๑ ⋆˚₊⋆────ʚ Thalia ɞ────⋆˚₊⋆ ๑
Uma santa sem ambições.
Confesso que as reações dele foram bem estranhas em relação a essa tal mulher que ele mencionou. Se ele gostava tanto dela, por quê a matou? o motivo que ele deu foi muito sem sentido. Começo a sentir que tem algo que está escondido e eu preciso entender o quê.
A reação suspeita dele foi quando eu mencionei a santa que ele falou e a mulher que ele me comparou, será que...Elas podem ser a mesma pessoa? Mas é meio impossível ter existido outra santa antes de mim, o império Celestia passou 20 anos sem uma santa. A última santa morreu bem antes de Zeus ter nascido, pelo menos é o que os registros da igreja dizem.
Lembro-me que já estudei sobre as santas das antigas gerações, a última santa que existiu foi a Santa Edwiges. Santa Edwiges. Seu nome era sinônimo de pureza e milagres, um ícone de santidade.
Ela ressuscitou o imperador Rubens, pai de Zeus, que nasceu morto, transformando-se em uma lenda viva antes de falecer de causas naturais no ano 567. Mas há algo estranho nisso.
A história sempre foi contada como uma lição, quase como uma maldição: ela morreu porque o povo desobedeceu a Deus. Algo parece fora do lugar. Preciso ir à igreja. As respostas estão lá.
Eu estou curiosa agora, preciso saber de que santa, Zeus está falando. Para poder descobrir isso preciso ter permissão para ir até a igreja, com certeza terei respostas lá.
Mas infelizmente não posso sair do palácio por causa do nosso noivado. Eu apenas poderia sair se Zeus tivesse um motivo para me expulsar do palácio, mas como farei ele tomar essa atitude?
Antes que pudesse mergulhar ainda mais nesses pensamentos, fui interrompida por uma voz familiar.
- Vossa Santidade? - Uma voz familiar me chama, conhecia essa voz pois já tinha ouvido ela 3 vezes.
- Senhorita Rosalinde. - Respondo com neutralidade.
Annaelise aparece atrás de mim com várias mulheres ao seu lado, todas parecem ser suas empregadas. Ela está usando um combinando tons de rosa e branco com detalhes ricos e ornamentados. O vestido possui um decote ombro a ombro adornado com rendas florais delicadas, além de um broche oval central com uma pedra azul cercada por acabamentos prateados.
As mangas são curtas e bufantes, feitas em rosa claro com acabamento em rendas brancas, contribuindo para o ar romântico da vestimenta. A cintura é marcada por uma faixa detalhada, também decorada com rendas finas.
A saia é volumosa e composta por várias camadas, incluindo uma camada superior rosa claro com padrões decorativos translúcidos e babados brancos adornados com rendas ornamentais. Para completar o visual, o vestido apresenta laços laterais em rosa escuro e branco, cada um decorado com broches semelhantes ao do decote. O uso de materiais delicados e os detalhes intrincados tornam essa peça elegante.
- É um prazer poder encontrá-la novamente, Vossa Santidade. - Ela esboça um sorriso caloroso e delicado, qualquer um poderia se apaixonar por um sorriso desse.
- Digo o mesmo senhorita Rosalinde. - Respondo de uma maneira agradável.
- Oh, não precisa me chamar pelo nome de meu pai. - Antes que pudesse recusar, ela segurou minha mão, um gesto que parecia mais possessivo do que amigável. - Pode me chamar pelo meu nome.
- Eu prefiro chamar por titu- - Annaelise me interrompe rapidamente segurando a minha mão.
- Será que posso chamar você pelo nome? Eu adoraria proferir o seu nome! - Sua expressão carrega tamanha beleza e adoração. - O nome de vossa santidade é tão lindo e romântico...
- Queria que o meu nome fosse tão romântico como o nome Thalia!
Meu nome não é nada romântico, ganhei este nome de prostitutas de um bordel. Algumas pessoas que eram contra a minha posse de santa, sempre zombaram do meu nome por causa disso. Diziam que o meu nome era vulgar igual as prostitutas que conviveram comigo na infância.
