Daryn e Caleb Silver estavam sentados em uma reunião com quinze Vice-Presidentes e oito Diretores Executivos de suas várias empresas na sala de reuniões no vigésimo nono andar. Caleb estava envolvido na gestão de empresas localizadas no exterior. Por essa razão, ele viajava pelo mundo quase vinte dias do mês. Quando estava no país, ele geralmente acompanhava seu irmão. Seu escritório ficava no mesmo prédio, mas na Ala Norte.
Uma batida suave na porta os interrompeu. Daryn estava se dirigindo ao grupo. Ele olhou para a porta por um momento e depois continuou a falar com os homens.
"Senhores, no novo cenário, demitiremos os que obtiverem nota 'B' em avaliações de desempenho por dois anos consecutivos. Eu não vou tolerar qualquer atraso. Vocês identificarão as pessoas sob sua responsabilidade que receberam essas notas e manterão uma vigilância próxima sobre elas."
Reyna levantou-se de sua cadeira e abriu a porta.
Reyna não era exatamente sua secretária, mas cuidava das necessidades diárias de seu escritório. Seu principal secretário era Neal Perry, seu primo, que tinha vinte e oito anos. Ele não era apenas o secretário de Daryn, mas também sua mão direita. Disseram que ele era habilidoso em Jiu-Jitsu, Taekwondo, e era um espadachim habilidoso, além de ser graduado por uma faculdade da Ivy League. Ele era extremamente próximo de Daryn e havia rumores de que Neal foi salvo por Daryn em um ataque letal. Desde então, ele dedicou sua vida a seu primo.
Se os três irmãos fossem colocados lado a lado, suas características marcantes eram bastante semelhantes, exceto que o cabelo de Neal estava desaparecendo rapidamente.
Neal olhou para a porta com uma face dura como pedra. Ele odiava a interrupção.
Reyna coletou um documento da equipe e voltou. Ela entregou-o a Neal.
Uma carranca apareceu em sua testa larga. Sua linha de cabelo recuando avançou um pouco enquanto seus olhos negros liam o conteúdo do documento. Ele entregou o papel a Daryn, que o colocou na mesa. A reunião acabou na próxima hora e a primeira coisa que Daryn fez foi ver o documento.
Era um relatório sobre sua Empresa, "A Corporação Mink", que foi publicado em um Jornal Financeiro Britânico. Seus olhos ficaram frios e duros e toda a persona mudou para uma intimidadora. Seu rosto se apertou enquanto ele encarava o relatório. Ele o leu novamente.
"Quem escreveu esta coisa absurda?" ele perguntou em um tom profundo e rouco. Não havia nome dado, apenas "–De Anônimo" estava impresso na parte inferior.
"Vou ter que descobrir isso," respondeu Neal. "Como isso veio de um Jornal Britânico, obviamente foi publicado na Inglaterra."
Daryn revirou os olhos diante da dedução de Neal. "Espero uma afirmação melhor de você," ele respondeu, rangendo os dentes. Um músculo estremeceu em sua mandíbula, "Você quer ir lá e descobrir sobre isso?"
"Sim," veio uma resposta monótona e fria.
Sem olhá-lo, ele releu o relatório. "Isso não foi escrito recentemente. Isso foi escrito há um ano. Apenas olhe para os dados utilizados," ele disse apontando para o gráfico e os números apresentados no papel.
"Eu sei," veio outra resposta incisiva.
Daryn continuou, "Tente descobrir quem escreveu este relatório. Tire isso da Internet o mais rápido possível. E se você não conseguir fazer isso, vá lá. Encontre a pessoa que o escreveu. Ameaçá-los a retirá-lo. Estamos na Etapa Dois da expansão desta empresa. Você sabe que estamos planejando outra emissão de direitos. Se isso se tornar viral, a confiança dos acionistas vai cair."
"Devemos ignorá-lo," sugeriu Neal.
Daryn fez uma careta, "Este é o primeiro relatório negativo que vi sobre 'A Corporação Mink'. Quero saber quem o escreveu." Ele respirou fundo ao ver o "De Anônimo" novamente. "E não, eu não vou ignorá-lo."
Neal assentiu e saiu.
A pequena informação de uma página havia plantado sementes de dúvida sobre seu empreendimento. Isso o irritou. Como poderia evitá-lo? Ele precisava saber quem teve a ousadia de analisar a empresa quando ela havia acabado de lançar o primeiro lote de ações. Ou precisamente, quem era esse analista? Se ele encontrasse o analista, ele o empregaria imediatamente. Ele leu o relatório repetidamente até memorizar cada número nele. Foi uma dedução interessante.
