POLÍCIA E LADRÃO

Na calmaria de uma manhã de sábado, a polícia que ali habitava mantinha a tranquilidade do bairro com um excelente batalhão. Eu era sniper, então o silêncio era crucial. Meus amigos policiais haviam abatido quatro ladrões, restando apenas um na sala. Eu o chamava de HACK.

Pensa em um ladrão bugado! Ele andava distraído, e então eu falei:

— Pooooooowwww!

Matei o último ladrão!

Mas, magicamente, na analogia dele, eu havia errado o tiro. Comecei a atirar nele sem parar, com minha sniper, pistola e até mesmo granadas. E, mesmo assim, o HACK continuava vivo! Para piorar, ele era o dono do servidor, ou seja, se alguém o matasse, era expulso da brincadeira — praticamente um banimento.

Com isso, chegaram todos os reforços para tentar eliminar esse HACK, mas ele era tão implacável que simplesmente não dava para matá-lo. No final das contas, todo mundo era banido da brincadeira, já que ele não aceitava perder. Assim, a gente desistia de brincar, pois ficava chato.

O conceito da nossa brincadeira era sair correndo, pular muros, se esconder no mato para pegar nossos inimigos de surpresa e analisar o melhor caminho para não ser pego. Polícia e ladrão era uma das nossas brincadeiras mais dinâmicas, pois exigia a imaginação de todos em sincronia. Se você fosse encontrado de costas, era "morto" e não podia revelar onde os outros estavam.

Era por isso que ficar esperando todos serem "mortos" para recomeçar a brincadeira tornava tudo mais chato.