- Agradeço pelo elogio, senhorita Rosalinde. - Retirei minha mão da dela com calma, tentando não demonstrar o incômodo.
- Ah, perdoe-me se fui imprópria. - Ela recuou com um semblante de arrependimento cuidadosamente calculado.
As mulheres que estavam atrás dela desaprovam a minha atitude e começam a cochichar, mas uma vez tenho que ouvir palavras rudes por causa do meu poder.
- Bem, eu posso me sentar para tomar um chá com vossa santidade? - Perguntou, com o tom de quem já sabia que seria aceita.
- Sinta-se à vontade, senhorita Rosalinde. - Respondo de forma neutra.
Enquanto nos acomodamos, ela começou a lançar perguntas triviais, mas eu sabia que por trás de cada uma havia algo mais profundo. Quando mencionou o imperador, percebi o brilho em seus olhos. Ela sabia exatamente o que estava fazendo.
- Ah, agora que percebo! Eu acabei esquecendo o meu guarda-sol fora do domo! - Annaelise diz desesperadamente.
- Será que alguma de vocês poderia pegar? - Seu olhar aponta para as empregadas.
Após as palavras de Annaelise a maioria das empregadas foram atrás de seu guarda-sol, porém, não precisam de tantas pessoas para ir atrás de um único guarda-sol. Isso me soou estranho, mas apenas ignorei.
- Parece que hoje o imperador desejou tomar café com você, é verdade? - Ela olha fixamente para mim enquanto uma de suas empregadas coloca chá em seu xícara.
- Sim, estávamos apenas falando de assuntos políticos. - Respondo tentando ignorar a sua curiosidade.
- Que ótimo, eu também adoraria dominar assuntos políticos! - Ela diz empolgada.
- São assuntos entediantes para uma jovem como você. - Murmuro.
- Mas eu adoraria aprender! Porém meu pai diz que esse assunto é somente para os homens lidarem. - Ela comenta com um semblante triste. - Queria ter a mesma oportunidade de estudar assuntos políticos como você, Santa!
- Você sabe sobre assuntos políticos desde pequena, certo?
- Sim, em minha formação tanto de santa como de Imperatriz é necessário ter noção de assuntos políticos. - Respondo enquanto tomo chá.
- Senhorita Annaelise. - Uma empregada se aproxima dela para falar algo.
Parece ser algo de extrema importância pois sou impedida de ouvir o que seria o problema, a empregada termina de falar no ouvido de Annaelise e sai com o resto das mulheres.
- O que aconteceu? - Pergunto com curiosidade.
- Não é nada demais, elas apenas voltaram para o meu palácio para ajudar já faxina. - Ela sorriu docemente.
- É uma pena, mulheres só podem entrar nesses assuntos de homens se tiverem cargos mais altos, às vezes acho isso meio injusto.
- Mas, creio que poderei possuir um.
- Possui um? - Fico confusa.
- Sabe, o imperador gosta muito de mim, quem sabe ele queira me dar um desses cargos.
Agora que percebo, começo a entender as suas intenções verdadeiras. Estamos sozinhas e sem ninguém ao nosso redor, somente eu e...a amante do imperador.
Bem, parece que eu caí em uma armadilha que foi feita especial para mim. Provavelmente isso vai dar um grande problema depois, mas sinceramente eu desejo ser expulsa do palácio de qualquer forma.
Isso também, porém quando penso melhor concluo que isso pode ser uma oportunidade para sair do palácio! Se eu for expulsa poderei voltar para igreja e descobrir o que preciso.
Obviamente, Zeus não pode me manter expulsa do palácio por tanto tempo pelo fato de eu ser sua noiva, mas se eu puder sair pelo menos um pouco irá ser um benefício e tanto.
Agradeço pela grandíssima oportunidade, senhorita Annaelise.
- Espero que seu desejo seja realizado. - Respondo com calma e graça.