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O Professor de Finanças, Dr. McElroy, estava sentado em seu escritório quando Dawn entrou em sua sala como uma tempestade.
Ela estava sentada na biblioteca e lendo o último número do Jornal de Finanças Britânico, quando deparou-se com o relatório que havia submetido como sua tarefa no ano passado. Seus olhos se arregalaram. Ela ficou horrorizada. Este era o seu trabalho e, sem sequer pedir a ela, foi publicado. Não que ela se importasse, mas isso não lhe dava créditos. Quão imprudente? Isso era simplesmente inaceitável. A única pessoa que tinha acesso à sua pesquisa era o Professor McElroy. Recolhendo seus pertences, Dawn se levantou de lá e seguiu para a sala dele.
Dr. McElroy estava verificando a pesquisa de doutorado de alguém. A intrusão repentina o surpreendeu. Ele ergueu as sobrancelhas quando olhou para Dawn Wyatt. Tirando os óculos dos olhos, ele disse, "O que você quer, Senhorita Dawn?" ele sorriu.
"Boa tarde, Senhor," ela disse em voz alta. Sua raiva e impaciência eram evidentes. "Percebi que minha pesquisa foi publicada no jornal britânico. No entanto, meu nome não está lá. Por que não fui creditada por isso?"
O Professor McElroy enfiou a língua na bochecha. Ele estava acostumado com esses jovens super ambiciosos, rudes e inteligentes. Ele inclinou a cabeça e disse, "Quantos anos você tem? Dezenove? Vinte?"
"Vou fazer vinte em dois meses," ela respondeu, sem entender o que ele queria dizer.
"Você acha que se eu tivesse enviado este relatório em seu nome, o jornal teria aceitado? Os editores teriam jogado no lixo. Eles têm centenas de estudantes aspirantes de dezenove anos que continuam enviando-lhes esse tipo de trabalho. Você acha que eles atenderiam a todos? Este relatório foi publicado porque carregava o meu nome. Você deveria estar contente que eu até mesmo o preservei por tanto tempo," disse o Professor em um tom incisivo. Ele mostrou a ela o lugar que merecia.
Dawn ficou boquiaberta com a demonstração flagrante de desonestidade e engano. Esse era seu trabalho. Ela havia passado cinco noites pesquisando para ele. Como ele poderia simplesmente pegar seu trabalho e alegar que era dele? Isso era roubo em sua forma mais flagrante, como os piratas no mar. E se ele o roubou, por que não colocou seu nome nele? Ela lançou um olhar fulminante para ele e perguntou, "Mas isso não tem seu nome escrito. Se você queria reivindicá-lo como seu, por que não publicou seu nome abaixo dele?"
O Professor colocou os óculos e debochou, "Isso não é da sua conta." Ele continuou a verificar os papéis à sua frente. "Você pode ir. Feche a porta ao sair."
Vendo um beco sem saída para as conversas, Dawn deixou a sala e bateu a porta atrás de si. Ela ficou do lado de fora suspirando pesadamente enquanto seus punhos se cerravam. Uma expressão tensa e carregada de tensão preencheu seu rosto. Seu estômago revirou. Isso não estava certo. Ela saiu do bloco com a conversa se repetindo em sua mente repetidamente.
Dentro da sala, o Professor exalou. Aquela era uma grande empresa que havia sido alvo. Se isso se tornasse viral, duas coisas poderiam acontecer:
Primeiro, a empresa poderia vir em busca da pessoa que a analisou, principalmente porque não havia uma única pessoa que tivesse dito algo negativo sobre ela. Então ele esperava que isso atraísse a atenção certa. Como ele havia salvo a pesquisa e até mesmo a memorizado bem, esperava que a empresa viesse até ele e perguntasse como sair da situação. E então ele cobraria uma quantia alta por consultoria.
Em segundo lugar, se a empresa ignorasse isso, em um estágio posterior ele publicaria a segunda parte do artigo de pesquisa com seu nome nele. Isso lhe daria toda a fama que ele sonhava há muito tempo.
E se Dawn Wyatt tentasse atrapalhar seu plano, ele simplesmente a reprovaria no semestre. Um sorriso largo se espalhou por seus lábios. Seu plano era perfeito.