura dourada explodiu, mesclando-se com o poder universal das adagas de Miyako. O impacto atingiu Abaddon como uma supernova concentrada.

No céu, Raiden e Beelzebub dançavam sua dança mortal.

Raiden: — MAIS! EU QUERO MAIS!

Seu Avatar de Guerra rugia, cada golpe carregando a força de mil batalhas. Beelzebub, em sua forma monstruosa, cobria o ar com pragas que devoravam a própria realidade.

Beelzebub: — *BZZZZZZ* ENTÃO MORRA COM HONRA!

As asas do demônio-mosca geraram tornados de destruição, enquanto suas garras interdimensionais rasgavam o próprio tecido do espaço-tempo.

Asmodeus finalmente parou de brincar com Samá.

Asmodeus: — Sabe... acho que é hora de mostrar por que me chamam de Príncipe do Caos.

Suas três cabeças sorriram simultaneamente, e então... ele começou a cantar. Não era uma música normal - era uma melodia que não deveria existir, notas que faziam a realidade sangrar.

Samá sentiu seu corpo reagir involuntariamente, como se cada átomo seu quisesse dançar ao ritmo impossível de Asmodeus.

E então...

CRACK!

O primeiro raio de luz branca cortou o céu negro como uma lâmina divina.

João: — Cinco minutos...

Mais fissuras começaram a aparecer, vazando uma luz tão pura que queimava a própria escuridão. O ar começou a vibrar com uma frequência impossível.

Scarlet tocou um acorde em sua guitarra Ômega que parecia responder às rachaduras no céu.

Scarlet: — A cortina está se abrindo! O grande final está chegando!

Leviathan rugiu novamente, mas desta vez... havia medo em sua voz ancestral.

Leviathan: — ELE... VEM...

A luz branca começou a pulsar através das fissuras com mais intensidade. Cada pulso fazia a realidade tremer, como se o próprio universo estivesse sendo reescrito.

Ryōshi: — TODOS! RECUEM!

Mas era tarde demais.

Com um som que transcendia a compreensão humana, o céu negro finalmente cedeu. Uma explosão de luz branca pura, mais antiga que a própria existência, mais poderosa que qualquer conceito de poder, irrompeu através das rachaduras.

O continente polar começou a se desintegrar - não em gelo ou água, mas em pura energia primordial. A luz branca não destruía... ela simplesmente negava a existência de tudo que tocava.

Kazuhiko viu seu pai tentando cortar através da luz, mas tudo que ele podia fazer é aguentar aquilo, usando toda a sua energia na sua Calamidade cinética para negar qualquer coisa.

Leviathan olhava para seus amigos, e num pequeno momento de consciência, ativou sua proteção primordial com aqueles que estavam por perto, pegando no Kazuhiko, Miyako e Beelzebub.

Miyako gritou quando suas adagas começaram a ressoar em frequências impossíveis.

ALERTA CRÍTICO: PODER DETECTADO ALÉM DE QUALQUER ESCALA CONHECIDA. PROTOCOLO DE SOBREVIVÊNCIA ATIVADO.

Abaddon, a própria Morte, parecia pequena diante da luz que agora consumia tudo.

Abaddon: — Huh... Então é isso... Que seja.

A morte era consumida pela a explosão, e Asmodeus vendo um pouco de longe, veria a gravidade da situação.

A luz branca continuava a consumir tudo, e em meio ao caos absoluto, Asmodeus arregalou seus olhos, todas suas três cabeças voltando-se na mesma direção, lembrando da única pessoa que estava indefesa naquele momento:

Asmodeus: — RAFAEL!

O príncipe do caos se virou para Samá, suas faces normalmente brincalhonas agora sérias.

Asmodeus: — Escuta bem, garoto. Se você quer sobreviver ao que está por vir... esqueça seu orgulho. Esqueça sua honra. Apenas... sobreviva.

Antes que Samá pudesse responder, Asmodeus desapareceu em um borrão de movimento. Ele se movia mais rápido do que jamais havia demonstrado antes, sua forma atravessando o campo de batalha como um cometa caótico.

Rafael ainda estava inconsciente, vulnerável, a luz branca se aproximando dele inexoravelmente.

Asmodeus: — Nem pense nisso!

Ele alcançou o corpo do arcanjo no último segundo possível. Suas três cabeças começaram a cantar simultaneamente, criando uma barreira de pura energia caótica ao redor deles.

A luz branca encontrou a barreira, e por um momento... hesitou.

Asmodeus abraçou Rafael protetivamente, suas vozes mantendo a melodia impossível que os separava da aniquilação total.

Asmodeus: — Você não vai morrer hoje, meu amigo. Não depois de tudo que passamos. Sua voz ainda tem que se espalhar pra todos!

A morte era consumida pela explosão, seu corpo conceitual se desfazendo diante do poder primordial. Abaddon, pela primeira vez desde sua transformação, demonstrou algo próximo a emoção - surpresa.

Abaddon: — Então... este é o fim... Mas não morrerei facilmente.

Seu corpo se dissolveu na luz, não como morte, mas como existência pura sendo reescrita, porém, ela usava todas as suas forças pr que ela não fosse completamente aniquilada da existência.

João: — Quatro minutos...

A voz do apóstolo ecoava cada vez mais alta, como se cada palavra fosse uma sentença final para a realidade como a conheciam.

A luz continuava a avançar, implacável, divina, absoluta.

João virou seu rosto em direção a Scarlet, suas pupilas infinitas finalmente focando no Príncipe do Caos que ainda segurava sua guitarra.

João: — Um minuto.

Scarlet continuava sorrindo, mas havia algo diferente em seus olhos esqueléticos - não medo, mas uma compreensão profunda do que estava por vir.

Scarlet: — Sabe... — ele dedilhou suavemente as cordas da guitarra Ômega — Eu sempre me perguntei como seria o verdadeiro fim.

A luz branca se aproximava deles, consumindo tudo em seu caminho. O próprio ar parecia cantar com uma harmonia divina e terrível.

João: — Você ainda pode fugir.

Scarlet riu, um som que ecoou contra a sinfonia do apocalipse.

Scarlet: — Fugir? E perder o maior show de todos os tempos?

Ele se levantou, sua forma esquelética projetando uma sombra impossível contra a luz que devorava a realidade.

Scarlet: — Além disso... — ele posicionou os dedos nas cordas — Todo grande final merece uma última música.

João fechou seus olhos repletos de pupilas, um sorriso sereno em seu rosto.

João: — Trinta segundos.

Scarlet começou a tocar. As cordas da guitarra Ômega vibraram com uma energia que rivalizava com a própria luz divina. Cada nota era um desafio à destruição que se aproximava, cada acorde uma celebração do caos absoluto.

A luz estava quase sobre eles.

João: — Dez segundos.

Scarlet tocava mais alto, sua música uma última demonstração de rebeldia contra o inevitável.

João: — Cinco.

A luz os alcançou.

João: — Um.

Scarlet sorriu uma última vez antes de ser atingido, suas notas finais se misturando com a pureza absoluta que os envolvia.

Scarlet: — Foi um inferno de um show!

E então, a luz consumiu tudo.

O branco absoluto.

O silêncio final.

O fim havia chegado.

2 capítulos restantes.