- Por quê? - Ela pergunta confusa.
- Senhorita Annaelise, eu já entendi tudo. - Olho fixamente para o seu rosto.
- Entendeu? - Ela me olha novamente. - Não entendo do que vossa majestade está falando. - Ela sorrir de repente.
- Jogos infantis me cansam. Se quer dizer algo então me diga.
- O que deseja que eu fale, Vossa Santidade? - Ela responde com um sorriso. - Quer que eu diga o que eu realmente penso?
- Você não terá outra oportunidade de falar como agora. - Meu semblante fica mais sério.
- Bem, eu não pretendo falar nada, minha santidade. - Mas algo me interessou em você.
- Talvez seja porque você é de natureza humilde, assim como eu.
- Mas temos uma grande diferença, enquanto eu vivia sendo uma camponesa normal, bem você, você viveu em bordel cheio de prostitutas. - O seu sorriso maligno começa a aparecer de repente.
Todos que conhecem a igreja católica sabem do meu passado cruel, eu nasci em bordel rodeada por prostitutas. E por causa disso meu nome ganhou um significado cruel, dizem as más línguas que Thalia significa "Festa" então associaram meu nome a prostitutas que vivem em festas.
Eu sempre odiei que meu nome e origem fossem relacionados a prostitutas, mas... não por ter vergonha, mas por odiar que os nobres as tratem mal. Eles abominam elas sem ao menos saber por que elas vendem seus corpos, eu vivi nesse mundo e vi várias e várias que eram boas mas que tinha que conseguir dinheiro para viver.
- Pobre coitada, nem ao menos teve uma infância normal, será que...você se deita com homens desde que nasceu? - Ela finalmente mostra a sua afeição maligna.
Vejo uma brecha perfeita para o estopim de uma possível confusão, se eu seguir os passados que ela deseja isso poderá se tornar algo interessante.
Eu nunca poderia agredi-la verdadeiramente pois isso vai contra os meus votos, então eu irei contar a situação e deixar a senhorita Annaelise usar a sua língua para distorcer a situação.
- S-santa... - Ela diz assustada.
- O que está fazendo? - Rosalinde parecia genuinamente confusa por um momento.
- Controlando-me. Algo que você deveria tentar. - Encarei, meu rosto ainda ardendo da própria bofetada.
Em vez de bater nela, eu bati em mim mesma. Isso não irá prejudicar o meu plano pois sei que a senhorita Annaelise irá distorcer essa história.
- Eu me recuso.
Ela fica em silêncio e em seguida começa a rir intensamente como uma pessoa cruel e fria, toda a sua bondade e doçura tinha desaparecido.
Seu riso ecoou pelo salão, frio e cruel.
- Você acha que isso vai mudar alguma coisa? Eu posso distorcer cada palavra que foi dita aqui. Posso fazer com que todos acreditem que você é a vilã.
- Que assim seja então, eu não tenho arrependimentos e nem me sinto culpada. - Respondo sem pensar duas vezes enquanto seguro a minha bochecha ferida.
E foi exatamente o que ela fez. Quando as empregadas retornaram, Annaelise começou a chorar, fingindo ser vítima de um ataque que nunca aconteceu. Cada lágrima era uma arma, cada soluço um golpe em minha reputação.
O caos que se seguiu foi exatamente o que ela queria. As empregadas me olhavam com desprezo, murmurando entre si, suas palavras cheias de veneno.
Mas eu permaneci firme. Não importa o que acontecesse. Ela pode ter começado esse jogo, mas eu farei questão de terminá-lo.
- Senhorita o que aconteceu? - Uma das empregadas pergunta.
- A santa... a santa tentou me agredir! - Ela chora enquanto esconde seu rosto no peito da empregada. - Tentei me afastar dela, mas daí ela bateu em seu próprio rosto e ainda disse que iria dizer a todos que o seu ferimento no rosto foi causado por minha culpa.
Todas me olharam surpresas com a fala de Anneliese e em seguida, começaram a me olhar com desgosto e raiva. Porém, os cochichos começam novamente...
