Capítulo 17 – O Massacre de Fortaleza

O primeiro homem avançou com um grito de guerra, erguendo sua espada em um arco violento, mirando meu pescoço.

Rápido. Mas não o bastante.

Minha lâmina se projeta, bloqueando o. O impacto reverberou pelo meu braço, mas minha postura se manteve firme.

Girei o corpo, deslizando para o lado, e com um único golpe certeiro, abriu sua garganta de lado a lado.

O sangue espirrou quente no chão de pedra.

Outro soldado veio logo atrás.

Dessa vez, não usei minha espada. Deixei meu poder falar.

As sombras se ergueram como serpentes famintas, enroscando-se ao redor do pobre desgraçado. Ele mal teve tempo de soltar um grito antes de ser puxado para dentro da escuridão.

Os outros hesitaram.

O medo estampado nos olhos deles era palpável.

Eles sabiam que estavam diante de algo além da compreensão humana.

Eu não era apenas um homem.

Eu era uma constipação viva.

Sylvaine, ao meu lado, segurava firme seu punhal. Seu rosto estava sério, sem emoção.

Ela me olhou por um breve momento.

Não havia necessidade de palavras entre nós.

Ela me traiu.

Mas agora… ela lutou ao meu lado uma última vez.

E então, o verdadeiro massacre começou.

Sangue e Sombras.

O salão virou um campo de guerra.

Gritos ecoavam enquanto lâminas cortavam carne, enquanto ossos quebravam e corpos caíam como moscas.

Cada vez que minha lâmina encontrava um inimigo, sentia a vida se esquivando deles.

Mas era pouco.

Eu queria mais.

Minha raiva queimava. Meu ódio alimentava meu poder.

Os soldados tentaram me cercar, mas eu me movi como um fantasma, atravessando a névoa de sangue e corpos.

A cada golpe que eu desferisse, as sombras responderiam.

Eram parte de mim. Eram eu.

Um dos guardas tentou correr.

Errei?

Ele realmente achou que poderia fugir da Morte?

Ergui uma mão, e como se respondesse ao meu chamado, um tentáculo sombrio surgiu do chão, se enroscando na perna do pobre infeliz.

Seu grito de desespero encheu o salão quando ele foi puxado de volta.

Eu o ergui no ar, observando seu rosto apavorado.

– P-por favor…

Apertei o punho.

As sombras o esmagaram.

O silêncio veio logo em seguida.

Roderick auxiliava em tudo de sua cadeira.

Ele ainda estava calmo. Mas eu via além da máscara.

Ele suava.

Ele sabia que era o próximo.

A Queda do Algoz.

Quando o último de seus guardas caiu, Roderick gritou lentamente.

Ele não segurava uma espada.

Não fez nenhuma tentativa de me atacar.

Ele apenas sorriu.

– Impressionante. – Ele ajeitou as mangas de seu casaco. – Sempre imaginei que, se um dia você voltasse, viria como um homem em busca de vingança.

Ele deu um passo à frente.

– Mas você não é mais um homem, não é, Alistair?

Meu punho se fechou ao redor do cabo da espada.

– Diga logo suas últimas palavras.

Roderick gargalhou.

– Últimas palavras? Ah, não… – Ele proporciona uma sobrancelha. – Você acha que eu não esperava por isso? Que eu não sabia que um dia você voltaria?

Meu olhar estreitou.

E então, percebi.

O maldito não estava com medo.

Ele estava esperando por mim.

Um som curto ou ar.

Algo que eu queria minha pele.

Olhei para o peito. Um símbolo brilhava em vermelho sobre minha carne. Um selo.

Merda.

Magia Sagrada.

Meus músculos travaram. Minha respiração ficou pesada.

Roderick deu mais um passo à frente, sorrindo.

– Você acha invencível, não é? Mas não fim, Alistair…

Ele contém a mão, e um brilho dourado envolvido em seu punho.

…você ainda é só uma maldição que precisa ser purificada.

Então, o inferno se abriu sob meus pés.

O Ritual da Purificação.

Dor.

Era tudo o que eu sentia.

As chamas sagradas me queimavam de dentro para fora.

Minha carne ardia, como se minha própria existência fosse sendo arrancada camada por camada.

Eu caí de joelhos.

As sombras ao meu redor se retorciam, gritando junto comigo.

Roderick me olhou de cima, com aquele maldito olhar de superioridade.

– Eu não posso permitir que você viva – ele disse calmamente. – Você é um erro. Algo que nunca deveria ter existido.

Minhas mãos tremiam.

Minha visão estava escurecendo.

Mas então…

Eu vi Sylvaine.

Ela estava parada, segurando seu punhal, olhando para mim.

Ela podia correr.

Ela poderia me deixar morrer ali.

Mas ela não o fez.

Ela correu na direção de Roderick.

Rápida.

Implacável.

E então… o sangue espirrou.

A Decisão Final

A lâmina de Sylvaine perfurou o ombro de Roderick.

O maldito complexo, cambaleando para trás, e naquele instante…

O selo que me prendia se cortes.

As sombras rugiram ao meu redor.

O poder voltou.

E junto dele… a morte dele também.

Eu levantei.

Os olhos de Roderick se arregalaram. Pela primeira vez, ele estava apavorado.

Avancei.

Minha lâmina cortou o ar.

E dessa vez, ninguém o salvou.

O corpo de Roderick caiu pesadamente no chão.

A escuridão o consumiu.

O salão ficou em silêncio.

Respirei fundo.

Olá para Sylvaine.

Ela não disse nada. Apenas fiquei lá, me observando.

Ela me traiu uma vez.

Mas no fim… ela me salvou.

Eu virei para sair.

Ela hesitou.

Então, deu alguns passos e me acompanhou.

A história ainda não acabou.

Agora, um novo caminho se abre diante de nós.