Capítulo 47: O Preço da Ira - Vitória e Reflexão

A arena de Valhalla tremia com a intensidade do embate entre Akuma No Kenji e Ares. A fúria do Lanterna Vermelho era um vendaval de golpes implacáveis, enquanto a experiência e a habilidade divina do deus da guerra eram a âncora que resistia à tempestade.

O Clímax da Batalha:

Ares, percebendo que a força bruta de Kenji era alimentada por uma fonte inesgotável de raiva, mudou sua tática. Ele começou a provocar o mortal, zombando de sua fúria e questionando a origem de seu poder.

"De onde vem essa raiva, mortal?" Ares gritou, desviando um construto de energia vermelha. "É apenas ódio cego ou há algo mais por trás dessa sua intensidade?"

As palavras de Ares pareciam atingir Kenji. Flashbacks de sua traição e da destruição de seu clã inundaram sua mente, intensificando ainda mais sua fúria, mas também o tornando momentaneamente vulnerável. Ares aproveitou a hesitação, desferindo um golpe certeiro com sua lança que atravessou o ombro de Kenji.

A dor lancinante não deteve o Lanterna Vermelho. Em vez disso, pareceu atiçar ainda mais sua raiva. Com um rugido bestial, Kenji agarrou a lança de Ares com a mão livre, ignorando o sangue que escorria, e lançou um ataque devastador com um construto de energia vermelha em forma de maça, atingindo o deus da guerra no peito.

O impacto foi brutal. A armadura divina de Ares rachou, e ele cambaleou para trás, surpreso pela força repentina do mortal. Kenji não deu tempo para recuperação. Alimentado por sua dor e sua raiva, ele desferiu uma série de golpes implacáveis, cada um imbuído de mais poder destrutivo.

Finalmente, com um último grito de fúria, Kenji concentrou toda a energia do Anel Vermelho em um único ataque, um raio carmesim puro que atingiu Ares em cheio. O deus da guerra caiu, derrotado.

O Silêncio e a Vitória:

Um silêncio ensurdecedor tomou conta da arena. Os deuses olhavam em choque para a queda de Ares, um dos deuses mais experientes em combate. Os humanos, por sua vez, explodiram em um rugido de alegria e incredulidade. A oitava rodada havia sido vencida pela humanidade, graças ao poder misterioso e à fúria implacável de Akuma No Kenji.

A Reação dos Lanternas Primais:

Naruto: Sentia um misto de alívio e preocupação. A vitória era crucial, mas o custo daquela fúria parecia alto.

Ash: Correu para a borda da arena, preocupado com os ferimentos de Kenji, seu Anel Branco brilhando com uma energia curativa contida.

Aoi Hikari no Sōsha: Via a esperança reacender nos olhos dos humanos, mas também percebia a escuridão que ainda envolvia a alma de Kenji.

Konjiki no Kaihōsha: Sentia a dor de Ares, mesmo sendo um deus, e a angústia persistente de Kenji.

Murasaki no Kizuna: Questionava se aquela vitória, impulsionada pelo ódio, realmente fortalecia os laços entre a humanidade.

Os outros Lanternas também refletiam sobre a batalha, cada um com sua própria perspectiva sobre o poder da raiva e seu papel no conflito.

As Consequências e a Reflexão de Kenji:

Vencido, mas gravemente ferido, Akuma No Kenji cambaleou para fora da arena, amparado por Brunhilde. A exaustão física e emocional o atingiu com força. Pela primeira vez desde que o Anel Vermelho o escolhera, um vislumbre de dúvida surgiu em seus olhos. A vitória havia sido alcançada, mas a que custo? A fúria que o impulsionara também o havia ferido profundamente.

Em seus momentos de descanso, a voz de Zestial ecoou em sua mente, não em repreensão, mas com uma ponderação cósmica.

"A Ira é uma força poderosa, Kenji. Mas como toda força, precisa ser direcionada com propósito, não apenas liberada sem controle. Reflita sobre sua vitória e sobre o preço que você pagou por ela."

As palavras do deus cósmico plantaram uma semente de reflexão na mente do Lanterna Vermelho. Sua vingança contra seu passado ainda não havia sido totalmente saciada, mas a batalha contra Ares o havia confrontado com a natureza destrutiva de sua própria raiva.

A Reação dos Deuses:

A derrota de Ares abalou profundamente o panteão divino. A arrogância inicial deu lugar à preocupação e à raiva. Zeus observava Kenji com um olhar sombrio, percebendo que a humanidade possuía recursos inesperados. Odin, por sua vez, intensificou ainda mais sua investigação sobre a origem do poder dos "viajantes", sentindo que eles eram a chave para entender as recentes reviravoltas. Loki sorria enigmaticamente, vendo o caos crescente como um entretenimento bem-vindo.