- Coitada da senhorita Annaelise, a santa parece estar desprezando ela só porque Annaelise tem o coração de vossa majestade. - Uma empregada comenta no ouvido da outra enquanto olha para mim.
- O que custava tentar ser gentil com ela? Esse pessoal da igreja católica se acha muito. - Outra empregada responde.
- Eu peço desculpas à vossa santidade... - É nítido ver que ela deseja ressaltar que eu sou a vilã aqui.
Fico em silêncio absoluto enquanto vejo todos os olhares de julgamento. Mas não estou em silêncio por não ter argumentos, na verdade eu desejo que o meu plano seja um sucesso.
Annaelise, ainda com os olhos marejados, lançou um olhar para suas empregadas, como se procurasse apoio. Uma delas, talvez mais ousada ou simplesmente carregada de um senso exacerbado de lealdade, deu um passo à frente.
- Como esperado de uma santa... - Disse com sarcasmo, sua voz carregada de ressentimento. - Sempre usando seu título para humilhar os outros. Minha senhorita só tentou ser gentil, mas Vossa Santidade não consegue nem demonstrar compaixão?
Outras mulheres começaram a murmurar entre si, seus cochichos crescendo em intensidade até se tornarem uma onda de palavras hostis:
- Como alguém tão fria pode ser uma santa?
- Talvez os rumores sejam verdadeiros... dizem que ela só conseguiu esse título por causa de manipulação.
- Pobre senhorita Annaelise, tratada assim por alguém que deveria ser um exemplo de bondade.
- Chega. - Minha voz saiu firme, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Annaelise soluçou dramaticamente, chamando ainda mais atenção para si.
- Eu só... só queria ser amiga de Vossa Santidade... mas acho que cometi um erro terrível. - Ela levou uma mão ao peito, como se estivesse à beira de um colapso. - Talvez eu deva deixar este lugar antes que cause mais problemas...
- Não diga isso, senhorita! A culpa não é sua! É ela que...
- Cuidado com suas palavras. - Interrompi o tom agora mais frio, mas controlado. Eu sabia que, se me exaltasse, só alimentaria ainda mais a narrativa de que eu era cruel.
Mas isso não impediu que as empregadas continuassem:
- O que a igreja espera alcançar com uma santa tão insensível? - Uma empregada cochichou para a outra.
- Como podemos confiar em alguém que não consegue demonstrar misericórdia nem com alguém como a senhorita Annaelise? - Outra empregada retrucou.
- Mesmo a senhorita Annaelise tendo o coração do imperador, a santa deveria ser amigável com a mulher que satisfaz o imperador.
O ambiente estava se tornando insuportável. Annaelise, entre soluços, olhou para mim novamente, como se tentasse resolver o caos que, ironicamente, ela mesma havia causado.
- Por favor, parem... não quero que ninguém discuta por minha causa. - Sua voz doce era quase melancólica, mas havia algo calculado em sua expressão.
- Eu apenas peço calma, foi um pequeno mal entendido. - Ela finge sorrir.
- Calma? - Uma delas gritou, erguendo a voz. - A santa foi muito grosseria com nossa senhorita!
Annaelise recuou dramaticamente, colocando uma mão na testa como se estivesse prestes a desmaiar.
- Por favor, parem... eu não quero que isso se torne um problema maior... - Mas suas palavras só instiga mais murmúrios de desaprovação.
O caos havia se instaurado completamente. As mulheres, antes apenas murmurando entre si, agora discutiam abertamente, algumas apontando para mim, outras tentando defender Annaelise. Meu peito estava apertado, mas eu não podia permitir que a situação continuasse assim.
- Silêncio! - Minha voz soou com autoridade, abafando as discussões por um breve momento. - Vocês podem questionar minha santidade, minha posição ou até mesmo minha bondade, mas não usem isso como desculpa para espalhar desordem neste lugar.
As mulheres ficaram quietas por um instante, mas o clima continuava tenso. Annaelise, ainda fingindo vulnerabilidade, deu um passo à frente.
- Eu só queria... me desculpar mais uma vez, Vossa Santidade. Eu só queria me defender. - Seus olhos brilhavam com lágrimas que pareciam estrategicamente posicionadas.
- Já entendi suas desculpas, senhorita Annaelise. Agora, sugiro que leve suas empregadas e deixe este lugar antes que a situação se agrave ainda mais.
Ela hesitou, claramente surpresa com minha firmeza. Por um momento, pensei que ela fosse argumentar, mas então ela abaixou a cabeça levemente, como se concordasse, e começou a sair, seguida pelas empregadas que ainda cochichavam entre si.
Enquanto as observava se afastar, meu coração pesava. A situação era um lembrete cruel de que, por mais que eu tentasse manter minha posição como santa, sempre haveria aqueles dispostos a distorcer minhas ações para seu próprio benefício.
Mas uma coisa era certa: Annaelise não era tão inocente quanto queria parecer. E eu faria questão de descobrir o que estava por trás dessa máscara doce e manipuladora.
Quando Annaelise e suas empregadas saíram, o salão foi tomado por um silêncio desconfortável, mas não demorou para que as primeiras pessoas começassem a cochichar. Palavras sussurradas, olhares enviesados e acusações veladas pairavam no ar como uma tempestade prestes a desabar.
Tentei me recompor. Não podia demonstrar fraqueza, não diante dessas mulheres que pareciam tão dispostas a me julgar. Mas o clima parecia sufocante, como se as paredes conspiraram contra mim.
De repente, uma das empregadas que havia ficado para trás deu um passo à frente, seus olhos ardendo de indignação.
- Com todo respeito, Vossa Santidade, mas o que aconteceu aqui hoje foi inaceitável. - Sua voz era firme, alta o suficiente para atrair a atenção de todas. - Annaelise só tentou ser gentil, e você a tratou como se fosse inferior.
Outras mulheres começaram a concordar, balançando a cabeça e lançando olhares reprovadores.
- Sempre soubemos que a santidade era um peso, mas nunca imaginei que alguém que deveria representar a graça divina pudesse agir com tanta frieza.
- Talvez os rumores sejam verdadeiros... - Outra voz se ergueu. - Dizem que ela não é uma verdadeira santa, mas uma escolhida por conveniência.
- Silêncio! - A voz da empregada que defendeu Annalise soou firmemente, mas o tom mais alto só pareceu inflamar ainda mais as suspeitas contra mim.
- Silêncio por quê? Não temos o direito de questionar? De saber se estamos sendo lideradas por alguém que realmente merece essa posição?
As palavras dela eram como um golpe. Eu sentia a pressão de seus olhares e a força de suas dúvidas.
- Isso é inaceitável! Como alguém pode usar a santidade para ameaçar uma mulher inocente?
- Não podemos aceitar esse tipo de comportamento. Algo precisa ser feito!
Minha voz se ergueu novamente, desta vez mais calma, mas cheia de autoridade.
- Nenhuma palavra dita aqui hoje apaga o fato de que vocês estão julgando sem saber a verdade. Se acreditam nas mentiras que Annaelise espalha, é porque escolheram ignorar a responsabilidade de buscar os fatos.
Minha declaração fez algumas mulheres recuarem, mas outras continuaram a me encarar com desconfiança.
- É fácil dizer isso agora, Vossa Santidade. - Uma delas rebateu. - Mas Annaelise é conhecida por sua bondade e doçura. Você, por outro lado...
- Vocês só enxergam o que querem enxergar. - Respondi, com o máximo de serenidade que consegui reunir.
Era claro que eu estava sozinha nesse momento. Annaelise havia conseguido virar muitas contra mim, e o caos que ela criou era apenas o começo de algo maior. Eu só espero que isso acabe logo e eu possa viver a minha vida tranquila e em paz.
๑ ⋆˚₊⋆────ʚ Continua ɞ────⋆˚₊⋆ ๑